Como melhorar a educação no Brasil: o abandono de certos modelos pedagógicos

quarta-feira, agosto 31, 2011

Phi Delta KappanFebruary 2011 vol. 92 no. 5 39-43

She's Strict for a Good Reason: Highly Effective Teachers in Low-Performing Urban Schools

Mary Poplin, John Rivera, Dena Durish, Linda Hoff, Susan Kawell, Pat Pawlak, Ivannia Soto Hinman, Laura Straus and Cloetta Veney

Author Affiliations

MARY POPLIN is a professor of education at Claremont Graduate University, Claremont, Calif. JOHN RIVERA is a professor and special projects assistant to the president, San Diego City College, San Diego, Calif., and the study's policy director. DENA DURISH is coordinator for alternative routes to licensure programs for Clark County School District, Las Vegas, Nev. LINDA HOFF is director of teacher education at Fresno Pacific University, Fresno, Calif. SUSAN KAWELL is an instructor at California State University, Los Angeles, Calif. PAT PAWLAK is a program administrator in instructional services at Pomona Unified School District, Pomona, Calif. IVANNIA SOTO HINMAN is an assistant professor of education at Whittier College, Whittier, Calif. LAURA STRAUS is an instructor at the University of Montana Western, Dillon, Mont. CLOETTA VENEY is an administrative director at Azusa Pacific University, Azusa,

Abstract

A study of 31 high-performing teachers in low-performing urban schools found that these teachers had certain traits in common. They were strict; they taught in traditional, explicit ways; there was little time in their classrooms when instruction was not occurring; and they moved around the room helping their students. They used very few constructivist or cooperative activities. And they stressed particular virtues, including respecting self and others, working hard, being responsible, never giving up, doing excellent work, trying one's best, being hopeful, thinking critically, being honest, and considering consequences. They strongly believed in their students' potential and pushed them to achieve.

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Professores, pesquisadores e alunos de universidades públicas e privadas com acesso ao site CAPES/Periódicos podem ler gratuitamente este artigo da Phi Delta Kappan e de mais 22.440 publicações científicas.

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NOTA DESTE BLOGGER:

Fui professor no ensino médio e agi basicamente nesses termos em sala de aula: o processo ensino-aprendizagem ocorre  pela dedicação de professores e alunos em sala de aula, e que os alunos somente aprendem quando são capazes de reproduzir os conhecimentos apresentado pelos professores. Mas aqui no Brasil estão premiando a ignorância dos alunos e obrigando os professores a aprová-los.

Pobre Brasil!!!  


O genoma essencial de uma bactéria

Molecular Systems Biology 7 Article number: 528 doi:10.1038/msb.2011.58
Published online: 30 August 2011
Citation: Molecular Systems Biology 7:528

The essential genome of a bacterium

Beat Christen1,a, Eduardo Abeliuk1,2,a, John M Collier3, Virginia S Kalogeraki1, Ben Passarelli3,4, John A Coller3, Michael J Fero1, Harley H McAdams1 & Lucy Shapiro1

Department of Developmental Biology, Stanford University, Stanford, CA, USA
Department of Electrical Engineering, Stanford University, Stanford, CA, USA
Functional Genomics Facility, Stanford University, Stanford, CA, USA
Stem Cell Institute Genome Center, Stanford University, Stanford, CA, USA

Correspondence to: Lucy Shapiro1 Department of Developmental Biology, Stanford University, B300 Beckman Center, Stanford, CA 94305, USA. Tel.: +1 650 725 7678; Fax: +1 650 725 7739; Email: shapiro@stanford.edu

Received 1 June 2011; Accepted 13 July 2011; Published online 30 August 2011

aThese authors contributed equally to this work

Abstract

Caulobacter crescentus is a model organism for the integrated circuitry that runs a bacterial cell cycle. Full discovery of its essential genome, including non-coding, regulatory and coding elements, is a prerequisite for understanding the complete regulatory network of a bacterial cell. Using hyper-saturated transposon mutagenesis coupled with high-throughput sequencing, we determined the essential Caulobacter genome at 8 bp resolution, including 1012 essential genome features: 480 ORFs, 402 regulatory sequences and 130 non-coding elements, including 90 intergenic segments of unknown function. The essential transcriptional circuitry for growth on rich media includes 10 transcription factors, 2 RNA polymerase sigma factors and 1 anti-sigma factor. We identified all essential promoter elements for the cell cycle-regulated genes. The essential elements are preferentially positioned near the origin and terminus of the chromosome. The high-resolution strategy used here is applicable to high-throughput, full genome essentiality studies and large-scale genetic perturbation experiments in a broad class of bacterial species.

Keywords: functional genomics; next-generation sequencing; systems biology; transposon mutagenesis

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Protesto a favor de Israel diante das Nações Unidas: 21 de setembro de 2011

terça-feira, agosto 30, 2011





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Para, por e com Israel, sempre! Apesar de [preencher as lacunas...]

Uma carta aberta aos professores Jerry Coyne e Richard Dawkins sobre a natureza da seleção natural

sábado, agosto 27, 2011

Por Techne 


Aos professores Jerry Coyne e Richard Dawkins, 

O conceito de seleção natural, à primeira vista, parece ser um conceito bem simples de se entender e vocês dois explicaram o conceito em seus respectivos escritos. Eu tenho algumas perguntas sobre seus pontos de vista sobre a natureza da seleção natural, perguntas que eu penso não são respondidas explicitamente respondidas ou abordadas em seus vários escritos. Eu tenho quatro perguntas básicas, cada uma com o seu subconjunto de perguntas: 

1) A seleção natural é um termo prescritivo ou descritivo?

2) A seleção natural é um mecanismo?

3) A seleção natural é uma causa ou uma força?

4) A seleção natural é um processo ou um resultado? 

Pergunta 1: Prescritivo ou Descritivo? 

Vocês consideram a seleção natural como termo prescritivo pelo qual a seleção natural é uma causa ou força que “guia” a interação ou mudança de características de entidades biológicas, que “mantém” a prevalência de mutações benéficas, ou que “limita” ou “favorece” algumas variações em detrimento de outras variações, ou que “conduz” a mudança biológica em direção ao local máximo no “cenário adaptativo”. Neste ponto de vista, a seleção natural é um agente (embora impessoal e cego, como em não-direcional) que causalmente influencia a mudança biológica pela “manutenção” ou “favorecimento” ou pela “produção mais apta” de entidades biológicas, e etc. 

Vocês consideram a seleção natural como um termo descritivo que descreve o que acontece quando você tem indivíduos em uma população que tem algum tipo de variação (e.g. genética) e diferenças de aptidão e que são capazes de transmitir suas características. 


Pergunta 2: A seleção natural é um mecanismo?


Professor Coyne, no seu artigo “The Improbability Pump” [A bomba da improbabilidade] (www.thenation.com) você defende o conceito de seleção natural das críticas de Fodor e Piattelli-Palmarini [F&P] ao afirmar que: 

Mas primeiro, uma vez que a seleção não é tão controversa para Dawkins embora seja tão denegrida por F&P, compete a nós entendermos o que ela é. A princípio, a seleção natural é simples. Não é nem uma “lei” nem “mecanismo”. Ela é, em vez disso, um “processo” – um processo que é inevitável se duas condições comuns forem atendidas. 

Desta afirmação eu entendo que você está dizendo que a seleção natural NÃO É um mecanismo e que É um processo. No seu livro Why Evolution Is True [Por que a evolução é verdade] página 3, você afirma: 

Em essência, a moderna teoria da evolução é fácil de se entender. Ela pode ser resumida em uma única (embora um pouco longa) sentença: A vida na Terra evoluiu gradualmente com uma espécie primitive —talvez uma molécula auto-replicante— que viveu há mais de 3.5 bilhões e anos atrás; depois ela se ramificou ao longo do tempo, lançando muitas espécies novas e diversas; e o mecanismo para a maioria (mas não todas) das mudanças evolucionárias é a seleção natural

Desta afirmação eu entendo que você está dizendo que a seleção natural É um mecanismo. Por favor, você pode definir o seu ponto de vista sobre a seleção natural, e se ela é ou não é um mecanismo. E o que exatamente você quer dizer com “mecanismo”? 

Pergunta 3: A seleção natural é uma causa ou uma força?


Vocês consideram a seleção natural como algum tipo de causa ou força que causa mudança evolucionária ou desempenha um papel causal na mudança evolucionária? Os termos “causa” e “força” são usados metaforicamente? O que vocês querem dizer exatamente com o termo “causa” e “força”? 

Vocês concordam ou discordam com outros biólogos e filósofos que não consideram a seleção natural como algum tipo de força? Biólogos evolucionistas como o Professor Allen MacNeill de Ithaca, Nova York e o Professor John A. Endler não consideram a seleção natural como uma força. O Professor William B. Provine, no Departmento de Ecologia e Biologia Evolucionária, Universidade Cornell, não pensa que a seleção natural seja uma força. Ele afirma no seu livro The Origins of Theoretical Population Genetics [As origens teóricas da genética populacional], citando a Endler: 

Como John Endler argumentou eloquentemente no livro Natural Selection in The Wild [Seleção natural na natureza](1968), a seleção natural não é um mecanismo. A seleção natural não age sobre nada, nem seleciona (a favor ou contra), força, maximiza, cria, modifica, modela, opera, dirige, favorece, mantém, pressionar ou ajustar. A seleção natural não faz nada. A seleção natural como uma força natural pertence à categoria não insubstancial já habitada pelo flogisto de Becker/Stahl (Endler 1986) ou pelo “éter” de Newton. A seleção natural é o resultado necessário de causas discerníveis e frequentemente quantificáveis. 

O filósofo de ciência (biologia), Andre Ariew, e o filósofo de biologia Mohan Matthen, argumentam que a seleção natural não é uma causa. Por sua vez, James Lennox argument que Darwin era um teleologista porque Darwin considerava a seleção natural como algum tipo de força ou causa que influencia a mudança ou evolução biológicas. Andre Ariew, citando Lennox, no seu artigo “Platonic and Aristotelian Roots of Teleological Arguments in Cosmology and Biology” [Raízes platônicas e aristotélicas dos argumentos teleológicos] ele afirma: 

Como que a seleção natural é uma “força” teleológica? Eu percebo vestígios de dois tipos de teleologia operando em Darwin. A chave para se ver os dois está contido no conceito de seleção natural de Darwin que pode ser resumido assim: como resultado de indivíduos possuindo capacidades hereditárias diferentes para sobreviver e reproduzir em ambientes locais, vem uma explicação para as mudanças na composição das características das populações através do tempo. As características se tornam predominantes nas populações porque elas são úteis aos organismos na sua luta pela sobrevivência. A teleologia funcional de Aristóteles é preservada através da ideia de que a existência de um item pode ser explicado em termos de sua utilidade (Lennox 1993). O que faz uma característica ser útil é que ela fornece a certos indivíduos uma vantagem sobre os demais em sua própria luta pela sobrevivência e reprodução. Em segundo lugar, o conceito de indivíduo lutando para sobreviver e reproduzir desempenha o papel fundamental na explicação de Darwin para as origens da diversidade orgânica. O mesmo conceito nos lembra a teleologia formal de Aristóteles – a luta pela autor-preservação. 

Vocês estão cientes das abordagens diferentes para o conceito de teleologia e vocês se opõem a TODAS as abordagens?

Pergunta 4: A seleção natural é um processo ou um resultado?

Alguns biólogos (vide acima) consideram a seleção natural um processo, alguns a consideram como um resultado. Quais são os seus pontos de vista e o que vocês querem dizer por “processo”? 

Se vocês responderam a qualquer uma dessas perguntas EXPLICITAMENTE na sua literatura, por favor me indique o lugar certo. Se não, poderiam ser gentis fornecer respostas apropiadas para as perguntas acimas a fim de que seus pontos de vista sobre a natureza da evolução fiquem claras. 

Muito obrigado 

Desejo o melhor para vocês.

Assinado: Anônimo

Source/Fonte: Telic Thoughts

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Até agora nenhum dos dois luminares darwinistas, especialistas em biologia evolucionária, respondeu as perguntas simples desta carta aberta.

Algum luminar darwinista tupiniquim tem as respostas??? Se tiver, publiquem em algum blog ou site na internet.

Alunos do ensino médio: encostem seus professores de Biologia na parede com essas perguntas sobre o fato, Fato, FATO da evolução através da seleção natural!!! Dou o maior apoio!!!

A origem do código genético pode ser explicada pela modelagem direta do RNA?

sexta-feira, agosto 26, 2011

BIO-Complexity, Vol 2011

Can the Origin of the Genetic Code Be Explained by Direct RNA Templating?

Stephen C Meyer, Paul Nelson

Abstract

Motivated by the RNA world hypothesis, Michael Yarus and colleagues have proposed a model for the origin of the ‘universal’ genetic code, in which RNA aptamers directly template amino acids for protein assembly. Yarus et al. claim that this “direct RNA templating” (DRT) model provides a stereochemical basis for the origin of the code, as shown by the higher-than-expected frequency of cognate coding triplets in aptamer amino acid-binding sites. However, the DRT model suffers from several defects. These include the selective use of data, incorrect null models, a weak signal even from positive results, an implausible geometry for the primordial RNA template (in relation to the universally-conserved structures of modern ribosomes), and unsupported assumptions about the pre-biotic availability of amino acids. Although Yarus et al. claim that the DRT model undermines an intelligent design explanation for the origin of the genetic code, the model’s many shortcomings in fact illustrate the insufficiency of undirected chemistry to construct the semantic system represented by the code we see today.
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Koonin pergunta: Existem leis da evolução de genomas?

Are There Laws of Genome Evolution?

Eugene V. Koonin

National Center for Biotechnology Information, National Library of Medicine, National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, United States of America


Abstract 

Research in quantitative evolutionary genomics and systems biology led to the discovery of several universal regularities connecting genomic and molecular phenomic variables. These universals include the log-normal distribution of the evolutionary rates of orthologous genes; the power law–like distributions of paralogous family size and node degree in various biological networks; the negative correlation between a gene's sequence evolution rate and expression level; and differential scaling of functional classes of genes with genome size. The universals of genome evolution can be accounted for by simple mathematical models similar to those used in statistical physics, such as the birth-death-innovation model. These models do not explicitly incorporate selection; therefore, the observed universal regularities do not appear to be shaped by selection but rather are emergent properties of gene ensembles. Although a complete physical theory of evolutionary biology is inconceivable, the universals of genome evolution might qualify as “laws of evolutionary genomics” in the same sense “law” is understood in modern physics.

Citation: Koonin EV (2011) Are There Laws of Genome Evolution? PLoS Comput Biol 7(8): e1002173. doi:10.1371/journal.pcbi.1002173

Editor: Philip E. Bourne, University of California San Diego, United States of America

Published: August 25, 2011

This is an open-access article, free of all copyright, and may be freely reproduced, distributed, transmitted, modified, built upon, or otherwise used by anyone for any lawful purpose. The work is made available under the Creative Commons CC0 public domain dedication.

Funding: The author's research is supported by intramural funds of the US Department of Health and Human Services (to National Library of Medicine, NIH). The funders had no role in study design, data collection and analysis, decision to publish, or preparation of the manuscript.

Competing interests: The author has declared that no competing interests exist.


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PERGUNTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:

Será que a Biologia evolucionária vai alcançar finalmente o status de ciência dura (isto é, uma ciência que tem leis) assim como a Física? Duvido!!! Razão? A biologia só tem um princípio - o da seleção natural que está heuristicamente esvaziado que dá dó - que dó, que dó, que dó... Lembrei, tem sim uma lei, a lei de Dollo, mas ela afirma que ocorrendo a evolução, ela é irreversível. Nada fala como se deu a história evolucionária das formas biológicas em sua diversidade e complexidade. 

Marcelo Leite, Folha de São Paulo, o CERN avisa: vocês vão ter que revisar SUBSTANCIALMENTE o modelo de aquecimento global

quinta-feira, agosto 25, 2011


CERN: 'Climate models will need to be substantially revised'

By Andrew Orlowski 

Posted in Science, 25th August 2011 10:42 GMT

CERN's 8,000 scientists may not be able to find the hypothetical Higgs boson, but they have made an important contribution to climate physics, prompting climate models to be revised.

The first results from the lab's CLOUD ("Cosmics Leaving OUtdoor Droplets") experiment published in Nature today confirm that cosmic rays spur the formation of clouds through ion-induced nucleation. Current thinking posits that half of the Earth's clouds are formed through nucleation. The paper is entitled Role of sulphuric acid, ammonia and galactic cosmic rays in atmospheric aerosol nucleation.

This has significant implications for climate science because water vapour and clouds play a large role in determining global temperatures. Tiny changes in overall cloud cover can result in relatively large temperature changes.

Unsurprisingly, it's a politically sensitive topic, as it provides support for a "heliocentric" rather than "anthropogenic" approach to climate change: the sun plays a large role in modulating the quantity of cosmic rays reaching the upper atmosphere of the Earth.

CERN's director-general Rolf-Dieter Heuer warned his scientists "to present the results clearly but not interpret them". Readers can judge whether CLOUD's lead physicist Jasper Kirkby has followed his boss's warning.

Cosmic ray particles don't just cause cloud nucleation, they also shrink the fonts CERN uses on its graphics...

"Ion-induced nucleation will manifest itself as a steady production of new particles that is difficult to isolate in atmospheric observations because of other sources of variability but is nevertheless taking place and could be quite large when averaged globally over the troposphere."

Kirkby is quoted in the accompanying CERN press release:

"We've found that cosmic rays significantly enhance the formation of aerosol particles in the mid troposphere and above. These aerosols can eventually grow into the seeds for clouds. However, we've found that the vapours previously thought to account for all aerosol formation in the lower atmosphere can only account for a small fraction of the observations – even with the enhancement of cosmic rays."

The team used the Proton Synchotron accelerator (pictured here with Kirkby) to examine the nucleation using combinations of trace gasses at various temperatures, with precision. These first results confirm that cosmic rays increase the formation of cloud-nuclei by a factor of 10 in the troposphere, but additional trace gasses are needed nearer the surface. 
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Read more here/Leia mais aqui: The Register

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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:

Nunca neguei o aquecimento global (não seria esfriamento global???) como fenômeno pontual e provocado por n fatores. Sempre neguei o fenômeno ser exclusivamente antropogênico como Al 'Apocalipse' Gore et caterva assustavam todo o mundo.



Gente, como é bom ser corroborado em suas teses por gente assim que entende o que é ciência, faz ciência, e não tem agenda política ou ideológica, como a turma de cientistas do CERN.


Queria ver a cara do Marcelo Leite depois de ler esta postagem e comentário...

A Árvore da Vida de Darwin era uma miragem ideológica, agora temos outra hipótese mirabolante

quarta-feira, agosto 24, 2011

The public goods hypothesis for the evolution of life on Earth

James O McInerney, Davide Pisani, Eric Bapteste and Mary J. O'Connell 

Biology Direct 2011, 6:41doi:10.1186/1745-6150-6-41

Published: 23 August 2011

Abstract (provisional)

It is becoming increasingly difficult to reconcile the observed extent of horizontal gene transfers with the central metaphor of a great tree uniting all evolving entities on the planet. In this manuscript we describe the Public Goods Hypothesis and show that it is appropriate in order to describe biological evolution on the planet. According to this hypothesis, nucleotide sequences (genes, promoters, exons, etc.) are simply seen as goods, passed from organism to organism through both vertical and horizontal transfer. Public goods sequences are defined by having the properties of being largely non-excludable (no organism can be effectively prevented from accessing these sequences) and non-rival (while such a sequence is being used by one organism it is also available for use by another organism). The universal nature of genetic systems ensures that such non-excludable sequences exist and non-excludability explains why we see a myriad of genes in different combinations in sequenced genomes. There are three features of the public goods hypothesis. Firstly, segments of DNA are seen as public goods, available for all organisms to integrate into their genomes. Secondly, we expect the evolution of mechanisms for DNA sharing and of defense mechanisms against DNA intrusion in genomes. Thirdly, we expect that we do not see a global tree-like pattern. Instead, we expect local tree-like patterns to emerge from the combination of a commonage of genes and vertical inheritance of genomes by cell division. Indeed, while genes are theoretically public goods, in reality, some genes are excludable, particularly, though not only, when they have variant genetic codes or behave as coalition or club goods, available for all organisms of a coalition to integrate into their genomes, and non-rival within the club. We view the Tree of Life hypothesis as a regionalized instance of the Public Goods hypothesis, just like classical mechanics and euclidean geometry are seen as regionalized instances of quantum mechanics and Riemannian geometry respectively. We argue for this change using an axiomatic approach that shows that the Public Goods hypothesis is a better accommodation of the observed data than the Tree of Life hypothesis.

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FREE PDF GRATIS

NOTA DESTE BLOGGER:

Abordagem axiomática em ciência??? Uma verdade a priori??? e depois a gente faz uma ginástica heurística para corroborar o que gostaríamos de encontrar???

Pelo andar da carruagem de Down, os evolucionistas estão desesperados na criação de hipóteses e teorias ad hoc para livrar a cara de Darwin do embaraço que as evidências encontradas na natureza teimam em não corroborar suas especulações transformistas por causa do rigor do contexto de justificação teórica.

Trocaram seis por meia dúzia... 

Cientistas calculam quantas espécies existem

24/08/2011

Agência FAPESP – Cientistas acabam de estimar quantas espécies existem na Terra. O total chegaria a 8,7 milhões, com 1,3 milhão a mais ou a menos.

Apesar do tamanho da margem de erro, é o cálculo mais preciso já feito sobre a presença de vida no planeta. Até então, as estimativas giravam entre 3 milhões e 100 milhões.


Terra tem 8,7 milhões de espécies, indica estudo na estimativa mais precisa já feita sobre a vida no planeta (Bathocyroe fosteri, exemplo do filo Ctenophora / foto:Marsh Youngbluth)

Dos 8,7 milhões, 6,5 milhões são espécies terrestres e 2,5 milhões, marinhas. Para a ciência, os números representam um desafio gigantesco, uma vez que a grande maioria ainda não foi classificada ou mesmo descoberta.

Os números foram divulgados pelo Censo da Vida Marinha, uma rede de pesquisadores de mais de 80 países em uma iniciativa de dez anos focada na diversidade, distribuição e abundância de vida nos oceanos. Estão em artigo publicado na revista PLoS Biology.

“A questão de quantas espécies existem tem intrigado cientistas há séculos e a resposta, somada a pesquisas em distribuição e abundância de espécies, é particularmente importante nesse momento, uma vez que diversas atividades e influências humanas estão acelerando as taxas de extinção”, disse Camilo Mora, da Universidade do Havaí, um dos autores do estudo.

“Muita espécies podem desaparecer antes mesmo que saibamos de sua existência, de seu nicho particular ou de sua função em ecossistemas”, alertou.

Os autores do estudo destacam que a mais recente Lista Vermelha, feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, estima que 19.625 espécies estão classificadas como ameaçadas. Isso de uma amostragem total de 59.508, ou menos de 1% do total agora estimado de espécies.

“Sabemos que o número exato de livros na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 1º de fevereiro de 2011 era de 22.194.656, mas não somos capazes de dizer, mesmo em uma ordem de magnitude, quantas espécies distintas de plantas e animais dividem o mundo conosco”, disse Lord Robert May of Oxford, ex-presidente da Royal Society.

Desde que o sueco Carl Linnaeus (1707-1778) publicou, em 1758, um sistema usado até hoje para classificação biológica, cerca de 1,25 milhão de espécies – aproximadamente 1 milhão em terra e 250 mil nos oceanos – foram descritas e seus dados estão disponíveis em bancos de dados. Outras cerca de 700 mil foram descritas mas ainda não publicadas.

Segundo o estudo, do total estimado de 7,77 milhões de espécies de animais, apenas 953.434 foram descritas e catalogadas. Das espécies marinhas, 11% foram descritas e catalogadas. Entre as plantas o conhecimento é muito maior: das estimadas 298 mil espécies, 215.644 foram descritas e catalogadas.

Mais informações e inscrições: www.coml.org.

O artigo How Many Species Are There on Earth and in the Ocean?(doi:10.1371/journal.pbio.100112), de Camilo Mora e outros, pode ser lido em www.plosbiology.org.

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How Many Species Are There on Earth and in the Ocean?

Camilo Mora1,2*, Derek P. Tittensor1,3,4, Sina Adl1, Alastair G. B. Simpson1, Boris Worm1

1 Department of Biology, Dalhousie University, Halifax, Nova Scotia, Canada, 2 Department of Geography, University of Hawaii, Honolulu, Hawaii, United States of America, 3 United Nations Environment Programme World Conservation Monitoring Centre, Cambridge, United Kingdom, 4 Microsoft Research, Cambridge, United Kingdom

Abstract 

The diversity of life is one of the most striking aspects of our planet; hence knowing how many species inhabit Earth is among the most fundamental questions in science. Yet the answer to this question remains enigmatic, as efforts to sample the world's biodiversity to date have been limited and thus have precluded direct quantification of global species richness, and because indirect estimates rely on assumptions that have proven highly controversial. Here we show that the higher taxonomic classification of species (i.e., the assignment of species to phylum, class, order, family, and genus) follows a consistent and predictable pattern from which the total number of species in a taxonomic group can be estimated. This approach was validated against well-known taxa, and when applied to all domains of life, it predicts ~8.7 million (±1.3 million SE) eukaryotic species globally, of which ~2.2 million (±0.18 million SE) are marine. In spite of 250 years of taxonomic classification and over 1.2 million species already catalogued in a central database, our results suggest that some 86% of existing species on Earth and 91% of species in the ocean still await description. Renewed interest in further exploration and taxonomy is required if this significant gap in our knowledge of life on Earth is to be closed.

Author Summary 

Knowing the number of species on Earth is one of the most basic yet elusive questions in science. Unfortunately, obtaining an accurate number is constrained by the fact that most species remain to be described and because indirect attempts to answer this question have been highly controversial. Here, we document that the taxonomic classification of species into higher taxonomic groups (from genera to phyla) follows a consistent pattern from which the total number of species in any taxonomic group can be predicted. Assessment of this pattern for all kingdoms of life on Earth predicts ~8.7 million (±1.3 million SE) species globally, of which ~2.2 million (±0.18 million SE) are marine. Our results suggest that some 86% of the species on Earth, and 91% in the ocean, still await description. Closing this knowledge gap will require a renewed interest in exploration and taxonomy, and a continuing effort to catalogue existing biodiversity data in publicly available databases.

Citation: Mora C, Tittensor DP, Adl S, Simpson AGB, Worm B (2011) How Many Species Are There on Earth and in the Ocean? PLoS Biol 9(8): e1001127. doi:10.1371/journal.pbio.1001127

Academic Editor: Georgina M. Mace, Imperial College London, United Kingdom

Received: November 12, 2010; Accepted: July 13, 2011; Published: August 23, 2011

Copyright: © 2011 Mora et al. This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original author and source are credited.

Funding: Funding was provided by the Sloan Foundation through the Census of Marine Life Program, Future of Marine Animal Populations project. The funders had no role in study design, data collection and analysis, decision to publish, or preparation of the manuscript.

Competing interests: The authors have declared that no competing interests exist.


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Uma questão de ponto de vista ou de contexto de justificação teórica???

terça-feira, agosto 23, 2011

Uma questão de ponto de vista

Para mostrar a importância da controvérsia no processo de construção do conhecimento científico, Adilson de Oliveira discute em sua coluna de agosto o exemplo das teorias propostas por Einstein, que colocaram em xeque as leis da física aceitas até então.

Por: Adilson de Oliveira

Publicado em 19/08/2011 | Atualizado em 19/08/2011


Os princípios da teoria da relatividade, que geraram a mais célebre equação da física, questionaram as leis da mecânica clássica então vigentes, como a gravitação universal, cuja origem é associada à queda de uma maçã. (foto: Anton Prado/ Sxc.hu)

Uma característica importante no processo de ensino e aprendizagem é estimular a habilidade dos alunos de emitir opiniões e refletir sobre os assuntos e temas abordados. Há sempre a expectativa de que os estudantes se interessem e sejam participativos, apresentando questionamentos e defendendo o seu ponto de vista.

Da mesma maneira, na física e na ciência em geral, quando surge uma teoria ou é feita uma descoberta, os cientistas normalmente não aceitam de imediato os resultados. Surgem controvérsias e divergências de opinião acerca do tema, que podem levar muito tempo para serem esclarecidas. Geralmente os pontos de vista são defendidos de maneira muito intensa, e polêmicas podem aparecer.

No caso de uma nova teoria física, ela somente é considerada válida quando verificada experimentalmente. [???] Além disso, pode-se ter uma centena de resultados que concordem com a teoria, mas basta apenas um para nos mostrar que ela está equivocada ou incompleta.  

Quando se realiza um novo experimento e este mostra um resultado inusitado, ele somente será considerado válido quando for reproduzido, de maneira independente, por outros pesquisadores.

Nesse sentido, a grande vantagem da ciência como uma forma de conhecermos a natureza é o fato de que ela está em constante evolução, ou seja, novos resultados ou teorias sempre surgem para reforçar ou refutar o paradigma vigente. 

Entre as inúmeras controvérsias que já surgiram na física, destaca-se a grande revolução que ocorreu no começo do século passado. A teoria da relatividade especial, proposta pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955), colocou em xeque a chamada mecânica clássica, um conjunto de conhecimentos construído ao longo de mais de 300 anos.
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Leia mais aqui: CiênciaHoje

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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:

Por que artigos assim não são escritos e publicados na Ciência Hoje sobre as dificuldades fundamentais da atual teoria da evolução - a Síntese Evolutiva Moderna, uma teoria científica considerada morta em 1980, e que uma nova teoria geral da evolução está sendo elaborada, a Síntese Evolutiva Ampliada, mas será apresentada somente em 2020, e o que isso significa para a ciência que abomina o vácuo epistêmico???

Mah rabu - The Nochi Krohn Band

segunda-feira, agosto 22, 2011



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Para, por e com Israel, sempre! Apesar de [preencher as lacunas]

Arte das moléculas

Arte das moléculas
22/08/2011

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – As tecnologias recentes permitem a realização de milhões de sínteses de compostos, mas isso não reverterá a estagnação da indústria farmacêutica. O que leva à descoberta de novas drogas é uma combinação de ciência de alto nível e “arte”, isto é, “altas doses de criatividade com um enfoque personalizado, autoral”.

A opinião é do cientista britânico Simon Fraser Campbell, que tem em seu currículo descobertas como a do Viagra – conhecido medicamento para a disfunção erétil – e do Norvasc, a quarta droga mais vendida no mundo, usada para angina e hipertensão.

Campbell participou, na semana passada, da Escola São Paulo de Ciência Avançada sobre “Produtos Naturais, Química Medicinal e Síntese Orgânica”, realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O evento foi realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP.

Formado na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, Campbell foi professor visitante da Universidade de São Paulo (USP) entre 1962 e 1972. Depois trabalhou na Pfizer, onde se aposentou em 1998 como vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Ex-presidente da Royal Society of Chemestry, da Grã-Bretanha, o cientista é coautor de mais de 120 publicações e patentes.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida por Campbell à Agência FAPESP: 

Agência FAPESP – Na sua opinião a descoberta de novos fármacos tem elementos de um processo criativo análogo à arte? 

Simon Campbell – Sim. Como você viu, o título da minha conferência na ESPCA em Química era “Ciência, arte e descoberta de drogas – Uma perspectiva pessoal”. Falo em primeiro lugar de ciência, porque em descoberta de drogas temos que fazer a melhor ciência possível, da mais alta qualidade. E falo de arte porque frequentemente não sabemos como é a estrutura molecular dos nossos alvos e, para imaginá-la, precisamos usar toda a nossa criatividade. Não sabemos com o que a droga está interagindo, então isso requer uma alta dose de imaginação.

Agência FAPESP – E a perspectiva pessoal se refere à sua experiência na descoberta do Viagra e do Norvasc?
 
Campbell – Sim, no sentido de que a descoberta de drogas está nas mãos de indivíduos. Isto é, depende de pessoas, não de máquinas, nem de testes exaustivos com milhares de compostos. O mais importante é o toque pessoal. Descobrir novas drogas é algo que tem forte ligação com ciência de alta qualidade e arte – porque precisamos de imaginação e inovação –, além de um toque pessoal.

Agência FAPESP – Os investimentos da indústria farmacêutica vêm aumentando cada vez mais e os resultados são cada vez mais escassos. O que há de errado com o paradigma da descoberta de novas drogas?
 
Campbell – Há diversos problemas. Em primeiro lugar, nos últimos anos temos visto diversas empresas farmacêuticas realizarem fusões e aquisições e acho que elas ficaram grandes demais. Quando uma empresa farmacêutica tem um grupo de pesquisa de milhares de cientistas as coisas não funcionam. Eu acho que as empresas estão grandes demais para serem conduzidas. Especialmente, são grandes demais para serem inovativas.

Agência FAPESP – Isso parece ter relação com a sua visão sobre a perspectiva pessoal. 

Campbell – Sim, perde-se o caráter pessoal. Eu gosto de grupos nos quais posso falar com as pessoas. Gosto de poder atravessar um corredor e bater na porta do colega da equipe se precisar interagir. Não me agradam os grupos de pesquisa com milhares de cientistas espalhados pelo mundo. Parece trivial, mas isso muda muito a dinâmica do trabalho e faz toda a diferença. Mas há também razões científicas para a estagnação das descobertas.

Agência FAPESP – De que tipo?
 
Campbell – Há cerca de 23 mil genes no corpo e as drogas que temos hoje só têm cerca de 300 desses genes ou proteínas como alvos. Então, temos uma lacuna de mais de 22 mil. Mas, como selecioná-los? Um dos problemas que temos é: não somos muito bons em validar os alvos. Não estamos fazendo esforços suficientes para dizer: esse alvo é relevante para a doença humana. Esse é um problema. O próximo problema é que às vezes se fazem compostos que simplesmente são falhos. Então, temos que fazer melhores compostos. E, finalmente, não sabemos qual paciente vai responder.

Agência FAPESP – Como assim? Não se sabe como cada paciente vai reagir a cada droga? 

Campbell – Sim. É preciso melhorar muito nosso conhecimento sobre a base genética da doença, assim podemos escolher o paciente e escolher a terapia. Em câncer isso está funcionando muito bem. Em câncer podemos identificar certos pacientes ou grupos sobre os quais podemos dizer: isso provavelmente vai funcionar, aquilo não. Não podemos fazer isso em asma, hipertensão... Não temos esse conhecimento. Então, é preciso saber validar o alvo, ter a melhor qualidade de compostos e saber identificar o paciente que irá responder. Acho que não demos muita atenção para esses três fatores e é provavelmente por isso que não apareceram muitas novas drogas nos últimos anos.

Agência FAPESP – Qual seria o caminho para contornar esses problemas? 

Campbell – Acho que o caminho é estabelecer institutos de descoberta de drogas. Não apenas ir aos departamentos de química das universidades e dizer: descubram medicamentos. Pegue-se gente com experiência, criem-se institutos com 300 ou 400 pessoas no máximo. Contratem-se profissionais e criem-se institutos exclusivamente voltados para a descoberta de drogas.

Agência FAPESP – Institutos multidisciplinares? 

Campbell – Gente bem treinada em química, em biologia... Sim, institutos multidisciplinares que permitam que todo mundo trabalhe junto com o objetivo de descobrir drogas. É uma proposta que estamos fazendo ao governo do Reino Unido. Se eles serão receptivos eu não sei ainda, mas esse é o plano que temos. E acho que o Brasil tem uma grande oportunidade para estabelecer ou fortalecer os institutos de descoberta de drogas que vocês já têm.

Agência FAPESP – As novas tecnologias trouxeram a possibilidade de fazer milhões de screenings. Mas como processar todos esses dados? Como aplicar aos sistemas biológicos toda essa informação? 

Campbell – Acho que a síntese de compostos chegou a um patamar definitivo, assim como os screenings. Mas, basicamente, a descoberta de drogas não tem a ver com números. É imaginação, é arte. Você precisa pensar. Apenas fazer milhões de screenings e milhões de sínteses de compostos não vai levar a uma nova droga. Minha analogia é a produção automobilística. Uma fábrica pode produzir milhões e milhões de carros, mas, se quiser vencer na Fórmula 1, ela precisa ter a melhor tecnologia, precisa ter um Ayrton Senna para pilotar e precisa ter uma excelente equipe nos boxes. A descoberta de drogas, para mim, é mais parecida com uma corrida de Fórmula 1. Não adianta fazer milhões de carros, para ganhar a corrida é preciso ter um carro de alta tecnologia, o melhor piloto e uma boa equipe.

Agência FAPESP – É preciso ter sorte também?
 
Campbell – Veja, nós sempre temos um objetivo. Sempre partimos de uma hipótese. Quando começamos com o Viagra, queríamos tentar inibir uma enzima que achávamos que estava envolvida com doenças cardiovasculares. Não tínhamos uma estrutura. Imaginamos como a enzima devia se parecer, com moléculas especificamente desenhadas para isso. Constatamos que o composto não tinha atividade cardiovascular alguma. Então, fizemos um teste final em voluntários homens, com dose máxima por dez dias e vimos duas ou três ereções. Depois disso, começamos a pensar como o composto funcionava. Paralelamente, o pessoal da área comercial nos alertou que a disfunção erétil era um problema médico crítico. Era uma grande preocupação e havia demanda. Vimos que tínhamos achado algo importante. Claro, tivemos sorte. Mas acho que fizemos nossa própria sorte. Criamos terreno fértil para que ela aparecesse.

A desonestidade científica de Ulisses Capozzoli: 171 epistêmico sobre o status de teorias científicas no contexto de justificação teórica

quinta-feira, agosto 18, 2011

NOTA DESTE BLOGGER:


Ulisses Capozzoli - SBPC

Eu estou me preparando para uma palestra em Curitiba sobre a história da teoria do Design Inteligente, mas na volta pretendo demonstrar a desonestidade científica de Ulisses Capozzoli, editor da Scientific American - Brasil, e de sua polarização intencional dessa questão como sendo ciência (racionalidade) e religião (irracionalidade) quando ela é estritamente científica.

Homens assim não podem ficar sem respostas porque sabem da verdade sobre as evidências encontradas na natureza e o que o contexto de justificação teórica significa para essas teorias. Precisam ter sua desonestidade científica alardeada para fazê-los voltar à razão: a ciência é a busca pela verdade e o cientista segue as evidências aonde elas forem dar.


As evidências, Capozzoli, não estão corroborando os atuais paradigmas e você como editor da Scientific American - Brasil sabe disso. Além disso, sua retórica se esvazia, pois essas informações estão à disposição de todos os interessados na Internet, mas você as sonega dos leitores da revista que é editor!!!


A questão hoje em dia não sobre se as especulações científicas vão de encontro aos relatos de criação de subjetividades religiosas, mas se as especulações dos cientistas são corroboradas no contexto de justificação teórica.

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Por Ulisses Capozzoli em 15/08/2011 na edição 655

Num seminário recente, no Rio, ouvi o relato de um dos componentes da mesa sobre a reação de parte de crianças à ideia de o universo ter a idade aproximada de 14 bilhões de anos, informação que os jornais divulgam quase diariamente. Essas crianças, que frequentam determinado espaço dedicado à ciência – influenciadas pelo criacionismo e interpretações fundamentalistas religiosas do mundo – segundo o palestrante, sorriem com desdém sobre a científica idade do cosmos.

Isso significa que, antes de estarem criticamente maduras para uma apreciação sensível, inteligente e promissora da natureza, estão mentalmente dominadas pelo dogmatismo de fundo religioso que ameaça retroceder o pensamento a uma repugnante idade das trevas. E o mais desconcertante: o palestrante diz que “respeita esse tipo de interpretação”.

Isso não seria paradoxal se, um par de minutos depois, ele não exibisse uma arte das constelações zodiacais e, em seguida, fizesse provocativas críticas à astrologia. A questão aqui é a seguinte: se ele aceita ideias arcaicas e sem sentido, promessas despudoradamente falsas e “milagres” deslavadamente mentirosos que uma legião de “pastores” propaga diuturnamente em programas de rádio e TV, por que criar caso com a astrologia?

A resposta, a meu ver, é simples e direta: covardia e ausência de integridade científica. Não estou acusando uma pessoa em particular – isso não faria sentido. Estou me referindo a uma tendência, visível a olho nu, de se “respeitar” farsas que são verdadeiros casos de polícia, envolvendo estelionato, entre outros crimes, mas ao mesmo tempo não perdoar astrólogos.

Jornais continuarão publicando

Aqui uma rápida explicação: não estou defendendo nem atacando astrólogos e a astrologia. Estou fazendo uma comparação entre pastores e astrólogos, o que é muito diferente. Carl Sagan (1934-1996), astrônomo e divulgador científico talentoso, preveniu, em seu último livro, O mundo assombrado pelos demônios – a ciência como uma vela no escuro, sobre as consequências da impotência da ciência em sensibilizar a sociedade humana para uma perspectiva mais promissora. Se visse ou ouvisse qualquer um desses espetáculos grotescos na TV ou em inúmeras estações de rádio, envolvendo pregadores de diferentes igrejas – todas elas preocupadas com interesses mundanos –, Sagan teria descoberto que a tragédia que previu chegou mais cedo que havia pensado.

Quanto à covardia da posição a que me refiro e que não se restringe, evidentemente, a uma única pessoa, talvez possa ser entendida da seguinte maneira: criticar esses criminosos que manipulam a fé das pessoas – um valor sagrado, na acepção clássica desse termo –, hoje é literalmente como cutucar um vespeiro. Igrejas, cada vez mais concebidas como uma rentabilíssima atividade – à custa da miséria material e filosófica de boa parte da população – costumam reagir com a veemência típica de criminosos farsantes e abusadores da fé como forma de proteger seus negócios hediondos.

Já os astrólogos, para usar uma expressão cotidiana, estão “pouco se lixando” para o que dizem astrônomos e outros cientistas. Eles sabem que os jornais continuarão publicando o horóscopo diário. E possivelmente a maior parte dos leitores faça uma consulta diária a eles, mesmo sem confessar esse comportamento. E nem precisam. Esse é um direito individual elementar.

Oráculo rarefeito

E, além disso, convenhamos, a astrologia e os astrólogos não são nenhuma ameaça. Ao contrário do que ocorre com igrejas que costumam saquear financeiramente um número desconhecido de vítimas. Ou estimular ataques para a “conquista de almas”, como ocorreu no Iraque sob a obscurantista administração de Bush filho e que agora está se revelando um dos preços excessivamente caros para ser pago sem desequilíbrios estruturais.

Eventualmente, uma nota de canto de página nos jornais traz uma pequena referência a abusos dessa natureza. Curiosamente, jornais e revistas semanais, que tratam de polícia e de política, evitam esse campo minado por contradições. Pessoalmente, posso dizer que não tenho qualquer dificuldade em revelar que leio meu horóscopo diariamente, com um critério bem particular: se as previsões são boas, considero que está tudo bem. Se forem ruins, interpreto que tudo não passa de besteira e não ligo a mínima.

Talvez uma leitura possível das colunas de horóscopo publicada diariamente pelos jornais seja a de que são uma espécie de diluição homeopática do que um dia foi, por exemplo, o prestigioso Oráculo de Delfos. O horóscopo diário é o oráculo rarefeito do século 21, para atender a cultura de massas, do homem destituído de alma e de senso crítico, a que se referiram filósofos como o espanhol José Ortega y Gasset.

Ameaças à ciência

O horóscopo diário talvez seja uma espécie de bengala em que as pessoas se apoiam para enfrentar a insegurança crescente do dia-a-dia: o ônibus perfurado de balas, não por bandidos, mas pela polícia, no Rio de Janeiro. As garotinhas assaltantes e ameaçadoras, de 11 e 12 anos de idade, que atuam impunemente na Vila Mariana, em São Paulo. Os edifícios incendiados por protestos em Londres, que no passado recente já foi uma Inglaterra bem mais cool. O atirador inesperado que dispara, sem razão aparente, numa escola americana ou numa ilha paradisíaca, na Noruega.

O horóscopo, certamente, é o remanescente da idade mágica que vivenciamos na pré-história e não completamente superado, ao contrário do que se costuma crer. A astrologia e os astrólogos não são incentivadores de guerras, ao contrário do que ocorreu e continua ocorrendo com o fanatismo religioso.

E a manipulação da religiosidade de cada um talvez seja a culminância do abuso e desrespeito profundos, camuflados sob uma pretensa liberdade religiosa que, na realidade, acoberta, entre outras coisas, uma negociata política, nefasta à sociedade como um todo. Não tenho qualquer pretensão de colocar ponto final numa questão que se arrasta pelo tempo e talvez venha a ser ainda pior no futuro imediato. Ao menos se as coisas continuarem assim. Toco no assunto porque essa é uma questão profundamente afeita à ciência e à produção do conhecimento científico com base na ética, na estética e na história.

Talvez esteja na hora de se refletir um pouco mais sobre quais são, neste momento, as verdadeiras ameaças à ciência e à humanidade, seguindo as pistas deixadas por Sagan em O mundo assombrado pelos demônios.

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[Ulisses Capozzoli é jornalista e editor chefe da Scientific American Brasil]