Sou fã de carteirinha de Jorge Ben Jor. Especialmente de uma de suas músicas onde o refrão vai mais ou menos assim: Ela já não é mais a minha pequena, que pena, que pena... Liberdades poéticas à parte, pois cientista não é de ferro, e Darwin não me deixa mentir − no fim da vida, aquele que teve a idéia mais brilhante de toda a humanidade (menos exagero, Dennett, menos) disse que não apreciava mais a poesia... Que pena, pois o poeta chama à existência o inexistente. Diz o que não pode ser dito (Wittgenstein).
E o que o refrão de Jorge Ben Jor tem a ver aqui neste blog? É que eu moro, num país tropical, dominado por uma intelligentsia secularizada fundamentalista que só fala e publica o que Darwin tem de bom. O que Darwin tem de ruim, eles escondem. E que demoniza os de concepções religiosas. Aqui neste blog a relação incestuosa e despudorada da Grande Mídia com a Nomenklatura científica tupiniquins é denunciada. Com todos os pingos nos is. Duela a quien duela.
Gente, o que é bom na ciência é que ela não é dogmática (Será? Dia 24 de maio participo de um seminário em renomada universidade privada onde Kuhn disse que o dogma transita em ciência...). A verdade científica atual, se for demonstrada mentira amanhã, oops não corroborada pelas evidências, a gente abandona com certa relutância, enfia a viola epistêmica no saco, busca-se uma saída, e tudo fica como dantes. Paradigma morto, paradigma posto, mas há casos em que se opera com o paradigma defunto, mesmo que cheirosamente nauseabundo às narinas mais sensíveis.
O neodarwinismo é o exemplo mor disso: morto há quase 30 anos, mas teimosamente sendo preservado pelo formol do ‘não temos outro modelo estritamente naturalista’ sob a lápide fria do naturalismo filosófico. Todos nós temos de suportar o cheiro fétido das insuficiências heurísticas deste defunto em nome do atual consenso akadêmico. Caso de muitos cientistas e pesquisadores no Brasil e no mundo.
Vocês se lembram da especulação transformista dos dinossauros com penas dando origem às aves? A agência de notícias France-Press acabou de anunciar (23/05/2007) que tais penas nunca existiram!
A teoria de que os dinossauros deram origem às aves acabou de sofrer um revés muito sério pela pesquisa de paleontólogos que examinaram a evidência crítica de um fóssil chinês − Sinosauropteryx − do tamanho de um peru, que teria tido penas primitivas, e apoiava a teoria da origem das aves a partir de dinossauros.
Os pesquisadores liderados pelo professor universitário sul-africano Theagarten Lingham-Soliar da Universidade de KwaZulu-Natal http://www.ukzn.ac.za/ publicam seu estudo no Proceedings of the Royal Society B: essas “protopenas” eram realmente estruturas tipo babado nas costas daqueles animais.
O debate focaliza no Sinosauropteryx, um fóssil encontrado em 1994 por um agricultor na província de Liaoning, nordeste da China. Esta região é pródiga em tesouros escondidos do período do Cretáceo Superior alguns 130 milhões de anos atrás. O dinossauro carnívoro de cauda era coberto de fibras que os pesquisadores chineses disseram serem penas primitivas.
Embora as “penas” não fossem nitidamente capazes de voar, a existência delas apoiava uma teoria primeiramente ventilada nos anos 1970s de que as aves evoluíram de dinossauros. Como resultado, uma noção outrora esquisita se tornou o conceito aceito pela maioria para o surgimento das aves. Mas quando os pesquisadores examinaram um espécime de Sinosauropteryx recém-descoberto, também de Liaoning, eles chegaram a conclusões muito diferentes.
Quando eles examinaram o fóssil sob um poderoso microscópio, os pesquisadores disseram que as duas estruturas ramificadas, chamadas de raques com barbelas, são na verdade os resíduos de um babado de fibras de colágeno que passava pela costa do dinossauro da cabeça à cauda.
“As fibras mostram uma semelhança surpreendente com a estrutura e níveis de organização do colágeno da derme”, o tipo de filamentos elásticos duros encontrados na pele de tubarões e répteis modernos, disseram os pesquisadores.
As fibras têm uma estrutura de contas tipo rosário incomum, mas isso muito provavelmente foi provocado por uma torcedura natural dessas contas, e o ajuntamento delas provocadas por desidratação quando o dinossauro morreu e os seus tecidos começaram a secar.
As fibras duras podem ter sido um tipo de armadura para proteger o pequeno dinossauro de predadores, ou talvez tivesse um uso estrutural ao enrijecer a sua cauda.
Da primeira ave conhecida
A primeira ave conhecida é o Archaeopteryx, que viveu cerca de 150 milhões de anos atrás. O que está perdido são os elos entre o Archaeopteryx e as outras espécies que mostrariam como que ele evoluiu. Mas o registro fóssil é frustrantemente pequeno e incompleto [SIC ULTRA PLUS 1 – desde o tempo de Darwin eles põem a culpa no registro fóssil] e é por isso que o debate [SIC ULTRA PLUS 2 – que eles teimam dizer na mídia que inexiste] tem sido tão acalorado [SIC ULTRA PLUS 3 – ué, mas não é para ser um debate objetivo e equilibrado vez que por mentes somente guiadas pela razão????].
A teoria de que as aves descendem de dinossauros é baseada na idéia de que pequenos dinossauros que ganharam uma vantagem ao desenvolverem os hábitos de comer plantas, cresceram penas para se manterem quentes e alçarem às árvores para se protegerem.
Dali foi um passo relativamente pequeno para que esses dinossauros bípedes e carnívoros com pés de três dedos desenvolverem habilidades de vôo, e depois a capacidade de voar.
A equipe comandada por Lingham-Soliar não discorda dessa teoria, mas eles estão perplexos pelo o que consideram ser um salto imprudente a conclusão de que o Sinosauropteryx tinha todas as protopenas importantes, muito embora este dinossauro esteja filogeneticamente bem distanciado do Archaeopteryx.
Lingham-Soliar disse que a evidência apoiando as penas primitivas não tinha investigação séria. “Não há uma única representação próxima da estrutura integumental considerada como protopena”. Considerando-se que a evolução da pena é um momento de grande importância na história da vida, “rigor científico é exigido” [SIC ULTRA PLUS 4: é preciso pedir isso dos cientistas???], disse ele.
France Press
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Enviei o seguinte e-mail para a turma de Huxley:
“Alô casa de máquinas do HMS “Darwinic”, vocês já emitiram um sinal de SOS para os guarda-cancelas da KGB da Nomenklatura científica para que o estrago de nossa imagem junto ao público seja o menor possível?”
Os agentes da KGB da Nomenklatura científica infiltrados na Nature (se não me engano Huxley foi editor) responderam imediatamente à altura do discurso “camisa-de-força” neodarwinista. O comunicado do Nature Science Update foi intitulado “Dino careca lança dúvida na teoria das penas”.
“Se o Sinosauropteryx foi realmente sem penas, então pode ser que as penas chegaram ao cenário evolutivo mais tarde do que os paleontólogos tinham pensado.” Engraçado, em vez de chamarem os cientistas à chincha para serem mais objetivos nas suas pesquisas e conclusões, a Nature não levou em conta as implicações de tudo isso.
David Unwin, paleontólogo da Universidade de Leicester, disse “não há necessidade de se entrar em pânico” sobre as implicações desta descoberta. Ele afirmou, “Isso de nenhum modo desafia a idéia de que os dinossauros tinham penas e que os dinossauros deram origem às aves.” Isso apenas “lança dúvida sobre o primeiro passo na evolução de penas.” Uau, mas estupefaciente foi o dogma que Unwin recitou literalmente sobre as teorias evolutivas: “As coisas podem ser mais complexas do que nós imaginamos.”
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Eu vou ficar com o pé atrás nessa briga de cachorros grandes darwinistas. Não vai ser apenas uma análise que irá convencê-los o contrário, mas a deixa de Lingham-Soliar de que é preciso “mais rigor científico” no contar dessas “just-so stories” (obrigado Gould) estórias da carochinha é justamente o que nós do DI fazemos há mais de uma década. Vai ver o Lingham-Soliar está na folha de pagamento do Discovery Institute.