Olha para o céu, Frederico!

terça-feira, agosto 28, 2007

A nova ferramenta da Google Earth em versão astronômica, chamada Sky, permite ao usuário explorar constelações, localizar e observar imagens de 100 milhões de estrelas e outros objetos celestes.

Olha para o céu, Frederico!



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Fonte: Agência FAPESP

Origem da Vida? Fale com Kauffman e Orgel: eles sabem quase tudo

domingo, agosto 26, 2007

Stuart Kauffman (foto da Universidade Calgary, Canadá):

“Quem quer que lhe diga que ele ou ela sabe como que a vida começou na Terra alguns 3.45 bilhões de anos atrás é um(a) louco(a) ou um(a) velhaco(a). Ninguém sabe. Na verdade, talvez nós nunca recuperaremos a verdadeira seqüência histórica dos eventos moleculares que resultaram nos primeiros sistemas moleculares auto-replicantes e evoluídos a surgir há mais de 3 milhões de milênios atrás. Mas, se o caminho histórico deva permanecer para sempre escondido, nós ainda podemos desenvolver corpos de teoria e experimentos para mostrar como que a vida pôde realisticamente ter cristalizado, enraizado, e depois cobriu o globo. Mesmo assim, a advertência: ninguém sabe.” [1]

Leslie Orgel:

“Quem pensa que sabe a solução para este problema [da origem da vida][2] está iludido”, disse Orgel. “Mas”, ele acrescenta, “quem pensa que isso é um problema insolúvel também está iludido.” “Uma abordagem possível para o problema da origem da vida é fazer a pergunta cientificamente em vez de historicamente de como pode a vida surgir em vez de como que surgiu a vida. A fim de lidar com isso, os cientistas tentam determinar experimentalmente o que é quimicamente viável, e o que poderia ter ocorrido na Terra prebiótica.” [3]

NOTAS:

[1] Kauffman, S. At Home in the Universe, 31. Esta passagem foi escrita na metade dos anos 1990s. Mais recentemente, Kauffman foi mais adiante, negando não somente que nós não sabemos os [passos] específicos de como se originou a vida, mas que nós nem temos uma teoria de como que a vida poderia ter se originado: “Nós temos falta totalmente de uma teoria da organização do processo, mesmo assim, a biosfera, da incepção da vida até hoje, manifestamente propaga a organização do processo.” Vide Stuart Kauffman, Robert K. Logan, Robert Este, Randy Goebel, David Hobill, e Ilya Shmulevich, “Propagating Organization: An Enquiry,” Biology and Philosophy (2007): no prelo]. Disponível gratuitamente em PDF aqui. Aacessado em 26 de agosto de 2007.

[2]Note que a inserção entre colchetes está no original desta citação. Vide a próxima nota.

[3]Jason Socrates Bardi, “Life¬What We Know, and What We Don’t,” TSRI News & Views (publicação online semanal de The Scripps Research Institute) 3(30) (October 11, 2004), disponível online aqui: acessado em 26 de agosto de 2007.

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COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER: Será que o MEC/SEMTEC/PNLEM vai exigir que os autores de livros-texto de Biologia do ensino médio se pautem por exemplos assim como o de Kaufmann e Orgel no que diz respeito à origem e evolução química da vida?

Dois cientistas brasileiros em comissão para prêmio de US$ 1.000.000,00

Há dois cientistas brasileiros de renome, listados na comissão que avaliará a pesquisa que explique a origem da vida por meios estritamente naturais:

Romeu Cardoso Guimarães, BRAZIL, Instituto de Ciências Biológicas, UFMG
Ricardo Ferreira, BRAZIL, Departamento de Quimica Fundamental, UFPE (Emérito).

Quem apresentar a melhor pesquisa que explique a derivação da complexidade da seqüência aperiódica especificada leva simplesmente a importância mixuruca de US$ 1.000.000,00 (hum milhão de dólares).

Cadê os Oparins, Haldanes, e Millers tupiniquins quando a gente mais precisa deles? Afinal de contas, Haldane, Oparin e Miller já foram para a lata do lixo histórico da ciência há muito tempo, mas continuam sendo apresentados em nossos melhores livros-textos aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM como expressando os PCNs e o estágio atual de conhecimento científico na área. Nada mais falso. Estão lesando nossos alunos do ensino médio em sua educação e cidadania: direito à informação!

A física da informação

sexta-feira, agosto 24, 2007

David Baltimore, biólogo molecular americano (prêmio Nobel em 1975, juntamente com Renato Dulbecco e Howard Martin Temin, pelas descobertas da interação entre os vírus de tumores e o material genético da célula) afirmou:

“A biologia moderna é uma ciência de informação”.




A teoria do Design Inteligente é uma teoria da informação, e deve ser analisada e julgada nesse seu aspecto teórico da informação complexa especificada especialmente em biologia, pois a genômica tem confirmado a afirmação de Baltimore acima: a biologia é uma ciência de informação. (Vide DEMBSKI, William. “The Design Inference: Eliminating Chance Through Small Probabilities”, Cambridge, Cambridge University Press, 2000).

Eu acredito na democratização do conhecimento, por isso aqui e ali eu remeto meus leitores para artigos que podem ser acessados gratuitamente. Achei este “The Physics of Information”, de F. Alexander Bais e J. Doyne Farmer. O artigo contém 64 páginas e 9 figuras. Física pura, mas segundo os autores foi escrito tendo em mente o leitor leigo.

O artigo é uma contribuição para o livro “The handbook on the philosophy of information” [O manual sobre a filosofia da informação”, editado por J. van Benthem e P. Adriaans, a ser publicado pela Elsevier.

“Nós revisamos a interface entre a física (teórica) e a informação para leitores não-especializados. A origem da informação conforme relacionada com a noção de entropia é descrita, primeiro no contexto da termodinâmica depois no contexto da mecânica estatística. Um exame detalhado das bases da mecânica estatística, e a necessidade de se reconciliar as opiniões probabilísticas e determinísticas do mundo leva-nos à uma discussão da dinâmica caótica, onde a informação desempenha um papel crucial na quantificação da predição. Depois nós discutimos uma variedade de questões fundamentais que emergem na definição de informação, e como que alguém deve ter cuidado na discussão de conceitos tais como ordem, desordem, e conhecimento incompleto. Nós também discutimos uma forma alternativa de entropia e sua possível relevância para a termodinâmica de não-equilíbrio.

Na parte final do artigo nós discutimos como que a mecânica quântica dá origem aos conceitos muito diferentes de informação quântica. Possibilidades completamente novas para armazenagem de informação e computação são possíveis devido ao grande processo paralelo inerente em mecânica quântica. Nós também destacamos como que a entropia pode ser estendida para ser aplicada à mecânica quântica a fim de fornecer uma medição útil do emaranhamento quântico.

Finalmente nós fazemos uma pequena excursão na interface entre a teoria quântica e a relatividade geral, onde alguém é confrontado com um “paradoxo de informação última” colocado pela física dos buracos negros.

Nessa resenha nós nos limitamos a nós mesmo; nem todos os tópicos relevantes que dizem respeito à física e à informação podiam ser considerados.”

O artigo em PDF pode ser baixado gratuitamente aqui.[887.89 KB]


EXTRA! EXTRA! Dentes fossilizados de gorila mandam o ancestral hominídeo pra lá de Timbuktu

quinta-feira, agosto 23, 2007

A paleoantropologia é uma ciência que deve ser acompanhada cum granum salis. Razão? Cientistas são humanos. Há uma ponta de “orgulho” entre os cientistas mais do que devida quando realizam alguma descoberta tipo “arrasa quarteirão”. Já pensou o cientista brasuca José da Silva, de Pindamonhangaba, descobrindo esse tal de “elo perdido” da cadeia evolutiva? Ele seria incensado pela Nomenklatura científica e Grande Mídia tupiniquins: seria indicado para o prêmio Nobel em Evolução! Oops, Nobel não designou verbas para um prêmio nessa área. Por quê? Porque, em parte, a paleoantropologia é uma ciência assim — muitos egos doidivanamente perseguindo esta glória de fechar a conta epistêmica das teses transformistas de Darwin. Mesmo que fraudes tenham que ser elaboradas.

Bem, uma série de dentes de gorila fossilizados encontrada na Etiópia puxou bem para trás o galho cronológico da história evolutiva entre macacos-antropóides e humanos quase duas vezes o tempo previamente aceito pelos cientistas. A revista Nature relatou que os pesquisadores dataram o fóssil aproximadamente em torno de 10.5-11 milhões de anos. [1] Anteriormente, a data aceita pelos cientistas para a divergência entre macacos-antropóides e humanos era de 6 a 7 milhões de anos.


Dentes de Chororapithecus abyssinicus comparados com a mandíbula de gorila. Foto: Gen Suwa/University of Tokyo.

Rex Dalton, na mesma edição da revista Nature, [2] relatou o lead [abertura da matéria] da equipe afirmando que os dentes “coletivamente são indistinguíveis da subespécie de gorilas modernos” em forma, tamanho, estrutura interna e proporção. Mesmo assim, os autores nomearam o fóssil uma nova espécie.

Destaco aqui que os dois artigos da Nature aludiram à extrema escassez de fósseis do período de 7 a 12 milhões de anos na escala cronológica evolutiva. NOTA BENE: EXTREMA ESCASSEZ DE FÓSSEIS NESTE PERÍODO! Os autores admitiram que “filogeneticamente, esses fósseis representam a primeira espécie de macacos-antropóides do Mioceno a serem reconhecidos como um forte candidato a ser membro do clade dos gorilas modernos” porque os dentes são indistinguíveis daqueles dos gorilas modernos exceto que eles têm uma grande variação de tamanhos. Todavia, Rex Dalton afirmou que este fóssil “ajuda a preencher uma imensa lacuna no registro fóssil”. Cáspita! Será que ele não leu a pesquisa original?

Pegando carona com esta descoberta científica arrasa quarteirão, mas com um pouco de ceticismo saudável, a National Geographic noticiou assim “eu tenho uma boa e uma má notícia, qual delas você quer ouvir primeiro?” A boa notícia, segundo a NG, foi que a descoberta “preenche uma lacuna importante no registro fóssil”, mas ao mesmo tempo, infelizmente para os paleoantropólogos a má notícia, isso “também pode demolir uma teoria funcional da evolução humana.”

Alguém me belisque — demolir uma teoria funcional da evolução humana? Por quê? É aqui que alguns macacos vão pular de galho em galho, oops, cair do galho da Árvore da Vida de Darwin! Se isso for cientificamente corroborado, significa dizer que “tudo [na evolução humana] vai ter que ser datado bem para trás” no tempo além do esperado pelos cientistas. Por quê? Porque este gorila era essencialmente moderno em pelo menos 2 milhões de anos antes de o alegado ancestral comum ter existido. Esse sujeito (oculto), o ancestral comum, é o ET da paleoantropologia — os cientistas evolucionistas “vêem”, mas os paleoantropólogos, apesar de seus esforços árduos desde 1859, não conseguem demonstrar com evidência fóssil, teria que ter vivido ainda mais cedo em alguns milhões de anos.

Nossa “brimo” filogenético caiu do galho, e foi pra lá de Timbuktu. Snif! Snif! Snif!

NOTAS:

1. Suwa et al, “A new species of great ape from the late Miocene epoch in Ethiopia,” Nature 448, 921-924 (23 August 2007) doi:10.1038/nature06113.

2. Rex Dalton, “Oldest gorilla ages our joint ancestor,” Nature 448, 844-845 (23 August 2007) doi:10.1038/448844a.

O artigo “An Ape or the Ape: Is the Toumaï Cranium TM 266 a Hominid?” sobre o Sahelanthropus, de Milford H. Wolpoff et al pode ser baixado gratuitamente aqui [2.19 MB]. Os autores consideram que as muitas convergências dentais dificultam na identificação dos hominídeos baseado somente nos dentes. Segundo os autores, elas também dificultam dizer se qualquer macaco-antropóide particular com grandes dentes e comedor de folhas seja definitivamente um gorila.

MarcUs Valério XR “falou e disse”: Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço

quarta-feira, agosto 22, 2007

O MarcUs Valério XR,(não conheço este sujeito peçonhento) respondeu à mensagem # 208 que reclamara porque seus comentários tinham sido deletados do “Livro de Visitas” daquele site:

“Sr. Paulo Ricardo...

Só estou respondendo sua mensagem porque é evidente que não compreendeste as Regras de Postagem de mensagens que especifiquei em prol da qualidade deste Livro de Visitas. Portanto, vou explicá-las aqui:

ATENÇÃO, todas as mensagens serão lidas, mas não me comprometo a responder mensagens que:

1. Não apresentem qualquer conteúdo relevante aos temas do site.
2. Usarem linguagem de baixo calão ou desnecessariamente agressiva. [sic]
3. Usarem pseudônimos, dados claramente falsos ou irônicos.
4. Sejam descontextualizadas, obscuras ou vagas.
5. Não estejam em Língua Portuguesa.
6. Opinem sobre temas desprezando os textos que os trataram.
7. Não respeitem meu nome, que é “MarcUs Valerio XR”.
8. Forem meramente informativas, elogiosas ou críticas. (sem perguntas)
9. Ultrapassem a marca de 10 mil caracteres.
10. Reproduzam textos alheios sem a devida citação [incluindo links, se for o caso].

Suas mensagens anteriores [que não são e-mails] não foram respondidas porque violaram [sic] alguma[as] destas regras, tal como esta mensagem agora, viola 3
[ TRÊS] delas!”

Parte da resposta à mensagem 216

MarcUs Valério XR se “envolveu” com este blogger:

“Agora, com toda sinceridade, um sujeito com o qual não faço questão alguma de me envolver é o Enézio E. de Almeida Filho

[sic, se não faz questão, por que esta longa catilinária “eneziana”???)

que para mim não passa de um farsante! (sic, você me conhece, MarcUs Valério XR???)

Não são apenas seus métodos desonestos e fraudulentos

(sic, MarcUs Valério XR não menciona os “métodos desonestos e fraudulentos” que utilizo)

com os quais ataca o Evolucionismo

(MarcUS Valério XR, eu questiono a teoria geral da evolução em bases científicas),

mas principalmente sua falsidade (sic) em se afirmar como adepto do DI

(MarcUs Valério XR, sou DI e não abro, desde 1998),

quando na verdade não passa de um Cracionista [sic] 'Científico' roxo ao melhor estilo Henry T. Morris. Ele nem tenta disfarçar isso!

(MarcUs Valério XR, o DI não é criacionismo)

O sujeito (sic) está há uma década aborrecendo todos os internautas envolvidos no assunto, mas nunca sequer teve a decência (sic) de montar um site. Claro, como todo e qualquer guri de hoje em dia, ele tem um blog desde 2006, que no entanto, diferente de qualquer blog que se preze, não é aberto a comentários!

(MarcUs Valério XR, você conhece o blog do antropólogo evolucionista americano John Hawks? Se não conhece, apresento-lhe um blog que não é aberto a comentários. O John Hawks está lá nos meu links preferidos desde 2006).

O tal Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, apesar de alardeado por ele como sendo um grupo 'pequeno mas crescente', continua sendo no máximo uma instituição de um homem só que nem sequer tem endereço físico, e isso porque supostamente está ativo desde 1998!

(MarcUs Valério XR, o NBDI ainda é um grupo “pequeno e crescente”, mas é formado por professores e alunos de graduação e pós-graduação de universidades públicas e privadas. Algumas famosas. Não temos endereço físico ainda porque a Nomenklatura científica é antropofágica e destruidora de carreiras acadêmicas. Enquanto essa caça às bruxas e inquisição sem fogueiras não desaparecerem do cenário acadêmico, nós temos que nos proteger.)

Eu comecei a me envolver nessas questões em 1999, e montei meu site em 2001!

Portanto dou-lhe um conselho. Uma coisa é discutir com criacionistas ou DIstas que assumem o que acreditam, pois pelo menos nesse ponto eles tem que ser honestos. Mas sinceramente, não perca seu tempo com um sujeitinho petulante (sic) e sem um mínimo de decência (sic) que nem esse tal de Enézio.”

++++

Somente nesta resposta ao Sr. Paulo Ricardo, o oráculo do Olimpo evolucionista, oops, MarcUs Valério XR, violentou desavergonhadamente o código “Caxias” que ele impôs aos internautas visitantes do seu site.

MarcUs Valério XR, eu nem deveria me importar com um sujeitinho petulante e indecente como você, mas aprendi com meu pai a não ter medo de ninguém, e nem levar desaforo para casa. Aqui neste blog, bateu, levou!

Fui, rindo da cara deste MarcUs Valério XR, oops deste mequetrefe insolente!
A propósito, MarcUs Valerio XR, leia o blog sobre o P Z Myers, o blogger científico internacional # 1.



P Z Myers, o blogger científico internacional # 1 “falou e disse”: é imoral silenciar os críticos de uma teoria científica

Eu sou apenas um blogger que promove as teses da teoria do Design Inteligente e aponta as muitas insuficiências epistêmicas do neodarwinismo junto à Nomenklatura científica e à Grande Mídia tupiniquins (desde 1998). Por fazer isso, uma busca no Google mostra comentários airosos como “um simples professorzinho do ensino” [será???], “o anta do Enézio”, “tradutor científico”, “o autonomeado coordenado do NBDI, a ONG de um homem só” [será???].

Perde tempo quem me nomeia assim, pois eu não me importo com essas críticas. Afinal de contas, quem está na chuva é pra se queimar (saudoso Vicente Matheus, presidente do meu glorioso Corínthians), mas é uma indicação corroborando que acertei um ponto nevrálgico da teoria de Darwin.

A Folha de São Paulo, se não me falha a memória, destacou algum tempo atrás o blogger P Z Myers como sendo o blogger científico internacional # 1. Pasmem os leitores, Myers está sendo processado por Stuart Pivar por calúnia.

Nada como um dia atrás do outro. Myers é useiro e vezeiro em tentar silenciar todos os críticos da teoria geral da evolução, mas agora que está sendo imprensado na parede, disse esta pérola de frase digna de registro:

“Eu estou um pouco perturbado que alguém pense que a crítica de uma hipótese científica deva ser defendida silenciando os seus críticos.”

Uau!!! P Z Myers, o blogger científico internacional # 1, biólogo da Universidade de Minnesota, “falou e disse”: é imoral silenciar os críticos de uma teoria científica. Quem diria, Myers, quando alguém tenta “silenciar” suas críticas de uma teoria, você se arvora no maior defensor das liberdades dos críticos de teorias científicas.

Nós do Design Inteligente bem que poderíamos usá-lo doravante em nossa causa, mas não vale a pena. Proh pudor! Bem que a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquins poderiam sofrer um processo de metanoia, e permitir que as idéias contrárias ao atual consenso acadêmico sejam debatidas, livre e civilmente nas universidades, e serem reportadas objetivamente em toda a mídia.

Nada de inquisição sem fogueiras, e nem tampouco perseguição acadêmica como ocorre vergonhosamente em algumas universidades dos Estados Unidos. Aqui no Brasil seria diferente? Eu tenho cá minhas dúvidas.

P Z Myers, ironia do destino, você agora se tornou o patrono de todos os críticos de teorias e hipóteses científicas. Ou eu estou delirando???

Esclarecimentos de um darwinista sobre o “Anta do Enézio” y otras cositas mais

Recebi um e-mail de um darwinista esclarecendo sobre o apodo “Anta do Enézio” na busca do Google y otras cositas mais.

De: XYZ@hotmail.com
Enviada em: quarta-feira, 22 de agosto de 2007 02:08
Para: neddy@uol.com.br
Assunto: I Jornada em Defesa do Pensamento Científico

Prezado, Enézio Almeida Filho,

Antes de mais nada, obrigado pelo interesse em nosso evento.

Gostaria de esclarecer alguns pontos:

1) Não me refiro a V. Sra. como Jeguézio e nem faço buscas com esse termo. Há os que se referem a V. Sra. como Asnésio, mas não faço parte desse grupo. (Poderá verificar que o IP se refere a uma unidade USP na qual não estudo. Seguramente não é do IX.)

Nota do blogger: eu não me importo com esses apodos. Falem mal, mas falem de mim, e especialmente do DI, é o meu mote. Como dizia o saudoso presidente do meu Corinthians, Vicente Matheus, “Quem está na chuva é pra se queimar.”

2) Ninguém disse que o I JeDEPEC tem a chancela da USP, o que se anunciou, e é verdade, é que a disciplina de Metodologia Científica do curso de Geociências e Educação Ambiental do Instituto de Geociências da USP (além da SBCR) promove o evento: o docente responsável pela disciplina faz parte da comissão organizadora. Ter chancela da universidade ou do instituto é coisa diferente. (De todo modo, temos autorização da direção do IGc para realizar o evento nas dependências do Instituto. Não poderia ser de outro modo.)

Nota do blogger: Mencionei a USP no meu blog porque a universidade foi assim destacada subliminarmente no JC E-Mail.

3) Quanto ao NBDI não sei. Mas *já* houve pelo menos um evento criacionista na USP.

Nota deste blogger: Nós do NBDI esperamos que haja abertura sim. Quanto ao evento criacionista, a galera dos meninos e meninas de Darwin, mal-educadamente panfletaram contra o Design Inteligente em flagrante desrespeito ao ponto 6 c. Falta de educação com o palestrante e a idéia contraditória exposta, afinal de contas, a palestra nem era sobre a teoria do Design Inteligente. Este comportamento bárbaro lembra muito a Krystalnacht da Alemanha nazista, e não sói bem ocorrer na universidade — lugar de debate das idéias, especialmente as idéias contrárias ao consenso acadêmico.A História da Ciência tem demonstrado que o consenso acadêmico em muitas ocasiões estava errado no contexto de justificação teórica.

4) O evento não tem caráter ateu, nem ateísta. A SBCR também não tem tal caráter (Dr. Sabbatini, por exemplo, é agnóstico).

Nota deste blogger: Para ser coerente no seu agnosticismo, o Dr. Sabbatini deveria permanecer em silêncio sobre muitos assuntos que pontifica na mídia há muitos anos. O agnosticismo é uma rejeição subjetiva elegante de Deus, mas é uma rejeição consciente em nada diferindo do ateísmo militante.

5) Não consta *ainda* na página do IGc. O pedido para inclusão na programação do instituto já foi encaminhado. Repare que a página não está atualizada de todo modo (os eventos mostrados são de junho).

6) Que eu saiba não há objeção nenhuma quanto à sua presença.

Nota deste blogger: A objeção não é quanto à minha presença neste evento, mas de um possível doutorado na USP. O nome disso é “caça às bruxas”.

Qualquer pessoa cordata poderá participar respeitando-se as seguintes condições:

Nota deste blogger: Embora eu seja irônico e incisivo literariamente no meu blog, eu sou uma pessoa cordata e educada. XYZ, será um prazer conhecê-lo neste evento, e aos demais palestrantes.

a) Haver vaga (na presente data ainda há bastante);

b) Fazer sua inscrição;

b1) Recolher a taxa de inscrição e enviar cópia do comprovante até a data do evento (desnecessário para os grupos isentos determinados pela Comissão Organizadora);

c) Estar em conformidade com as leis locais (incluindo normas internas da universidade) e federais (incluindo os tratados internacionais de que o país seja signatário).

Cordialmente,

XYZ

Programação da I Jornada em Defesa do Pensamento Científico

Recebi a programação da I Jornada em Defesa do Pensamento Científico.

A disciplina de Metodologia Científica do curso de Geociências e Educação Ambiental do Instituto de Geociências da USP e a Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas realizarão a I Jornada em Defesa do Pensamento Científico.

Data: 18 de setembro (terça-feira)
Local: IGc/USP - R. do Lago, 562 - Cid. Universitária - Butantã - São Paulo - SP

Programação:
09h10 a 09h30: Abertura Prof. Drs. Arlei Benedito Macedo (USP) e
Renato Sabbatini (Unicamp).

09h40 a 10h20: Analfabetismo científico, Prof. Dr. Renato Sabbatini (Unicamp).

10h20 a 10h40: Café.

10h40 a 11h20: Criacionismo, Prof. Dr. Mário de Pinna (USP).

11h30 a 12h10: Como vender o pensamento não-científico, Prof. Dr. Francisco Stefano Wechsler (UNESP)

12h10 a 14h00: Almoço.

14h00 a 14h40: Sensacionalismo e Jornalismo Científico, - Ulisses Capozzoli - Astronomy Brasil).

14h50 a 15h30: Pensamento Crítico - Panorama da América Latina - Sr. Alejandro J. Borgo (Pensar - CFI/Argentina)

15h30 a 15h50: Café

15h50 a 16h30: A defesa do pensamento científico nas universidades e centros de pesquisa (mesa-redonda).

16h40 a 17h10: Resultados preliminares da pesquisa sobre Pseudociências (alunos do LIGEA)

19h00 a 19h40: Ilusões e equívocos do pensamento humano, - Dr. Sérgio Navega - (Intelliwise Research and Training).

19h40 a 20h00: Sumário e encerramento, - Prof. Dr. Francisco Stefano Wechsler - UNESP).

Taxa de inscrição: R$ 60,00

palestrasreflexoes2007@gmail.com

Uma revolução na divulgação científica?

terça-feira, agosto 21, 2007

Marshall McLuhan (1911-80), um canadense visionário da mídia disse certa vez que “o meio é a mensagem”. Traduzindo McLuhan em graúdos: o modo como as pessoas recebem a informação tem mais influência sobre o que elas pensam do que a própria informação. Nós somos uma geração visual, e talvez por isso o journal PloS começou um serviço de vídeo bem interessante: o SciVee. Você publica um artigo ou pesquisa científica e faz o upload de um pequeno vídeo explicando seu trabalho, tipo versão de apresentação do seu trabalho para uma conferência.

O que é SciVee?

O SciVee é o que eles chamam de combinação da publicação científica com apresentação de vídeo ou áudio.

“Você pode fazer um vídeo de você falando sobre o trabalho que publicou ou até somente gravar a sua voz, e depois (usando o site SciVee) sincronizar a sua apresentação mostrando o texto e gráficos de seu artigo. É parecido com uma comunicação feita em conferência onde a audiência pode lhe ver e também aos seus recursos visuais — exceto que o SciVee cabe numa tela de computador, e a audiência pode ver em qualquer hora e em qualquer lugar (desde que elas tenham uma conexão de internet).

Nós descobrimos que SciVees que duram 10 minutos ou menos, e cobrem os principais destaques do trabalho são bem eficientes, e fazem a atualização da literatura especializada mais prazerosa. Nós achamos que os SciVees irão espalhar a notícia sobre seu trabalho, então experimente-o — provavelmente é muito mais fácil e mais divertido do que você imagina.”

NOTA DESTE BLOGGER: No momento o SciVee está limitado apenas às publicações de livre acesso, mas outras publicações científicas já estão trabalhando com os seus podcasts semanais. O que é bom com o SciVee é que o ambiente de divulgação é mais democrático, e não é necessário tem banda larga, e não precisa usar o YouTube.

++++

Tiro o chapéu para John Hawks.

Vale a pena se inscrever no SciELO personalizado

segunda-feira, agosto 20, 2007

Para os pesquisadores brasileiros que tanto carecem de acesso a boas publicações científicas o SciELO personalizado é ferramenta mais do que necessária. Transcrevo neste blog a nota de Thiago Romero publicada no boletim Agência FAPESP de 20/08/2007:

Agência FAPESP – Oferecer novos recursos de busca para o acesso integrado às coleções, por meio de diferentes tipos de filtros e categorizações, além de disponibilizar uma série de inovações – como os serviços personalizados, em que o usuário poderá receber artigos, notícias e outros serviços de acordo com seus temas de interesse.

Essas são algumas das novidades do novo portal do programa SciELO (Scientific Electronic Library Online), que foi lançado oficialmente na cerimônia de comemoração de seus dez anos, na quinta-feira (16/8), em São Paulo e estará disponível nos próximos dias.

A biblioteca eletrônica, que no Brasil é mantida pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), permite acesso gratuito a artigos de dez coleções em oito países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Portugal, Espanha e Venezuela –, além de duas coleções temáticas nas áreas de saúde pública e ciências sociais.

“A principal novidade é a recuperação unificada de artigos, independentemente de qual coleção eles façam parte, o que era algo que representava dificuldades na versão anterior do portal”, disse Renato Murasaki, coordenador do Escritório de Projetos da Bireme, à Agência FAPESP. “A partir de agora, será possível fazer uma única expressão de busca e trazer, em uma mesma interface, artigos de todas as revistas disponíveis na biblioteca.”

São mais de 130 mil artigos em 452 títulos de periódicos certificados. “Como todas as coleções dialogam entre elas no novo portal, teremos a possibilidade de gerar indicadores integrados sobre a rede como um todo, sejam de acesso ou de citações, por exemplo, e não mais indicadores isolados por coleção ou revista. Isso é o que estamos chamando de visão sistêmica da rede”, explicou.

Ao se cadastrar gratuitamente, o usuário recebe um login e uma senha e, para o acesso aos serviços personalizados, o sistema também solicita a elaboração de um perfil no qual devem ser indicados os principais temas de interesse. Cada usuário pode cadastrar até três perfis distintos. [Nota deste blogger: Cadastre através deste link ]

Entre os novos serviços personalizados estão “Minha Coleção”, que permite armazenar artigos de interesse e atribuir classificação de um a três estrelas, e “Meus Alertas”, em que é possível monitorar os indicadores do artigo clicando nos itens “Avise-me quando citado” e “Envie-me estatísticas de acesso”.

“Esses serviços personalizados permitem disseminar informações de maneira seletiva. A partir de um perfil cadastrado, serão oferecidos artigos que tenham relação com as áreas de conhecimento de preferência do usuário, sem que ele tenha que procurá-los nas coleções”, disse Murasaki.

Outros dois aplicativos são “Minhas Notícias”, que permite ao usuário adicionar endereços de sites por RSS – tecnologia que permite receber notícias automaticamente e em tempo real –, e “Meus Links”, que oferece a possibilidade de salvar e organizar os endereços de web preferidos por ordem de relevância.

As informações disponíveis no portal também podem ser acessadas por meio de buscas de autores, assuntos, revistas, palavras-chave, cidade ou país, e o usuário pode visualizar o artigo em formato pdf ou xml, conhecer o currículo Lattes dos autores, saber como citar o estudo, visualizar as estatísticas de acesso, acessar as referências bibliográficas do artigo e, por fim, enviá-lo por e-mail.
Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, o novo portal dará maior visibilidade para a boa ciência feita nos países da América Latina e em Portugal e Espanha.

“Até então, o SciELO, apesar de permitir acesso livre aos trabalhos, o que é o mais importante, não oferecia muitas funções aos usuários. A partir de agora, a comunicação entre os cientistas será mais facilitada. Os usuários poderão criar sua própria coleção e ainda compartilhar artigos com outros pesquisadores”, destacou.
Mais informações sobre o novo portal: http://www.scielo.org

O maior de todos os mistérios: o que causa a evolução?

O maior de todos os mistérios: o que causa a evolução?
O que os nossos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior — os autores fazem parte da Nomenklatura científica, e a Grande Mídia tupiniquim — vive uma relação incestuosa com a NC quando a questão é Darwin [Síndrome ricuperiana – “O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde”] não contam é que a teoria da evolução pela seleção natural de Darwin exposta no seu livro Origem das Espécies (1859) não é assim uma Brastemp no contexto de justificação teórica.

A seleção natural, a maior brilhante idéia que a humanidade já teve (Dennett, pensei que você já tivesse tomado juízo, menino) não foi uma idéia original com Darwin (outros tiveram primazia, e até um “estranho no ninho” — Edward Blyth a considerou “conservadora” e não criativa na natureza), foi vista com ceticismo saudável por outros cientistas e ardentes defensores como Thomas Huxley. Sem nenhuma evidência de “mecanismo evolutivo”, Darwin pediu licença aos seus leitores para usar tão-somente de “dois exemplos imaginários” de seleção natural na sua opus magnum.

Depois do auge das teses transformistas de Darwin, a maior idéia que a humanidade já teve caiu em descrédito e o darwinismo entrou em eclipse. Em 1909, os cientistas foram comemorar em Cambridge os 50 anos das teses darwinianas, e o que foi questionado naquela ocasião? A seleção natural. Por quê? Porque no contexto da justificação teórica os cientistas honestos e objetivos voltavam de mãos vazias. Perguntem a Weissman, Bateson, Morgan et al.

Em 2006 este “estranho no ninho” apresentou um pôster na V Sao Paulo Research Conference, no Auditório da Faculdade de Medicina da USP com um título bem desafiador para uma conferência que lidou com a teoria da evolução e alguns de seus “bemoles” (dificuldades em espanhol): “Uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva?”. Naquela conferência, pelo menos dois ou três palestrantes mencionaram: “Para a nossa surpresa, aqui a seleção natural não funciona” ou algo como “Fomos surpreendidos que aqui a seleção natural parece não agir” y otras cositas mais.

Quer dizer, os darwinistas fundamentalistas (Obrigado Sérgio Danilo Pena, UFMG), sabem que a teoria da evolução por seleção natural não é justificada pelas evidências. Ué, mas Darwin já não tinha resolvida de uma vez para sempre a origem e evolução das espécies? Como que não há crise epistêmica nesta área científica? Como que a teoria não irá ser substituída em 2010? O que será discutido nas “festividades de culto à personalidade” para Darwin em 2009? A mesma velha coisa de sempre — o Mysterium tremendum de todos os mistérios — o que causa a evolução?

Eu se fosse o Dawkins, o Dennett, o Harris e outros darwinistas fundamentalistas xiitas (Meus amigos muçulmanos que me perdoem), eu enfiava a viola no saco e ia fazer ciência dura. Mas há esperança. Há darwinistas mais sérios e honestos que já conversam comigo em outras bases. Em recente conferência na Universidade Mackenzie, apresentei trabalho sobre a teoria do Design Inteligente para seleta e distinta audiência de darwinistas, um deles reconheceu dificuldades no contexto da justificação teórica, e espera que a evo-devo socorra a Darwin (eu continuo cético quanto à evo-devo porque a embriologia é uma área crítica na corroboração do fato, Fato, FATO da evolução).

O que é bom em tudo isso é que este “simples professorzinho do ensino médio” [será???], “tradutor científico”, “coordenador da ONG de um homem só” [será???] não está sozinho neste questionamento saudável de Darwin. Esclareçamos de uma vez por todas: Darwin não teve, Dennett, a maior idéia que a humanidade já teve, e ela precisa urgentemente ser considerada mais objetivamente e com ceticismo saudável pelos jornalistas científicos. Não há como tapar o Sol das evidências contrárias à seleção natural como “motor evolutivo” com uma peneira furada de notas promissórias epistêmicas.

No site LiveScience, Jeanna Bryner escreveu no dia 16 de agosto de 2007 um artigo na série “Greatest Mysteries” [Os maiores de todos os mistérios] intitulado “What drives evolution?” [algo como “O que causa a evolução?].

No segundo parágrafo lemos: “A seleção natural é aceita pelos cientistas como a principal máquina dirigindo a série de organismos e suas complexas características. Mas, a evolução via seleção natural é a única explicação para os organismos complexos?”

Resposta de Massimo Pigliucci (Professor do Departamento de Ecologia e Evolução da Stony Brook University em Nova York): “Eu penso que um dos maiores mistérios de todos em biologia é se a seleção natural é o único processo capaz de gerar complexidade de organismos ou se há outras propriedades da matéria que também entre em cena. Eu suspeito que a última parte se mostrará verdadeira.”

Interessante confissão de um evolucionista honesto: a primeira parte é mentira, a segunda pode se demonstrar verdadeira. O que isso significa em termos epistêmicos? Estamos fazendo ciência num vazio paradigmático? Mas a ciência abomina o “vácuo paradigmático”? O que isso significa então? Chamem o Kuhn: quando um paradigma entra em crise, e não consegue responder às anomalias, os que praticam ciência normal “jogam as anomalias para debaixo do tapete epistemológico”, e tudo vai dantes no quartel de Abrantes, oops, de Darwin. E a Grande Mídia tupiniquim, atreladas ao Livrinho Verde do camarada Darwin, não aborda essas inconsistências. As evidências contrárias, ora, as evidências que se danem, o que vale é a teoria (Dobzhansky no Brasil).

A teoria e o movimento do Design Inteligente já estão no pedaço do tio Sam há quase duas décadas, e em Pindorama há quase uma década. Aqui e ali destacamos essas inconsistências no contexto da justificação teórica da teoria da evolução via seleção natural. É interessante destacar o que Pigliucci salientou na entrevista sobre alguns cientistas estarem propondo adições à lista de forças evolutivas: “Ao longo de quase duas décadas atrás, os cientistas começaram a suspeitar que haja outras propriedades de sistemas complexos (tais como os organismos vivos) que podem ajudar, junto com a seleção natural, explicar como coisas tipo os olhos, o flagelo bacteriano [sic, Pigliucci, poderia ter mencionado o Behe], asas e os cascos de tartarugas evoluem.”

E qual a idéia por trás disso? Flexibilidade dos genes. Os organismos estariam equipados com a flexibilidade de mudar suas características físicas ou outras características durante o desenvolvimento para se acomodarem às mudanças ambientais. O fenômeno é chamado de plasticidade fenotípica, mas não é um fenômeno que apareça tipicamente nos genes. Fatores ambientais contribuiriam para isso.

Entra em cena Darwin: se benéfica, esta flexibilidade poderia ser transmitida para a geração seguinte, e desencadear a evolução de novas características numa espécie. Pigliucci disse: “Esta plasticidade é transmissível, e a seleção natural pode favorecer tipos diferentes de plasticidade, dependendo do limite das condições ambientais que o organismo encontrar”.

O problema, segundo Theunis Piersma, do Centro de Estudos Ecológicos e Evolutivos na Universidade de Groningen, na Holanda, é que “nós simplesmente não entendemos como… que o ambiente e a planta genética interagem durante o desenvolvimento.”

Jeanna é otimista com tudo isso: “Dessa maneira, o mistério está começando a ficar claro como que as diversas espécies com uma série de características evoluem. O campo, que se apoiou no passado mais no registro fóssil, ganhou um impulso com o desenvolvimento das técnicas genéticas e a integração de diversos setores da ciência, conectando a genética, a biologia, a ecologia e a ciência da computação.”

Alô MEC/SEMTEC/PNLEM: nossos alunos do ensino médio precisam saber disso urgentemente. Bradem por todo o Brasil, abram alas para a verdade sobre o fato, Fato, FATO da evolução via seleção natural — só agora em 2007, a idéia que Darwin teve não foi “a idéia mais brilhante que a humanidade já teve”, mas que Darwin simplesmente nos deu um espelho embaçado do século 19 que a ciência do século 21 começa a clarear.

Gente, como é bom ser vindicado em suas teses. A ciência é algo realmente fantástico. Nada como um dia atrás do outro. Phillip Johnson me escreveu certa vez dizendo que eu era muito radical no estabelecimento da verdade científica. Respondi para ele que era radical sim por querer “voltar às raízes”. É isso que a palavra “radical” significa. Na questão da ciência, eu sou um radical sim por querer mais empirismo e menos “just-so stories” [estórias da carochinha] nas teorias da origem e evolução das espécies.

Jeanna concluiu seu artigo assim: “Enquanto os cientistas estejam lançando luz sobre os mecanismos naturais que operam na modelagem das espécies, muitas questões no campo estão sendo feitas nas bancas de laboratório. E a questão original examinada por Charles Darwin [sic, a idéia não é original em Darwin] — qual é o mecanismo que provoca a evolução de novas espécies — ainda tem de ser totalmente explicada. E outra questão relacionada se avulta: Quão importantes são os eventos aleatórios, em contraposição à seleção natural, na modelagem dos organismos?”

Valeu, Jeanna, pela sua coragem de fazer perguntas que os darwinistas fundamentalistas não querem fazer, proíbem de serem feitas através de processos na justiça, de perseguirem academicamente os que questionam a validade do fato, Fato, FATO da evolução, dando assim oportunidade de que visões extremas da evolução, de teses contraditórias como a teoria do Design Inteligente, possam ganhar acesso na mesa do debate acadêmico, e apareçam com suas teses sem serem distorcidas ou descaracterizadas na Grande Mídia.

Eu queria ver a cara dos jornalistas científicos tupiniquins depois desse exemplo de jornalismo científico objetivo. Façam como Jeanna Brynnes: abordem temas polêmicos nos seus jornais e revistas, ou se envergonhem da existência de uma jornalista que tem “cojones” para questionar a Darwin.

Ademain, que cavalo não sobe escada [obrigado, Ibrahim Sued, colunista social], e a seleção natural náo é mais aquela...

Os limites do neo-ateísmo pós-moderno, chique, perfumado, fundamentalista e beligerante

domingo, agosto 19, 2007

Você já viu a recente onda de livros promovendo o neo-ateísmo pós-moderno, chique e perfumado? O movimento tem em Richard Dawkins o seu maior expoente. Eu alerto aqui os leitores que este é um movimento secularista fundamentalista e beligerante porque deseja “extirpar” da face da Terra todos os deuses e seus seguidores. Esses neo-ateus seguem literalmente o seguinte dogma: “Deus não existe. Eu odeio a Deus. Eu odeio os crentes.”

Interessante, eles escrevem preocupados com os que se opõem ao darwinismo, mesmo que suas objeções sejam científicas. Eles vão invocar o direito de liberdade de expressão, mas no Brasil o “apparatchik” desses intelectuais neobarbarizados está instalado na Nomenklatura científica e entre os formadores de opinião da Grande Mídia tupiniquim, onde a maioria dos editores e jornalistas é composta por ateus, agnósticos, céticos e quejandos.

Eles são liberais tão-somente em relação aos seus dogmas. “Os outros, o contraditório, ora, os outros e os contraditórios que se danem. Somente nós possuímos a verdade.” Esta turma está precisando aprender um pouco de liberdade de opinião e expressão com Voltaire, o patrono dos verdadeiramente céticos. Vide a I Jornada de Defesa do Pensamento Científico, promovido pelo Instituto de Geociência da USP e da Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas.

Eu já fui ateu, marxista-leninista, materialista, e sei muito bem como que tudo isso pode terminar. Começa timidamente, com um punhado de atores insignificantes, ganha corpo representativo, atraí adeptos, instala-se no poder temporal, e aí a História que não me deixa mentir mostra que esse tipo de gente, raríssimas exceções, são genocidas em potencial e na prática: 100 milhões de mortos no século 20 (Hitler, Lenin, Stalin, Pol Pot, Fidel Castro, Che Guevara). Mas a Grande Mídia tupiniquim mesmerizada, não consegue enxergar mal nisso...

Por defender uma teoria que se opõe, parcialmente, ao darwinismo, sou suspeito em escrever sobre isso, mas traduzo e publico aqui o artigo de David Warren, que saiu no jornal canadense The Ottawa Citizen, em 12 de agosto de 2007:

Os limites do ateísmo

Eu recebo cartas acaloradas sempre que escrevo sobre o “evolucionismo”, que eu realmente não consigo resistir em escrever novamente sobre o evolucionismo. Claro que isso não é para aporrinhar tais correspondentes. Pereça tal pensamento. Em vez disso, quando um escritor descobre que ele atingiu tal nervo, ele também pode saber que está se aproximando de uma grande verdade.

Neste caso, nós devemos nos perguntar por que tantas pessoas ficam tão excitadas sobre uma área da ciência que não deveria preocupá-los. Pois a maioria desses correspondentes sabe pouco de ciência preciosa, e não têm o vigor de se envolverem em discussão detalhada. Elas simplesmente estão chocadas e horrorizadas que alguém sonharia desafiar o que elas acreditam ser o consenso de “especialistas qualificados”, a quem eles assumem ser campo fechado de materialistas obstinados, sem tempo para incursões religiosas ou poéticas.

A resposta para esta pergunta é bastante clara. As pessoas que nada têm a perder numa controvérsia prestam pouca ou nenhuma atenção a isso. Dificilmente elas se irritarão pelas afirmações de um partido ou outro, quando o resultado da controvérsia não toca suas vidas. Antes, é quando uma pessoa tem algo a perder, que ele/ela começa a se importar.

Resulta que a maioria dos meus acalorados correspondentes tem algo a perder nas controvérsias sobre a evolução. Eles se imaginam tendo um interesse impessoal em defender a ciência contra “a superstição religiosa”, e os perigos para a sociedade que a última possa apresentar. Eles têm na verdade suas crenças religiosas fortes e que não podem ser comprometidas, que eles relutam verem ser questionadas.

Muito da atmosfera de “inquisição” que tem acompanhado a vigilância pública de biólogos [sic] como Michael J. Behe [Nota deste blogger 1: Behe é bioquímico], e outros cientistas muito bem qualificados trabalhando com questões de design intencional em sistemas naturais, somente pode ser explicado desta maneira. O establishment [científico] quer que tal pesquisa seja parada porque ela desafia a ordem religiosa recebida do materialismo ateu. Qualquer tentativa, ou suspeita de tentativa, que reconheça Deus em anais científicos [Nota deste blogger 2: a TDI não se propõe a isso, apenas que sinais de inteligência podem ser detectados na natureza], deve ser exposto e punido com todo o rigor da lei; ou por outros meios cruéis onde a lei não seja suficiente.

Para ser justo, alguns clérigos da Igreja Católica romana uma vez ficaram descontentes com certas especulações cosmológicas de Galileu Galilei [Nota deste blogger 3: Galileu foi condenado não por especulações cosmológicas, mas por ser contrário ao aristotelianismo, visão filosófica dominante no pensamento católico de então], e clérigos protestantes bíblico-literalistas com a direção que Charles Darwin parecia estar indo — embora em nenhum dos casos foi feito o mínimo esforço para suprimir a pesquisa em questão. Mas como nós descobrimos no século 20, o materialismo ateu é vastamente mais sensível à heresia do que qualquer ortodoxia religiosa previamente conhecida — conforme testemunham mais de 100 milhões de cadáveres que criou para impor a sua vontade doutrinária.

Enquanto isso, o edifício oficial do materialismo ateu desmorona sob a pressão da pesquisa científica objetiva. O livro recente de Behe, The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism, faz um bom trabalho de pesquisar as três escoras de ferro com as quais o darwinismo estava soldado: mutação aleatória, seleção natural, e ancestral comum. Ele é capaz de deixar em pé somente esta última escora.

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COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:

É muita ironia. A I Jornada de Defesa do Pensamento Científico tem a suposta chancela do Instituto de Geociências da USP. Ué, mas é justamente nesta área que a teoria de Darwin não se corrobora. Alô Stephen Jay Gould, onde você estiver, você precisa "baixar" [Os meus amigos espíritas que me perdoem] nesta conferência e dizer o que você e o Eldredge viram no registro fóssil que os levou a criar a teoria do equilíbrio pontuado. Uai, por que não foram buscar o aval do Instituto de Biologia para este evento???

A origem “simples” primordial de nossos cérebros “complexos” modernos: um verme primitivo

sábado, agosto 18, 2007

Você já foi ofendido verbalmente por alguém assim: “Você não passa de um verme”. Você ficou zangado, não ficou? Não fique mais. Agora está “cientificamente” explicado e demonstrado que nós não passamos mesmo de uns reles “vermes”. Pelo menos quanto à origem dos nossos cérebros.

Sem nenhuma discussão, uma divulgação de informações para a imprensa feita pelo European Molecular Biology Laboratory [Laboratório Europeu de Biologia Molecular] afirmou, “Os cérebros modernos têm uma essência antiga.” Quão antiga? Bota antiga nisso. Vai lá bem atrás num passado bem remoto dos vermes marinhos antiqüíssimos. Como que os cientistas chegaram a esta conclusão histórica de longo alcance? Pelas evidências, idiota, pelas evidências: “Neurônios multifuncionais que percebem o ambiente e liberam hormônios são a base evolutiva de nossos cérebros.” Caracas, meu, bota ciência qua ciência aqui... Ah, eu me esqueci — a evolução é mais inteligente do que nós vermes...

Aquele comunicado à imprensa continua afirmando que os neurônios neste verme anelídeo tipo centopéia produziam hormônio. E o que isso tem a ver com o nosso extremamente complexo cérebro, único a pensar sobre sua origem e evolução? Os cientistas chegaram à conclusão que isso foi a base de uma descoberta surpreendente da evolução:

“Os hormônios controlam o crescimento, o metabolismo, a reprodução, e muitos outros processos biológicos importantes. Nos humanos, e todos os outros vertebrados, os sinais químicos são produzidos por centros cerebrais especializados como o hipotálamo, e lançados na corrente sanguínea que os distribuem por todo o corpo. Os pesquisadores do European Molecular Biology Laboratory [EMBL] revelam agora que o hipotálamo e os seus hormônios não são invenções puramente de vertebrados, mas têm suas raízes evolutivas em ancestrais marinhos tipo verme. Na edição desta semana da publicação científica Cell eles relatam que os centros cerebrais que produzem hormônio são muito mais antigos do que esperado, e provavelmente evoluíram de células multifuncionais do último ancestral comum de vertebrados, moscas e vermes.”

Uau! Seu verme! Não se ofenda! Os que fizeram o estudo nem sequer se importaram se isso seria um baita problema para a teoria geral da evolução, pois segundo a pesquisa os hormônios mostraram que a evolução foi inovadora muito mais cedo do que esperado:

“Isto sugere que os centros cerebrais que produzem hormônio surgiram depois da evolução dos vertebrados e invertebrados terem se divergido”, disse Detlev Arendt, cujo grupo estuda o desenvolvimento e a evolução do cérebro no EMBL. “Mas então os hormônios tipo vertebrado foram encontrados em vermes anelídeos e moluscos, indicando que esses centros podem ser muito mais antigos do que esperado.”

Onde que eles encontraram a evidência confirmadora de nossa origem chã? Eles descobriram que um peixe, um vertebrado, e um verme anelídeo todos têm neurônios que produzem hormônio com “semelhanças estonteantes.” As semelhanças entre dois hormônios de peixes e verme “são tão grandes que eles são difíceis de serem explicados por coincidência”, afirmou a nota à imprensa, vendo a evolução como a única alternativa. Presto, Alakazam, Abracadabra, QED: “Em vez disso, eles (os neurônios) indicam uma origem evolutiva comum das células.”

A pergunta que não quer se calar. Por que um verme pós-moderno, chique e perfumado necessitaria de células cerebrais avançadas? A pesquisa original no journal Cell [1] falando dos centros de controle de produção de neurônios em animais superiores admitiu que “a origem evolutiva desses centros é largamente desconhecida.”

Vocês acham que o comunicado à imprensa ficou por aí? Veio uma daquelas “just-so story” [estória da carochinha] para ilustrar o complexo cenário evolutivo de priscas eras geológicas:

Os cientistas do EMBL assumem agora que tais neurônios sensoriais multifuncionais estão entre os tipos de neurônios mais antigos. Provavelmente o papel deles era o de enviar “dicas” sensoriais diretamente do ambiente marinho antigo para as mudanças no corpo do animal. Ao longo do tempo essas células autônomas podem ter se juntado, e se especializado em formar centros cerebrais complexos como o hipotálamo de vertebrados.

Outra pergunta que não quer se calar — “Como que as células realizaram isso sem serem capazes de pensar ou planejar adiante?”. Esse tipo de pergunta a Nomenklatura científica não faz. Nem a Grande Mídia tupiniquim. Isso é coisa de criacionista ou da turma perversa do Design Inteligente. Antes, qualquer coisa “conservada” é obviamente “assim filogeneticamente antiga”, os cientistas disseram. “No final desse processo surgiram os centros cerebrais complexos como o hipotálamo de vertebrados, que integra o input sensorial múltiplo” é óbvio.

E o que tudo isso representa para a nossa vasta ignorância de nossa origem e evolução? A equipe deixa bem claro que a descoberta deles irá “revolucionar a maneira como nós percebemos o cérebro.” Não é mais apenas tipo computador com Input/Output. “Agora nós sabemos que o cérebro mesmo é um órgão sensorial e tem sido assim desde tempos muitos antigos.”

COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE VERME,OOPS, BLOGGER:

Fui, dormir depois desta acalentadora “just-so story”, projeção das mentes naturalistas que precisam de um cobertor psicológico para enfrentar a realidade complexa das evidências sobre a origem e evolução da vida.

E= mc2 [Energia é igual à massa vezes a velocidade da luz (300 mil k/seg.) ao quadrado. Massa transformada em energia] Albert Einstein? Não, apenas um simples verme Einsteiniensis asininal.

NOTA

1. Tessmar-Raible, Arndt et al, “Conserved Sensory-Neurosecretory Cell Types in Annelid and Fish Forebrain: Insights into Hypothalamus Evolution,” Cell, Volume 129, Issue 7, 29 June 2007, Pages 1389-1400.

O pensamento científico vai ser defendido na USP

Deu no JC e-mail 3330, de 17 de Agosto de 2007:

I Jornada em Defesa do Pensamento Científico

Atividade acontece no dia 18 de setembro, na USP

O evento é promovido pela disciplina de Metodologia Científica do curso de Geociências e Educação Ambiental do Instituto de Geociências da USP e pela Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas.

As atividades acontecem durante todo o dia no IGc/USP (R. do Lago, 562 - Cid. Universitária - Butantã – SP). A taxa de inscrição é de R$ 60,00.

Mais informações pelo e-mail palestrasreflexoes2007@gmail.com
(Com informações da organização do evento)

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NOTA DESTE BLOGGER 1:

Será interessante ver a Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas aplicar um pouco de "ceticismo" e "racionalismo" saudáveis em defesa do pensamento científico. Afinal de contas, chega de "just-so stories" [estórias da carochinha] quando a questão é Darwin.

Eu vou tentar me inscrever, mas duvido que eles aceitem a presença de um cético de Darwin na USP. Os darwinbots já me disseram que lá eu não entro. Haja liberdade acadêmica...

NOTA DESTE BLOGGER 2:

Eu estranhei a nota no JC E-Mail sobre este evento, e resolvi visitar o site do Instituto de Geociências da USP a fim de verificar se este evento tem a chancela da USP. Afinal de contas, a Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas, fundada por Renato Sabbatini, que está promovendo este evento, não aparece na seção de eventos com a chancela do Instituto de Geociências. Quem sabe o Núcleo Brasileiro de Design Inteligente não terá um evento assim para expor as teses da Teoria do design Inteligente? Afinal de contas, se o nosso suado dinheirinho está servindo para a divulgação do ateísmo - uma das proposições da ONG do Renato Sabbatini, então vale para os de concepções ideológicas e teóricas contraditórias.

Com a palavra a reitora da USP.

A plasticidade dos significados da palavra “evolução”

Evolução é uma palavra muito plástica de significados, mas nunca definida por alguns membros da Nomenklatura científica e jornalistas científicos da Grande Mídia tupiniquim.

Aqui e ali nós deparamos com significados da palavra “evolução” que não são controversos: os organismos mudaram ao longo do tempo, que eles se adaptam às condições de mudanças ambientais, ou que as freqüências de genes podem variar numa população.

Mas, então é isso que significa o termo “evolução”? Se for, nós do Design Inteligente não temos nenhuma dificuldade com estes significados. Não somente nós, mas até o público maior dos leitores não-especializados. Em sala de aula, ou em artigos, professores, cientistas e jornalistas afirmam inocuamente sobre o fato, Fato, FATO da evolução: “É claro que você acredita que os organismos mudam ao longo do tempo... Certamente você já ouviu falar sobre as bactérias desenvolvendo resistência aos antibióticos... Isso são exemplos de evolução em ação.”

Tais descrições são intencionalmente utilizadas para “dourar a pílula” a favor do fato, Fato, FATO da evolução aliviando os temores do público laico e colocando de lado a controvérsia do contexto da justificação teórica apenas por um momento. A Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim escondem o que realmente está em jogo no debate sobre a evolução: as evidências que possam corroborar a transmutação de uma espécie em outra.

Que as bactérias ao desenvolverem resistência aos antibióticos exemplificam realmente a evolução em ação é ponto pacífico. Mas, que tipo de “evolução” é esta? É uma “evolução” de escala pequena (microevolução) completamente irrelevante para as grandes afirmações feitas em biologia evolutiva:

1. As bactérias que desenvolveram resistência aos antibióticos e você, o humano cujo sistema de defesa não pode combater as bactérias, são, com todos os demais organismos, descendentes de um ancestral comum num passado distante; e

2. O processo que originou as bactérias e todos os demais organismos através da ancestralidade comum opera por acaso e necessidade, e assim sem nenhum planou ou propósito discerníveis.

A primeira é uma afirmação sobre a história natural, e é conhecida em biologia como “descendência comum” ou “ancestralidade comum universal”. De acordo com esta hipótese, há um ancestral comum ao quais todos os organismos vivos traçam a sua linhagem biótica. A segunda afirma que a mudança evolutiva ocorre por mecanismos estritamente materiais, e não requer ser inteligentemente guiada. A inteligência, nesta visão, é um mero produto da evolução em vez de algo que a guie.

Esses dois pilares podem ser creditados a Charles Darwin. Ao propor o mecanismo de seleção natural agindo sobre variações aleatórias, Darwin pareceu ter retirado de uma vez por todas em biologia qualquer necessidade de inteligência para explicar a origem e a evolução dos sistemas biológicos. Em vez disso, Darwin fez do acaso (em forma de variações aleatórias) a matéria prima para a inovação biológica, e a necessidade (na forma da seleção natural) a força motriz que separa entre aquelas variações, preserva os organismos cujas variações conferem vantagem reprodutiva enquanto elimina o resto.

Este é o mecanismo darwinista de mudança evolutiva, e a maioria dos biólogos busca alguma versão dele para explicar a diversificação biológica, e justificar assim o primeiro dos dois pilares de Darwin: descendência comum com modificação. Sobre isso Jerry Coyne, geneticista evolucionista da Universidade de Chicago escreveu,

“Há somente uma teoria da evolução em vigor, e ela é isto: os organismos evoluíram gradualmente ao longo do tempo, e se dividiram em espécies diferentes, e o principal mecanismo de mudança evolutiva foi a seleção natural. Certamente, alguns detalhes desses processos não estão estabelecidos, mas não há discussão entre os biólogos sobre as principais afirmações [da teoria da evolução]... Embora as mutações ocorram por acaso, a seleção natural, que constrói corpos complexos salvando as mutações mais adaptativas, enfaticamente não ocorre aleatoriamente. Como todas as espécies, o homem é um produto tanto do acaso e do rigor das leis [biológicas]. [1]

Neste blog, eu uso as palavras “evolução” e “darwinismo” para denotarem justamente esta visão de evolução que a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim “escondem” do público leigo: é aceita a priori e circunstancialmente apoiada pelas evidências. Esta é “a controvérsia” sobre o fato, Fato, FATO da evolução conforme discutida nas publicações científicas, e que ganhou mais destaque depois que a teoria do Design Inteligente trouxe para o debate a idéia de complexidade irredutível de sistemas biológicos e a informação complexa especificada como sinais de causas inteligentes empiricamente detectados.

Darwin não tem como esperar 2010: a biologia é uma ciência de informação. Os teóricos vão ter que revisar o neodarwinismo incorporando este aspecto científico fundamental. Caso contrário, vai ser apenas um “remendo epistêmico novo” numa roupa teórica velha e esgarçada do século 19.

NOTA

1. “There is only one going theory of evolution, and it is this: organisms evolved gradually over time and split into different species, and the main engine of evolutionary change was natural selection. Sure, some details of these processes are unsettled, but there is no argument among biologists about the main claims. . . . [W]hile mutations occur by chance, natural selection, which builds complex bodies by saving the most adaptive mutations, emphatically does not. Like all species, man is a product of both chance and lawfulness.” In “Don’t Know Much Biology”, June 6, 2007.

Kerkut “falou e disse”: afirmações dogmáticas não estabelecem fatos em ciência

“Há uma teoria que afirma que muitos animais vivos podem ser observados ao longo do curso do tempo sofrendo mudanças de modo que novas espécies são formadas. Isto pode ser chamado de ‘Teoria Especial da Evolução’, e pode ser demonstrada em certos casos por experiências. Por outro lado, há uma teoria que todas as formas vivas surgiram de uma única fonte que ela mesmo veio de uma forma inorgânica. Esta teoria pode ser chamada de ‘Teoria Geral da Evolução’, e a evidência que a apóia não é forte o suficiente que nos permita considerá-la mais do que uma hipótese funcional. Não está claro se as mudanças que deram origem à especiação são da mesma natureza que aquelas que provocaram o desenvolvimento de novos filos. A resposta será encontrada por trabalho experimental futuro, e não por afirmações dogmáticas que a Teoria Geral da Evolução deve ser correta porque não existe nada mais que tomará satisfatoriamente o seu lugar.”

Kerkut, você disse isso há 47 anos atrás: nada mudou na Nomenklatura científica.

Evolucionista, Kerkut foi professor de Fisiologia e Bioquímica na University of Southampton, Inglaterra.


NOTA

1. “There is a theory which states that many living animals can be observed over the course of time to undergo changes so that new species are formed. This can be called the ‘Special Theory of Evolution’ and can be demonstrated in certain cases by experiments. On the other hand there is the theory that all the living forms in the world have arisen from a single source which itself came from an inorganic form. This theory can be called the ‘General Theory of Evolution’ and the evidence that supports it is not sufficiently strong to allow us to consider it as anything more than a working hypothesis. It is not clear whether the changes that bring about speciation are of the same nature as those that brought about the development of new phyla. The answer will be found by future experimental work and not by dogmatic assertions that the General Theory of Evolution must be correct because there is nothing else that will satisfactorily take its place.” “Implications of Evolution”, in Kerkut, G.A., ed. “International Series of Monographs on Pure and Applied Biology, Division: Zoology”, Volume 4, Nova York, Pergamon Press, p.157, 1960.

O novo livro de Behe disponível no Brasil

domingo, agosto 12, 2007

Você sabia que você já pode encontrar o novo livro de Michael Behe, "The Edge of Evolution" no Brasil? Nada melhor do que ler o livro e verificar as idéias do autor sem depender de resenhas canhestras como a de Richard Dawkins (que recebeu louvores no site Tubo de Ensaio, da Platinada).

Você pode encomendar o novo livro de Behe no site da Livraria Cultura. R$ 73,64 + frete.

Leia o livro e tire suas conclusões: a teoria da evolução de Darwin através da seleção natural tem suas limitações que os darwinistas não dizem e nem querem que você saiba. Behe conta tudo!!!

Homo habilis foi "expulso" de nossa linhagem direta familiar

sexta-feira, agosto 10, 2007




Vou tão-somente relatar aqui o que disse Daniel Lieberman, professor de Antropologia Biológica da Universidade Harvard, sobre a "expulsão" do Homo habilis de nossa família. Ele destacou que há necessidade de se achar mais fósseis que tenham mais de dois milhões de anos, e concluiu que isso [o achado] mostra “quão interessante e complexo o gênero humano era e quão pobremente nós entendemos a transição de ser algo mais tipo macaco para algo mais tipo humano."

ATENÇÃO MEC/SEMTEC/PNLEM: Em 2008 nada de "projeção da mente" dos materialistas filosóficos, e mais ciência através da evidência em nossos livros didáticos do ensino médio e superior. Afinal de contas estamos em 2007, e os melhores cientistas e especialistas dizem que eles pouco, e bota pouco nisso, pouco sabem sobre a transição macacos-antropóides transformando-se em humanos.

Fui, rindo da cara dos meninos e meninas da galera de Darwin...

A Grande Mídia Tupiniquim: alcova dos preconceitos canhestros de Dawkins

Desde 1998 denuncio a relação incestuosa da GMT [Grande Mídia Tupiniquim] e a Nomenklatura científica: o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde [a síndrome ricuperiana]. Além de servir de porta-voz do atual neo-ateísmo pós-moderno, chique e perfumado.

Exemplo pequeno disso é o artigo “A Dawkins o que é de Dawkins”, de Reinaldo José Lopes postado no site Tubo de Ensaio sobre uma resenha feita ao novo livro de Michael Behe. Será que o jornalista científico da Platinada leu o livro de Behe? Nada mais apropriado responder o artigo de quem ainda não leu o livro com um artigo de um pensador de peso, Richard John Neuhaus:

Alcovitando os preconceitos

por Richard John Neuhaus
3 de agosto de 2007, 6:36 AM

Você geralmente sabe que alguém está perdendo o debate quando ele perde a sua compostura, e parte para a bazófia, abuso, caricatura, e a invocação de autoridades que concordam com ele. O New York Times Book Review, por razões que ultrapassam a explicação liberal, deu o livro mais recente de Michael Behe, The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism , para Richard Dawkins resenhar. Behe é bioquímico, autor de Darwin’s Black Box [A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Zahar, 1997. Será que a Mariana Zahar vai nos brindar com a tradução e publicação deste novo livro do Behe? Coragem, Mariana: publique o livro!], e um proponente do Design Inteligente. Dawkins é um ateu polemista contra a religião, detentor da erroneamente chamada Cadeira para o Entendimento Público de Ciência da Universidade Oxford, e autor do livro The God Delusion

Dawkins começa dizendo que ele tem “pena” de Behe, a quem descreve como “o garoto propaganda dos criacionistas de todo o mundo”. Não importa que Behe não seja um “criacionista”. Nada menos do que três vezes na resenha, Dawkins alude ao fato de que os colegas de Behe no departamento de biologia de sua universidade têm se distanciado publicamente de sua posição. Os outros biólogos na Universidade Lehigh University discordam de Behe. Daí, depreende-se que ele deve ser um maluco. Além disso, “Behe está pegando pesado com Ronald Fisher, Sewall Wright, J.B.S. Haldane, Theodosius Dobzhansky, Richard Lewontin, John Maynard Smith, e centenas de seus talentosos colaboradores e descendentes intelectuais.” Isso é conhecido como argumento de autoridade. [Neuhaus é elegante. Este blogger chama de argumento ad baculum, ou mais apropriadamente de ad borduna].

O que este cara do Behe, “o bioquímico repudiado da Universidade Lehigh” pensa que ele é para discordar com o establishment científico?” [Neuhaus é demais elegante. Este blogger chama de Nomenklatura científica]. Ele não sabe que a ciência progride pela conformidade da opinião convencional, como Nicolau Copérnico, Isaac Newton, e Charles Darwin (!) nos ensinaram? O argumento para encerrar o assunto de Dawkins contra as afirmações de Behe sobre os limites da mutação natural é que diferentes tipos de cães descendem do lobo. Dawkins escreveu, “Como eu finalizo este livro incredulamente, parece que eu ouço os uivos zombeteiros, e os uivos profundos de escárnio de 500 raças de cães.” O que o leitor escuta são os uivos zombeteiros e os uivos profundos de escárnio de Richard Dawkins.

Dawkins afirma que Behe pensa que Deus, de alguma maneira, está envolvido no processo evolutivo, e o autor de The God Delusion [A ilusão de Deus, a ser lançado pela Companhia das Letras ainda este ano] sabe que isso é loucura. Tudo isso levanta questões interessantes sobre a seção Book Review [do New York Times], que afirma publicamente ter o devido cuidado que o resenhista não tenha conflito de interesse que pudesse interferir na maneira de um tratamento justo de um livro. Por exemplo, o autor é seu cunhado? Aparentemente não importa se um resenhista em vista tenha publica e repetidamente tenha despejado desdém sobre um autor e seus argumentos.

FIRST THINGS tem uma política diferente de resenha. Em ocasiões nós escolheremos um resenhista que é conhecido por discordar, e discordar fortemente, com um autor. O propósito é para se envolver com o argumento, e explicar por que está errado, com o autor tendo a chance de responder. Como os editores do Book Review [do New York Times] devem saber, Dawkins não pode se ocupar com o argumento de Behe. Não é porque ele não é bioquímico. Em princípio ele está desqualificado porque é um ateu militante comprometido com uma posição do materialismo científico no qual qualquer referência a propósito transcendente ou design é considerado como ilusório, significando que é o produto de uma doença mental.

É difícil saber para qual propósito se serviu o Book Review em ter o Dawkins resenhando a Behe, a não ser, possivelmente, para condenar ao ostracismo quem quer que se atreva a levantar objeções sobre as ortodoxias darwinistas dominantes e, talvez, servir de alcova para os preconceitos presunçosos do suposto índice de leitores do Times.

NOTA DESTE BLOGGER:

Não faça como o Reinaldo José Lopes que não leu o livro do Behe e dependeu de uma resenha canhestra do Dawkins para fazer juízo das idéias defendidas neste livro. Você já pode comprá-lo nas grandes livrarias do Brasil. Depois eu publico onde encontrá-lo. Pode até comprar pela internet.

Medicina mortal graças à teoria da evolução de Darwin

quinta-feira, agosto 09, 2007

A exposição "Deadly Medicine Creating the Master Race" [Medicina mortal criando a raça mestre] está atualmente sendo apresentada na Global health Odyssey nos Centros de Controle de Saúde em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos.

A exposição mostra a transição da Eugenia - uma teoria que buscou aplicar a teoria da sobrevivênia do mais apto de Charles Darwin nos seres humanos. A distorção última da eugenia pela Alemanha nazista culminou com o extermínio de 6 milhões de judeus. O Professor Paul Lombardo é um historiador que pesquisou a eugenia nos leva pela exposição através desta gravação em MP3.



Por que o MASP não apresenta uma exposição sobre a influência da teoria de Darwin sobre o movimento da eugenia e o Holocausto??? Eugenia, teu nome moderno é bioengenharia.

Uma viagem fantástica dentro de uma célula: Design Inteligente ou Darwin

David Bolinsky apresenta uma animação estupenda de 9'57" Fantastic voyage inside a cell [Viagem fantástica dentro de uma célula] mostrando a vida dentro de uma célula. Esta animação [há outros no site dele] foi feita pela sua empresa XVIVO para os alunos de medicina da não menos famosa Universidade Harvard medical. Dá para se perguntar - diante de tanta complexidade, qual teoria melhor explica isso: Darwin ou Design Inteligente.

Mesmo que você não fale inglês, vale a pena assitir este vídeo.

BOMBA! BOMBA! Um cético de Darwin da pesada: fellow da AAAS!!!

A AAAS (American Association for the Advancement of Science, a SBPC do Tio Sam) aqui e ali vê seus membros eminentes manifestarem sua “dissidência a Darwin”, mas a GMI [Grande Mídia Internacional], a GMT [Grande Mídia Tupiniquim] e a Nomenklatura científica, compreensivelmente em relação incestuosa, ficam no maior silêncio sobre esses eminentes “dissidentes”: que fiquem “exilados” no Gulag do silêncio.

No site ID the Future há uma entrevista (em inglês) dividida em seis partes, com o Dr. Lyle Jensen, Fellow da AAAS (American Association for the Advancement of Science). Jensen, bioquímico e pioneiro na area da cristalografia de raio-x, compartilha com os ouvintes os seus pensamentos sobre o objetivo de seu trabalho (ele foi convidado para o Projeto Manhattan em 1943, premiado pela American Crystallographic Association em 1983 com o Prêmio Fankuchen Memorial em Cristalografia de Raio-X, e laureado novamente em 2000 com o prêmio Martin J. Buerger).

Dr. Jensen também explica porque ele é um dissidente do darwinismo, e acha que as escolas deveriam apresentar tanto os argumentos a favor e contra a teoria da evolução de Darwin.

Links para os podcasts em inglês [Sorry, periferia]:

Part 1: How Lyle Jensen became interested in science in the 1920s and 1930s

Part 2: Lyle Jensen's time at Walla Walla College and University of Washington grad school

Part 3: The Manhattan Project and the atomic bomb

Part 4: X-ray crystallography and Lyle Jensen's groundbreaking work in identifying protein structures

Part 5: Doubts about Darwinism

Part 6: Allowing students to hear the full story of Darwinian evolution

E ainda dizem que somente ignorantes duvidam de Darwin e do fato, Fato, FATO da evolução...

Devagar com o andor do reducionismo genético: o que dizem as evidências?

quarta-feira, agosto 01, 2007

Agora que o genoma humano foi seqüenciado, a atenção tem sido focalizada na consideração das diferenças entre os genomas, na tentativa de se correlacionar as diferenças seqüenciais com os traços fenotípicos.

O projeto Hapmap, fortemente apoiado por Francis Collins et al., envolve a identificação de SNPs [single nucleotide polymorphisms] por todo o genoma, que são fáceis de detectar, e verificar quais alelos de SNP podem estar bem próximos de estarem ligados a um gene defeituoso (isto é chamado de desequilíbrio de ligação). Este é o objetivo da medicina molecular.

Esta pesquisa de 2006 fornece as refutações teóricas e experimentais do conceito de Hapmap. Vai ser interessante verificar como isso se desenrolará, considerando-se o contínuo esforço para o seqüenciamento altamente detalhado dos genomas humanos.

Pela pesquisa de Joseph D. Terwilliger e Tero Hiekkalinna, An utter refutation of the 'Fundamental Theorem of the HapMap' [Uma refutação total do Teorema Fundamental do HapMap] publicada no European Journal of Human Genetics (2006) 14, 426-437, parece que o reducionismo genético não é assim uma Brastemp em termos de apoio pelas evidências.

Muito incisiva foi a conclusão dos autores:

“Nós esperamos na medida em que as abordagens de caça de genes aumentarem em custo e tamanho, em vez de nos tornarmos mais altivos sobre as pressuposições teóricas, nós sejamos mais cuidadosos com o que acreditamos. [SIC ULTRA PLUS − não sei porque eu me lembrei imediatamente das pressuposições mecanicistas da teoria geral da evolução aceitas a priori pelos darwinistas.] Os avanços tecnológicos são maravilhosos, e tornam possível fazer ciência que nós não poderíamos imaginar algumas décadas atrás, mas a excelente tecnologia aplicada a pesquisas pobremente planejadas (conduzidas pelas pressuposições que os próprios investigadores provavelmente não creriam se estivessem realmente cientes delas conscientemente) não são os caminhos particularmente sábios de se fazer ciência, e seria muito melhor gastar mais tempo pensando e planejando antes de se lançar na genotipagem de cada amostra que nós pudermos colocar as nossas mãos, a fim de que ninguém nos dê atenção quando gritarmos fogo, e houver um de verdade, em alguma ocasião no futuro.” [1]

O PDF da pesquisa em inglês pode ser baixado gratuitamente aqui [182.15 KB]

Abstract

The International HapMap Project was proposed in order to quantify linkage disequilibrium (LD) relationships among human DNA polymorphisms in an assortment of populations, in order to facilitate the process of selecting a minimal set of markers that could capture most of the signal from the untyped markers in a genome-wide association study. The central dogma can be summarized by the argument that if a marker is in tight LD with a polymorphism that directly impacts disease risk, as measured by the metric r2, then one would be able to detect an association between the marker and disease with sample size that was increased by a factor of 1/r2 over that needed to detect the effect of the functional variant directly. This 'fundamental theorem' holds, however, only if one assumes that the LD between loci and the etiological effect of the functional variant are independent of each other, that they are statistically independent of all other etiological factors (in exposure and action), that sampling is prospective, and that the estimates of r2 are accurate.

None of these are standard operating assumptions, however. We describe the ramifications of these implicit assumptions, and provide simple examples in which the effects of a functional variant could be unequivocally detected if it were directly genotyped, even as markers in high LD with the functional variant would never show association with disease, even in infinite sample sizes. Both theoretical and empirical refutation of the central dogma of genome-wide association studies is thus presented.

NOTA

1.

“We hope that as gene hunting approaches increase in cost and size, that rather than becoming more cavalier about theoretical assumptions, that we be much more careful about what we believe. Technological advances are wonderful, and make it possible to do science that we could not imagine a few decades ago, but excellent technology applied to poorly designed studies (driven by assumptions the investigators themselves probably would not really believe if consciously aware of them) are not particularly wise ways to do science – it would be far better to spend more time thinking and planning before jumping in to genotyping every sample we can get our hands on, lest no one listen to us when we cry fire and there actually is one, at some point in the future.” p. 435