O maravilhoso mundo do exército de mecânicos reparadores do DNA
quinta-feira, maio 31, 2007
Uma análise publicada recentemente no Howard Hughes Medical Institute revela a extensão de um verdadeiro exército de mecânicos reparadores do DNA.
As células têm a incrível capacidade de manter uma "lista" do seu conteúdo genético, e quando alguma coisa saí errada, elas entram em ação e consertam o dano antes que o câncer ou outra condição que ameace a vida se desenvolva.
A pergunta científica que deve ser feita é: como que as células monitoram a integridade dos seus genomas, identificam os problemas e, acima de tudo, consertam o DNA "quebrado" ou erroneamente codificado? Isso tem sido um dos segredos da natureza mais bem guardado. Não é mais: um relato na revista científica Science descreve um novo banco de dados desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do renomado Howard Hughes Medical Institute da Harvard Medical School fornecendo a primeira descrição detalhadas do exército de mais de 700 proteínas que ajudam a manter a integridade do DNA.
A pergunta impertinente que deve ser feita, e que precisa ser respondida pela ciência é: como que este sistema complexo surgiu? Mutação aleatória filtrada pela seleção natural e outros mecanismos evolutivos de A a Z???
Na revista Science
RESEARCH ARTICLES
ATM and ATR Substrate Analysis Reveals Extensive Protein Networks Responsive to DNA Damage
Shuhei Matsuoka, Bryan A. Ballif, Agata Smogorzewska, E. Robert McDonald, III, Kristen E. Hurov, Ji Luo, Corey E. Bakalarski, Zhenming Zhao, Nicole Solimini, Yaniv Lerenthal, Yosef Shiloh, Steven P. Gygi, and Stephen J. Elledge (25 May 2007) Science 316 (5828), 1160. [DOI: 10.1126/science.1140321]
Leia mais aqui em inglês (sorry, periferia): PDF gratuito.
Resultados publicados no Cell, April 20, 2007.
Professores e alunos da USP elegem este blog como referência científica!
http://www.sitemeter.com/?a=stats&s=s18enezio&r=21
Professores e alunos de graduação e pós-graduação da USP elegeram este blog como referência: 3% de visitas. Até então nenhuma universidade tinha ultrapassado os 2% de visitas.
Obrigado USP! Vocês são a indicação de que estou no caminho certo!
Diante de tão honradas visitas, estou pensando seriamente fazer doutorado lá na USP!
Drell "falou e disse": se você não pode testar, você tem o quê?
Sid Drell é um físico de renome do Acelerador Linear em Stanford. Neste encontro, ele mencionou brevemente a teoria das cordas. Drell dise que há nela alguma matemática das grandes, mas que os teóricos ainda estão por fazer uma predição que seja experimentalmente testável, "e até que você possa testar uma predição experimentalmente, o que você tem?"
Soa familiar? Vocês são sádicos, terroristas epistemológicos! Vocês se lembraram da "maior idéia que a humanidade já teve" (menos, Dennett, menos), não foi?
Leiam mais aqui em inglês (sorry, periferia
Soa familiar? Vocês são sádicos, terroristas epistemológicos! Vocês se lembraram da "maior idéia que a humanidade já teve" (menos, Dennett, menos), não foi?
Leiam mais aqui em inglês (sorry, periferia
Darwin, TU QUOQUE, oops bemoles
quarta-feira, maio 30, 2007
Mira, Darwin hablando en español viene exponer en Brasil los “bemoles” de la TDI.
Que pena! Usted no habla espãnol? No? Bem, como la mayoria de los brasileños usted deve hablar Portuñol. A palavra mais difícil no título acima é “bemoles”. E o que seria “bemoles”? Como usted no habla el idioma de Cervantes, vou dar uma mão. Traduzo: História e dificuldades do movimento do design não inteligente. Traduzo mais ainda: diseño no inteligente = darwinismo. Llamo com cariño de la teoria del relojero ciego inconsciente y inconsecuente [Dawkins].
Bemoles por bemoles, que tal empezar con los bemoles del darwinismo? Historia y bemoles del movimiento del diseño no inteligente. Você já participou de alguma conferência, seminário, ou simpósio onde o tema, uma palestra ou pôster foi denominado “História y “bemoles” del darwinismo”?
Eu já: V Sao Paulo Research Conference, Auditório da Faculdade de Medicina da USP − 18-20 de maio de 2006. Só que foi um pôster e teve um título mais provocador: “Uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva?”. Lá na USP, este blogger, um “simples professorzinho do ensino médio” [será???] apresentou o pôster sobre os muitos “bemoles” que tem a teoria de Darwin, e que o movimento do design não inteligente está se vendo obrigado, forçado há mais de uma década pela denúncia desse “bemoles” pelo movimento do design inteligente [êta turma perversa, sô] a rever su preciosa y idolatrada teoria. Si no fuera nosotros, tudo continuaria como dantes no quartel de Darwin, oops de Abrantes!
Diante dos muito “bemoles” epistêmicos del diseño no inteligente, oops darwinismo, POR RAZÕES CIENTÍFICAS, eu disse adeus a Darwin em 1998: “A Caixa Preta de Darwin”, Michael Behe (Rio de Janeiro, Zahar, 1997). Se o design não inteligente não dá conta de uma “simples” bactéria, como daria conta da origem e da evolução da diversidade e complexidade da vida? Depois que li o livro de Behe, finalmente eu despertei de um profundo sono epistemológico (Mills). Bota sono nisso. Profundo estado cataléptico epistêmico.
Assim como não existe “Theoria perennis” em ciência, no existe teoria sin bemoles! Quer prova mais evidente disso? A teoria do Big Bang é uma delas, mas a teoria do diseño no inteligente, oops darwinismo, é uma teoria llena de “bemoles”. Desde 1859 não consegue encontrar os trilhões de elos transicionais que, segundo Darwin, no contexto da justificação teórica confirmaria o fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução. Un bemol muy grande, sin duda [sem dúvida]! La explosión cambriana, pardiez!
Num rompante lingüístico, entre os muitos encontrados no Origem das Espécies, Darwin afirmou que sua teoria “ruiria por terra” se assim não fosse. Engraçado, o “bemol” aqui é que a teoria não se confirma no registro geológico desde 1859, pois os denodados caçadores de fósseis a la Indiana Jones até hoje não encontraram os trilhões de elos transicionais postulados pela teoria. Segundo Darwin, eles deveriam “enxamear” el planeta. Não vão encontrar o inexistente. É tão-somente uma projeção da mente. Doença infantil do materialismo filosófico que posa como ciência. Uma muleta psicológica para poder enfrentar o desconforto da vastidão do nada existencial.
Eu fico me perguntando: quão científico é realmente o método científico? Ele tem sido devida e rigorosamente aplicado à teoria do design não inteligente? A resposta é um sonoro NÃO! E o que seria necessário para a fundamentação epistêmica de uma teoria que se arvora explicar a origem e evolução da complexidade e diversidade de objetos bióticos?
Naquele pôster destaquei três grandes “bemoles”, oops questões epistemológicas essenciais que o darwinismo não atende mais satisfatoriamente, e que a nova teoria geral da evolução de 2010 vai ter que incorporar para ser realmente uma teoria científica:
(A) Questões de Padrão - diz respeito à grande escala geométrica da história
biológica: Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?
(B) Questões de Processo - diz respeito aos mecanismos de evolução, e os
vários problemas em aberto naquela área, e
(C) Questões sobre a questão central: a origem e a natureza da complexidade
biológica - a “complexidade biológica” diz respeito à origem daquilo que faz com que os organismos sejam claramente o que são: complexidade especificada da informação biológica.
Ao arrepio do método científico, o movimento del diseño no inteligente, oops o darwinismo ignora, e se recusa terminantemente submeter Darwin ao crivo rigoroso do método científico que a Nomneklatura científica demanda incisivamente das outras teorias científicas rivais:
1. Observação
2. Formulação de hipóteses
3. Predição
4. Teste das predições
Cual es la historia del movimiento de diseño no inteligente? É uma de diversas fraudes, de muitas perseguições e destruição de carreiras acadêmicas. St. George Jackson Mivart que o diga (1871). Eu poderia citar aqui outros exemplos muito mais contemporâneos de professores universitários que sofreram e sofrem sanções acadêmicas, e de alunos de pós-graduação impedidos de defenderem suas teses porque questionaram o dogma do fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução.
Para reforçar o parágrafo acima, e se a TDI for uma heresia científica, uma citação pouco conhecida de James Lovelock: “As coisas tomaram um rumo estranho nos anos recentes; quase que o círculo completo desde a famosa luta de Galileo com o establishment teológico. Agora, é o establishment científico que proíbe a heresia.” [1]
Ao contrário do darwinismo que se arvora, entre todas as teorias científicas, ser a “Theoria perennis”, a TDI é uma teoria científica minimalista. Nós afirmamos que certos eventos do universo e dos seres bióticos são melhor explicados por causas inteligentes, e que essas causas são empiricamente detectadas na natureza. Nós del movimiento del diseño inteligente não desprezamos o acaso, a necessidade, nem as mutações filtradas pela seleção natural (y otras cositas mais), tampoco las causas naturales: pero el processo es télico.
Darwin, TU QUOQUE? Minha mãe, se fosse viva, traduziria esta frase latina para você, a mente mais inteligente de todo o universo [menos, Dennett, menos]: Quem usa cuecas que olhe primeiro o fundo da sua.
Que tal empezar mirando primero al culo de los calzoncillos de Darwin? Ellos están muy rotos y muy sucios. Por que están muy sucios? As incursões científicas dos séculos 20 e 21 em bioquímica, microbiologia, imunologia, ecologia, parasitologia, genética, microscopia, e até a mecânica quântica deixaram o caminho epistemológico do darwinismo em pandarecos e cheio de perigos heurísticos: poças, buracos, pedras soltas, areia movediça, desvios, e becos sem saídas. Kaput!
Oh, Darwin, TU QUOQUE, oops bemoles!!!
[1] “Things have taken a strange turn in recent years; almost the full circle from Galileo’s famous struggle with the theological establishment. It is the scientific establishment that now forbids heresy” in Gaia: A New Look at Life on Earth, Oxford, Oxford University Press, 1987.
A origem da vida na edição tópica da revista Chemistry & Biodiversity
terça-feira, maio 29, 2007
A revista Chemistry & Biodiversity Vol. 4, Edição 4, publicada online em 19 de abril de 2007 pela Wiley-VCH cobre o tópico da química que deu origem à vida. São 3 artigos editados por Piet Herdewijn e M. Volkan Kisakuerek.
Você pode baixar estes artigos gratuitamente:
Christian de Duve: Chemistry and Selection
Review
Chemistry and Selection
Christian de Duve 1 2
1Christian de Duve Institute of Cellular Pathology, Brussels
2The Rockefeller University, New York
email: Christian de Duve deduve@icp.ucl.ac.be deduve@mail.rockefeller.edu
Keywords
Origin of life • Prebiotic chemistry • Selective optimization • Extraterrestrial life
Abstract
Life is the product of chemistry, which obeys deterministic laws, and of natural selection, which operates on variants offered to it by chance, but may, in a number of cases, have been provided with a sufficiently extensive array of variants to be optimizing. Thus, the origin and evolution of life have been largely shaped by the contingency of environmental conditions. The possibility remaining open for consideration is that certain critical conditions are sufficiently reproducible for life to arise and even to evolve into conscious, intelligent beings elsewhere in the universe.
Received: 19 February 2007
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790051
Albert Eschenmoser: On a Hypothetical Generation Relationship between HCN and Constituents of the reductive Citric Acid Cycle
Research Article
On a Hypothetical Generational Relationship between HCN and Constituents of the Reductive Citric Acid Cycle
Albert Eschenmoser 1 2
1Laboratory of Organic Chemistry, Swiss Federal Institute of Technology, Hönggerberg HCI H309, Wolfgang-Pauli-Strasse 10, CH-8093 Zürich
2The Skaggs Institute for Chemical Biology at The Scripps Research Institute, 10550 North Torrey Pines Road, La Jolla, CA 92037, USA
email: Albert Eschenmoser eschenmoser@org.chem.ethz.ch
See also the preceeding paper [1].
Keywords
Prebiotic chemistry • Autocatalytic cycles • Citric acid cycle • HCN-Tetramer • Fumaric acid, dihydroxy-
Abstract
Encouraged by observations made on the course of reactions the HCN-tetramer can undergo with acetaldehyde, I delineate a constitutional and potentially generational relationship between HCN and those constituents of the reductive citric acid cycle that are direct precursors of amino acids in contemporary metabolism. In this context, the robustness postulate of classical prebiotic chemistry is questioned, and, by an analysis of the (hypothetical) reaction-tree of a stepwise hydrolysis of the HCN-tetramer, it is shown how such a non-robust chemical reaction platform could harbor the potential for the emergence of autocatalytic cycles. It is concluded that the chemistry of HCN should be revisited by focussing on its non-robust parts in order to demonstrate its full potential as one of the possible roots of prebiotic self-organizing chemical processes.
Received: 30 January 2007
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790050
Guenter Waechtershaeuser: On the Chemistry and Evolution of the Pioneer Organism
Review
On the Chemistry and Evolution of the Pioneer Organism
Günter Wächtershäuser 1 2
1Weinstrasse 8, D-80333 Munich
2209 Mill Race Dr., Chapel Hill, N.C. 27514, USA
email: Günter Wächtershäuser gwmunich@yahoo.com
Keywords
Prebiotic chemistry • Chemo-autotrophic origin • Volcanic origin • Ligand-accelerated autocatalysis • Peptide cycle • Lipophilization • Surface metabolism • Surface lipophilization • Enzymatization • Metabolism • Iron-sulfur world
Abstract
The theory of a chemo-autotrophic origin of life in a volcanic Iron-Sulfur World postulates the emergence of a pioneer organism within a flow of volcanic exhalations. The pioneer organism is characterized by a composite structure with an inorganic substructure and an organic superstructure. Within the surfaces of the inorganic substructure, iron, cobalt, nickel, and other transition-metal centers with sulfido, carbonyl, cyano, and other ligands are catalytically active, and promote the growth of the organic superstructure through carbon fixation, driven by the reducing potential of the volcanic exhalations. This pioneer organism is reproductive by an autocatalytic feedback effect, whereby some organic products serve as ligands for activating the catalytic metal centres whence they arise. This unitary structure-function relationship of the pioneer organism constitutes the Anlage for two major strands of evolution: enzymatization and cellularization, whereby the upward evolution of life by increase of molecular complexity is grounded ultimately in the transition metal-catalyzed, synthetic redox chemistry of the pioneer organism.
Received: 28 November 2006
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790052
For more information, click http://www.interscience.wiley.com/journal/chembiodiv
+++++
Eu ainda não li os artigos, mas pelo status das pesquisas sobre a origem química da vida, penso que os autores não trarão muita novidade, mas tão-somente muito mais especulação. Bota especulação nisso que eu chamo carinhosamente de correr atrás do vento!
Você pode baixar estes artigos gratuitamente:
Christian de Duve: Chemistry and Selection
Review
Chemistry and Selection
Christian de Duve 1 2
1Christian de Duve Institute of Cellular Pathology, Brussels
2The Rockefeller University, New York
email: Christian de Duve deduve@icp.ucl.ac.be deduve@mail.rockefeller.edu
Keywords
Origin of life • Prebiotic chemistry • Selective optimization • Extraterrestrial life
Abstract
Life is the product of chemistry, which obeys deterministic laws, and of natural selection, which operates on variants offered to it by chance, but may, in a number of cases, have been provided with a sufficiently extensive array of variants to be optimizing. Thus, the origin and evolution of life have been largely shaped by the contingency of environmental conditions. The possibility remaining open for consideration is that certain critical conditions are sufficiently reproducible for life to arise and even to evolve into conscious, intelligent beings elsewhere in the universe.
Received: 19 February 2007
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790051
Albert Eschenmoser: On a Hypothetical Generation Relationship between HCN and Constituents of the reductive Citric Acid Cycle
Research Article
On a Hypothetical Generational Relationship between HCN and Constituents of the Reductive Citric Acid Cycle
Albert Eschenmoser 1 2
1Laboratory of Organic Chemistry, Swiss Federal Institute of Technology, Hönggerberg HCI H309, Wolfgang-Pauli-Strasse 10, CH-8093 Zürich
2The Skaggs Institute for Chemical Biology at The Scripps Research Institute, 10550 North Torrey Pines Road, La Jolla, CA 92037, USA
email: Albert Eschenmoser eschenmoser@org.chem.ethz.ch
See also the preceeding paper [1].
Keywords
Prebiotic chemistry • Autocatalytic cycles • Citric acid cycle • HCN-Tetramer • Fumaric acid, dihydroxy-
Abstract
Encouraged by observations made on the course of reactions the HCN-tetramer can undergo with acetaldehyde, I delineate a constitutional and potentially generational relationship between HCN and those constituents of the reductive citric acid cycle that are direct precursors of amino acids in contemporary metabolism. In this context, the robustness postulate of classical prebiotic chemistry is questioned, and, by an analysis of the (hypothetical) reaction-tree of a stepwise hydrolysis of the HCN-tetramer, it is shown how such a non-robust chemical reaction platform could harbor the potential for the emergence of autocatalytic cycles. It is concluded that the chemistry of HCN should be revisited by focussing on its non-robust parts in order to demonstrate its full potential as one of the possible roots of prebiotic self-organizing chemical processes.
Received: 30 January 2007
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790050
Guenter Waechtershaeuser: On the Chemistry and Evolution of the Pioneer Organism
Review
On the Chemistry and Evolution of the Pioneer Organism
Günter Wächtershäuser 1 2
1Weinstrasse 8, D-80333 Munich
2209 Mill Race Dr., Chapel Hill, N.C. 27514, USA
email: Günter Wächtershäuser gwmunich@yahoo.com
Keywords
Prebiotic chemistry • Chemo-autotrophic origin • Volcanic origin • Ligand-accelerated autocatalysis • Peptide cycle • Lipophilization • Surface metabolism • Surface lipophilization • Enzymatization • Metabolism • Iron-sulfur world
Abstract
The theory of a chemo-autotrophic origin of life in a volcanic Iron-Sulfur World postulates the emergence of a pioneer organism within a flow of volcanic exhalations. The pioneer organism is characterized by a composite structure with an inorganic substructure and an organic superstructure. Within the surfaces of the inorganic substructure, iron, cobalt, nickel, and other transition-metal centers with sulfido, carbonyl, cyano, and other ligands are catalytically active, and promote the growth of the organic superstructure through carbon fixation, driven by the reducing potential of the volcanic exhalations. This pioneer organism is reproductive by an autocatalytic feedback effect, whereby some organic products serve as ligands for activating the catalytic metal centres whence they arise. This unitary structure-function relationship of the pioneer organism constitutes the Anlage for two major strands of evolution: enzymatization and cellularization, whereby the upward evolution of life by increase of molecular complexity is grounded ultimately in the transition metal-catalyzed, synthetic redox chemistry of the pioneer organism.
Received: 28 November 2006
Digital Object Identifier (DOI)
10.1002/cbdv.200790052
For more information, click http://www.interscience.wiley.com/journal/chembiodiv
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Eu ainda não li os artigos, mas pelo status das pesquisas sobre a origem química da vida, penso que os autores não trarão muita novidade, mas tão-somente muito mais especulação. Bota especulação nisso que eu chamo carinhosamente de correr atrás do vento!
Ceticismo contraditório saudável em relação ao apocalipse secularista de Al “Apocalipse” Gore
domingo, maio 27, 2007
Pouco de visões contraditórias sobre a responsabilidade do aquecimento global foram abordadas pela Nomenklatura científica e reportadas pela nossa Grande Mídia tupiniquins. Não nego que estamos assistindo a mudanças climáticas catastróficas, mas eu sou cético dessa responsabilização humana pelo aquecimento global. Acompanho há mais ou menos uma década esta questão, e fico com pé atrás com os relatórios do IPCC porque a questão ficou fortemente politizada. As evidências contrárias, ora, que se danem as evidências, o que vale é a teoria (Dobzhansky).
Bem, como a Grande Mídia e a Nomenklatura científica em Pindorama estão muito confortáveis com o discurso apocalíptico secularista de Al Gore, vou destilar o meu veneno cético localizado de Bothrops jararaca contra esta posição alarmista. Não estou sozinho, eu vejo esta questão sobre os ombros de gigantes: Henrik Svensmark é um deles. Ele é diretor do Centro para Pesquisa do Clima Solar no Centro Nacional Espacial Dinamarquês em Copenhague, Dinamarca hsv@spacecenter.dk.
Svensmark publicou recentemente o artigo Cosmoclimatology: a new theory emerges (Cosmoclimatologia: surge uma nova teoria) na revista Astronomy & Geophysics 48 (1), 1.18-1.24, February 2007, onde ele chama a atenção para um mecanismo desconsiderado na mudança climática: as nuvens bombardeadas pelos raios cósmicos.
Abstract: As mudanças na intensidade dos raios cósmicos galácticos alteram a nebulosidade da Terra. Uma experiência recente mostrou como os elétrons liberados por raios cósmicos ajudam na fabricação de aerossóis, os blocos construtores dos núcleos de condensação de nuvens, enquanto que as tendências climáticas anômalas na Antártica confirmam o papel das nuvens ajudando a conduzir a mudança climática. As variações no influxo de raios cósmicos devido à atividade magnética solar explicam bem as flutuações climáticas em períodos de tempo de décadas, séculos e milênios. Durante longos intervalos, a mudança do ambiente galáctico do sistema solar tem tido conseqüência dramáticas, inclusive os episódios de uma Terra como bola de neve. Uma nova contribuição para o paradoxo de um Sol jovem e débil também está sendo oferecida. [1]
Para o PDF deste artigo polêmico e interessante, clique aqui [502 KB].
Fui, que o Al Gore levou facilmente uns US$ 200.000,00 do Banco Itaú por uma palestra apocalíptica secularizada que em cinco anos, NOTA BENE, em cinco anos quando a comunidade científica voltar a si, considerar visões contraditórias como esta sobre a questão, vai ver que o ser humano não é O ÚNICO RESPONSÁVEL pelo aquecimento global.
Banco Itaú, como é que vocês perderam US$ 200.000,00 de bobeira? Isso depõe contra a seriedade desta instituição financeira responsável pelas pequenas e grandes aplicações de gente que poupou a vida inteira. Como será contabilizado o “prejuízo” financeiro que Al Gore deu aos acionistas do Banco Itaú? Como será contabilizado o “prejuízo” científico que Al “Alarmista” Gore está dando à ciência?
O mote da Royal Society em Londres é “Nullia verba” [Não confiar na palavra de ninguém]. É o que chamo aqui de EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA [As coisas empíricas, são empiricamente consideradas]. Nada de política e nem de apocalipse. Mesmo que secularista. São as evidências que demonstram a verdade científica. Nada mais, nada menos. Pro bonum scientiae!
NOTA:
[1] Abstract: Changes in the intensity of galactic cosmic rays alter the Earth's cloudiness. A recent experiment has shown how electrons liberated by cosmic rays assist in making aerosols, the building blocks of cloud condensation nuclei, while anomalous climatic trends in Antarctica confirm the role of clouds in helping to drive climate change. Variations in the cosmic-ray influx due to solar magnetic activity account well for climatic fluctuations on decadal, centennial and millennial timescales. Over longer intervals, the changing galactic environment of the solar system has had dramatic consequences, including Snowball Earth episodes. A new contribution to the faint young Sun paradox is also on offer.
Bem, como a Grande Mídia e a Nomenklatura científica em Pindorama estão muito confortáveis com o discurso apocalíptico secularista de Al Gore, vou destilar o meu veneno cético localizado de Bothrops jararaca contra esta posição alarmista. Não estou sozinho, eu vejo esta questão sobre os ombros de gigantes: Henrik Svensmark é um deles. Ele é diretor do Centro para Pesquisa do Clima Solar no Centro Nacional Espacial Dinamarquês em Copenhague, Dinamarca hsv@spacecenter.dk.
Svensmark publicou recentemente o artigo Cosmoclimatology: a new theory emerges (Cosmoclimatologia: surge uma nova teoria) na revista Astronomy & Geophysics 48 (1), 1.18-1.24, February 2007, onde ele chama a atenção para um mecanismo desconsiderado na mudança climática: as nuvens bombardeadas pelos raios cósmicos.
Abstract: As mudanças na intensidade dos raios cósmicos galácticos alteram a nebulosidade da Terra. Uma experiência recente mostrou como os elétrons liberados por raios cósmicos ajudam na fabricação de aerossóis, os blocos construtores dos núcleos de condensação de nuvens, enquanto que as tendências climáticas anômalas na Antártica confirmam o papel das nuvens ajudando a conduzir a mudança climática. As variações no influxo de raios cósmicos devido à atividade magnética solar explicam bem as flutuações climáticas em períodos de tempo de décadas, séculos e milênios. Durante longos intervalos, a mudança do ambiente galáctico do sistema solar tem tido conseqüência dramáticas, inclusive os episódios de uma Terra como bola de neve. Uma nova contribuição para o paradoxo de um Sol jovem e débil também está sendo oferecida. [1]
Para o PDF deste artigo polêmico e interessante, clique aqui [502 KB].
Fui, que o Al Gore levou facilmente uns US$ 200.000,00 do Banco Itaú por uma palestra apocalíptica secularizada que em cinco anos, NOTA BENE, em cinco anos quando a comunidade científica voltar a si, considerar visões contraditórias como esta sobre a questão, vai ver que o ser humano não é O ÚNICO RESPONSÁVEL pelo aquecimento global.
Banco Itaú, como é que vocês perderam US$ 200.000,00 de bobeira? Isso depõe contra a seriedade desta instituição financeira responsável pelas pequenas e grandes aplicações de gente que poupou a vida inteira. Como será contabilizado o “prejuízo” financeiro que Al Gore deu aos acionistas do Banco Itaú? Como será contabilizado o “prejuízo” científico que Al “Alarmista” Gore está dando à ciência?
O mote da Royal Society em Londres é “Nullia verba” [Não confiar na palavra de ninguém]. É o que chamo aqui de EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA [As coisas empíricas, são empiricamente consideradas]. Nada de política e nem de apocalipse. Mesmo que secularista. São as evidências que demonstram a verdade científica. Nada mais, nada menos. Pro bonum scientiae!
NOTA:
[1] Abstract: Changes in the intensity of galactic cosmic rays alter the Earth's cloudiness. A recent experiment has shown how electrons liberated by cosmic rays assist in making aerosols, the building blocks of cloud condensation nuclei, while anomalous climatic trends in Antarctica confirm the role of clouds in helping to drive climate change. Variations in the cosmic-ray influx due to solar magnetic activity account well for climatic fluctuations on decadal, centennial and millennial timescales. Over longer intervals, the changing galactic environment of the solar system has had dramatic consequences, including Snowball Earth episodes. A new contribution to the faint young Sun paradox is also on offer.
Guillermo Gonzalez: Galileu Galilei do século 21?
sábado, maio 26, 2007
Guillermo Gonzalez, um cubano que fugiu da ditadura de Castro em Cuba esperando encontrar liberdade plena nos Estados Unidos. Ledo engano, a diktadura da Nomenklatura científica da Iowa State University [ISU] negou estabilidade acadêmica [versão secularizada do ‘silêncio obsequioso’] a um dos mais brilhantes professores e pesquisadores daquela instituição por razões ainda obscuras. Vou levantar a lebre aqui que todo mundo já sabe: é porque Guillermo Gonzalez escreveu “The Privileged Planet” onde defende o design inteligente.
Leiam um pouco dessa “inquisição sem fogueiras” engendrada pelos agentes da KGB – os guarda-cancelas da Nomenklatura científica na terra do Tio Sam, e entendam por que professores, pesquisadores e alunos de universidades brasileiras públicas e privadas que fazem parte do pequeno, mas crescente Núcleo Brasileiro de Design Inteligente ainda não podem ter seus nomes e locais de trabalho revelados:
1. A revista Chronicle of Higher Education relatou que Gonzalez está em primeiro lugar entre seus colegas astrônomos na ISU de acordo com a estatística do “índice h”, que procura medir quão amplamente os artigos de um cientista são citados por outros cientistas. De acordo com a Chronicle, “O sr. Gonzalez tem um índice h normalizado de 13, o mais alto de todos os 10 astrônomos no seu departamento. A mais próxima foi Lee Anne Wilson, professora universitária que teve um índice h normalizado de 9.”
2. Foi revelado que ao mesmo tempo em que a ISU negou estabilidade acadêmica a Gonzalez nesta primavera passada, a universidade promoveu a status de professor ao seu principal perseguidor acadêmico, o professor ateu Hector Avalos, que acredita ser a Bíblia pior do que o Mein Kampf de Hitler.
3. A revista científica de renome mundial Nature, destacou o caso de Gonzalez num artigo em sua seção de notícias. No artigo, o orientador de pós-doutorado de Gonzalez na Universidade do Texas, Austin, é citado dizendo: “Ele é um dos melhores alunos de pós-doutorado que já tive” e “Eu diria que ele era um sério candidato à estabilidade acadêmica.”
4. O senador e candidato à presidência dos Estados Unidos, Sam Brownback, emitiu uma nota defendendo o direito de liberdade acadêmica de Gonzalez, enquanto que os acadêmicos darwinistas defenderam vociferantemente o negar de empregos a cientistas favoráveis ao design inteligente na academia.
5. John McCarroll, porta-voz da ISU, continuou a inventar fatos nos seus esforços para defender a negação de estabilidade acadêmica esta semana afirmando que as publicações de um professor anterior ao seu emprego na ISU não são consideradas durante o processo de estabilidade acadêmica. Instado a fornecer documentação para sua última afirmativa, McCarroll não respondeu.
Se você ficou sabendo agora desta história, você deve conferir os principais acontecimentos da última semana, que inclui a admissão por dois membros do departamento de Gonzalez de que o design inteligente desempenhou um papel na negação de sua estabilidade acadêmica, e que o anúncio das estatísticas de concessão de estabilidade acadêmica mostram que a ISU aprovou 91% de seus pedidos de estabilidade acadêmica este ano. Além disso, os padrões de estabilidade acadêmica do Departamento de Física e Astronomia da ISU revelaram que a obtenção de recursos financeiros externos para pesquisas não era um critério declarado para decisões para concessão de estabilidade acadêmica no departamento.
++++
Assim como Galileu Galilei disse “Eppur si muove”, Guillermo Gonzalez deve ter dito: “O design é real, não é ilusão. O design é empiricamente detectado na natureza.”
Gente, o que é assustador é que isso aconteceu na maior democracia do mundo. O mais assustador ainda é que a “caça às bruxas” é feita pelos que defendem ardentemente o materialismo filosófico como se fosse ciência. O muito mais assustador é que a Academia é tão dogmaticamente fundamentalista em relação a novas idéias como as religiões.
Chamam isso de defesa da ciência. Eu tenho outro nome: defesa monolítica do paradigma que não é apoiado pelas evidências. Vade retro, Satã, teu nome moderno é Nomenklatura científica!
Baseado em Casey Luskin
Leiam um pouco dessa “inquisição sem fogueiras” engendrada pelos agentes da KGB – os guarda-cancelas da Nomenklatura científica na terra do Tio Sam, e entendam por que professores, pesquisadores e alunos de universidades brasileiras públicas e privadas que fazem parte do pequeno, mas crescente Núcleo Brasileiro de Design Inteligente ainda não podem ter seus nomes e locais de trabalho revelados:
1. A revista Chronicle of Higher Education relatou que Gonzalez está em primeiro lugar entre seus colegas astrônomos na ISU de acordo com a estatística do “índice h”, que procura medir quão amplamente os artigos de um cientista são citados por outros cientistas. De acordo com a Chronicle, “O sr. Gonzalez tem um índice h normalizado de 13, o mais alto de todos os 10 astrônomos no seu departamento. A mais próxima foi Lee Anne Wilson, professora universitária que teve um índice h normalizado de 9.”
2. Foi revelado que ao mesmo tempo em que a ISU negou estabilidade acadêmica a Gonzalez nesta primavera passada, a universidade promoveu a status de professor ao seu principal perseguidor acadêmico, o professor ateu Hector Avalos, que acredita ser a Bíblia pior do que o Mein Kampf de Hitler.
3. A revista científica de renome mundial Nature, destacou o caso de Gonzalez num artigo em sua seção de notícias. No artigo, o orientador de pós-doutorado de Gonzalez na Universidade do Texas, Austin, é citado dizendo: “Ele é um dos melhores alunos de pós-doutorado que já tive” e “Eu diria que ele era um sério candidato à estabilidade acadêmica.”
4. O senador e candidato à presidência dos Estados Unidos, Sam Brownback, emitiu uma nota defendendo o direito de liberdade acadêmica de Gonzalez, enquanto que os acadêmicos darwinistas defenderam vociferantemente o negar de empregos a cientistas favoráveis ao design inteligente na academia.
5. John McCarroll, porta-voz da ISU, continuou a inventar fatos nos seus esforços para defender a negação de estabilidade acadêmica esta semana afirmando que as publicações de um professor anterior ao seu emprego na ISU não são consideradas durante o processo de estabilidade acadêmica. Instado a fornecer documentação para sua última afirmativa, McCarroll não respondeu.
Se você ficou sabendo agora desta história, você deve conferir os principais acontecimentos da última semana, que inclui a admissão por dois membros do departamento de Gonzalez de que o design inteligente desempenhou um papel na negação de sua estabilidade acadêmica, e que o anúncio das estatísticas de concessão de estabilidade acadêmica mostram que a ISU aprovou 91% de seus pedidos de estabilidade acadêmica este ano. Além disso, os padrões de estabilidade acadêmica do Departamento de Física e Astronomia da ISU revelaram que a obtenção de recursos financeiros externos para pesquisas não era um critério declarado para decisões para concessão de estabilidade acadêmica no departamento.
++++
Assim como Galileu Galilei disse “Eppur si muove”, Guillermo Gonzalez deve ter dito: “O design é real, não é ilusão. O design é empiricamente detectado na natureza.”
Gente, o que é assustador é que isso aconteceu na maior democracia do mundo. O mais assustador ainda é que a “caça às bruxas” é feita pelos que defendem ardentemente o materialismo filosófico como se fosse ciência. O muito mais assustador é que a Academia é tão dogmaticamente fundamentalista em relação a novas idéias como as religiões.
Chamam isso de defesa da ciência. Eu tenho outro nome: defesa monolítica do paradigma que não é apoiado pelas evidências. Vade retro, Satã, teu nome moderno é Nomenklatura científica!
Baseado em Casey Luskin
EXTRA! EXTRA! Até os livros-texto na Inglaterra não são uma Brastemp
Nós sabemos que a maioria dos livros-texto de Biologia do ensino médio e superior brasileiros “doura a pílula” na abordagem das atuais teorias da origem e evolução da vida e em aspectos históricos relativos a Darwin. Alguns como Amabis e Martho já retiraram as duas fraudes − as mariposas de Manchester (melanismo industrial) e os embriões de Haeckel da nova edição, mas não mencionaram para os alunos porque o fizeram.
Este problema, que eu chamo de desonestidade acadêmica porque os autores se comunicam, têm acesso às publicações científicas, e aos parâmetros curriculares, não é só nosso. Também é de americanos e britânicos. Vide o abstract abaixo [download gratuito] desta situação lesando a educação dos alunos:
A evolução das interpretações incorretas sobre Darwin
Paul A. Rees
Journal of Biological Education, 41(2), Spring 2007, 53-55.
Abstract: Os livros-texto GCE do Nível Avançado de Biologia têm fornecido relatos simplificados demais e inexatos da contribuição de Charles Darwin para o estudo da evolução ao longo de um período de muitas décadas [SIC ULTRA PLUS!!!]. Eles creditaram a Darwin com habilidades de campo e insight que ele não possuía, e repetiram várias inexatidões históricas. O poder de Darwin foi o de um sintetizador de informação, pelo menos no começo de sua vida, ele não foi particularmente um observador ou biólogo de campo cuidadoso. Os espécimes coletados na sua viagem no HMS Beagle foram amplamente identificados e analisados por outros, mas isto raramente é reconhecido. Este artigo critica a exatidão histórica do tratamento de Darwin e de suas idéias numa série de livros-texto do nível A, e destaca uma ausência preocupante de referências a Darwin nas atuais especificações de Biologia do nível A e em alguns textos. [1]
+++++
Se tem uma coisa boa em tudo isso, é que nós forçamos esta turma a ser mais objetiva e atualizada nos conhecimentos de biologia evolutiva, e a largar a manutenção desses erros e exageros de várias décadas. Esses autores de livro didáticos ainda vão abordar a teoria geral da evolução considerando as evidências a favor e contra.
Quem viver, verá...
NOTA
[1] The evolution of textbook misconceptions about Darwin Paul A. Rees Journal of Biological Education, 41(2), Spring 2007, 53-55.
Abstract: Textbooks for GCE Advanced Level Biology have provided over-simplified and inaccurate accounts of Charles Darwin’s contribution to the study of evolution over a period of many decades. They have credited him with field skills and insight that he did not possess, and repeated several historical inaccuracies. Darwin’s strength was as a synthesiser of information but, at least in his early life, he was not a particularly observant or careful field biologist. The specimens collected on his voyage on HMS Beagle were largely identified and analysed by others, but this is rarely acknowledged. This article criticises the historical accuracy of the treatment of Darwin and his ideas in a range of A-level textbooks, and notes a worrying absence of references to Darwin in current A-level Biology specifications and some texts.
Este problema, que eu chamo de desonestidade acadêmica porque os autores se comunicam, têm acesso às publicações científicas, e aos parâmetros curriculares, não é só nosso. Também é de americanos e britânicos. Vide o abstract abaixo [download gratuito] desta situação lesando a educação dos alunos:
A evolução das interpretações incorretas sobre Darwin
Paul A. Rees
Journal of Biological Education, 41(2), Spring 2007, 53-55.
Abstract: Os livros-texto GCE do Nível Avançado de Biologia têm fornecido relatos simplificados demais e inexatos da contribuição de Charles Darwin para o estudo da evolução ao longo de um período de muitas décadas [SIC ULTRA PLUS!!!]. Eles creditaram a Darwin com habilidades de campo e insight que ele não possuía, e repetiram várias inexatidões históricas. O poder de Darwin foi o de um sintetizador de informação, pelo menos no começo de sua vida, ele não foi particularmente um observador ou biólogo de campo cuidadoso. Os espécimes coletados na sua viagem no HMS Beagle foram amplamente identificados e analisados por outros, mas isto raramente é reconhecido. Este artigo critica a exatidão histórica do tratamento de Darwin e de suas idéias numa série de livros-texto do nível A, e destaca uma ausência preocupante de referências a Darwin nas atuais especificações de Biologia do nível A e em alguns textos. [1]
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Se tem uma coisa boa em tudo isso, é que nós forçamos esta turma a ser mais objetiva e atualizada nos conhecimentos de biologia evolutiva, e a largar a manutenção desses erros e exageros de várias décadas. Esses autores de livro didáticos ainda vão abordar a teoria geral da evolução considerando as evidências a favor e contra.
Quem viver, verá...
NOTA
[1] The evolution of textbook misconceptions about Darwin Paul A. Rees Journal of Biological Education, 41(2), Spring 2007, 53-55.
Abstract: Textbooks for GCE Advanced Level Biology have provided over-simplified and inaccurate accounts of Charles Darwin’s contribution to the study of evolution over a period of many decades. They have credited him with field skills and insight that he did not possess, and repeated several historical inaccuracies. Darwin’s strength was as a synthesiser of information but, at least in his early life, he was not a particularly observant or careful field biologist. The specimens collected on his voyage on HMS Beagle were largely identified and analysed by others, but this is rarely acknowledged. This article criticises the historical accuracy of the treatment of Darwin and his ideas in a range of A-level textbooks, and notes a worrying absence of references to Darwin in current A-level Biology specifications and some texts.
Quer saber se um novo blog foi postado aqui?
sexta-feira, maio 25, 2007
Você quer receber por e-mail a notificação de um novo blog postado aqui? Então siga as instruções. Bem abaixo das informações sobre o tempo em Campinas, você vai ler a seguinte frase em inglês do serviço blogarithm.com: Tell me when this blog is updated. . . (Avise-me quando este blog for atualizado...) Insira o seu e-mail, e clique Keep it fresh!!! (Mantenha atualizado).
Vamos juntos fazer uma revolução científica neste país: recomende este blog para o maior número possível de amigos, e peça para eles fazerem o mesmo indicando para seus amigos. Peça também para eles assinarem este serviço de atualização de blogs.
Quanto mais gente inteirada desta controvérsia, maiores são as chances de a Nomenklatura científica e a Grande Mídia saírem de suas torres de marfim, e dialogar publica e civilmente sobre as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida; que o MEC/SEMTEC/PNLEM faça uma revisão objetiva e profunda da retirada das fraudes e distorções encontradas em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior.
Hay que endurecerse, pero com ternura! Compañero Che Guevara, num ta fácil. É que eu habito meu estilo...
Blogger atenciosamente agradecido!
Vamos juntos fazer uma revolução científica neste país: recomende este blog para o maior número possível de amigos, e peça para eles fazerem o mesmo indicando para seus amigos. Peça também para eles assinarem este serviço de atualização de blogs.
Quanto mais gente inteirada desta controvérsia, maiores são as chances de a Nomenklatura científica e a Grande Mídia saírem de suas torres de marfim, e dialogar publica e civilmente sobre as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida; que o MEC/SEMTEC/PNLEM faça uma revisão objetiva e profunda da retirada das fraudes e distorções encontradas em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior.
Hay que endurecerse, pero com ternura! Compañero Che Guevara, num ta fácil. É que eu habito meu estilo...
Blogger atenciosamente agradecido!
Chaitin “falou e disse”: se a teoria de Darwin é simples como aritmética, que tal um pouco de matemática?
Recebi um e-mail de um amigo italiano E. D., proponente do DI lá na Europa, que transcrevo a seguir:
O cientista da IBM Gregory Chaitin, disse “Na minha opinião, se a teoria de Darwin é tão simples, fundamental, e básica como os seus aderentes acreditam, então deve haver igualmente uma teoria matemática fundamental sobre isso que expresse essas idéias com a generalidade, precisão e grau de abstração que nós estamos acostumados a exigir em matemática pura.”
O artigo complexo, mas interessante do Chaitin está aqui [em inglês, sorry periferia]
Para testar matematicamente a teoria de Darwin, nós precisaríamos de modelos matemáticos completos de organismos. Hoje nós estamos anos-luz distantes deste feito.
Um modelo matemático (ou software) de um organismo seria uma formalização de um sistema de alta complexidade hologramática (i.e. um sistema onde as suas peças (as células) contêm as instruções do todo e as instruções para o desenvolvimento de seu embrião a partir de uma única célula).
O neodarwinismo faz a hipótese de que as mutações aleatórias nas instruções (DNA) e uma função de adaptação pós-processamento (seleção natural) pode criar as macrotransformações para os organismos, e desta maneira criou todas as espécies na Terra.
Um primeiro problema é isto: se as mutações aleatórias forem poucas, então as macrotransformações são improváveis (um causa pobre não pode criar efeitos ricos). Se as mutações aleatórias forem muitas, então as macrotransformações são improváveis (porque, para se obter uma macrotransformação correta, as mutações deveriam ser todas corretas e correlacionadas).
Há evidência científica desta verdade em muitas áreas: por exemplo, no desenvolvimento de programas de computadores e suas modificações.
Uma vez que a declaração acima é verdade para qualquer sistema complexo (ou, quanto mais complexo o sistema mais aquilo é verdade!) então nós também duvidamos do darwinismo tendo o seu modelo matemático completo (e a propósito, eu suspeito que o Chaitin também duvida).
E.
++++
Gregory Chaitin, gravem bem este nome. Trabalhar para a IBM não é qulquer um matemático não. Quando eu li este artigo do Chaitin, não sei por que me lembrei da afirmação do Dawkins que quem duvida da Theoria perennis só pode ser ignorante, louco e otras cositas mais. E da afirmação da Nomenklatura científica de que não há cientistas de peso que duvidam da teoria geral da evolução.
Conversa pra boi dormir...
O cientista da IBM Gregory Chaitin, disse “Na minha opinião, se a teoria de Darwin é tão simples, fundamental, e básica como os seus aderentes acreditam, então deve haver igualmente uma teoria matemática fundamental sobre isso que expresse essas idéias com a generalidade, precisão e grau de abstração que nós estamos acostumados a exigir em matemática pura.”
O artigo complexo, mas interessante do Chaitin está aqui [em inglês, sorry periferia]
Para testar matematicamente a teoria de Darwin, nós precisaríamos de modelos matemáticos completos de organismos. Hoje nós estamos anos-luz distantes deste feito.
Um modelo matemático (ou software) de um organismo seria uma formalização de um sistema de alta complexidade hologramática (i.e. um sistema onde as suas peças (as células) contêm as instruções do todo e as instruções para o desenvolvimento de seu embrião a partir de uma única célula).
O neodarwinismo faz a hipótese de que as mutações aleatórias nas instruções (DNA) e uma função de adaptação pós-processamento (seleção natural) pode criar as macrotransformações para os organismos, e desta maneira criou todas as espécies na Terra.
Um primeiro problema é isto: se as mutações aleatórias forem poucas, então as macrotransformações são improváveis (um causa pobre não pode criar efeitos ricos). Se as mutações aleatórias forem muitas, então as macrotransformações são improváveis (porque, para se obter uma macrotransformação correta, as mutações deveriam ser todas corretas e correlacionadas).
Há evidência científica desta verdade em muitas áreas: por exemplo, no desenvolvimento de programas de computadores e suas modificações.
Uma vez que a declaração acima é verdade para qualquer sistema complexo (ou, quanto mais complexo o sistema mais aquilo é verdade!) então nós também duvidamos do darwinismo tendo o seu modelo matemático completo (e a propósito, eu suspeito que o Chaitin também duvida).
E.
++++
Gregory Chaitin, gravem bem este nome. Trabalhar para a IBM não é qulquer um matemático não. Quando eu li este artigo do Chaitin, não sei por que me lembrei da afirmação do Dawkins que quem duvida da Theoria perennis só pode ser ignorante, louco e otras cositas mais. E da afirmação da Nomenklatura científica de que não há cientistas de peso que duvidam da teoria geral da evolução.
Conversa pra boi dormir...
Pôster polêmico sobre o status epistêmico do neodarwinismo faz um ano
No auditório da Fac. de Medicina da USP, nos dias 18 a 20 de maio de 2006, tive o privilégio e a honra de apresentar um pôster sobre a iminente e eminente mudança paradigmática em biologia evolutiva porque o atual paradigma, o neodarwinismo já não responde mais a muitas anomalias. Aguardem 2010.
Clique sobre a imagem com o botão direito, salve e depois amplie para ver o conteúdo do pôster.
Os darwinistas ficaram em silêncio por três décadas. Nossos livros-texto ainda teimam trazer este paradigma morto na abordagem da teoria geral da evolução. Foi preciso um “simples professorzinho do ensino médio” (será???) levantar esta questão espinhosa, abrir caminho e facilitar então a livre discussão desta séria questão científica na Academia, e promover o avanço da ciência. E ainda dizem que o pessoal do DI é que impede o avanço da ciência. Como você pode ver, nada mais falso.
Quando afirmarem que não há crise paradigmática, apontem para este trabalho que consta dos anais daquela conferência.
Fui, que atrás de mim está vindo muito mais gente com mais coragem de abordar esta questão em outras paragens.
Companheiro Che Guevara, hasta la victoria!
Clique sobre a imagem com o botão direito, salve e depois amplie para ver o conteúdo do pôster.
Os darwinistas ficaram em silêncio por três décadas. Nossos livros-texto ainda teimam trazer este paradigma morto na abordagem da teoria geral da evolução. Foi preciso um “simples professorzinho do ensino médio” (será???) levantar esta questão espinhosa, abrir caminho e facilitar então a livre discussão desta séria questão científica na Academia, e promover o avanço da ciência. E ainda dizem que o pessoal do DI é que impede o avanço da ciência. Como você pode ver, nada mais falso.
Quando afirmarem que não há crise paradigmática, apontem para este trabalho que consta dos anais daquela conferência.
Fui, que atrás de mim está vindo muito mais gente com mais coragem de abordar esta questão em outras paragens.
Companheiro Che Guevara, hasta la victoria!
EXTRA! EXTRA! “Depenaram” mais uma estória da carochinha darwinista
quarta-feira, maio 23, 2007
Sou fã de carteirinha de Jorge Ben Jor. Especialmente de uma de suas músicas onde o refrão vai mais ou menos assim: Ela já não é mais a minha pequena, que pena, que pena... Liberdades poéticas à parte, pois cientista não é de ferro, e Darwin não me deixa mentir − no fim da vida, aquele que teve a idéia mais brilhante de toda a humanidade (menos exagero, Dennett, menos) disse que não apreciava mais a poesia... Que pena, pois o poeta chama à existência o inexistente. Diz o que não pode ser dito (Wittgenstein).
E o que o refrão de Jorge Ben Jor tem a ver aqui neste blog? É que eu moro, num país tropical, dominado por uma intelligentsia secularizada fundamentalista que só fala e publica o que Darwin tem de bom. O que Darwin tem de ruim, eles escondem. E que demoniza os de concepções religiosas. Aqui neste blog a relação incestuosa e despudorada da Grande Mídia com a Nomenklatura científica tupiniquins é denunciada. Com todos os pingos nos is. Duela a quien duela.
Gente, o que é bom na ciência é que ela não é dogmática (Será? Dia 24 de maio participo de um seminário em renomada universidade privada onde Kuhn disse que o dogma transita em ciência...). A verdade científica atual, se for demonstrada mentira amanhã, oops não corroborada pelas evidências, a gente abandona com certa relutância, enfia a viola epistêmica no saco, busca-se uma saída, e tudo fica como dantes. Paradigma morto, paradigma posto, mas há casos em que se opera com o paradigma defunto, mesmo que cheirosamente nauseabundo às narinas mais sensíveis.
O neodarwinismo é o exemplo mor disso: morto há quase 30 anos, mas teimosamente sendo preservado pelo formol do ‘não temos outro modelo estritamente naturalista’ sob a lápide fria do naturalismo filosófico. Todos nós temos de suportar o cheiro fétido das insuficiências heurísticas deste defunto em nome do atual consenso akadêmico. Caso de muitos cientistas e pesquisadores no Brasil e no mundo.
Vocês se lembram da especulação transformista dos dinossauros com penas dando origem às aves? A agência de notícias France-Press acabou de anunciar (23/05/2007) que tais penas nunca existiram!
A teoria de que os dinossauros deram origem às aves acabou de sofrer um revés muito sério pela pesquisa de paleontólogos que examinaram a evidência crítica de um fóssil chinês − Sinosauropteryx − do tamanho de um peru, que teria tido penas primitivas, e apoiava a teoria da origem das aves a partir de dinossauros.
Os pesquisadores liderados pelo professor universitário sul-africano Theagarten Lingham-Soliar da Universidade de KwaZulu-Natal http://www.ukzn.ac.za/ publicam seu estudo no Proceedings of the Royal Society B: essas “protopenas” eram realmente estruturas tipo babado nas costas daqueles animais.
O debate focaliza no Sinosauropteryx, um fóssil encontrado em 1994 por um agricultor na província de Liaoning, nordeste da China. Esta região é pródiga em tesouros escondidos do período do Cretáceo Superior alguns 130 milhões de anos atrás. O dinossauro carnívoro de cauda era coberto de fibras que os pesquisadores chineses disseram serem penas primitivas.
Embora as “penas” não fossem nitidamente capazes de voar, a existência delas apoiava uma teoria primeiramente ventilada nos anos 1970s de que as aves evoluíram de dinossauros. Como resultado, uma noção outrora esquisita se tornou o conceito aceito pela maioria para o surgimento das aves. Mas quando os pesquisadores examinaram um espécime de Sinosauropteryx recém-descoberto, também de Liaoning, eles chegaram a conclusões muito diferentes.
Quando eles examinaram o fóssil sob um poderoso microscópio, os pesquisadores disseram que as duas estruturas ramificadas, chamadas de raques com barbelas, são na verdade os resíduos de um babado de fibras de colágeno que passava pela costa do dinossauro da cabeça à cauda.
“As fibras mostram uma semelhança surpreendente com a estrutura e níveis de organização do colágeno da derme”, o tipo de filamentos elásticos duros encontrados na pele de tubarões e répteis modernos, disseram os pesquisadores.
As fibras têm uma estrutura de contas tipo rosário incomum, mas isso muito provavelmente foi provocado por uma torcedura natural dessas contas, e o ajuntamento delas provocadas por desidratação quando o dinossauro morreu e os seus tecidos começaram a secar.
As fibras duras podem ter sido um tipo de armadura para proteger o pequeno dinossauro de predadores, ou talvez tivesse um uso estrutural ao enrijecer a sua cauda.
Da primeira ave conhecida
A primeira ave conhecida é o Archaeopteryx, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás. O que está perdido são os elos entre o Archaeopteryx e as outras espécies que mostrariam como que ele evoluiu. Mas o registro fóssil é frustrantemente pequeno e incompleto [SIC ULTRA PLUS 1 – desde o tempo de Darwin eles põem a culpa no registro fóssil] e é por isso que o debate [SIC ULTRA PLUS 2 – que eles teimam dizer na mídia que inexiste] tem sido tão acalorado [SIC ULTRA PLUS 3 – ué, mas não é para ser um debate objetivo e equilibrado vez que por mentes somente guiadas pela razão????].
A teoria de que as aves descendem de dinossauros é baseada na idéia de que pequenos dinossauros que ganharam uma vantagem ao desenvolverem os hábitos de comer plantas, cresceram penas para se manterem quentes e alçarem às árvores para se protegerem.
Dali foi um passo relativamente pequeno para que esses dinossauros bípedes e carnívoros com pés de três dedos desenvolverem habilidades de vôo, e depois a capacidade de voar.
A equipe comandada por Lingham-Soliar não discorda dessa teoria, mas eles estão perplexos pelo o que consideram ser um salto imprudente a conclusão de que o Sinosauropteryx tinha todas as protopenas importantes, muito embora este dinossauro esteja filogeneticamente bem distanciado do Archaeopteryx.
Lingham-Soliar disse que a evidência apoiando as penas primitivas não tinha investigação séria. “Não há uma única representação próxima da estrutura integumental considerada como protopena”. Considerando-se que a evolução da pena é um momento de grande importância na história da vida, “rigor científico é exigido” [SIC ULTRA PLUS 4: é preciso pedir isso dos cientistas???], disse ele.
France Press
++++
Enviei o seguinte e-mail para a turma de Huxley:
“Alô casa de máquinas do HMS “Darwinic”, vocês já emitiram um sinal de SOS para os guarda-cancelas da KGB da Nomenklatura científica para que o estrago de nossa imagem junto ao público seja o menor possível?”
Os agentes da KGB da Nomenklatura científica infiltrados na Nature (se não me engano Huxley foi editor) responderam imediatamente à altura do discurso “camisa-de-força” neodarwinista. O comunicado do Nature Science Update foi intitulado “Dino careca lança dúvida na teoria das penas”.
“Se o Sinosauropteryx foi realmente sem penas, então pode ser que as penas chegaram ao cenário evolutivo mais tarde do que os paleontólogos tinham pensado.” Engraçado, em vez de chamarem os cientistas à chincha para serem mais objetivos nas suas pesquisas e conclusões, a Nature não levou em conta as implicações de tudo isso.
David Unwin, paleontólogo da Universidade de Leicester, disse “não há necessidade de se entrar em pânico” sobre as implicações desta descoberta. Ele afirmou, “Isso de nenhum modo desafia a idéia de que os dinossauros tinham penas e que os dinossauros deram origem às aves.” Isso apenas “lança dúvida sobre o primeiro passo na evolução de penas.” Uau, mas estupefaciente foi o dogma que Unwin recitou literalmente sobre as teorias evolutivas: “As coisas podem ser mais complexas do que nós imaginamos.”
++++
Eu vou ficar com o pé atrás nessa briga de cachorros grandes darwinistas. Não vai ser apenas uma análise que irá convencê-los o contrário, mas a deixa de Lingham-Soliar de que é preciso “mais rigor científico” no contar dessas “just-so stories” (obrigado Gould) estórias da carochinha é justamente o que nós do DI fazemos há mais de uma década. Vai ver o Lingham-Soliar está na folha de pagamento do Discovery Institute.
E o que o refrão de Jorge Ben Jor tem a ver aqui neste blog? É que eu moro, num país tropical, dominado por uma intelligentsia secularizada fundamentalista que só fala e publica o que Darwin tem de bom. O que Darwin tem de ruim, eles escondem. E que demoniza os de concepções religiosas. Aqui neste blog a relação incestuosa e despudorada da Grande Mídia com a Nomenklatura científica tupiniquins é denunciada. Com todos os pingos nos is. Duela a quien duela.
Gente, o que é bom na ciência é que ela não é dogmática (Será? Dia 24 de maio participo de um seminário em renomada universidade privada onde Kuhn disse que o dogma transita em ciência...). A verdade científica atual, se for demonstrada mentira amanhã, oops não corroborada pelas evidências, a gente abandona com certa relutância, enfia a viola epistêmica no saco, busca-se uma saída, e tudo fica como dantes. Paradigma morto, paradigma posto, mas há casos em que se opera com o paradigma defunto, mesmo que cheirosamente nauseabundo às narinas mais sensíveis.
O neodarwinismo é o exemplo mor disso: morto há quase 30 anos, mas teimosamente sendo preservado pelo formol do ‘não temos outro modelo estritamente naturalista’ sob a lápide fria do naturalismo filosófico. Todos nós temos de suportar o cheiro fétido das insuficiências heurísticas deste defunto em nome do atual consenso akadêmico. Caso de muitos cientistas e pesquisadores no Brasil e no mundo.
Vocês se lembram da especulação transformista dos dinossauros com penas dando origem às aves? A agência de notícias France-Press acabou de anunciar (23/05/2007) que tais penas nunca existiram!
A teoria de que os dinossauros deram origem às aves acabou de sofrer um revés muito sério pela pesquisa de paleontólogos que examinaram a evidência crítica de um fóssil chinês − Sinosauropteryx − do tamanho de um peru, que teria tido penas primitivas, e apoiava a teoria da origem das aves a partir de dinossauros.
Os pesquisadores liderados pelo professor universitário sul-africano Theagarten Lingham-Soliar da Universidade de KwaZulu-Natal http://www.ukzn.ac.za/ publicam seu estudo no Proceedings of the Royal Society B: essas “protopenas” eram realmente estruturas tipo babado nas costas daqueles animais.
O debate focaliza no Sinosauropteryx, um fóssil encontrado em 1994 por um agricultor na província de Liaoning, nordeste da China. Esta região é pródiga em tesouros escondidos do período do Cretáceo Superior alguns 130 milhões de anos atrás. O dinossauro carnívoro de cauda era coberto de fibras que os pesquisadores chineses disseram serem penas primitivas.
Embora as “penas” não fossem nitidamente capazes de voar, a existência delas apoiava uma teoria primeiramente ventilada nos anos 1970s de que as aves evoluíram de dinossauros. Como resultado, uma noção outrora esquisita se tornou o conceito aceito pela maioria para o surgimento das aves. Mas quando os pesquisadores examinaram um espécime de Sinosauropteryx recém-descoberto, também de Liaoning, eles chegaram a conclusões muito diferentes.
Quando eles examinaram o fóssil sob um poderoso microscópio, os pesquisadores disseram que as duas estruturas ramificadas, chamadas de raques com barbelas, são na verdade os resíduos de um babado de fibras de colágeno que passava pela costa do dinossauro da cabeça à cauda.
“As fibras mostram uma semelhança surpreendente com a estrutura e níveis de organização do colágeno da derme”, o tipo de filamentos elásticos duros encontrados na pele de tubarões e répteis modernos, disseram os pesquisadores.
As fibras têm uma estrutura de contas tipo rosário incomum, mas isso muito provavelmente foi provocado por uma torcedura natural dessas contas, e o ajuntamento delas provocadas por desidratação quando o dinossauro morreu e os seus tecidos começaram a secar.
As fibras duras podem ter sido um tipo de armadura para proteger o pequeno dinossauro de predadores, ou talvez tivesse um uso estrutural ao enrijecer a sua cauda.
Da primeira ave conhecida
A primeira ave conhecida é o Archaeopteryx, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás. O que está perdido são os elos entre o Archaeopteryx e as outras espécies que mostrariam como que ele evoluiu. Mas o registro fóssil é frustrantemente pequeno e incompleto [SIC ULTRA PLUS 1 – desde o tempo de Darwin eles põem a culpa no registro fóssil] e é por isso que o debate [SIC ULTRA PLUS 2 – que eles teimam dizer na mídia que inexiste] tem sido tão acalorado [SIC ULTRA PLUS 3 – ué, mas não é para ser um debate objetivo e equilibrado vez que por mentes somente guiadas pela razão????].
A teoria de que as aves descendem de dinossauros é baseada na idéia de que pequenos dinossauros que ganharam uma vantagem ao desenvolverem os hábitos de comer plantas, cresceram penas para se manterem quentes e alçarem às árvores para se protegerem.
Dali foi um passo relativamente pequeno para que esses dinossauros bípedes e carnívoros com pés de três dedos desenvolverem habilidades de vôo, e depois a capacidade de voar.
A equipe comandada por Lingham-Soliar não discorda dessa teoria, mas eles estão perplexos pelo o que consideram ser um salto imprudente a conclusão de que o Sinosauropteryx tinha todas as protopenas importantes, muito embora este dinossauro esteja filogeneticamente bem distanciado do Archaeopteryx.
Lingham-Soliar disse que a evidência apoiando as penas primitivas não tinha investigação séria. “Não há uma única representação próxima da estrutura integumental considerada como protopena”. Considerando-se que a evolução da pena é um momento de grande importância na história da vida, “rigor científico é exigido” [SIC ULTRA PLUS 4: é preciso pedir isso dos cientistas???], disse ele.
France Press
++++
Enviei o seguinte e-mail para a turma de Huxley:
“Alô casa de máquinas do HMS “Darwinic”, vocês já emitiram um sinal de SOS para os guarda-cancelas da KGB da Nomenklatura científica para que o estrago de nossa imagem junto ao público seja o menor possível?”
Os agentes da KGB da Nomenklatura científica infiltrados na Nature (se não me engano Huxley foi editor) responderam imediatamente à altura do discurso “camisa-de-força” neodarwinista. O comunicado do Nature Science Update foi intitulado “Dino careca lança dúvida na teoria das penas”.
“Se o Sinosauropteryx foi realmente sem penas, então pode ser que as penas chegaram ao cenário evolutivo mais tarde do que os paleontólogos tinham pensado.” Engraçado, em vez de chamarem os cientistas à chincha para serem mais objetivos nas suas pesquisas e conclusões, a Nature não levou em conta as implicações de tudo isso.
David Unwin, paleontólogo da Universidade de Leicester, disse “não há necessidade de se entrar em pânico” sobre as implicações desta descoberta. Ele afirmou, “Isso de nenhum modo desafia a idéia de que os dinossauros tinham penas e que os dinossauros deram origem às aves.” Isso apenas “lança dúvida sobre o primeiro passo na evolução de penas.” Uau, mas estupefaciente foi o dogma que Unwin recitou literalmente sobre as teorias evolutivas: “As coisas podem ser mais complexas do que nós imaginamos.”
++++
Eu vou ficar com o pé atrás nessa briga de cachorros grandes darwinistas. Não vai ser apenas uma análise que irá convencê-los o contrário, mas a deixa de Lingham-Soliar de que é preciso “mais rigor científico” no contar dessas “just-so stories” (obrigado Gould) estórias da carochinha é justamente o que nós do DI fazemos há mais de uma década. Vai ver o Lingham-Soliar está na folha de pagamento do Discovery Institute.
Hipocrisia rima com dogmatismo
terça-feira, maio 22, 2007
Aqui neste blog eu desafio a Nomenklatura científica − postura arrogante de cientificismo bem maquiavélica na prática de inquisição sem fogueiras aos dissidentes dos atuais paradigmas [Guillermo Gonzalez é o exemplo mais recente], bem como destaco a confusão que alguns cientistas fazem do naturalismo metodológico com o naturalismo filosófico reforçando posições ideológicas do materialismo filosófico.
Além disso, na defesa da sociedade pluralista, faço o papel de Advogado do Diabo para os de concepções religiosas, defendendo seus direitos constitucionais, denunciando posturas fundamentalistas dos secularistas que dominam a Academia e a Grande Mídia em Pindorama, e para que não sejam iludidos pelo canto da sereia darwinista de que há compatibilidade entre aceitar a evolução e crer numa divindade. Darwin, você também me deve essa, pois defendo aqui a ortodoxia de suas idéias...
Trago aqui uma pérola de hipocrisia e arrogância dos clérigos secularistas xiitas [que meus amigos muçulmanos não me queiram mal por isso]:
“Portanto, nós precisamos o entendimento da evolução. Nós precisamos da ciência, e também há espaço para permitir algumas versões de religião. Não a religião estreita, evangélica, que ataca verbalmente a ciência, mas a religião de mente aberta, tolerante, e bem comportada.” [1]
Uau, caracas meu! Eu quase morri de rir diante de tanta incongruência lógica. Como alguém pode ser “tolerante” e “mente aberta”, e imediatamente afirmar que nós devemos somente “permitir algumas versões de religião”. Mas, eu fiquei bastante preocupado com a “demonização” dos cristãos evangélicos que se opõem não à ciência, mas à falsa ciência. Quanta hipocrisia desta autora!
Em seguida ela destila seu veneno dogmático desafiador de Bothrops jararaca [2] contra os críticos da teoria geral da evolução:
“Não há dúvida, não há nenhuma evidência contra a evolução, e não há nenhuma controvérsia sobre a ciência da evolução.” [3]
Uau, porpeta, onde esta dona estudou ciência, quais publicações científicas ela lê, o que faz da montanha de evidências contrárias à teoria geral da evolução [eles nunca identificam qual “evolução” está sendo discutida]. Se não há controvérsia por que a Nomenklatura científica está elaborando nova teoria geral da evolução vez que o neodarwinismo já foi considerado morto há quase 30 anos? 2010 não está muito longe. Quem viver, verá, a menos que eles queiram me contrariar…
Hipocrisia e dogmatismo, quem diria, é o que mais temos e vemos na Academia. Sem nenhuma advertência, como se isso fizesse parte do discurso científico, como se fosse ciência normal. Nada mais falso. Hipócritas e dogmáticos, sejam mais academicamente honestos, façam ciência. É para isso que lhes pagamos salários através de nossos impostos. Se querem proclamar uma ideologia, tirem dinheiro dos seus bolsos, fundem um partido, uma associação, ou o raio que os parta, mas não se abriguem debaixo do manto da ciência, e nem façam isso com o nosso suado dinheirinho.
É por essas e outras que, não sendo um deles, mesmo assim me chamam de “rotweiller dos criacionistas”. Huxley, cara, depois dessa vou chamá-lo de “poodle” de Darwin. Você merece, mas terei sempre em mente a sua hipocrisia e dogmatismo que condenou St. George Jackson Mivart ao ostracismo, e destruiu a carreira acadêmica do primeiro teísta que tentou harmonizar as especulações transformistas de Darwin e a sua concepção religiosa.
Nada mudou desde 1871, Huxley redivivus continua, mas eu não sabia que hipocrisia rimava com dogma. Na grande taba tupiniquim não é diferente.
NOTAS:
[1] “Therefore, we need understanding of evolution. We need the science, and also there is room to allow some versions of religion. Not the narrow, evangelical, science-bashing religion, but open-minded, tolerant, and well-behaved religion.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, pg. 108.
[2] Segundo o Instituto Butantã, embora a jararaca seja uma cobra dócil, ela é responsável pela maioria dos acidentes ofídicos no País: 50% dos acidentes.
[3] “There is no doubt, there is no evidence against evolution, and there is no controversy about the science of evolution.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, p. 98.
Além disso, na defesa da sociedade pluralista, faço o papel de Advogado do Diabo para os de concepções religiosas, defendendo seus direitos constitucionais, denunciando posturas fundamentalistas dos secularistas que dominam a Academia e a Grande Mídia em Pindorama, e para que não sejam iludidos pelo canto da sereia darwinista de que há compatibilidade entre aceitar a evolução e crer numa divindade. Darwin, você também me deve essa, pois defendo aqui a ortodoxia de suas idéias...
Trago aqui uma pérola de hipocrisia e arrogância dos clérigos secularistas xiitas [que meus amigos muçulmanos não me queiram mal por isso]:
“Portanto, nós precisamos o entendimento da evolução. Nós precisamos da ciência, e também há espaço para permitir algumas versões de religião. Não a religião estreita, evangélica, que ataca verbalmente a ciência, mas a religião de mente aberta, tolerante, e bem comportada.” [1]
Uau, caracas meu! Eu quase morri de rir diante de tanta incongruência lógica. Como alguém pode ser “tolerante” e “mente aberta”, e imediatamente afirmar que nós devemos somente “permitir algumas versões de religião”. Mas, eu fiquei bastante preocupado com a “demonização” dos cristãos evangélicos que se opõem não à ciência, mas à falsa ciência. Quanta hipocrisia desta autora!
Em seguida ela destila seu veneno dogmático desafiador de Bothrops jararaca [2] contra os críticos da teoria geral da evolução:
“Não há dúvida, não há nenhuma evidência contra a evolução, e não há nenhuma controvérsia sobre a ciência da evolução.” [3]
Uau, porpeta, onde esta dona estudou ciência, quais publicações científicas ela lê, o que faz da montanha de evidências contrárias à teoria geral da evolução [eles nunca identificam qual “evolução” está sendo discutida]. Se não há controvérsia por que a Nomenklatura científica está elaborando nova teoria geral da evolução vez que o neodarwinismo já foi considerado morto há quase 30 anos? 2010 não está muito longe. Quem viver, verá, a menos que eles queiram me contrariar…
Hipocrisia e dogmatismo, quem diria, é o que mais temos e vemos na Academia. Sem nenhuma advertência, como se isso fizesse parte do discurso científico, como se fosse ciência normal. Nada mais falso. Hipócritas e dogmáticos, sejam mais academicamente honestos, façam ciência. É para isso que lhes pagamos salários através de nossos impostos. Se querem proclamar uma ideologia, tirem dinheiro dos seus bolsos, fundem um partido, uma associação, ou o raio que os parta, mas não se abriguem debaixo do manto da ciência, e nem façam isso com o nosso suado dinheirinho.
É por essas e outras que, não sendo um deles, mesmo assim me chamam de “rotweiller dos criacionistas”. Huxley, cara, depois dessa vou chamá-lo de “poodle” de Darwin. Você merece, mas terei sempre em mente a sua hipocrisia e dogmatismo que condenou St. George Jackson Mivart ao ostracismo, e destruiu a carreira acadêmica do primeiro teísta que tentou harmonizar as especulações transformistas de Darwin e a sua concepção religiosa.
Nada mudou desde 1871, Huxley redivivus continua, mas eu não sabia que hipocrisia rimava com dogma. Na grande taba tupiniquim não é diferente.
NOTAS:
[1] “Therefore, we need understanding of evolution. We need the science, and also there is room to allow some versions of religion. Not the narrow, evangelical, science-bashing religion, but open-minded, tolerant, and well-behaved religion.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, pg. 108.
[2] Segundo o Instituto Butantã, embora a jararaca seja uma cobra dócil, ela é responsável pela maioria dos acidentes ofídicos no País: 50% dos acidentes.
[3] “There is no doubt, there is no evidence against evolution, and there is no controversy about the science of evolution.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, p. 98.
O canto darwiniano é muito melhor!
sábado, maio 19, 2007
O canto darwiniano é muito melhor!
RUBEN TALVES
É mais por enquadramento ideológico que a Nomenklatura científica tem se esforçado para silenciar os cientistas dissonantes, não é por amor à verdade científica.
“ON THE ORIGIN OS SPECIES BY MEANS OF NATURAL SELECTION”, a origem das espécies − foi esse o nome que Darwin deu ao livro relatando sua tentativa de lançar alguma luz sobre a origem das espécies − “mistério dos mistérios. Por uns 20 anos ele elaborou cinco teorias exprimindo o transformismo das espécies. Para ele, a especulação transformista era tão certa quanto a “imutável Lei da Gravidade”.
Era a astrofísica! A Terra continuaria a girar obedecendo à imutabilidade da Lei da Gravidade. Fenômeno tão-somente natural composto pelo acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo de vastas eras. O Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente esperara por 3.5 bilhões de anos por uma criatura que o visse. Darwin fora o primeiro a vê-lo em ação na natureza. Uma epifania epistemológica!
Lendo “O Relojoeiro Cego”, maravilhoso livro de Richard Dawkins, muitos aprenderam muitas coisas sobre esse mundo esquecido em que o acaso, a necessidade, dois irmãos gêmeos, dançavam. Os biólogos do século XIX ficaram sabendo que a onipotência criativa das causas naturais era superior às causas inteligentes. E que música era essa que fazia audíveis aos ouvidos humanos a música da origem das espécies? Era o canto darwiniano. O canto darwiniano imita o outro relojoeiro. Cada esfera celeste agora é uma nota da escala musical naturalista.
Eterna e imutavelmente o canto darwiniano se repete, como convém a uma obra do Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente. O que é completo e perfeito não admite novidades. Novidades são perturbações da ordem, como se algum planeta, enlouquecido, fugisse da órbita perfeita.
Teoria de novidades é teoria do tempo imperfeito, tempo do formigamento humano, tempo que ainda não encontrou o seu destino. A teoria geral da evolução, o canto darwiniano, é teoria do tempo perfeito, tempo que já encontrou o que buscava e que se repete, eternamente. Nas palavras da doxologia darwinista: “Natura non facit saltum”, tradução secularista do “Como era no princípio, é hoje e para sempre, séculos sem fim, amém”.
O ethos do neodarwinismo, Darwin 2, vive nesse mundo de perfeição musical. Essa é a razão por que a Nomenklatura científica deseja e evangeliza o retorno dos críticos e dissidentes de volta ao topos epistêmico do canto darwiniano. A missão da Nomenklatura científica não pode ser outra que a de eliminar os ruídos teleológicos para que apenas a música do acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo das eras se faça ouvir. Compreende-se então o repúdio às novas formas de teoria que invadiram a Academia após a década de 1980, música de planetas enlouquecidos, música de ruídos, do efêmero, das improvisações, de protestos, de sentimentos querendo seguir as evidências aonde elas forem dar...
Como admitir novidades nessa música na liturgia se o Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente revelou à Nomenklatura científica, e somente a ela, a sua música epistêmica? A Nomenklatura científica não pode tolerar teóricos/cantores desafinados, que rompem as harmonias naturalistas do acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo das eras cantando teoria/cantos que eles mesmos inventaram.
Nomenklatura científica, Babel feliz antes do avanço da biologia molecular, da genômica, da complexidade irredutível dos sistemas, da informação complexa especificada, das causas inteligentes sendo empiricamente detectadas que apontaram que todos os cientistas estavam falando a mesma língua trabalhando na construção da torre que haveria de nos dar a tal de “Theoria perennis” das estrelas. Essa é a missão doutrinadora e castradora da Nomenklatura científica.
A Nomenklatura científica é a cura para o aprendizado de novas línguas, o retorno à monolíngua, à Novilíngua, tão em harmonia com a monotonia do canto darwiniano. Cada cantor há de se esquecer dos seus sentimentos e pensamentos científicos para se entregar à monolíngua sagrada: a “síndrome do soldadinho-de-chumbo.”
É por seu enquadramento ideológico do naturalismo filosófico que posa como ciência que a Nomenklatura científica, desde os tempos da inquisição sem fogueiras comandada por Thomas Huxley (St. George Jackson Mivart, 1871, que o diga), tem se esforçado para silenciar os teóricos-cantores dissonantes, por devoção cega à música do acaso e necessidade. Os teóricos-cantores dissidentes têm de ser silenciados a todo custo para que apenas a música de Down seja ouvida!
Grande lição histórica essa! O preço da harmonia epistêmica universal é a renúncia à liberdade individual do livre exame das evidências. Sacrifício enorme, sim, todos pensando e ouvindo a mesma coisa e ninguém pensando e nem ouvindo nada. Mas para a Nomenklatura científica isso parece insofismavelmente pequeno diante da grandiosa e insuperável beleza da música de Darwin.
Ué, em 2010 eles não vão mudar a partitura???
++++
PARÓDIA DO TEXTO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO
São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007
O canto gregoriano
RUBEM ALVES
É por amor à vocação musical que a igreja tem se esforçado para silenciar os cantores dissonantes, não por crueldade.
"DE HARMONICE MUNDI" , as harmonias dos mundos -foi esse o nome que Kepler deu ao livro em que relatou a sua descoberta das três fórmulas matemáticas que exprimem o movimento dos planetas. Por 18 anos ele havia trabalhado até chegar àquele resultado. Para ele era mais que matemática. Era música! Os astros, esferas celestes, tocavam música, música composta pelo Criador. O Criador esperara por 6.000 anos por uma criatura que a ouvisse. Kepler fora o primeiro a ouvi-la.
Lendo "O Som e o Sentido", maravilhoso livro de José Miguel Wisnik, aprendi muitas coisas sobre esse mundo esquecido em que a matemática e música, duas irmãs gêmeas, dançavam. Sabiam os teólogos medievais que a música das esferas celestes era superior à música que os homens inventavam. E que música era essa que fazia audíveis aos ouvidos humanos a música do universo? Era o canto gregoriano. O canto gregoriano imita os astros. Cada esfera celeste é uma nota da escala musical.
Eterna e imutavelmente o canto gregoriano se repete, como convém a uma obra de Deus. O que é completo e perfeito não admite novidades. Novidades são perturbações da ordem, como se algum planeta, enlouquecido, fugisse da órbita perfeita.
Música de novidades é música do tempo imperfeito, tempo do formigamento humano, tempo que ainda não encontrou o seu destino. O canto gregoriano é música do tempo perfeito, tempo que já encontrou o que buscava e que se repete, eternamente. Nas palavras da doxologia: "Como era no princípio, é hoje e para sempre, séculos sem fim, amém".
A alma de Sua Santidade, o papa Bento 16, vive nesse mundo de perfeição musical. Essa é a razão por que ele deseja o retorno do canto gregoriano. A missão da igreja não pode ser outra que a de eliminar os ruídos humanos para que apenas a música divina se faça ouvir. Compreende-se então o repúdio às novas formas de música que invadiram a liturgia após o Concílio do Vaticano, música de planetas enlouquecidos, música de ruídos, do efêmero, das improvisações, de protestos, de sentimentos...
Como admitir novidades nessa música na liturgia se o Criador revelou à igreja, e somente a ela, a sua música? A igreja não pode tolerar cantores desafinados, que rompem as harmonias celestiais cantando cantos que eles mesmos inventaram. Igreja, Babel feliz antes da confusão de línguas, todos falando a mesma língua enquanto se trabalha na construção da torre que haverá de atingir as estrelas. Essa é a missão evangelizadora.
A igreja é a cura para a confusão de línguas, o retorno à monolíngua, tão em harmonia com a monotonia do canto gregoriano. Cada cantor há de se esquecer dos seus sentimentos e pensamentos para se entregar à monolíngua sagrada.
E é por amor à sua vocação musical que a igreja, desde os tempos da Inquisição, tem se esforçado para silenciar os cantores dissonantes, não por crueldade (embora possa parecer), mas por amor à beleza da música dos céus. Os cantores dissidentes têm de ser silenciados para que a música das esferas seja ouvida!
Grande lição essa: o preço da harmonia universal é a renúncia à liberdade individual. Sacrifício, sim, mas pequeno diante da beleza da música de Deus.
RUBEN TALVES
É mais por enquadramento ideológico que a Nomenklatura científica tem se esforçado para silenciar os cientistas dissonantes, não é por amor à verdade científica.
“ON THE ORIGIN OS SPECIES BY MEANS OF NATURAL SELECTION”, a origem das espécies − foi esse o nome que Darwin deu ao livro relatando sua tentativa de lançar alguma luz sobre a origem das espécies − “mistério dos mistérios. Por uns 20 anos ele elaborou cinco teorias exprimindo o transformismo das espécies. Para ele, a especulação transformista era tão certa quanto a “imutável Lei da Gravidade”.
Era a astrofísica! A Terra continuaria a girar obedecendo à imutabilidade da Lei da Gravidade. Fenômeno tão-somente natural composto pelo acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo de vastas eras. O Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente esperara por 3.5 bilhões de anos por uma criatura que o visse. Darwin fora o primeiro a vê-lo em ação na natureza. Uma epifania epistemológica!
Lendo “O Relojoeiro Cego”, maravilhoso livro de Richard Dawkins, muitos aprenderam muitas coisas sobre esse mundo esquecido em que o acaso, a necessidade, dois irmãos gêmeos, dançavam. Os biólogos do século XIX ficaram sabendo que a onipotência criativa das causas naturais era superior às causas inteligentes. E que música era essa que fazia audíveis aos ouvidos humanos a música da origem das espécies? Era o canto darwiniano. O canto darwiniano imita o outro relojoeiro. Cada esfera celeste agora é uma nota da escala musical naturalista.
Eterna e imutavelmente o canto darwiniano se repete, como convém a uma obra do Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente. O que é completo e perfeito não admite novidades. Novidades são perturbações da ordem, como se algum planeta, enlouquecido, fugisse da órbita perfeita.
Teoria de novidades é teoria do tempo imperfeito, tempo do formigamento humano, tempo que ainda não encontrou o seu destino. A teoria geral da evolução, o canto darwiniano, é teoria do tempo perfeito, tempo que já encontrou o que buscava e que se repete, eternamente. Nas palavras da doxologia darwinista: “Natura non facit saltum”, tradução secularista do “Como era no princípio, é hoje e para sempre, séculos sem fim, amém”.
O ethos do neodarwinismo, Darwin 2, vive nesse mundo de perfeição musical. Essa é a razão por que a Nomenklatura científica deseja e evangeliza o retorno dos críticos e dissidentes de volta ao topos epistêmico do canto darwiniano. A missão da Nomenklatura científica não pode ser outra que a de eliminar os ruídos teleológicos para que apenas a música do acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo das eras se faça ouvir. Compreende-se então o repúdio às novas formas de teoria que invadiram a Academia após a década de 1980, música de planetas enlouquecidos, música de ruídos, do efêmero, das improvisações, de protestos, de sentimentos querendo seguir as evidências aonde elas forem dar...
Como admitir novidades nessa música na liturgia se o Relojoeiro Cego inconsciente e inconseqüente revelou à Nomenklatura científica, e somente a ela, a sua música epistêmica? A Nomenklatura científica não pode tolerar teóricos/cantores desafinados, que rompem as harmonias naturalistas do acaso, necessidade, mutações filtradas pela seleção natural ao longo das eras cantando teoria/cantos que eles mesmos inventaram.
Nomenklatura científica, Babel feliz antes do avanço da biologia molecular, da genômica, da complexidade irredutível dos sistemas, da informação complexa especificada, das causas inteligentes sendo empiricamente detectadas que apontaram que todos os cientistas estavam falando a mesma língua trabalhando na construção da torre que haveria de nos dar a tal de “Theoria perennis” das estrelas. Essa é a missão doutrinadora e castradora da Nomenklatura científica.
A Nomenklatura científica é a cura para o aprendizado de novas línguas, o retorno à monolíngua, à Novilíngua, tão em harmonia com a monotonia do canto darwiniano. Cada cantor há de se esquecer dos seus sentimentos e pensamentos científicos para se entregar à monolíngua sagrada: a “síndrome do soldadinho-de-chumbo.”
É por seu enquadramento ideológico do naturalismo filosófico que posa como ciência que a Nomenklatura científica, desde os tempos da inquisição sem fogueiras comandada por Thomas Huxley (St. George Jackson Mivart, 1871, que o diga), tem se esforçado para silenciar os teóricos-cantores dissonantes, por devoção cega à música do acaso e necessidade. Os teóricos-cantores dissidentes têm de ser silenciados a todo custo para que apenas a música de Down seja ouvida!
Grande lição histórica essa! O preço da harmonia epistêmica universal é a renúncia à liberdade individual do livre exame das evidências. Sacrifício enorme, sim, todos pensando e ouvindo a mesma coisa e ninguém pensando e nem ouvindo nada. Mas para a Nomenklatura científica isso parece insofismavelmente pequeno diante da grandiosa e insuperável beleza da música de Darwin.
Ué, em 2010 eles não vão mudar a partitura???
++++
PARÓDIA DO TEXTO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO
São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007
O canto gregoriano
RUBEM ALVES
É por amor à vocação musical que a igreja tem se esforçado para silenciar os cantores dissonantes, não por crueldade.
"DE HARMONICE MUNDI" , as harmonias dos mundos -foi esse o nome que Kepler deu ao livro em que relatou a sua descoberta das três fórmulas matemáticas que exprimem o movimento dos planetas. Por 18 anos ele havia trabalhado até chegar àquele resultado. Para ele era mais que matemática. Era música! Os astros, esferas celestes, tocavam música, música composta pelo Criador. O Criador esperara por 6.000 anos por uma criatura que a ouvisse. Kepler fora o primeiro a ouvi-la.
Lendo "O Som e o Sentido", maravilhoso livro de José Miguel Wisnik, aprendi muitas coisas sobre esse mundo esquecido em que a matemática e música, duas irmãs gêmeas, dançavam. Sabiam os teólogos medievais que a música das esferas celestes era superior à música que os homens inventavam. E que música era essa que fazia audíveis aos ouvidos humanos a música do universo? Era o canto gregoriano. O canto gregoriano imita os astros. Cada esfera celeste é uma nota da escala musical.
Eterna e imutavelmente o canto gregoriano se repete, como convém a uma obra de Deus. O que é completo e perfeito não admite novidades. Novidades são perturbações da ordem, como se algum planeta, enlouquecido, fugisse da órbita perfeita.
Música de novidades é música do tempo imperfeito, tempo do formigamento humano, tempo que ainda não encontrou o seu destino. O canto gregoriano é música do tempo perfeito, tempo que já encontrou o que buscava e que se repete, eternamente. Nas palavras da doxologia: "Como era no princípio, é hoje e para sempre, séculos sem fim, amém".
A alma de Sua Santidade, o papa Bento 16, vive nesse mundo de perfeição musical. Essa é a razão por que ele deseja o retorno do canto gregoriano. A missão da igreja não pode ser outra que a de eliminar os ruídos humanos para que apenas a música divina se faça ouvir. Compreende-se então o repúdio às novas formas de música que invadiram a liturgia após o Concílio do Vaticano, música de planetas enlouquecidos, música de ruídos, do efêmero, das improvisações, de protestos, de sentimentos...
Como admitir novidades nessa música na liturgia se o Criador revelou à igreja, e somente a ela, a sua música? A igreja não pode tolerar cantores desafinados, que rompem as harmonias celestiais cantando cantos que eles mesmos inventaram. Igreja, Babel feliz antes da confusão de línguas, todos falando a mesma língua enquanto se trabalha na construção da torre que haverá de atingir as estrelas. Essa é a missão evangelizadora.
A igreja é a cura para a confusão de línguas, o retorno à monolíngua, tão em harmonia com a monotonia do canto gregoriano. Cada cantor há de se esquecer dos seus sentimentos e pensamentos para se entregar à monolíngua sagrada.
E é por amor à sua vocação musical que a igreja, desde os tempos da Inquisição, tem se esforçado para silenciar os cantores dissonantes, não por crueldade (embora possa parecer), mas por amor à beleza da música dos céus. Os cantores dissidentes têm de ser silenciados para que a música das esferas seja ouvida!
Grande lição essa: o preço da harmonia universal é a renúncia à liberdade individual. Sacrifício, sim, mas pequeno diante da beleza da música de Deus.
Lançado o livro “Epigenetics”
A Cold Springs Harbor Laboratory Press acabou de lançar o livro “Epigenetics” (Áreas de Genética, Genômica e Biologia Molecular) . Este livro de 502 páginas com ilustrações foi editado por C. David Allis, The Rockefeller University, New York; Thomas Jenuwein, Research Institute of Molecular Pathology, Vienna; Danny Reinberg, Howard Hughes Medical Institute/University of Medicine and Dentistry of New Jersey–Robert Wood Johnson Medical School; Marie-Laure Caparros, Associate Editor. Capa dura • US$150.00 • ISBN 978-087969724-2
Descrição
A regulação da expressão de gene em muitos processos biológicos envolve mecanismos epigenéticos. Neste novo volume, 24 capítulos escritos por especialistas na área discutem os efeitos epigenéticos de muitas perspectivas.
Há capítulos sobre os mecanismos moleculares básicos que apóiam a regulação epigenética, a discussão de processos celulares que dependem deste tipo de regulação, e pesquisas de organismos nos quais tem sido mais estudado.
Assim, há capítulos sobre histona e metilação do DNA, siRNAs e silenciamento de gene; inativação do cromossomo X, compensação de dosagem e “imprinting”; e a discussão da epigenética em micróbios, plantas, insetos, e mamíferos.
A última parte do livro considera como que os mecanismos epigenéticos agem na divisão e diferenciação celular, e como que erros nesses caminhos contribuem para o câncer e outras doenças humanas. Também são discutidas as conseqüências da epigenética nas tentativas de clonagem de animais.
Este livro é um grande recurso para os que trabalham na área, bem como é um texto adequado para cursos avançados de graduação e pós-graduação sobre regulação de genes.
Algumas páginas do livro em PDF [7 MB] aqui.
Resenha
“Os relatos históricos do surgimento da epigenética como uma área de estudo, combinados com a inclusão de pesquisas de epigenética de ponta em vários processos biológicos e organismos modelos, fornecem ao leitor com um claro sentido do que vem a ser a pesquisa epigenética, de onde veio, onde está agora, e para onde vai. Ele vai se mostrar o livro que todo mundo com interesse em epigenética gostaria de ter e ler.”
− Cell
Conteúdo
1. Epigenetics: From Phenomenon to Field
D.E. Gottschling
2. A Brief History of Epigenetics
G. Felsenfeld
3. Overview and Concepts
C.D. Allis, T. Jenuwein, and D. Reinberg
4. Epigenetics in Saccharomyces cerevisiae
M. Grunstein and S. Gasser
5. Position Effect Variegation, Heterochro-matin Formation, and Gene Silencing in Drosophila
S.C.R. Elgin and G. Reuter
6. Fungal Models for Epigenetic Research: Schizosaccharomyces pombe and Neurospora crassa
R.C. Allshire and E.U. Selker
7. Epigenetics of Ciliates
E. Meyer and D.L. Chalker
8. RNAi and Heterochromatin Assembly
R. Martienssen and D. Moazed
9. Epigenetic Regulation in Plants
M. Matzke and O. Mittelsten Scheid
10. Chromatin Modifications and Their Mechanism of Action
T. Kouzarides and S.L. Berger
11. Transcriptional Silencing by Polycomb Group Proteins
U. Grossniklaus and R. Paro
12. Transcriptional Regulation by Trithorax Group Proteins
R.E. Kingston and J.W. Tamkun
13. Histone Variants and Epigenetics
S. Henikoff and M.M. Smith
14. Epigenetic Regulation of Chromosome Inheritance
G.H. Karpen and R.S. Hawley
15. Epigenetic Regulation of the X Chromosomes in C. elegans
S. Strome and W.G. Kelly
16. Dosage Compensation in Drosophila
J.C. Lucchesi and M.I. Kuroda
17. Dosage Compensation in Mammals
N. Brockdorff and B.M. Turner
18. DNA Methylation in Mammals
E. Li and A. Bird
19. Genomic Imprinting in Mammals
D.P. Barlow and M.S. Bartolomei
20. Germ Line and Pluripotent Stem Cells
M.A. Surani and W. Reik
21. Epigenetic Control of Lymphopoiesis
M. Busslinger and A. Tarakhovsky
22. Nuclear Transplantation and the Reprogramming of the Genome
R. Jaenisch and J. Gurdon
23. Epigenetics and Human Disease
H.Y. Zoghbi and A.L. Beaudet
24. Epigenetic Determinants of Cancer
S.B. Baylin and P.A. Jones
Appendices
Index
Para ver alguns capítulos ou fazer um pedido, favor clicar aqui
Descrição
A regulação da expressão de gene em muitos processos biológicos envolve mecanismos epigenéticos. Neste novo volume, 24 capítulos escritos por especialistas na área discutem os efeitos epigenéticos de muitas perspectivas.
Há capítulos sobre os mecanismos moleculares básicos que apóiam a regulação epigenética, a discussão de processos celulares que dependem deste tipo de regulação, e pesquisas de organismos nos quais tem sido mais estudado.
Assim, há capítulos sobre histona e metilação do DNA, siRNAs e silenciamento de gene; inativação do cromossomo X, compensação de dosagem e “imprinting”; e a discussão da epigenética em micróbios, plantas, insetos, e mamíferos.
A última parte do livro considera como que os mecanismos epigenéticos agem na divisão e diferenciação celular, e como que erros nesses caminhos contribuem para o câncer e outras doenças humanas. Também são discutidas as conseqüências da epigenética nas tentativas de clonagem de animais.
Este livro é um grande recurso para os que trabalham na área, bem como é um texto adequado para cursos avançados de graduação e pós-graduação sobre regulação de genes.
Algumas páginas do livro em PDF [7 MB] aqui.
Resenha
“Os relatos históricos do surgimento da epigenética como uma área de estudo, combinados com a inclusão de pesquisas de epigenética de ponta em vários processos biológicos e organismos modelos, fornecem ao leitor com um claro sentido do que vem a ser a pesquisa epigenética, de onde veio, onde está agora, e para onde vai. Ele vai se mostrar o livro que todo mundo com interesse em epigenética gostaria de ter e ler.”
− Cell
Conteúdo
1. Epigenetics: From Phenomenon to Field
D.E. Gottschling
2. A Brief History of Epigenetics
G. Felsenfeld
3. Overview and Concepts
C.D. Allis, T. Jenuwein, and D. Reinberg
4. Epigenetics in Saccharomyces cerevisiae
M. Grunstein and S. Gasser
5. Position Effect Variegation, Heterochro-matin Formation, and Gene Silencing in Drosophila
S.C.R. Elgin and G. Reuter
6. Fungal Models for Epigenetic Research: Schizosaccharomyces pombe and Neurospora crassa
R.C. Allshire and E.U. Selker
7. Epigenetics of Ciliates
E. Meyer and D.L. Chalker
8. RNAi and Heterochromatin Assembly
R. Martienssen and D. Moazed
9. Epigenetic Regulation in Plants
M. Matzke and O. Mittelsten Scheid
10. Chromatin Modifications and Their Mechanism of Action
T. Kouzarides and S.L. Berger
11. Transcriptional Silencing by Polycomb Group Proteins
U. Grossniklaus and R. Paro
12. Transcriptional Regulation by Trithorax Group Proteins
R.E. Kingston and J.W. Tamkun
13. Histone Variants and Epigenetics
S. Henikoff and M.M. Smith
14. Epigenetic Regulation of Chromosome Inheritance
G.H. Karpen and R.S. Hawley
15. Epigenetic Regulation of the X Chromosomes in C. elegans
S. Strome and W.G. Kelly
16. Dosage Compensation in Drosophila
J.C. Lucchesi and M.I. Kuroda
17. Dosage Compensation in Mammals
N. Brockdorff and B.M. Turner
18. DNA Methylation in Mammals
E. Li and A. Bird
19. Genomic Imprinting in Mammals
D.P. Barlow and M.S. Bartolomei
20. Germ Line and Pluripotent Stem Cells
M.A. Surani and W. Reik
21. Epigenetic Control of Lymphopoiesis
M. Busslinger and A. Tarakhovsky
22. Nuclear Transplantation and the Reprogramming of the Genome
R. Jaenisch and J. Gurdon
23. Epigenetics and Human Disease
H.Y. Zoghbi and A.L. Beaudet
24. Epigenetic Determinants of Cancer
S.B. Baylin and P.A. Jones
Appendices
Index
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As cartas de Darwin online
Cartas de Darwin vão para a internet
JC E-Mail 3266, de 18 de maio de 2007
"Pode ser uma delícia para quem se interessa, mas como eu gosto mais de mulheres solteiras do que daquelas no estado abençoado, eu declaro [isso] um tédio."
O rapaz que declina os supostos prazeres do casamento na frase acima é provavelmente a última pessoa que poderia ser chamada de playboy mulherengo: Charles Robert Darwin, pai da teoria da evolução das espécies pela seleção natural.
A carta, endereçada à irmã Caroline em abril de 1832 (escrita, por sinal, no Rio de Janeiro), é uma das 5.000 correspondências de Charles Darwin que estão à disposição na internet desde ontem.
O site Darwin Correspondence Project é a primeira base de dados a reunir textos integrais das cartas que o naturalista inglês trocou com mais de 2.000 pessoas ao longo da vida.
Há correspondências de e para parentes (Caroline, irmã mais velha, era uma de suas maiores confidentes), amigos, como Charles Lyell, pai da geologia moderna, Thomas Huxley, maior defensor de Darwin, e Alfred Russel Wallace, co-descobridor da seleção natural.
++++ Nota do blogger: a seleção natural, conforme Daniel Dennett, a maior idéia que a humanidade já teve, não é original em Darwin nem Wallace. O próprio Darwin reconheceu isso no Origem das Espécies: Dr. W. C. Wells (1813), Patrick Matthew (1831) e Owen (1849) já tinham falado sobre o assunto bem antes dele. Edward Blyth, a quem Darwin reconhecia como de abalizada opinião pelos conhecimentos que tinha, descreveu a seleção natural como sendo um processo conservador. Blyth foi intencionalmente omitido por Darwin. Por quê? Darwin teria plagiado e distorcido as idéias de Blyth?++++
Resultado de um esforço de dez anos para reunir e transcrever o acervo (mais de 14 mil cartas já foram localizadas) em formato digital, o site promete ser a fonte de muitas pesquisas sobre a trajetória intelectual de Darwin, e de algumas respostas sobre controvérsias históricas (como qual era de fato a posição do gênio britânico sobre a religião).
Mas, mais do que isso, dá vislumbres saborosos da vida pessoal do cientista -como uma carta, escrita aos 12 anos a um amigo não-identificado, na qual o jovem Charles confessa que só lava os pés uma vez por mês. “Não posso evitar”, escorrega. (Claudio Angelo)
(Folha de SP, 18/5)
JC E-Mail 3266, de 18 de maio de 2007
"Pode ser uma delícia para quem se interessa, mas como eu gosto mais de mulheres solteiras do que daquelas no estado abençoado, eu declaro [isso] um tédio."
O rapaz que declina os supostos prazeres do casamento na frase acima é provavelmente a última pessoa que poderia ser chamada de playboy mulherengo: Charles Robert Darwin, pai da teoria da evolução das espécies pela seleção natural.
A carta, endereçada à irmã Caroline em abril de 1832 (escrita, por sinal, no Rio de Janeiro), é uma das 5.000 correspondências de Charles Darwin que estão à disposição na internet desde ontem.
O site Darwin Correspondence Project é a primeira base de dados a reunir textos integrais das cartas que o naturalista inglês trocou com mais de 2.000 pessoas ao longo da vida.
Há correspondências de e para parentes (Caroline, irmã mais velha, era uma de suas maiores confidentes), amigos, como Charles Lyell, pai da geologia moderna, Thomas Huxley, maior defensor de Darwin, e Alfred Russel Wallace, co-descobridor da seleção natural.
++++ Nota do blogger: a seleção natural, conforme Daniel Dennett, a maior idéia que a humanidade já teve, não é original em Darwin nem Wallace. O próprio Darwin reconheceu isso no Origem das Espécies: Dr. W. C. Wells (1813), Patrick Matthew (1831) e Owen (1849) já tinham falado sobre o assunto bem antes dele. Edward Blyth, a quem Darwin reconhecia como de abalizada opinião pelos conhecimentos que tinha, descreveu a seleção natural como sendo um processo conservador. Blyth foi intencionalmente omitido por Darwin. Por quê? Darwin teria plagiado e distorcido as idéias de Blyth?++++
Resultado de um esforço de dez anos para reunir e transcrever o acervo (mais de 14 mil cartas já foram localizadas) em formato digital, o site promete ser a fonte de muitas pesquisas sobre a trajetória intelectual de Darwin, e de algumas respostas sobre controvérsias históricas (como qual era de fato a posição do gênio britânico sobre a religião).
Mas, mais do que isso, dá vislumbres saborosos da vida pessoal do cientista -como uma carta, escrita aos 12 anos a um amigo não-identificado, na qual o jovem Charles confessa que só lava os pés uma vez por mês. “Não posso evitar”, escorrega. (Claudio Angelo)
(Folha de SP, 18/5)
O desespero da Nomenklatura científica: internem todos os críticos da evolução no manicômio!
sexta-feira, maio 18, 2007
Como a grande maioria dos brasileiros eu descendo de uma tradicional família católica. Fui à igreja mais por uma imposição familiar do que assentimento mental. Nem me lembro se acreditava na existência objetiva e real de Deus, mas aos 14 anos eu lembro que me tornei ateu e marxista através da doutrinação de um pedreiro marxista-leninista que trabalhou na construção de nossa casa.
Agora ex-ateu, não tenho mais fé cega nos dogmas fundamentalistas do ateísmo. Nem nos dogmas darwinistas da teoria geral da evolução aceitos a priori sem a corroboração das evidências, e sem a devida consideração dos argumentos contrários.
Li esta resenha publicada na renomada revista de divulgação científica Science, e corei de vergonha pelo tipo de ciência que vem sendo feita mundo a fora.
Requer assinatura, mas professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas podem acessar a Science via portal Periódicos.
Resenha
As origens da infância da resistência do adulto à ciência
de Paul Bloom and Deena Skolnick Weisberg
“A resistência a certas idéias científicas derivam em grande parte de pressuposições e preconceitos que podem ser demonstrados experimentalmente em crianças jovens, e que pode persistir até a fase adulta. Em particular, tanto os adultos e as crianças resistem adquirindo informação científica que vão de encontro com as intuições de senso comum sobre os domínios físicos e psicológicos. Além disso, quando aprendendo informação de outras pessoas, tanto os adultos e as crianças são sensíveis à confiabilidade da fonte daquela informação. A resistência à ciência, então, é particularmente exagerada nas sociedades onde as ideologias não-científicas têm vantagens de serem fundamentadas tanto no senso comum e transmitidas por fontes fidedignas...
Os exemplos até aqui dizem respeito ao entendimento do senso comum do mundo físico pelas pessoas, mas a sua psicologia intuitiva também contribui para a sua resistência à ciência. Um preconceito importante é que as crianças vêem naturalmente o mundo em termos de design e propósito. Por exemplo, uma criança de 4 anos de idade insiste que tudo tem propósito, inclusive os leões (“ir ao zoológico”) e nuvens (“chover”), uma propensão chamada de “teleologia promíscua” (15). Além disso, quando perguntadas sobre as origens dos animais e pessoas, as crianças espontaneamente tendem a fornecer e preferis as explicações criacionistas (16). Assim como as intuições das crianças sobre o mundo físico torna difícil para elas aceitarem que a Terra é uma esfera, as intuições psicológicas delas sobre agência e design tornam difíceis para elas aceitarem os processos da evolução... [1]
++++
O que chamar ganhadores do prêmio Nobel que eram criacionistas ou tinham idéias criacionistas? O que eles tinham? Resistência Adulta à Ciência??? Ora vão caçar sapos de botas que isso não é ciência nem aqui nem em Darwinlândia. Isso é "1984", Big Brother, Novilíngua.
Fui, pensando urgentemente obter um atestado de sanidade mental porque a minha “resistência a certas idéias da ciência” se deu em idade adulta e mais porque sigo a máxima da ciência qua ciência: EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA! Das coisas empíricas, considerações empíricas. O que temos atualmente em teoria geral da evolução é somente “just-so stories” [estórias da carochinha] ou notas promissórias epistêmicas sem lastro de fundamentação empírica há quase 150 anos.
Sem atestado de sanidade mental, eles vão discutir com um louco? Se não me engano foi o Dennett que sugeriu enjaular no zoológico pessoas com esta “resistência a certas idéias científicas”. Agora vem estes dois dizer que a “resistência” é uma forma de loucura.
Vade retro que quem está precisando de camisa-de-força são vocês. Os loucos, parafraseando Sartre, são os outros... Nada mais stalinista...
NOTA:
[1] Science 18 May 2007: Vol. 316. no. 5827, pp. 996-97, DOI: 10.1126/science.1133398
Resistance to certain scientific ideas derives in large part from assumptions and biases that can be demonstrated experimentally in young children and that may persist into adulthood. In particular, both adults and children resist acquiring scientific information that clashes with common-sense intuitions about the physical and psychological domains. Additionally, when learning information from other people, both adults and children are sensitive to the trustworthiness of the source of that information. Resistance to science, then, is particularly exaggerated in societies where nonscientific ideologies have the advantages of being both grounded in common sense and transmitted by trustworthy sources....
The examples so far concern people's common-sense understanding of the physical world, but their intuitive psychology also contributes to their resistance to science. One important bias is that children naturally see the world in terms of design and purpose. For instance, 4-year-olds insist that everything has a purpose, including lions ("to go in the zoo") and clouds ("for raining"), a propensity called "promiscuous teleology" (15). Additionally, when asked about the origin of animals and people, children spontaneously tend to provide and prefer creationist explanations (16). Just as children's intuitions about the physical world make it difficult for them to accept that Earth is a sphere, their psychological intuitions about agency and design make it difficult for them to accept the processes of evolution....
Agora ex-ateu, não tenho mais fé cega nos dogmas fundamentalistas do ateísmo. Nem nos dogmas darwinistas da teoria geral da evolução aceitos a priori sem a corroboração das evidências, e sem a devida consideração dos argumentos contrários.
Li esta resenha publicada na renomada revista de divulgação científica Science, e corei de vergonha pelo tipo de ciência que vem sendo feita mundo a fora.
Requer assinatura, mas professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas podem acessar a Science via portal Periódicos.
Resenha
As origens da infância da resistência do adulto à ciência
de Paul Bloom and Deena Skolnick Weisberg
“A resistência a certas idéias científicas derivam em grande parte de pressuposições e preconceitos que podem ser demonstrados experimentalmente em crianças jovens, e que pode persistir até a fase adulta. Em particular, tanto os adultos e as crianças resistem adquirindo informação científica que vão de encontro com as intuições de senso comum sobre os domínios físicos e psicológicos. Além disso, quando aprendendo informação de outras pessoas, tanto os adultos e as crianças são sensíveis à confiabilidade da fonte daquela informação. A resistência à ciência, então, é particularmente exagerada nas sociedades onde as ideologias não-científicas têm vantagens de serem fundamentadas tanto no senso comum e transmitidas por fontes fidedignas...
Os exemplos até aqui dizem respeito ao entendimento do senso comum do mundo físico pelas pessoas, mas a sua psicologia intuitiva também contribui para a sua resistência à ciência. Um preconceito importante é que as crianças vêem naturalmente o mundo em termos de design e propósito. Por exemplo, uma criança de 4 anos de idade insiste que tudo tem propósito, inclusive os leões (“ir ao zoológico”) e nuvens (“chover”), uma propensão chamada de “teleologia promíscua” (15). Além disso, quando perguntadas sobre as origens dos animais e pessoas, as crianças espontaneamente tendem a fornecer e preferis as explicações criacionistas (16). Assim como as intuições das crianças sobre o mundo físico torna difícil para elas aceitarem que a Terra é uma esfera, as intuições psicológicas delas sobre agência e design tornam difíceis para elas aceitarem os processos da evolução... [1]
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O que chamar ganhadores do prêmio Nobel que eram criacionistas ou tinham idéias criacionistas? O que eles tinham? Resistência Adulta à Ciência??? Ora vão caçar sapos de botas que isso não é ciência nem aqui nem em Darwinlândia. Isso é "1984", Big Brother, Novilíngua.
Fui, pensando urgentemente obter um atestado de sanidade mental porque a minha “resistência a certas idéias da ciência” se deu em idade adulta e mais porque sigo a máxima da ciência qua ciência: EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA! Das coisas empíricas, considerações empíricas. O que temos atualmente em teoria geral da evolução é somente “just-so stories” [estórias da carochinha] ou notas promissórias epistêmicas sem lastro de fundamentação empírica há quase 150 anos.
Sem atestado de sanidade mental, eles vão discutir com um louco? Se não me engano foi o Dennett que sugeriu enjaular no zoológico pessoas com esta “resistência a certas idéias científicas”. Agora vem estes dois dizer que a “resistência” é uma forma de loucura.
Vade retro que quem está precisando de camisa-de-força são vocês. Os loucos, parafraseando Sartre, são os outros... Nada mais stalinista...
NOTA:
[1] Science 18 May 2007: Vol. 316. no. 5827, pp. 996-97, DOI: 10.1126/science.1133398
Resistance to certain scientific ideas derives in large part from assumptions and biases that can be demonstrated experimentally in young children and that may persist into adulthood. In particular, both adults and children resist acquiring scientific information that clashes with common-sense intuitions about the physical and psychological domains. Additionally, when learning information from other people, both adults and children are sensitive to the trustworthiness of the source of that information. Resistance to science, then, is particularly exaggerated in societies where nonscientific ideologies have the advantages of being both grounded in common sense and transmitted by trustworthy sources....
The examples so far concern people's common-sense understanding of the physical world, but their intuitive psychology also contributes to their resistance to science. One important bias is that children naturally see the world in terms of design and purpose. For instance, 4-year-olds insist that everything has a purpose, including lions ("to go in the zoo") and clouds ("for raining"), a propensity called "promiscuous teleology" (15). Additionally, when asked about the origin of animals and people, children spontaneously tend to provide and prefer creationist explanations (16). Just as children's intuitions about the physical world make it difficult for them to accept that Earth is a sphere, their psychological intuitions about agency and design make it difficult for them to accept the processes of evolution....
A teoria “tão bem estabelecida como a lei da gravidade” não é uma Brastemp
De vez em quando eu trago à baila a forte retórica da apologética darwinista quanto ao fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução ser um fato científico inconteste assim como a Terra é redonda, não é o centro do universo, e tão bem estabelecida como a lei da gravidade, tudo isso devido a “uma montanha de evidências” inconteste.
Por ser pós-darwinista e proponente do Design Inteligente, dizem as más línguas, eu sou suspeito para falar, mas eu sempre afirmei neste blog que no contexto da justificação a teoria geral da evolução não é assim uma Brastemp.
Gente, vocês estão de bem com a vida? Saúde tranqüila? E a família, trabalho, estudos? E o coração? Este “simples professorzinho do ensino médio” [será???] vai ser vindicado mais uma vez por um evolucionista de carteirinha. Vou deixar que o meu amigo Dave Scott faça este trabalho “sujo” por mim:
Admissões cândidas sobre uma teoria tão-bem estabelecida quanto a gravidade
por DaveScot
Postado em 17 de maio de 2007
Wallace Arthur, chefe do Departamento de Zoologia na Universidade da Irlanda e pesquiador em biologia evolutiva, resenhou o livro From Embryology to Evo-Devo: A History of Developmental Evolution na revista Nature (Vol 447|17 May 2007). Houve algumas breaths de ar fresco na resenha:
Terceiro, a mais importante na minha opinião, a origem da novidade está se tornando os principais temas da evo-devo. A atenção está mudando da retenção do antigo (como na recapitulação) para a criação do novo (seja um olho, uma pena, ou até mesmo todo o corpo). Tanto a importância histórica e atual da novidade emerge repetidamente no livro.
Como surgem as novidades? Nós ainda não podemos concordar numa definição delas, muito menos responder esta questão fundamental. Mas nós podemos ver adiante a natureza do desafio. Wagner destaca que há uma grande conezão entre a evo-devo microevolutiva (intraespecífica) e a genética quantitativa (onde a variação intraespecífica é analisada em termos de características quantitativas de loci). Esta conexão é uma coisa positiva, embora ela talvez seja limitida em escopo porque ela pode não resolver o que muitos percebem como a raison d’être da evo-devo. Como Wagner diz: “Uma das principais fontes de excitamento intelectual em devo-evo (sic) é a perspectiva de entendimento das principais trasformações evolutivas.” Se essas transformações terminem sendo evento únicos ou acumulações de longo termo do mundano fica para ser visto, mas qualquer resposta será excitante à sua maneira.”
A primeira coisa de destaque é uma cândida admissão de que não existe uma explicação plausível agora mesmo para a origem da novidade. A evo-devo espera lançar luz no mistério da macroevolução. A segunda coisa de destaque é que o termo “microevolutivo” é usado. Nós sempre ouvimos dos clérigos da Igreja de São Charles Darwin que os verdadeiros cientistas evolucionistas não usam os termos microevolução e macroevolução. Ostensivamente porque todos eles têm a forte cença de que os dois descrevem o mesmo processo e separando-o em dois regimes é algo que somente criacionistas tediosos empregam para obscurecer uma teoria que é tão bem testada quanto a gravidade. Bem, aqui nós temos um biólogo evolucionista verdadeiro usando exatamente a linguagem que os proponentes do DI usam e perguntando exatamente a pergunta que nós fazemos − “Qual é a origem da novidade macroevolutiva?” Quão refrescante.
++++
Professor e aluno de universidades públicas e privadas podem acessar a Nature via portal de Periódicos da CAPES.
Por ser pós-darwinista e proponente do Design Inteligente, dizem as más línguas, eu sou suspeito para falar, mas eu sempre afirmei neste blog que no contexto da justificação a teoria geral da evolução não é assim uma Brastemp.
Gente, vocês estão de bem com a vida? Saúde tranqüila? E a família, trabalho, estudos? E o coração? Este “simples professorzinho do ensino médio” [será???] vai ser vindicado mais uma vez por um evolucionista de carteirinha. Vou deixar que o meu amigo Dave Scott faça este trabalho “sujo” por mim:
Admissões cândidas sobre uma teoria tão-bem estabelecida quanto a gravidade
por DaveScot
Postado em 17 de maio de 2007
Wallace Arthur, chefe do Departamento de Zoologia na Universidade da Irlanda e pesquiador em biologia evolutiva, resenhou o livro From Embryology to Evo-Devo: A History of Developmental Evolution na revista Nature (Vol 447|17 May 2007). Houve algumas breaths de ar fresco na resenha:
Terceiro, a mais importante na minha opinião, a origem da novidade está se tornando os principais temas da evo-devo. A atenção está mudando da retenção do antigo (como na recapitulação) para a criação do novo (seja um olho, uma pena, ou até mesmo todo o corpo). Tanto a importância histórica e atual da novidade emerge repetidamente no livro.
Como surgem as novidades? Nós ainda não podemos concordar numa definição delas, muito menos responder esta questão fundamental. Mas nós podemos ver adiante a natureza do desafio. Wagner destaca que há uma grande conezão entre a evo-devo microevolutiva (intraespecífica) e a genética quantitativa (onde a variação intraespecífica é analisada em termos de características quantitativas de loci). Esta conexão é uma coisa positiva, embora ela talvez seja limitida em escopo porque ela pode não resolver o que muitos percebem como a raison d’être da evo-devo. Como Wagner diz: “Uma das principais fontes de excitamento intelectual em devo-evo (sic) é a perspectiva de entendimento das principais trasformações evolutivas.” Se essas transformações terminem sendo evento únicos ou acumulações de longo termo do mundano fica para ser visto, mas qualquer resposta será excitante à sua maneira.”
A primeira coisa de destaque é uma cândida admissão de que não existe uma explicação plausível agora mesmo para a origem da novidade. A evo-devo espera lançar luz no mistério da macroevolução. A segunda coisa de destaque é que o termo “microevolutivo” é usado. Nós sempre ouvimos dos clérigos da Igreja de São Charles Darwin que os verdadeiros cientistas evolucionistas não usam os termos microevolução e macroevolução. Ostensivamente porque todos eles têm a forte cença de que os dois descrevem o mesmo processo e separando-o em dois regimes é algo que somente criacionistas tediosos empregam para obscurecer uma teoria que é tão bem testada quanto a gravidade. Bem, aqui nós temos um biólogo evolucionista verdadeiro usando exatamente a linguagem que os proponentes do DI usam e perguntando exatamente a pergunta que nós fazemos − “Qual é a origem da novidade macroevolutiva?” Quão refrescante.
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Professor e aluno de universidades públicas e privadas podem acessar a Nature via portal de Periódicos da CAPES.
A entrevista de Ronald Numbers ao caderno Mais! da Folha de São Paulo – Parte 2 de 2
FOLHA − E essa seria a nova moda, em lugar da "geologia do Dilúvio"?
NUMBERS − Errado. O apoio aos criacionistas, geólogos do Dilúvio, ou seja, qual for o nome continua muito grande. É que eles não têm nada de novo a apresentar, ou melhor, só um novo museu criacionista de US$ 27 milhões [cerca de R$ 55 milhões] a ser inaugurado na região de Cincinnati [o Creation Museum, com abertura prevista para junho].
++++
Ufa, ainda bem que Numbers disse: o DI não é uma “nova moda”, e nem tampouco substituição da “geologia do Dilúvio”. A TDI é uma teoria científica minimalista: certos eventos no universo e nos objetos bióticos são melhor explicados por causas inteligentes empiricamente detectadas. Contudo, nós viemos pra ficar!++++
FOLHA − Recentemente, o presidente Lula se referiu ao aborto como “questão de saúde pública”, com forte reação dos religiosos. Como um governo deve tratar esse tema? Como ocorreu nos EUA?
NUMBERS − Sou democrático o bastante para acreditar que as pessoas deveriam ter o direito de expressar suas vontades; as preocupações devem ser ouvidas, mas não acredito que as igrejas deveriam ditar a política.
++++
Nós do DI também somos democráticos, mas, e aqui se entenda indivíduos que fazem parte do DI e não a teoria, nós entendemos que o Estado laico não pode ter sua política ditada somente pelas inferências derivadas do naturalismo filosófico, sem uma maior participação de todas as correntes da sociedade. Somos políticos, mas quem não é???
O utilitarismo (Jeremy Bentham − 1748-1832) proclama que os governantes devem dispensar o máximo possível do bem e minimizar o máximo possível da dor para um número maior de pessoas ao longo do tempo. Traduzido em miúdos: os fins justificam os meios. A questão de saúde pública liberando o aborto (o bem) até 3 meses de gravidez para o maior número possível de mulheres para minimizar o máximo possível a gravidez indesejada (a dor) através da morte desses fetos.
Isso é a justificação da pena de morte sem formação de culpa de seres humanos. Um genocídio tupiniquim sancionado pelo nosso Grande Fuhrer Lula, com o aval da Nomenklatura científica, e o apoio escancarado da Grande Mídia tupiniquim.++++
A Suprema Corte dos EUA decidiu [em abril] que os Estados terão o direito de elaborar leis contra o “aborto com nascimento parcial” [técnica abortiva realizada com a gravidez avançada, geralmente no segundo trimestre de gestação]. Não sei se isso é o início de uma onda de leis antiaborto. Aborto e evolução são assuntos que dividem os EUA.
++++
A Suprema Corte dos EUA tirou a sua da reta e jogou toda a responsabilidade de decisão para os estados nesta questão de “aborto com nascimento parcial”. Moradores de estados americanos que proibirem a “pena de morte sem formação de culpa” viajarão para os estados que permitem legalmente esse holocausto de inocentes a fim de se livrarem do incômodo de uma gravidez indesejada.
A questão é colocada como de saúde pública − maximizar o bem para um maior número possível de mulheres, e minimizar essa dor. O se livrar de uma dor (gravidez indesejada) justifica o meio (o aborto com o aval do Estado). O nome disso é genocídio. Holocausto. Herr Joseph Mengele, os tabajaras aprenderam a lição rapidamente! Até tu, Lula?++++
FOLHA − Assim como a eutanásia, certo?
NUMBERS − A eutanásia não chama tanto a atenção. As pessoas ignoram o assunto até que haja casos judiciais de importância. Os jornalistas é que criam esse conflito entre ciência e religião.
++++
A eutanásia é assassinato cometido por mãos médicas autorizadas pelo Estado.
Uau, eu acho que o Numbers anda lendo o meu blog: “os jornalistas é que criam esse conflito entre ciência e religião”. Ernane, que tal incentivar o Claudio Angelo e o Marcelo Leite da FSP a serem mais “democráticos”, menos influenciados pela agenda filosófico-materialista, e a “ouvirem o outro lado”?++++
FOLHA − Como lidar com esse conflito, especialmente nas escolas?
NUMBERS − No Reino Unido não há proibição constitucional ao ensino de religião em escolas públicas; nos EUA isso existe desde a fundação, e as escolas dos EUA deveriam ser neutras em termos de religião.
Contudo pessoas como [o biólogo] Richard Dawkins, para quem a evolução é inerentemente ateísta − a mesma coisa que os religiosos vinham dizendo −, correm o risco de ver os religiosos quererem proibir o ensino do evolucionismo porque não seria, então, religiosamente neutro. Isso é perigoso.
++++
Que as escolas públicas americanas deveriam ser neutras em termos de religião é uma coisa, mas que elas são neutras é outra. A religião doutrinada naquelas escolas é o materialismo filosófico (ateísmo) com flagrantes casos de indivíduos serem humilhados publicamente em salas de aulas pela sua crença na existência objetiva e real de uma divindade.
Os de concepções religiosas estão reagindo em favor dos seus direitos constitucionais. Isso incomoda os materialistas que, até certo tempo nunca viram uma reação política tão agressiva desses “cordeirinhos”. Aqui no Brasil eu pergunto aos de concepções religiosas: “Quem foi que vos tirou a coragem de ser? Por que vocês não são mais audaciosos? Deixem de ser invisíveis! Façam política! Desçam do muro! Saiam dos armários!”
Darwin afirmou que se a sua teoria da evolução pela seleção natural precisasse de ‘ajuda externa’, sua teoria seria ‘bullshit’ [titica de galinha pra não dizer outra coisa]. Huxley, o buldogue de Darwin, batalhou uma cruzada frenética contra os de concepções religiosas. Darwin afirmou no seu Descent of Man que a sua intenção na elaboração da teoria da evolução era acabar com o conceito de criação. Desde o tempo de Darwin os cientistas vêm afirmando a inerência do ateísmo na teoria da evolução.
Fui ateu, e a teoria da evolução fundamentou muito essa minha subjetividade ateísta. Nós do DI somos a favor do ensino objetivo da evolução − suas evidências a favor e contra devem ser ensinadas aos alunos. Seria deplorável que a “vontade religiosa” prevalecesse, mas muito mais deplorável é o ensino da visão única da evolução sem críticas, e da doutrinação filosófico-materialista.++++
FOLHA − Então pessoas como Dawkins põem lenha na fogueira?
NUMBERS − Sim, eles dão a deixa para os criacionistas. “Vocês, criacionistas, têm razão: a evolução é ateísta”.
++++
Numbers parece que não leu o Origem das Espécies. Se leu está sendo capcioso aqui. Darwin disse que se sua teoria da evolução pela seleção precisasse de ‘ajuda externa’ a sua teoria seria ‘bullshit’ [titica de galinha pra não dizer outra coisa]. Huxley desencadeou freneticamente uma luta contra os de concepções religiosas. Desde o tempo de Darwin tem sido assim. Além disso, o próprio Darwin afirmou no Descent of Man (1871) que a sua subjetividade filosófica ao escrever a teoria da evolução: ter contribuído para derrubar o conceito de criação. Assim, não é somente Dawkins o único culpado em ter posto ‘lenha’ nessa fogueira cultural.++++
FOLHA − Acha que a comunidade científica deve se preocupar com esse conflito ou há exagero?
NUMBERS − É causa para preocupação. Há uma controvérsia, sim, mas não dentro da comunidade científica. Diferentemente do que afirmam certos jornais, o número de criacionistas praticando ciência é ínfimo. A comunidade não está dividida. Fora da comunidade científica, sim: nos EUA, cerca de dois terços da população preferem o criacionismo ao evolucionismo.
++++
A causa da preocupação da comunidade científica deve ser a de arranjar evidências que apóiem a teoria geral da evolução. Chega de ‘just-so stories’ [estórias da carochinha]. Por que se preocupar com os ‘cientistas criacionistas’, se eles são em número ínfimo. Uns 3.000 é pouco? Fonte segura me informa que este número pode chegar a 10.000 em todo o mundo.
Ao afirmar que a controvérsia não se dá dentro da comunidade, Numbers, como historiador da ciência deixa muito a desejar, e precisa se atualizar na literatura especializada: há mais de uma década há uma controvérsia dentro da comunidade científica quanto à suficiência epistêmica do neodarwinismo, e que foi solicitada a elaboração de uma nova teoria geral da evolução. Isso somente acontecerá em/depois de 2010.
FOLHA − Que acha da política francesa de proibir o uso ostensivo de símbolos religiosos nas escolas?
NUMBERS − Acredito na livre expressão das crenças religiosas.
++++
Nós do DI também. Até dos ateus que não deixam de ser ‘religiosos’ secularizados merecem a livre expressão de seu credo e dogmas fundamentalistas.++++
FOLHA − Isso não interfere na aquisição de conhecimento?
NUMBERS − Não nos EUA. Não temos tantos muçulmanos nas universidades, mas eles têm liberdade para se vestir como quiserem, há os budistas em suas roupas cor de laranja... Banir os símbolos religiosos seria, nos EUA, atropelar os direitos dos alunos.
++++
Ainda bem que esta pergunta veio quase no final. Aquisição de conhecimentos não se dá por causa de indumentária: ela se dá na mente do ateu e do teísta. A evolução é mais democrática do que imaginamos.++++
FOLHA − Entre os cientistas, há mais religiosos, ateístas ou agnósticos? Quem tem mais voz?
NUMBERS − Um ex-aluno meu fez uma pesquisa anos atrás com cientistas dos EUA: cerca de 40% acreditavam num deus que atende a preces e provê uma vida após a morte. É uma concepção robusta de Deus. Outros tinham uma noção mais vaga.
Quanto mais alto o escalão, menos se acreditava em Deus − aparentemente, quanto mais famoso é o cientista, menos ele precisa de Deus.
++++
Numbers sabe que esta pergunta não científica. Ela é subjetiva. A ciência não prova a existência e a inexistência de Deus. Não precisa ser cientista de alto escalão para desacreditar em Deus. Basta ser ateu. Simplesmente ateu e sem diploma. A minha máxima para contrapor isso é: existem ateus burros e ateus
superinteligentes. É tudo uma questão de gradação intelectual. Contudo, ser ateu intelectual é mais chique, e vira notícia. Dawkins que o diga. A Grande Mídia favorece esta cosmovisão atéia e demoniza os de concepções religiosas.++++
FOLHA − O que mudou na nova edição de "Os Criacionistas"?
NUMBERS − Acrescentei dois capítulos: uma história do movimento do design inteligente e um capítulo chamado "O Criacionismo Torna-se Global".
Muita gente, especialmente Stephen Jay Gould [1941-2002], enfatizou quão norte-americano sempre foi esse movimento, a ponto de o resto do mundo não ter de se preocupar.
Mas nos últimos 15 anos, o antievolucionismo se espalhou − até no Brasil: já ouviu falar de dois governadores antievolucionistas no Rio de Janeiro? [alusão aos protestantes Rosinha Matheus e Anthony Garotinho, do PMDB]
++++
Eu ainda não li o livro de Numbers, mas ele foi uma das poucas vozes acadêmicas a fazer distinção entre a teoria do Design e o Criacionismo. Não sei se ainda continua com este ponto de vista.
Quanto ao episódio do Brasil, eu informei através de amigos sobre a questão dos governadores estarem mal assessorados numa questão flagrantemente inconstitucional, e da existência de um pequeno núcleo brasileiro de Design Inteligente formado por professores e alunos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras públicas e privadas.++++
FOLHA − Em que outras frentes os criacionistas têm ganho terreno?
NUMBERS − Na América Latina, na África subsaariana, na Austrália... A maioria dos cristãos não aceita a evolução, mas antes eles não a combatiam. Na Ásia, um dos grupos antievolucionistas mais fortes está na Coréia do Sul.
Há cerca de dois anos, a ministra da Educação da Holanda [Maria van der Hoeven, atual ministra da Economia] sugeriu o ensino de design inteligente nas escolas, com o intuito de unir cristãos, judeus e muçulmanos.
E isso é só entre os cristãos. Entre os muçulmanos, o maior grupo antievolucionista é liderado por Harun Yahya, pseudônimo de Adnam Otkar, cujos livros já foram distribuídos para vários países. Há também o grupo judeu que criou a Torah Science Foundation, que mistura criacionismo e cabala.
++++
Eu vou fazer aqui o Advogado do Diabo dos criacionistas: eles estão ganhando terreno no mundo por duas razões: a obtusa recusa dos darwinistas reconhecerem para um universo maior as insuficiências epistêmicas fundamentais do neodarwinismo que eles, à boca pequena discutem intramuros e nas publicações científicas. As evidências estão apontando noutra direção, mas a Nomenklatura científica e a Grande Mídia não dão espaço para o livre debate desta importante questão, e soberbamente ignoram os críticos de Darwin e os proponentes de novas teorias científicas.
A arrogância de uma Theoria perennis, as investidas na jugular epistêmica pelos teóricos e defensores do Design Inteligente, tudo isso fortaleceu os criacionistas que “saíram do armário” em escala global. Seguiram estritamente a Huxley: organizaram-se em grupos vocais e visíveis voltados para a divulgação popular.
++++
FOLHA − Acha que os estudos sobre o genoma podem ditar as teorias que serão privilegiadas nos próximos anos?
NUMBERS − Creio que não. Teremos a mesma diversidade. Suponha que se confirme que não há grande diferença genética entre macacos e humanos. Os evolucionistas dirão: "É claro, nós saímos dos macacos". Mas os criacionistas dirão: "Não admira, é o mesmo criador".
++++
Uma lição científica para Numbers: é preciso primeiro ter uma teoria científica, depois é que vêm as observações. Engraçado, Darwin saiu coletando espécimes e fazendo observações, e não tinha uma teoria. Os cientistas devem tão-somente seguir as evidências aonde elas forem dar. Duela a quien duela. Seja Darwin, seja quem for.
Se a nova teoria geral da evolução que está sendo elaborada para 2010 não incorporar a teoria da informação complexa especificada e a complexidade irredutível de sistemas biológicos, ela será uma teoria inadequada em função da extrema complexidade do fenômeno genômico sendo observado. A biologia hoje é uma ciência da informação.++++
Um alô para o Ernane: Que tal entrevistar o Michael Behe ou o William Dembski? Eles seriam o ‘contraditório’ mais adequado para as páginas do caderno Mais! O sr. Frias iria adorar − ele era cético saudável e não acreditava em cosmovisões definitivas.
Folha de São Paulo, está mais do que na hora de honrar a liberalidade humanista do sr. Frias...
++++
NOTA DO BLOGGER: Eu continuo sendo de esquerda, apesar de...
NUMBERS − Errado. O apoio aos criacionistas, geólogos do Dilúvio, ou seja, qual for o nome continua muito grande. É que eles não têm nada de novo a apresentar, ou melhor, só um novo museu criacionista de US$ 27 milhões [cerca de R$ 55 milhões] a ser inaugurado na região de Cincinnati [o Creation Museum, com abertura prevista para junho].
++++
Ufa, ainda bem que Numbers disse: o DI não é uma “nova moda”, e nem tampouco substituição da “geologia do Dilúvio”. A TDI é uma teoria científica minimalista: certos eventos no universo e nos objetos bióticos são melhor explicados por causas inteligentes empiricamente detectadas. Contudo, nós viemos pra ficar!++++
FOLHA − Recentemente, o presidente Lula se referiu ao aborto como “questão de saúde pública”, com forte reação dos religiosos. Como um governo deve tratar esse tema? Como ocorreu nos EUA?
NUMBERS − Sou democrático o bastante para acreditar que as pessoas deveriam ter o direito de expressar suas vontades; as preocupações devem ser ouvidas, mas não acredito que as igrejas deveriam ditar a política.
++++
Nós do DI também somos democráticos, mas, e aqui se entenda indivíduos que fazem parte do DI e não a teoria, nós entendemos que o Estado laico não pode ter sua política ditada somente pelas inferências derivadas do naturalismo filosófico, sem uma maior participação de todas as correntes da sociedade. Somos políticos, mas quem não é???
O utilitarismo (Jeremy Bentham − 1748-1832) proclama que os governantes devem dispensar o máximo possível do bem e minimizar o máximo possível da dor para um número maior de pessoas ao longo do tempo. Traduzido em miúdos: os fins justificam os meios. A questão de saúde pública liberando o aborto (o bem) até 3 meses de gravidez para o maior número possível de mulheres para minimizar o máximo possível a gravidez indesejada (a dor) através da morte desses fetos.
Isso é a justificação da pena de morte sem formação de culpa de seres humanos. Um genocídio tupiniquim sancionado pelo nosso Grande Fuhrer Lula, com o aval da Nomenklatura científica, e o apoio escancarado da Grande Mídia tupiniquim.++++
A Suprema Corte dos EUA decidiu [em abril] que os Estados terão o direito de elaborar leis contra o “aborto com nascimento parcial” [técnica abortiva realizada com a gravidez avançada, geralmente no segundo trimestre de gestação]. Não sei se isso é o início de uma onda de leis antiaborto. Aborto e evolução são assuntos que dividem os EUA.
++++
A Suprema Corte dos EUA tirou a sua da reta e jogou toda a responsabilidade de decisão para os estados nesta questão de “aborto com nascimento parcial”. Moradores de estados americanos que proibirem a “pena de morte sem formação de culpa” viajarão para os estados que permitem legalmente esse holocausto de inocentes a fim de se livrarem do incômodo de uma gravidez indesejada.
A questão é colocada como de saúde pública − maximizar o bem para um maior número possível de mulheres, e minimizar essa dor. O se livrar de uma dor (gravidez indesejada) justifica o meio (o aborto com o aval do Estado). O nome disso é genocídio. Holocausto. Herr Joseph Mengele, os tabajaras aprenderam a lição rapidamente! Até tu, Lula?++++
FOLHA − Assim como a eutanásia, certo?
NUMBERS − A eutanásia não chama tanto a atenção. As pessoas ignoram o assunto até que haja casos judiciais de importância. Os jornalistas é que criam esse conflito entre ciência e religião.
++++
A eutanásia é assassinato cometido por mãos médicas autorizadas pelo Estado.
Uau, eu acho que o Numbers anda lendo o meu blog: “os jornalistas é que criam esse conflito entre ciência e religião”. Ernane, que tal incentivar o Claudio Angelo e o Marcelo Leite da FSP a serem mais “democráticos”, menos influenciados pela agenda filosófico-materialista, e a “ouvirem o outro lado”?++++
FOLHA − Como lidar com esse conflito, especialmente nas escolas?
NUMBERS − No Reino Unido não há proibição constitucional ao ensino de religião em escolas públicas; nos EUA isso existe desde a fundação, e as escolas dos EUA deveriam ser neutras em termos de religião.
Contudo pessoas como [o biólogo] Richard Dawkins, para quem a evolução é inerentemente ateísta − a mesma coisa que os religiosos vinham dizendo −, correm o risco de ver os religiosos quererem proibir o ensino do evolucionismo porque não seria, então, religiosamente neutro. Isso é perigoso.
++++
Que as escolas públicas americanas deveriam ser neutras em termos de religião é uma coisa, mas que elas são neutras é outra. A religião doutrinada naquelas escolas é o materialismo filosófico (ateísmo) com flagrantes casos de indivíduos serem humilhados publicamente em salas de aulas pela sua crença na existência objetiva e real de uma divindade.
Os de concepções religiosas estão reagindo em favor dos seus direitos constitucionais. Isso incomoda os materialistas que, até certo tempo nunca viram uma reação política tão agressiva desses “cordeirinhos”. Aqui no Brasil eu pergunto aos de concepções religiosas: “Quem foi que vos tirou a coragem de ser? Por que vocês não são mais audaciosos? Deixem de ser invisíveis! Façam política! Desçam do muro! Saiam dos armários!”
Darwin afirmou que se a sua teoria da evolução pela seleção natural precisasse de ‘ajuda externa’, sua teoria seria ‘bullshit’ [titica de galinha pra não dizer outra coisa]. Huxley, o buldogue de Darwin, batalhou uma cruzada frenética contra os de concepções religiosas. Darwin afirmou no seu Descent of Man que a sua intenção na elaboração da teoria da evolução era acabar com o conceito de criação. Desde o tempo de Darwin os cientistas vêm afirmando a inerência do ateísmo na teoria da evolução.
Fui ateu, e a teoria da evolução fundamentou muito essa minha subjetividade ateísta. Nós do DI somos a favor do ensino objetivo da evolução − suas evidências a favor e contra devem ser ensinadas aos alunos. Seria deplorável que a “vontade religiosa” prevalecesse, mas muito mais deplorável é o ensino da visão única da evolução sem críticas, e da doutrinação filosófico-materialista.++++
FOLHA − Então pessoas como Dawkins põem lenha na fogueira?
NUMBERS − Sim, eles dão a deixa para os criacionistas. “Vocês, criacionistas, têm razão: a evolução é ateísta”.
++++
Numbers parece que não leu o Origem das Espécies. Se leu está sendo capcioso aqui. Darwin disse que se sua teoria da evolução pela seleção precisasse de ‘ajuda externa’ a sua teoria seria ‘bullshit’ [titica de galinha pra não dizer outra coisa]. Huxley desencadeou freneticamente uma luta contra os de concepções religiosas. Desde o tempo de Darwin tem sido assim. Além disso, o próprio Darwin afirmou no Descent of Man (1871) que a sua subjetividade filosófica ao escrever a teoria da evolução: ter contribuído para derrubar o conceito de criação. Assim, não é somente Dawkins o único culpado em ter posto ‘lenha’ nessa fogueira cultural.++++
FOLHA − Acha que a comunidade científica deve se preocupar com esse conflito ou há exagero?
NUMBERS − É causa para preocupação. Há uma controvérsia, sim, mas não dentro da comunidade científica. Diferentemente do que afirmam certos jornais, o número de criacionistas praticando ciência é ínfimo. A comunidade não está dividida. Fora da comunidade científica, sim: nos EUA, cerca de dois terços da população preferem o criacionismo ao evolucionismo.
++++
A causa da preocupação da comunidade científica deve ser a de arranjar evidências que apóiem a teoria geral da evolução. Chega de ‘just-so stories’ [estórias da carochinha]. Por que se preocupar com os ‘cientistas criacionistas’, se eles são em número ínfimo. Uns 3.000 é pouco? Fonte segura me informa que este número pode chegar a 10.000 em todo o mundo.
Ao afirmar que a controvérsia não se dá dentro da comunidade, Numbers, como historiador da ciência deixa muito a desejar, e precisa se atualizar na literatura especializada: há mais de uma década há uma controvérsia dentro da comunidade científica quanto à suficiência epistêmica do neodarwinismo, e que foi solicitada a elaboração de uma nova teoria geral da evolução. Isso somente acontecerá em/depois de 2010.
FOLHA − Que acha da política francesa de proibir o uso ostensivo de símbolos religiosos nas escolas?
NUMBERS − Acredito na livre expressão das crenças religiosas.
++++
Nós do DI também. Até dos ateus que não deixam de ser ‘religiosos’ secularizados merecem a livre expressão de seu credo e dogmas fundamentalistas.++++
FOLHA − Isso não interfere na aquisição de conhecimento?
NUMBERS − Não nos EUA. Não temos tantos muçulmanos nas universidades, mas eles têm liberdade para se vestir como quiserem, há os budistas em suas roupas cor de laranja... Banir os símbolos religiosos seria, nos EUA, atropelar os direitos dos alunos.
++++
Ainda bem que esta pergunta veio quase no final. Aquisição de conhecimentos não se dá por causa de indumentária: ela se dá na mente do ateu e do teísta. A evolução é mais democrática do que imaginamos.++++
FOLHA − Entre os cientistas, há mais religiosos, ateístas ou agnósticos? Quem tem mais voz?
NUMBERS − Um ex-aluno meu fez uma pesquisa anos atrás com cientistas dos EUA: cerca de 40% acreditavam num deus que atende a preces e provê uma vida após a morte. É uma concepção robusta de Deus. Outros tinham uma noção mais vaga.
Quanto mais alto o escalão, menos se acreditava em Deus − aparentemente, quanto mais famoso é o cientista, menos ele precisa de Deus.
++++
Numbers sabe que esta pergunta não científica. Ela é subjetiva. A ciência não prova a existência e a inexistência de Deus. Não precisa ser cientista de alto escalão para desacreditar em Deus. Basta ser ateu. Simplesmente ateu e sem diploma. A minha máxima para contrapor isso é: existem ateus burros e ateus
superinteligentes. É tudo uma questão de gradação intelectual. Contudo, ser ateu intelectual é mais chique, e vira notícia. Dawkins que o diga. A Grande Mídia favorece esta cosmovisão atéia e demoniza os de concepções religiosas.++++
FOLHA − O que mudou na nova edição de "Os Criacionistas"?
NUMBERS − Acrescentei dois capítulos: uma história do movimento do design inteligente e um capítulo chamado "O Criacionismo Torna-se Global".
Muita gente, especialmente Stephen Jay Gould [1941-2002], enfatizou quão norte-americano sempre foi esse movimento, a ponto de o resto do mundo não ter de se preocupar.
Mas nos últimos 15 anos, o antievolucionismo se espalhou − até no Brasil: já ouviu falar de dois governadores antievolucionistas no Rio de Janeiro? [alusão aos protestantes Rosinha Matheus e Anthony Garotinho, do PMDB]
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Eu ainda não li o livro de Numbers, mas ele foi uma das poucas vozes acadêmicas a fazer distinção entre a teoria do Design e o Criacionismo. Não sei se ainda continua com este ponto de vista.
Quanto ao episódio do Brasil, eu informei através de amigos sobre a questão dos governadores estarem mal assessorados numa questão flagrantemente inconstitucional, e da existência de um pequeno núcleo brasileiro de Design Inteligente formado por professores e alunos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras públicas e privadas.++++
FOLHA − Em que outras frentes os criacionistas têm ganho terreno?
NUMBERS − Na América Latina, na África subsaariana, na Austrália... A maioria dos cristãos não aceita a evolução, mas antes eles não a combatiam. Na Ásia, um dos grupos antievolucionistas mais fortes está na Coréia do Sul.
Há cerca de dois anos, a ministra da Educação da Holanda [Maria van der Hoeven, atual ministra da Economia] sugeriu o ensino de design inteligente nas escolas, com o intuito de unir cristãos, judeus e muçulmanos.
E isso é só entre os cristãos. Entre os muçulmanos, o maior grupo antievolucionista é liderado por Harun Yahya, pseudônimo de Adnam Otkar, cujos livros já foram distribuídos para vários países. Há também o grupo judeu que criou a Torah Science Foundation, que mistura criacionismo e cabala.
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Eu vou fazer aqui o Advogado do Diabo dos criacionistas: eles estão ganhando terreno no mundo por duas razões: a obtusa recusa dos darwinistas reconhecerem para um universo maior as insuficiências epistêmicas fundamentais do neodarwinismo que eles, à boca pequena discutem intramuros e nas publicações científicas. As evidências estão apontando noutra direção, mas a Nomenklatura científica e a Grande Mídia não dão espaço para o livre debate desta importante questão, e soberbamente ignoram os críticos de Darwin e os proponentes de novas teorias científicas.
A arrogância de uma Theoria perennis, as investidas na jugular epistêmica pelos teóricos e defensores do Design Inteligente, tudo isso fortaleceu os criacionistas que “saíram do armário” em escala global. Seguiram estritamente a Huxley: organizaram-se em grupos vocais e visíveis voltados para a divulgação popular.
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FOLHA − Acha que os estudos sobre o genoma podem ditar as teorias que serão privilegiadas nos próximos anos?
NUMBERS − Creio que não. Teremos a mesma diversidade. Suponha que se confirme que não há grande diferença genética entre macacos e humanos. Os evolucionistas dirão: "É claro, nós saímos dos macacos". Mas os criacionistas dirão: "Não admira, é o mesmo criador".
++++
Uma lição científica para Numbers: é preciso primeiro ter uma teoria científica, depois é que vêm as observações. Engraçado, Darwin saiu coletando espécimes e fazendo observações, e não tinha uma teoria. Os cientistas devem tão-somente seguir as evidências aonde elas forem dar. Duela a quien duela. Seja Darwin, seja quem for.
Se a nova teoria geral da evolução que está sendo elaborada para 2010 não incorporar a teoria da informação complexa especificada e a complexidade irredutível de sistemas biológicos, ela será uma teoria inadequada em função da extrema complexidade do fenômeno genômico sendo observado. A biologia hoje é uma ciência da informação.++++
Um alô para o Ernane: Que tal entrevistar o Michael Behe ou o William Dembski? Eles seriam o ‘contraditório’ mais adequado para as páginas do caderno Mais! O sr. Frias iria adorar − ele era cético saudável e não acreditava em cosmovisões definitivas.
Folha de São Paulo, está mais do que na hora de honrar a liberalidade humanista do sr. Frias...
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NOTA DO BLOGGER: Eu continuo sendo de esquerda, apesar de...
E=mc2 no DNA = Design Inteligente?
Vejam o que um grupo de cientistas japoneses fez com a bactéria. Não tem mais volta: nós oficialmente entramos na “era da informação” da biologia evolutiva.
É por essas e muitas outras que este ‘simples professorzinho do ensino médio’ [será???] há muito se tornou um pós-darwinista. Em plena era da informação, não dá mano pra continuar rezando pelo credo neodarwinista.
Esqueçam a Hágio-Exposição Darwin no MASP - SP. Leiam este artigo da PhysOrg e aguardem 2010 chegar. Imperdível mudança paradigmática em biologia evolutiva. Se não incorporarem a teoria de informação, e a complexidade irredutível dos sistemas biológicos, o remendo vai ser muito pior...
É por essas e muitas outras que este ‘simples professorzinho do ensino médio’ [será???] há muito se tornou um pós-darwinista. Em plena era da informação, não dá mano pra continuar rezando pelo credo neodarwinista.
Esqueçam a Hágio-Exposição Darwin no MASP - SP. Leiam este artigo da PhysOrg e aguardem 2010 chegar. Imperdível mudança paradigmática em biologia evolutiva. Se não incorporarem a teoria de informação, e a complexidade irredutível dos sistemas biológicos, o remendo vai ser muito pior...
Newton e/como Filosofia
Newton, para mim, dadas as condições da ciência e os recursos tecnológicos de sua época, é o maior de todos os cientistas. Quando será que o MASP (São Paulo) reverenciará este cientista? NUNCA, posso até morder a minha língua mais tarde. Enquanto a EXPOSIÇÃO NEWTON não vem ao Brasil, ele vai ser assunto na Holanda.
Website com informações detalhadas em inglês.
Registration closes on June 11, 2007.
Conference "NEWTON AND/AS PHILOSOPHY"
Thursday - Monday 21-25 June, 2007
Location: Museum Boerhaave, Leiden
LEIDEN UNIVERSITY, Department of Philosophy
PROGRAM:
Zvi Biener (Pitt) & Chris Smeenk (Western Ontario)
"The Limits of Evidential Reasoning in Newton´s Argument for Universal Gravitation"
Katherine Brading (Notre Dame)
"Newton on Body: a Response to Descartes"
Graciela de Pierris (Stanford)
"Newton, Locke, Hume and Scientific Methodology"
Henk De Regt (VU)
"Newtonian Gravitation, Metaphysics, and Scientific Understanding"
Rob DiSalle (Western Ontario)
"Newton´s Philosophical Method"
Steffen Ducheyne (Gent)
"Newton´s General Scholium: Published and Unpublished Endeavours"
Katherine Dunlop (Brown)
"Newton and Barrow on "Sensible Measures" of Absolute Space"
Michael Friedman (Stanford)
"Newton and Kant on Absolute Space: From Theology to Transcendental Philosophy"
Dan Garber (Princeton)
"Newton vs. Leibniz: Body, Force and the Laws of Nature"
Andrew Janiak (Duke)
"Descartes´s Metaphysical Physics and Newton´s Physical Metaphysics"
Lynn Joy (Notre Dame)
"Newton´s Divine Phenomenalism and its Humean Legacy"
Marco Panza (Paris)
"From Velocities to Fluxions: Newton between Geometry and Analysis"
Chris Smeenk (Western Ontario) & George E. Smith (Tufts)
"Newton on Constrained Motion"
George E. Smith (Tufts)
"The Questions of Mass in Newton´s Law of Gravity"
Maarten Van Dijck (Gent)
"Galilean Inertia and Newton´s Laws of Motion"
Karin Verelst (VUB)
"G.O.D. in Newton and Leibniz: Intransparency vs. Inconsistency
Roundtable, 23 June
Herman Philipse (Utrecht)
Catherine Wilson (CUNY)
Nico Bertoloni Meli (Indiana)
Young Scholars
Mary Domski (New Mexico)
Dana Jalobeanu (Arad)
Ted Richards (Kentucky)
Tanya Rundle (Emory)
Conference organized with support from:
Netherlands Organisation for Scientific Research (NWO)
Department of Philosophy, Leiden University
College van Bestuur, Leiden University
LUF: Leiden University Fund
De Evert Willem Beth Stichting
Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences (KNAW)
Eric Schliesser
*Assistant Professor, Philosophy Dept., Syracuse University, 541 Hall of Languages, Syracuse, NY, 13244-1170. (ph) 315-663-4308;
*VENI Research Fellow (2005-9), Netherlands Organisation for Scientific Research, Philosophy Dept., Leiden University, PO BOX 9515, Leiden, 2300 RA, the Netherlands. Tel: 06-15005958
*Research Associate, Amsterdam Research Group in History and Methodology of Economics, University of Amsterdam.
skype: ericschliesser
nesciocinema.blogspot.com
Website com informações detalhadas em inglês.
Registration closes on June 11, 2007.
Conference "NEWTON AND/AS PHILOSOPHY"
Thursday - Monday 21-25 June, 2007
Location: Museum Boerhaave, Leiden
LEIDEN UNIVERSITY, Department of Philosophy
PROGRAM:
Zvi Biener (Pitt) & Chris Smeenk (Western Ontario)
"The Limits of Evidential Reasoning in Newton´s Argument for Universal Gravitation"
Katherine Brading (Notre Dame)
"Newton on Body: a Response to Descartes"
Graciela de Pierris (Stanford)
"Newton, Locke, Hume and Scientific Methodology"
Henk De Regt (VU)
"Newtonian Gravitation, Metaphysics, and Scientific Understanding"
Rob DiSalle (Western Ontario)
"Newton´s Philosophical Method"
Steffen Ducheyne (Gent)
"Newton´s General Scholium: Published and Unpublished Endeavours"
Katherine Dunlop (Brown)
"Newton and Barrow on "Sensible Measures" of Absolute Space"
Michael Friedman (Stanford)
"Newton and Kant on Absolute Space: From Theology to Transcendental Philosophy"
Dan Garber (Princeton)
"Newton vs. Leibniz: Body, Force and the Laws of Nature"
Andrew Janiak (Duke)
"Descartes´s Metaphysical Physics and Newton´s Physical Metaphysics"
Lynn Joy (Notre Dame)
"Newton´s Divine Phenomenalism and its Humean Legacy"
Marco Panza (Paris)
"From Velocities to Fluxions: Newton between Geometry and Analysis"
Chris Smeenk (Western Ontario) & George E. Smith (Tufts)
"Newton on Constrained Motion"
George E. Smith (Tufts)
"The Questions of Mass in Newton´s Law of Gravity"
Maarten Van Dijck (Gent)
"Galilean Inertia and Newton´s Laws of Motion"
Karin Verelst (VUB)
"G.O.D. in Newton and Leibniz: Intransparency vs. Inconsistency
Roundtable, 23 June
Herman Philipse (Utrecht)
Catherine Wilson (CUNY)
Nico Bertoloni Meli (Indiana)
Young Scholars
Mary Domski (New Mexico)
Dana Jalobeanu (Arad)
Ted Richards (Kentucky)
Tanya Rundle (Emory)
Conference organized with support from:
Netherlands Organisation for Scientific Research (NWO)
Department of Philosophy, Leiden University
College van Bestuur, Leiden University
LUF: Leiden University Fund
De Evert Willem Beth Stichting
Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences (KNAW)
Eric Schliesser
*Assistant Professor, Philosophy Dept., Syracuse University, 541 Hall of Languages, Syracuse, NY, 13244-1170. (ph) 315-663-4308;
*VENI Research Fellow (2005-9), Netherlands Organisation for Scientific Research, Philosophy Dept., Leiden University, PO BOX 9515, Leiden, 2300 RA, the Netherlands. Tel: 06-15005958
*Research Associate, Amsterdam Research Group in History and Methodology of Economics, University of Amsterdam.
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