BOMBA! BOMBA! A semelhança genética de 99% de chimpanzés-humanos era MITO

sábado, junho 30, 2007

Não sei como a Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e tupiniquim vão reagir diante da confissão feita por Jon Cohen na revista Science desta semana. [1]

Gente, eu quase caí para trás diante da honestidade cristalina de Cohen: esta noção amplamente divulgada na Grande Mídia internacional e tupiniquim, e por todos os nossos melhores autores de livros didáticos: a noção de que humanos e chimpanzés são 99% geneticamente idênticos é um MITO é deve ser abandonada.

Historiadores da ciência têm agora um prato cheio, oops uma linha de pesquisa interessante: desde 1975, os livros didáticos, a Grande Mídia, e, pasmem, até os museus científicos enfatizaram esta semelhança próxima. Cohen citou um bom número de cientistas afirmando que, possivelmente, o número não pode ser assim tão pequeno, e provavelmente não pode ser quantificado. Uma vez que a estatística durou mais do que a sua utilidade, este percentual deve ser descartado.

Quem deu origem a tudo isso foi Allan Wilson em 1975 com as pesquisas de substituições de bases quando os genes foram comparados lado a lado. Outras comparações, contudo, deram resultados muito diferentes, mas não teve a repercusssão devida.

Os genomas de humanos e chimpanzés diferem ACENTUADAMENTE em:

1. Grandes porções de DNA ausentes
2. Extra genes
3. Número e estrutura dos cromossomos
4. Conexões alteradas nas redes de genes
5. Indels (inserções e deleções)
6. Número de cópia de gene
7. Genes coexpressados

Nesta última medição, por exemplo, uma diferença de 17.4% foi encontrada em genes expressos no córtex cerebral. Cohen chamou a atenção para uma pesquisa do PLoS One de dezembro de 2006 onde Matthew Hahn encontrou uma “enorme diferença de 6.4%” nos números de cópias de gene, levando-o a dizer que “a duplicação e a perda de gene pode ter desempenhado um papel muito maior do que a substituição de nucleotídeos na evolução dos fenótipos exclusivamente humanos e certamente um papel muito maior do que tem sido amplamente apreciado.”

Se pararmos para refletir um pouco sobre esses cálculos, até os 6.4% de Hahn induz ao erro. Se as medidas diferentes produzem tais resultados diferentes, é provavelmente impossível chegar-se a um único percentual de diferença que não descreva enganosamente a situação. Os cientistas não estão seguros quanto a priorizar as medidas a pesquisar porque “permanece uma tarefa desanimadora ligar o genótipo ao fenótipo.” Depreender as diferenças importantes é “realmente difícil”, disse um geneticista. Um pedaço de DNA que parece sem-sentido pode, na verdade, ser vital para a regulação dos genes.

Gente, se tem uma coisa IMPRESSIONANTE nesta confissão é como certos biólogos evolucionistas estão avaliando a semelhança genética tardiamente. Nos anos 1970s, era considerada uma opinião “herética” que os nossos genomas pudessem ser semelhantes, mas Cohen comenta, “Pesquisas subseqüentes produziram suas conclusões, e hoje nós tomamos como um dado que as duas espécies são 99% geneticamente as mesmas.” Mas, “a verdade seja dita”, Cohen inicia sua próxima frase, A INEXATIDÃO DA ESTATÍSTICA ERA CONHECIDA DESDE O INÍCIO:

Mas a verdade deve ser dita, Wilson e King também perceberam que a diferença de 1% não era a história toda. Eles predisseram que deveria haver profundas diferenças fora dos genes — eles focalizaram na regulação dos genes — para dar conta das disparidades anatômicas e comportamentais entre os nossos ‘primos’ e nós. Diversas pesquisas recentes têm revelado os percentuais novamente perspicazes, levantando a questão se a BANALIDADE do 1% deve ser retirada.

“Por muitos, muitos anos, a diferença de 1% nos serviu bem porque não era devidamente considerado quão semelhantes nós éramos” disse Pascal Gagneux, zoólogo da Universidade da Califórnia em San Diego. “Agora é totalmente claro que isso é mais um impedimento ao entendimento do que uma ajuda.”

Já no fim do artigo, Cohen citou Svante Paabo, que disse algo ainda mais revelador. Após admitir que ele não pensava que houvesse alguma maneira para calcular um só número, Paabo disse, “No final, é uma coisa política, social e cultural sobre como nós percebemos as nossas diferenças.”

Eu fui darwinista de carteirinha, e um artigo desses é muito perturbador. Se você for um darwinista honesto. Pense bem, aqui nós ficamos sabendo que os cientistas darwinistas enganaram DELIBERADAMENTE todo o mundo por mais de 30 anos. Preste bem atenção no que disse Gagneux: “Por muitos, muitos anos, a diferença de 1% nos serviu bem”. Cara-pálida, quem é esse “nós” em “nos serviu bem”? O “nos” ali são os cientistas que mentiram descaradamente em nome da Ciência. Fosse na Bolsa de Valores de São Paulo, e um daqueles corretores ou investidor mentisse para auferir lucros, e um juiz comprometido somente, tão-somente, com o DURA LEX SED LEX fosse informado dessa falcatrua, essa turma já estaria na cadeia há muito tempo.

A KGB da Nomenklatura científica sabe muito bem como utilizar o expediente da máquina de propaganda de Goebbels, um nazista — transformar uma mentira em verdade. Qual a razão desta estratégia maquiavélica que vai se revelar mais tarde no contexto da justificação epistêmica uma deslavada mentira?

São 32 anos enganando todo o mundo, sem nenhum remorso, mas tão-somente o expediente orwelliano da Novilíngua de que uma mentira é útil, e caso descoberta, inventa-se outra mentira.

NOTA BENE: Svante Paabo disse que eles tinham uma agenda socio-politico-cultural.

Cohen disse que “A VERDADE DEVE SER DITA”, mas levou 32 anos. Tarde demais. Eles nem sabem, eticamente, o que é verdade. Verdade que evolui por ser tão-somente uma propriedade emergente de partículas materiais, por acaso e necessidade, por mutações filtradas pela seleção natural e outros mecanismos evolutivos, não é verdade: é ilusão da projeção da mente mesmerizada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência.

NOTA:

1. Jon Cohen, News Focus on Evolutionary Biology, “Relative Differences: The Myth of 1%,” Science http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/316/5833/1836 , 29 June 2007: Vol. 316. no. 5833, p. 1836, DOI: 10.1126/science.316.5833.1836.

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Alô MEC/SEMTEC/PNLEM — PRO BONUM SCIENTIAE, está mais do que na hora de fazer uma profunda revisão da abordagem das atuais teorias da origem e evolução da vida em nossos livros-texto do ensino médio e superior, e nos PCNs.

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS JÁ, PORQUE O QUE TEMOS NÃO É EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, MAS DOUTRINAÇÃO FILOSÓFICO-MATERIALISTA



Educação Baseada em evidências — A utilização dos achados científicos para a qualificação da prática pedagógica”, de Gary Thomas, Richard Pring e colaboradores. Porto Alegre, Artmed, 2007, ISBN: 9788536308876, R$ 42,00

EXTRA! EXTRA! A outra capa de VEJA 2014 de 27/06/2007 que você não viu

quinta-feira, junho 28, 2007



Os agentes do Movimento do Design Inteligente 'infiltrados' na Grande Mídia conseguiram esta foto alternativa da edição de VEJA 2014, de 27/06/2007. O que pesou para sua não publicação foi o fato de a hágioexposição Darwin ainda se encontrar no Brasil.

Pingüins gigantes viviam em águas mornas

Se existe um animal na natureza do qual sou fã de carteirinha, é o pingüim. Sujeito de andar engraçado, mas gracioso demais nadando embaixo da água.













Ano passado eu assisti o filme “Happy Feet” com meu filho Ariel em Belo Horizonte lá no Shopping Del Rey. Foi demais.



Pingüins pré-históricos e ainda por cima gigantes??? Foi assim com este ar de espanto que indagou um repórter do Science Daily. “Parece mais como algo que saiu de Hollywood do que da ciência”, mas é um fóssil de um pingüim que você pode olhar olho no olho, e foi encontrado bem acima no norte da América do Sul. “Nós somos inclinados a pensar sobre os pingüins como sendo espécies que se adaptaram ao frio”, disse um dos descobridores, mas nem todas as espécies vivem em águas frias. Estes fósseis “parecem contradizer algo do que nós pensamos que sabemos sobre a relação entre os pingüins e o clima”, disse a cientista.



















O que é surpreendente nesta descoberta, e eu ainda não li em nossa Grande Mídia Tabajara, não somente o local e o tamanho do pingüim (1.5 m). É que o fóssil foi encontrado num estrato considerado ser “dezenas de milhões de anos mais cedo do esperado, e durante um período em que a Terra era muito mais quente do que é agora”.

Vide também a National Geographic e o EurekAlert.

Resumindo a notícia:

1. Os fósseis encontrados estão dezenas de milhões de anos foram da ordem cronológica.

2. Uma das duas espécies era muito maior do que qualquer pingüim vivo atualmente — da altura de um ser humano.

3. Ele tinha um bico muito maior: “As duas novas espécies tinham bicos longos estreitos e pontudos — agora aceito como sendo o formato de bico ancestral para todos os pingüins.”



4. Ele foi encontrado numa latitude equatorial, indicando uma biodiversidade mais rica no passado.



5. Todo mundo ficou surpreso por essas descobertas.

Conclusão: mais uma vitória do evolucionismo.

Destaque para o ponto (5)... “durante um período quando a Terra era muito mais quente do que é agora” (Há 36 milhões de anos atrás). Caracas, naquele tempo nem havia altas emissões de CO2 na natureza...

Conclusão: Alguém precisa avisar urgentemente ao Al “Apocalipse” Gore: medidas muito mais do que drásticas do que ele tem proposto precisam ser tomadas porque realmente nós humanos somos os únicos responsáveis pelo aquecimento global.

Pensar que os acionistas do Banco Itaú tiveram suas carteiras tungadas em R$ 200.000,00 por uma palestra apocalíptica dada pelo Al Gore no Brasil ou será que o Banco Itaú se beneficiou da lei kultural? É, parece que mais uma vez o nosso suado dinheirinho foi pelo ralo...

Scientific American História 7: O Homem em busca das origens

terça-feira, junho 26, 2007

A revista Scientific American História, edição # 7, R$ 12,90, já está nas bancas. O tema é: O Homem em busca das origens: Como a humanidade entendeu o fenômeno da vida, da mitologia ao Projeto Genoma. Imperdível para todos os interessados nesta grande e apaixonante controvérsia.

Transcrevo a seguir o texto da editora Laura Knapp, “A evolução da ciência”:

Um dia, Isaac Newton declarou: “Se fui capaz de ver mais longe, é porque me apoiei nos ombros de gigantes”. É possível que ele tenha feito a afirmação em tom jocoso, para importunar seu baixo, deformado e eterno inimigo Robert Hooke, presidente da Royal Society. Provocação ou não, a verdade é que a produção da ciência está sempre apoiada nos trabalhos de predecessores, ainda que o nome de alguns se destaque mais que de outros nos registros históricos. O conhecimento científico costuma se acumular até que alguém chegue a uma nova síntese, como propõe Thomas Kuhn em A estrutura das revoluções científicas [1].

Com Charles Darwin e sua teoria da evolução pela seleção natural não foi diferente, ainda que seja inegável que ele tenha sido um gigante apoiado em suas próprias pernas [2]. Enquanto Darwin trabalhava em suas observações, feitas nas Ilhas Galápagos, Alfred Russell Wallace escrevia conclusões tiradas durante uma permanência na Amazônia [3], sobre a tendência de as espécies se diversificarem. Ler o manuscrito do naturalista [4] levou Darwin a publicar A Origem das espécies [5]. Esta é apenas mais uma evidência de que, na história da ciência, nenhum homem ou descoberta equilibram-se por si sós.

Desde que o homem formulou seus primeiros pensamentos, certamente se perguntou sobre sua própria história: de onde veio e como se formou. Na ausência de um relato científico, na Antigüidade, explicou seu percurso com a ajuda dos mitos [5]. Mas mesmo nesta época de certa maturidade científica, as primeiras perguntas não estão inteiramente respondidas. Se temos um relato de como evoluímos — pela seleção natural — [6] continuamos a investigar a maneira como surgimos, de como a vida brotou na Terra.

Os avanços no conhecimento sobre nossa própria história têm sido extraordinários, ainda que, com alguma freqüência, apareçam versões com pretensão de verdade absoluta, mesmo sem amparo científico, caso do criacionismo [7], com sustentação restrita a dogmas de fundo religioso. [8] Questionamentos são saudáveis e essenciais na construção do saber. [9] São o arcabouço que contribui para transformar meras hipóteses em bem lastreadas teorias. Aqui, no entanto, é preciso considerar que esses questionamentos devam ter o método científico como ponto de partida. [10] A crença, pura e simples, pode sensibilizar a emoção, mas não satisfaz a razão. [11]

Temos uma fascinante história de como evoluímos, mas ainda há muito a conhecer sobre o funcionamento de nossos organismos, sobre o modo como os genes se entrelaçam e fazem a diferenciação entre um homem e uma borboleta, entre um tigre e um beija-flor. [12]

No passado, a navegação permitiu que Wallace e Darwin viajassem e observassem animais e plantas em outras terras e assim formulassem a teoria da seleção natural. [13] O desenvolvimento de instrumentos científicos como o microscópio e o telescópio, no início do século XVII, levou, simultaneamente, ao aprofundamento e à ampliação da ciência em campos variados. [14] Assim, é possível que, no futuro, avanços tanto na genômica quanto na exploração do espaço produzam um relato mais completo para nossos questionamentos.

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As notas entre [ ] são aspectos históricos e científicos que pretendo esclarecer num outro blog.

Menos louvaminhice a Darwin nos livros-texto de Biologia

segunda-feira, junho 25, 2007

A louvaminhice a Darwin não acontece somente nos artigos submetidos às revistas especializadas da Nomenklatura científica, na Grande Mídia internacional e tupiniquim. Isso também se dá nos livros didáticos de Biologia do ensino médio. Este fenômeno não acontece apenas nas tabas de Pindorama. É um fenômeno mundial.

Eis aqui o texto do meu amigo Casey Luskin sobre a questão nos Estados Unidos e na Inglaterra:

Podem os livros didáticos de Biologia se recuperar da louvaminhice de Darwin?

Eles dizem que reconhecer um problema é o primeiro passo no caminho da recuperação. Eu vou admitir que eu sou algo como um leitor ávido: eu estou constantemente escolhendo livros, especialmente livros sobre a evolução. Tem sido fascinante ler como que Darwin é louvado não somente como o santo padroeiro do “pensamento ocidental”, mas algumas vezes como se ele tivesse inventado o pão de forma e os porta-copos nos carros.

Por exemplo, o livro-texto Evolutionary Biology [Biologia Evolutiva] de Douglas Futuyma declarou que “foi a teoria da evolução de Darwin… que forneceu uma tábua crucial para a plataforma de mecanismo e materialismo — resumindo, do muito de ciência — que desde então tem sido o palco da maioria do pensamento ocidental”. John Dupré se alegra que “a teoria de Darwin fornece a última peça principal na articulação de uma cosmovisão totalmente naturalista, e por isso, se devidamente apreciada, daria um golpe mortal a cosmologias pré-científicas e teocêntricas”. Stephen Jay Gould explicou no seu livro “In Praise of Charles Darwin” [Em louvor a Darwin] que “Darwin tem sido a inspiração de minha vida e trabalho”. Gould prosseguiu: “Regozijemos que nós podemos identificar, em nosso mundo complexo e ambíguo, um homem com tal poder de pensamento e tal influência sobre nós todos — um homem que, ao mesmo tempo, conseguiu ser um exemplo de ser humano”.



Darwin certamente tem tido um influência profunda sobre muitas pessoas, mas quais foram as suas habilidades como um cientista de campo? O livro Biology: The Web of Life [Biologia: a teia da vida] de Lisowski e Strauss dá o tratamento padrão, explicando que Darwin “seguiu o seu amor à natureza quando ele partiu para as ilhas Galápagos”, e louvaram a Darwin porque suas “observações lá resultaram na teoria que revolucionou a biologia”. (pg. 233)

Mas David Tyler reportou recentemente que um artigo recente no Journal of Biological Education argumenta que alguns livros didáticos “têm fornecido relatos muito simplificados e inexatos da contribuição de Charles Darwin para o estudo da evolução durante um período de muitas décadas”. Resumindo, eles exageraram as habilidades de campo de Darwin: “Eles o creditaram com habilidades de campo e insight que ele não possuía, e repetiram diversas inexatidões históricas. O poder de Darwin foi como um sintetizador de informação, mas, pelo menos no começo de sua vida adulta, ele não foi um observador particularmente ou um biólogo de campo cuidadoso. Os espécimes coletados na sua viagem no HMS Beagle foram amplamente identificados e analisados por outros, mas isso raramente é reconhecido”. (Paul A. Rees, “The evolution of textbook misconceptions about Darwin,” Journal of Biological Education, Vol. 41(2):53-55 (Spring 2007).

Parece que alguns autores de livros didáticos têm um problema estranho de ampliar as habilidades e realizações de Darwin. A questão é, eles irão admitir que têm um problema?

Postado por Casey Luskin em 25 de junho de 2007 2:40 PM | Permalink

Jornalista do G1 saí do armário e confessa amor homoerótico a este blogger

Uma busca pelo meu nome, meu blog, ou pela teoria do Design Inteligente no Google do Brasil vai me dar razão por que este blog não é aberto para comentários: os meninos e as meninas da galera de Darwin são mal-educados. Há outros que gostam de mim e do conteúdo deste blog que desafia a Nomenklatura científica, e desnuda o mito da criação secularista baseado nas especulações transformistas de Darwin.

Gente, o que eu nunca tinha encontrado antes no ciberespaço foi uma declaração de amor homoerótica. Vou publicar o impublicável. Reinaldo José Lopes, jornalista científico do G1, saiu do armário, e publicou no seu blog Tubo de Ensaio esta confissão inconfessável de amor que não ousa dizer o nome (Oscar Wilde) por mim enviesada e nas entrelinhas. Por favor, tirem as crianças da frente da tela do computador:

22/06/2007 Confessando o inconfessável

Leitores, cansei de guardar essa verdade tão forte no meu peito. Estou atrasado, eu sei - o Dia dos Namorados já passou faz quase duas semanas -, mas nunca é tarde para dizer o que sentimos de verdade, não é mesmo?

O fato é que tudo o que faço aqui no G1 é para chamar a atenção dele. Aquela barba máscula, aqueles olhos penetrantes (ui!) por trás dos óculos espessos (ai!)...

Estou falando do nosso querido Enézio de Almeida Filho, o cavaleiro andante da teoria do Design Inteligente no Brasil. Ele jura de pé junto que a teoria da evolução é furada, que Darwin estava errado e que, na verdade, é possível detectar a ação direta de uma "inteligência" (será que começa com D o nome dela?) sobre os seres vivos, engendrando neles características que seriam dotadas de "complexidade irredutível".

Mea culpa, mea maxima culpa: eu sempre fico na expectativa, com o coração na mão, toda vez que escrevo uma matéria sobre evolução. Vou correndo para o blog do Enézio, curioso para saber como ele vai desancar a minha matéria, escrita com tanto carinho. É, acho que eu sou mulher de malandro mesmo.

Mas o fato, Enézio, é que apesar das diferenças de opinião, a gente adora que você chute a nossa canela metodicamente. Faz a gente sentir que alguém se importa com o que a gente faz, que alguém realmente lê parágrafos e parágrafos sobre a nota de rodapé dos dinossauros da Mongólia.

Por isso, meu querido Enézio, não se amofine com a nossa devoção ao tio Darwin. No fundo, tudo o que a gente faz é pra chamar sua atenção. Reinaldo José Lopes Permalink

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Eu tenho vários amigos homossexuais. Inclusive jornalistas. Somos amigos, e respeitamos a sexualidade de cada um. Todos eles sabem que sou heterossexual. Eu sei que os gays também gostam muito de chamar a atenção. Por isso, meu querido Reinaldo, ao declarar publicamente no ciberespaço o seu amor homoerótico por mim, você caiu do cavalo e saiu do armário à toa.

O contexto de justificação da teoria geral da evolução: só notas promissórias desde 1859

Vou citar um texto do livro Genetics and the Origin of Species (1941) de Theodosius Dobzhansky. Este livro, segundo alguns historiadores da ciência, é o segundo livro mais importante sobre a teoria geral da evolução. O primeiro ninguém tasca, é de Darwin: Origem das Espécies (1859). Ernst Mayr disse que o livro de Darwin era ‘confuso’, e não explicava o que propunha no título: a origem das espécies.
Bem, vamos deixar o Dobzhansky falar sobre o contexto de justificação da teoria geral da evolução, mas prestem bem atenção no comentário feito por Bateson em 1922 sobre o(s) mecanismo(s) evolutivo(s), e vejam se alguma coisa mudou no discurso dos ultradarwinistas e dos meninos e meninas da galera de Darwin:

“Desde Darwin, qualquer discussão da diversidade orgânica inevitavelmente envolve uma consideração da teoria da evolução que representa a maior generalização desenvolvida nesta área. Aqui novamente, as biologias morfológicas e fisiológicas estão interessadas em aspectos diferentes da matéria.

A teoria da evolução afirma que (1) os seres vivendo hoje descendem de seres diferentes que viveram no passado; (2) a variação descontínua observada em nosso nível temporal — as lacunas hoje existentes entre os grupos de formas — surgiu gradualmente, de modo que se nós pudéssemos reunir todos os indivíduos que já habitaram a Terra, uma disposição razoavelmente contínua de formas surgiria; (3) todas estas mudanças surgiram de causas que hoje continuam em operação, e que, portanto podem ser estudadas experimentalmente. Chegou-se à teoria da evolução através da generalização e da inferência de um conjunto de dados predominantemente morfológicos, e pode ser considerada como uma das mais importantes realizações da biologia morfológica. Contudo, os evolucionistas da escola morfológica concentraram seus esforços em provar a exatidão da primeira e da segunda das três afirmativas mencionadas acima, deixando a terceira até certo ponto temporariamente em suspensão. Eles estiveram interessados principalmente em demonstrar que a evolução aconteceu realmente, e no “preencher da lacuna”, no preencher das descontinuidades entre os grupos de organismos existentes, no entender da relação entre os ramos das árvores filogenéticas, e nem tanto em elucidar a natureza das descontinuidades em si, ou dos mecanismos pelos quais elas se originaram. De fato, Darwin foi um dos muitos poucos evolucionistas do século dezenove cujos interesses principais residem nos estudos dos mecanismos da evolução, no causal em vez do problema histórico. Foi exatamente este aspecto causal da evolução que perto do final do último século [XIX] começou a atrair mais e mais atenção, e que agora foi tomado pela genética e ciências relativas. Neste sentido a genética, em vez da morfologia evolucionária é a herdeira da tradição darwiniana.


Quão negligenciados foram os estudos dos mecanismos da evolução é aparente a partir do fato de que em 1922 Bateson foi capaz de escrever: “Em linhas gerais indistintas a evolução é bastante evidente. Mas aquela parte particular e essencial da teoria da evolução que diz respeito à origem e à natureza das espécies permanece completamente misteriosa.” Para a maioria dos biólogos estas opiniões parecem indevidamente pessimistas. Seja o que for, o fato permanece que, entre a atual geração nenhuma pessoa informada nutre qualquer dúvida da validade da teoria da evolução no sentido de que a evolução ocorreu, e ainda assim ninguém é audaz o suficiente para acreditar estar de posse do conhecimento dos mecanismos reais de evolução. A evolução como um processo histórico está tão rigorosamente estabelecido quanto a ciência pode estabelecer um fato testemunhado por nenhum olho humano. A massa de evidência relacionada com este assunto não nos interessa neste livro; nós a supomos como verdadeira. Mas o entendimento das causas que possam ter provocado esta evolução, e que pode produzir a sua continuação no futuro, ainda está na sua infância. Muito trabalho já tem sido feito para garantir tal entendimento, e indubitavelmente mais ainda está por ser feito. Nas páginas seguintes, uma tentativa será feita para avaliar o presente status do conhecimento nesta área.” [1]

A ciência qua ciência não vive de ‘notas promissórias epistêmicas’. Vive de evidências. Quando é que o Darwin Bank of London e/ou qualquer uma de suas sucursais internacionais vão honrar seus compromissos financeiros, oops, científicos desde 1859? Bateson observou muito bem em 1922 — ninguém ousa afirmar quais são esses mecanismos causais. Dobzhansky naquela altura disse que “mais [trabalho] ainda está por ser feito”.

É o que temos no contexto da justificação da teoria geral da evolução: é um fato, Fato, FATO cientificamente inconteste, mas “aquela parte particular e essencial da teoria da evolução que diz respeito à origem e à natureza das espécies permanece completamente misteriosa”.

Fui, cientificamente indignado, com um monte de notas promissórias epistêmicas abanando nas mãos não honradas por Darwin desde 1859. Darwin 3.0 só em 2010???

NOTA

1. DOBZHANSKY, T., “Evolution” in Genetics and The Origin of Species, 2nd. ed.,
rev., New York, Columbia University Press, 1941, pp. 7-9. Tradução deste blogger.

Mais de 50.000 visitantes em um ano e meio de existência!

domingo, junho 24, 2007

Somente para registro e agradecer a todos os leitores por esta marca: 51.571 visitas.

Como chegar a este cálculo? O ClustrMaps registrou 49.635 visitas até o dia 12/06/2007. Vide mapa-mundi abaixo:



No dia 12 de junho o ClustrMaps fez um update em todo o seu site, e alguns blogs e sites tiveram o mapa-mundi alterado. O nosso blog Desafiando a Nomenklatura Científica foi um deles.

Vide o novo mapa-mundi abaixo:



Visitas desde 12 de junho de 2006: 49.635
Visitas de 12 a 24 de junho de 2007: 1.936
Total: 51.571

Não é estranho? Este é um dos blogs científicos mais visitados do Brasil, e a Grande Mídia tupiniquim sequer dá uma nota de destaque? Vai ver ela não quer dar status acadêmico ao discurso contraditório. Vai ver eles não querem e nem vão me conceder os meus 15 segundos de fama...

Razões por que a Akademia deve considerar as teses do DI

Por força de uma dissertação eu estou freqüentando com mais assiduidade as bibliotecas. Nada mal para quem é um rato de biblioteca há muito tempo. Lá eu dialogo com as idéias de grandes pensadores. Sem medo de ser feliz, e sem medo de uma inquisição acadêmica sem fogueiras só por esposar pensamentos divergentes do paradigma dominante.

Outro dia encontrei esta pérola de John Stuart Mill (1806-1873), um pensador inglês que escreveu sobre economia, e teve grande influência sobre a economia, política e pensamento modernos. No seu livro On Liberty [Sobre a liberdade], Mill argumentou que as pessoas deveriam ser livres para fazer o que elas quisessem desde não prejudicassem as demais.

Li este parágrafo, e não sei por que me lembrei do famigerado e odiento modus operandi da Nomenklatura científica em relação às teorias, hipóteses, e idéias revolucionárias questionando o status de suficiência epistêmica das atuais teorias adotadas pelo paradigma. Especialmente o tratamento stalinista/maoísta dado aos teóricos e proponentes da teoria do Design Inteligente no mundo inteiro. A Grande Mídia internacional e tupiniquim é, em grande parte, responsável por isso por não dar espaço aos “diferentes”, e por demonizá-los.

Nas universidades tupiniquins não temos a livre discussão do universo de idéias, mas tão-somente a “síndrome dos soldadinhos-de-chumbo” — todo o mundo pensando a mesma coisa, e ninguém pensando nada. Aí dos que ousarem pensar diferente da Akademia. Aí dos que ousarem “desnudar” seus ídolos de pés de barro. É preciso derrubar esta diktadura intelectual que impôs a todos uma camisa-de-força epistemológica na prática da ciência normal. E ainda têm a cara de pau de dizer que existe “liberdade acadêmica” e o livre debate de idéias. Nada mais falso.

Eis a pérola de Mill. Um antídoto para esta situação akadêmica peçonhenta:

“Aquele que sabe somente o seu lado do caso, sabe pouco disso. Suas razões podem ser boas, e ninguém pode ter sido capaz de refutá-las. Mas se ele for igualmente incapaz de refutar as razões do lado oposto; se ele não fizer o tanto para saber o que elas são, ele não tem base para preferir nenhuma opinião. A posição racional para ele seria a suspensão de juízo, e a menos que ele se contente com isso, ele é guiado ou pela autoridade, ou adota, como a generalidade do mundo, o lado em que ele sente mais inclinação. Nem é suficiente que ele deva ouvir os argumentos dos adversários de seus mestres, apresentados como eles os anunciam, e acompanhado pelo que eles oferecem como refutações. Este não é o meio de fazer justiça aos argumentos, ou trazê-los em contato real com sua mente. Ele deve ser capaz de ouvi-los de pessoas que verdadeiramente acreditam neles; que os defendem com seriedade, e fazem o melhor de si por eles. Ele deve conhecê-los na sua forma mais plausível e persuasiva; ele deve sentir a força total da dificuldade que a visão verdadeira do assunto tem de encontrar e desfazer-se, ou ele nunca irá possuir a porção da verdade que dá conta e remove aquela dificuldade. ... Tão essencial é esta disciplina para um entendimento real dos assuntos de moral e humanos, que se os oponentes de todas as verdade importantes não existirem, é indispensável imaginá-los e fornecê-los com os argumentos mais vigorosos que o advogado do Diabo mais habilidoso possa invocar.” [1]

Obrigado, Mill. Quem sabem um dia eles vão “evoluir” no mundo das idéias. E nós vamos resgatar o naturalismo metodológico seqüestrado há muito tempo pelo naturalismo filosófico que posa como ciência...

NOTA

1. “He who knows only his own side of the case, knows little of that. His reasons may be good, and no one may have been able to refute them. But if he is equally unable to refute the reasons on the opposite side; if he does not so much as know what they are, he has no ground for preferring either opinion. The rational position for him would be suspension of judgment, and unless he contents himself with that, he is either led by authority, or adopts, like the generality of the world, the side to which he feels most inclination. Nor is it enough that he should hear the arguments of adversaries from his own teachers, presented as they state them, and accompanied by what they offer as refutations. This is not the way to do justice to the arguments, or bring them into real contact with his own mind. He must be able to hear them from persons who actually believe them; who defend them in earnest, and do their very utmost for them. He must know them in their most plausible and persuasive form; he must feel the whole force of the difficulty which the true view of the subject has to encounter and dispose of, else he will never really possess himself of the portion of truth which meets and removes that difficulty. ... So essential is this discipline to a real understanding of moral and human subjects, that if opponents of all important truths do not exist, it is indispensable to imagine them and supply them with the strongest arguments which the most skilful devil's advocate can conjure up.” John Stuart Mill, On Liberty, Chapter 2, "Of Thought and Discussion", Norton Critical Edition, p. 36.



A verdadeira razão para a muita especulação sobre a origem dos eucariotos

sábado, junho 23, 2007

06/22/07 por David Tyler 12:20:24 pm
A verdadeira razão para a muita especulação sobre a origem dos eucariotos

De acordo com Poole e Penny, tem havido até aqui demasiada especulação sobre a origem dos eucariotos. “As atuais hipóteses conflitantes oferecidas mostram um curioso menosprezo por mecanismo.” Até a metade dos anos 1990s, a “hipótese arquéias” foi dominante. “Esta [hipótese] afirmava que um proto-eucarioto (com núcleo) engoliu o ancestral mitocondrial”. Apoio para a teoria veio do arquéias: eucariotos anaeróbicos sem mitocôndria, sugerindo que “os eucariotos começaram a se diversificar antes de a mitocôndria entrar em cena”. Os autores destacam que esta hipótese tem dois componentes independentes: “(a) que um proto-eucarioto hospedeiro (PEH em inglês) engoliu o ancestral mitocondrial, e (b) que as modernas arquéias são os ‘elos perdidos’ que nunca possuíram mitocôndria.”



A hipótese (b) “é agora rejeitada universalmente” e a evidência é que as arquéias são elos derivados, e não elos perdidos. Os autores continuam: “A hipótese (a) também foi rejeitada, e porque os eucariotos e as arquéias compartilham de um número de genes similares, o proto-eucarioto (PEH em inglês) deposto foi substituído com as arquéias. Conseqüentemente, a incorporação das mitocôndrias – e não a origem do núcleo — foi aclamada como o evento definidor na origem dos eucariotos. Isto abriu as comportas de especulação, e surgiram numerosas novas hipóteses. Nenhuma é apoiada pela observação: nenhuma arquéia reside dentro da bactéria, os vírus têm algumas semelhanças ridículas ao núcleo, e não existem células RNAs.” Os autores prosseguem desenvolvendo suas críticas destas novas hipóteses, e para defender a teoria PEH. Eles argumentam que um proto-eucarioto portando um núcleo foi o ancestral direto dos eucariotos modernos.
Os comentários sobre “as comportas da especulação” em nome da ciência são indubitavelmente corretos. Eles geralmente se aplicam à tradição darwiniana de contar estórias, na qual os cientistas propõem cenários especulativos em vez de documentarem os problemas reais que deveriam refrear [este tipo de] pensamento. Poole e Penny nos forneceram com um aviso de bem-vindo sobre o jeito como que a ciência deveria ser feita, mas eles foram realmente além de reconhecer os problemas? O hospedeiro ancestral deles é um proto-eucarioto, nada além disto! Este é o problema da complexidade irredutível (destacados previamente aqui e aqui) e não irá embora!

Engulfed by speculation, by Anthony Poole & David Penny, Nature 447, 913 (21 June 2007) | doi:10.1038/447913a

Abstract: The notion that eukaryotes evolved via a merger of cells from the other two domains - archaea and bacteria - overlooks known processes.

A origem da vida: o Mysterium tremendum continua Mysterium tremendum!

sexta-feira, junho 22, 2007

Darwin aprendeu sobre a idéia da evolução em grande parte pela leitura da crítica a Lamarck feita por Charles Lyell. Os estudantes do ensino médio e superior, e até professores universitários, aprenderão mais sobre a teoria do Design Inteligente, pelo menos em parte, lendo artigos assim:

O modelo cosmológico da inflação eterna e a transição do acaso para a evolução biológica na história da vida

Eugene V Koonin
National Center for Biotechnology Information, National Library of Medicine, National Institutes of Health, Bethesda, MD 20894, USA

Biology Direct 2007, 2:15 doi:10.1186/1745-6150-2-15

A versão eletrônica deste artigo em PDF [405 KB] encontrada em: http://www.biology-direct.com/content/2/1/15

Abstract

Histórico

Desenvolvimentos recentes em cosmologia mudaram radicalmente a concepção do universo bem como as próprias noções de “provável” e “impossível”. O modelo da inflação eterna implica que todas as histórias macroscópicas permitidas pelas leis da física são repetidas num infinito número de vezes no multiverso infinito. Em contraste aos modelos cosmológicos tradicionais de um único e finito universo, esta cosmovisão fornece para a origem de um infinito número de sistemas complexos por acaso, até mesmo a probabilidade da complexidade surgindo em qualquer região dada do multiverso é extremamente. Esta mudança na perspectiva tem profundas implicações para a história de qualquer fenômeno, e a vida na Terra não pode ser uma exceção.

Hipótese



A origem da vida é um problema de quem veio primeiro ― o ovo ou a galinha: para a evolução biológica que é governada, principalmente, pela seleção natural, iniciar, os sistemas eficientes de replicação e tradução são exigidos, mas até os mais simples núcleos desses sistemas parecem ser produtos de seleção extensiva. A solução (parcial) atualmente favorecida é um mundo RNA sem as proteínas no qual a replicação é catalisada pelos ribozimas, e que servem de berço para o sistema de tradução.
Todavia, o mundo RNA enfrenta os seus difíceis problemas, pois a replicação catalisada de ribozima de RNA permanece uma hipótese, e as pressões seletivas por trás da origem da tradução permanecem misteriosas. A inflação eterna oferece uma alternativa viável que é insustentável num universo finito, i.e., que um sistema acoplado de tradução e replicação surgiu por acaso, e se tornou o estágio importante do qual a evolução biológica, centrada em torno da seleção darwiniana, começou. Um corolário desta hipótese é que um mundo RNA, como uma população diversa de moléculas de RNA replicadoras, pode nunca ter existido. Neste modelo, o palco para a seleção darwiniana é montado pela seleção antrópica de sistemas complexos que rara, mas inevitavelmente surgem por acaso no universo infinito (multiverso).

Conclusão

A plausibilidade de modelos diferentes para a origem da vida na Terra depende diretamente do cenário cosmológico adotado. Num universo infinito (multiverso), o surgimento de sistemas altamente complexos é inevitável. Portanto, sob esta cosmologia, uma entidade tão complexa quanto um sistema que reúna tradução e replicação deve ser considerada um estágio importante viável para o começo da evolução biológica.

Revisores

Este artigo foi revisto por Eric Bapteste, David Krakauer, Sergei Maslov, e Itai Yanai.

Bemoles por bemoles, que tal uma hipótese falsificável do DI?

quarta-feira, junho 20, 2007

Como toda teoria científica que se preza, a teoria do Design Inteligente também tem os seus ‘bemoles’, oops, dificuldades. A teoria geral da evolução de Darwin também tem seus ‘bemoles’, oops, suas dificuldades. Uma delas é, como nós podemos falsificar a teoria geral da evolução vez que ela é uma teoria de longo alcance histórico???

A Nomenklatura científica internacional e tupiniquim afirma, falsamente, que a Teoria do Design Inteligente não apresenta uma hipótese científica que possa ser falsificada. Nós apresentamos sim, a Nomenklatura científica é que se recusa lidar publicamente com uma dessas nossas proposições.

Eu somente iria apresentá-la em agosto próximo numa palestra em conferência a ser realizada numa universidade privada de renome, mas eis aqui a proposta do DI:

“A distinção fundamental entre agência inteligente e forças naturais inconscientes é a capacidade de produzir efeitos que exijam quantidades significantes (útil/com significado) de informação funcional.”



Predição: processos naturais inconscientes não podem produzir quantidades significantes de informação funcional (podem ser testadas em laboratório e em computadores).

Falsificação: se isso puder ser empiricamente demonstrado, ou em laboratório, ou através de modelagem computacional acurada, que processos naturais podem produzir quantidades significantes de informação funcional, então essa hipótese falha.

Esta hipótese central fornece um método para testar o DI:

1. Medida de informação funcional exigida para produzir o efeito (MS Windows, Sphinx, sinal de SETI, seqüência genética, um cadáver, artefato arqueológico.

2. Se a informação funcional exigida excede o princípio da significância, então uma agência de inteligência é necessária para fornecer aquela informação (inteligência)

Isso levanta quatro questões no contexto de justificação epistêmica:

1. Como se mede a informação funcional?
2. Qual é o limite superior de quantidade de informação funcional/com significado que os processos naturais inconscientes podem produzir (i.e., o princípio da significância)?
3. Como este sistema é aplicado às proteínas?
4. Quais são os resultados?

Vamos contrastar esta corajosa e audaciosa hipótese da teoria do Design Inteligente com o a da teoria do relojoeiro cego? Qual é a pressuposição fundamental da teoria darwinista? Não há limites taxonômicos para a variação.

Bem, dessa pressuposição fundamental surge uma predição que é testável e falsificável: pelos experimentos usando o cruzamento seletivo e a seleção, nós somos capazes de cruzar fronteiras taxonômicas significantes.

Falsificação: cada experimento de cruzamento ao longo dos últimos 100 anos que tentaram avançar o processo de variação para cruzar os limites taxonômicos tem encontrado limites... Não são limites temporais, mais limites puramente biológicos. Esclareço, cada experimento de cruzamento até hoje parece estar falsificando a predição fundamental da teoria darwinista.

Minha sugestão: a Nomenklatura científica precisa parar de gastar tempo e dinheiro (bota dinheiro nisso) em dispor os fósseis e a contar as chamadas “just-so stories” criativas, porque a sua predição e hipóteses fundamentais têm sido consistentemente falsificadas. Chegou a hora de a biologia evolutiva entrar na biologia do século 21 — complexidade irredutível e informação complexa especificada, libertos de uma teoria do século 19 que tem sido consistentemente falsificada.

Como podemos promover o avanço da ciência? É acolher a tese do design inteligente.

Bemoles, ora bemoles, qual é a teoria científica que não os tem? Quero ver é ter a coragem de apresentar publicamente uma hipótese a ser falsificada. Que tal a hipótese do ancestral comum? Como que ela pode ser falsificada?

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Sobre os ombros de um gigante em biofísica.

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Fui, que o primeiro semestre se encerrará amanhã dia 21 de junho de 2007.

Depois penso em trabalhar direto na minha dissertação, e pouco comparecer aqui, mas como eu sou um crítico incorrigível de Darwin-ídolo...

Contrariando a Dawkins: o design é real e inspira a robótica

terça-feira, junho 19, 2007

Dawkins, o apóstolo fundamentalista xiita do ateísmo pós-moderno cheiroso e chique, não publicou mais numa revista científica com revisão por pares há um bom tempo. Logo ele que o responsável pela divulgação da ciência não escreve mais nada para o avanço da ciência? Ué, pra onde foi a máxima: “Publish or perish?” Não vale para o Dawkins???

Vou pegar aqui no pé dele. No seu livro “O relojoeiro cego”, ele escreveu que “a biologia é o estudo das coisas complexas que dão a impressão de ter um design intencional” (São Paulo, Companhia das Letras, 2001, p. 18). Nós do Design Inteligente afirmamos que o design é real, e empiricamente detectado na natureza.

Bem, para os céticos globalizados do DI, eis aqui uma pequena resposta a Dawkins de que a posição “o design é uma ilusão” está errada.

Pesquisadores italianos foram à natureza, fizeram perguntas a ela, e aplicaram as respostas obtidas para a elaboração de uma mão antropomórfica. E ainda têm a cara de pau de dizer que o design inteligente não tem validade nem aplicação científica:

http://www.robotcub.org/misc/review2/06_Stellin_et_al.pdf [1.55 MB]

O problema de todos os céticos globalizados, é que eles tentam bater palmas apenas com uma das mãos...

Brookfield, o ateu, “falou e disse”: “O darwinismo é uma fraude”

Navegando na web outro dia, eu encontrei o blog de William Brookfield, um ateu que, PASMEM, defende a teoria do Design Inteligente. Desconheço se o Brookfield faz parte do Movimento do Design Inteligente. Eu traduzi o primeiro artigo postado por ele no blog http://icon-rids.blogspot.com no dia 16 de outubro de 2006:

O darwinismo é uma fraude!

Alô gente, eu sou William Brookfield, fundador do ICON-RIDS. Eu sou um evolucionista de Design Inteligente e não um darwinista evolucionista.

A primeira ordem de assunto aqui é o mecanismo de especiação de Darwin. Este mecanismo é uma fraude. Tanto a destruição seletiva natural e randomização (RM) são funções de destruição. Não é logicamente possível para funções de destruição (-) produzirem nova construção (biológica ou o contrário). Não é logicamente possível para novas estruturas (+) surgirem por meio de agentes destrutivos (-). A tese de Darwin concernente a “origem” (construção) de novas espécies (nova estrutura) por meio da “seleção natural” (destruição seletiva) é assim logica e causalmente falida.

O curso normal do argumento tomado pelos darwinistas neste ponto é afirmar que quaisquer dúvidas sobre o darwinismo são “religiosamente motivadas”, e, portanto abaixo de consideração. Isso não vai funcionar aqui.

Após [quase] 150 anos de ofuscação darwiniana, é hora de a humanidade recuperar o seu poder e se livrar de vez desta fraude.

Charles Darwin (citado de) Origem das Espécies, por meio de Seleção Natural — 1859

“A preservação das diferenças individuais favoráveis e as variações, e a destruição daquelas que são prejudiciais, eu chamei de seleção natural, ou a sobrevivência do mais apto.” — C.DARWIN, Origem das Espécies, cap. 4 Seleção natural, 6ª. ed.

“A seleção natural está examinando minuciosamente diariamente e a cada hora, através do mundo, as variações mais insignificantes; rejeitando aquelas que são más, preservando e acrescentando todas as que são boas.” — C.DARWIN Origem das Espécies, cap. 4 Seleção natural, 6ª. ed.

Comentários:

A tese de Darwin da “preservação de todas as que são boas” assume o design [intencional] de um veículo capaz de levar adiante “tudo o que é bom”. Esta “preservação de tudo o que é bom” ocorre em desafio absoluto do gradiente termodinâmico — que pela lei (a 2ª. lei) destrói tudo o que é “bom”. Quanto mais “bem” for levado adiante, melhor planejado este veículo vivo e reprodutor (as espécies) tem de ser. Argumentos contra o design não podem apenas assumir o design. O que os darwinistas têm fornecido é meramente Destruição Seletiva Natural (filtração destrutiva) mais um argumento circular inútil e ofuscante relativo ao “bom”.

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A “macroevolução” é uma extrapolação da “microevolução”. A “microevolução” por sua vez, é dependente sobre a flexibilidade de cada espécie. Esta flexibilidade/adaptabilidade é em si um atributo de design positivo que exige uma explicação. Os tentilhões de Galápagos que sufocariam imediatamente e morreriam com as primeiras sementes endurecidas pela seca são fáceis de serem planejados comparados com os tentilhões de Galápagos que podem adaptar e sobreviver diante de incontáveis ataques ambientais. Um programa de computador que mal pode rodar num único ambiente de computador é muito mais fácil de planejar do que um programa que pode adaptar-se, autocorrigir-se, e prosperar em incontáveis ambientes de computadores (PC, MAC, Unix, Atari etc.,) Se as espécies vivas fossem mais pobremente planejadas, elas morreriam imediatamente em resposta à mais insignificante mudança ambiental — e não haveria “evolução” darwiniana. A informação genética correspondente a cada mudança ambiental tem de estar no lugar antes que qualquer organismo possa “evoluir” em resposta à pressão seletiva. Portanto, a teoria darwinista, não tem validade em si mesma, e é totalmente parasítica no design requintadamente competente. O fator mais importante é que as espécies adaptáveis são exponencialmente mais ricas em informação do que as espécies que não são adaptáveis. Assim, toda a “evidência da evolução” (as mariposas de Manchester, resistência antibiótica pelas bactérias, etc.) é, na verdade, [evidência] a favor do design. WB

Postado por William Brookfield às 3:40 PM

ICON-RIDS — weblog
An International Coalition of Non-Religious ID Scientists & Scholars

EXTRA! EXTRA! A revista VEJA denuncia veementemente em editorial a ética epistêmica à KGB de Darwin

domingo, junho 17, 2007



[Tática da Nomenklatura científica em cooptar os de concepções religiosas a aceitarem a teoria da evolução de Darwin]

Na sua carta ao leitor, a revista VEJA 2013 (número cabalístico???), de 20 de junho de 2007, ousou desafiar a Nomenklatura científica quanto ao verdadeiro status epistêmico do neodarwinismo, o comportamento acapachante da Grande Mídia tupiniquim quando a questão é Darwin. Quase não acreditei com estes olhos que a terra um dia haverá de comer:

Os processos de apuração do contexto de justificação epistêmica do neodarwinismo precisam resultar em algum aprendizado para a classe científica e jornalística internacionais e tupiniquins, em benefício da sociedade e da ciência qua ciência. Sem esse saldo positivo, o que se tem são casos que geram mais dúvidas do que o estabelecimento científico inconteste do fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução ser tão certo quanto à lei da gravidade. No caso da atual teoria das origens e evolução da vida — o neodarwinismo, corre-se o risco de que a exposição de suas insuficiências epistêmicas fundamentais termine sem um devido ajuste teórico até 2010 como quer a complacente Nomenklatura científica.

Os senhores cientistas, as sociedades científicas, os autores de livros didáticos do ensino médio e superior, o MEC/SEMTEC/PNLEM, e os jornalistas precisam estar cientes do fato de que “ao varrerem para debaixo do tapete” as insuficiências teóricas fundamentais em torno do neodarwinismo “estarão escrevendo um permissivo código” de conduta epistêmica para a prática da ciência normal por gerações posteriores.

Ficamos então combinados que, pelo código de ética do contexto de justificação epistêmica à KGB de Darwin, todo cientista, autor de livros-texto, jornalista de agora em diante pode, impunemente, continuar fazendo ciência como se o neodarwinismo não mais respondesse às seguintes insuficiências epistêmicas:

A. Questões de Padrão, diz respeito à grande escala geométrica da história biológica: Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?

B. Questões de Processo, diz respeito aos mecanismos de evolução, e os vários problemas em aberto naquela área, e

C. Questões sobre a questão central: a origem e a natureza da complexidade biológica  a “complexidade biológica” diz respeito à origem daquilo que faz com que os organismos sejam claramente o que são: complexidade especificada da informação biológica.



[Atitude dos agentes da KGB, oops, guarda-cancelas epistêmicos da Nomenklatura científica em relação à Teoria do Design Inteligente]

Sem a devida justificação epistêmica dessas questões nenhuma teoria geral da evolução pode ser arrogar ao estabelecimento científico inconteste de o fato, Fato, FATO da evolução (obrigado, Michael Ruse) assim como a Terra é redonda. Aristóteles, o filósofo grego, alertou em sua Ética a Nicômaco para “o fato de que as qualidades morais precisam ser praticadas até se tornarem um hábito”. Depois de variegadas e costumeiras fraudes para o estabelecimento do fato, Fato, FATO da evolução, o “código da KGB à Darwin” atual é a verdadeira negação dessa verdade.

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Paródia escatológica, porém verídica, da carta ao leitor de VEJA, edição 2013, de 20/06/2007, p. 9.

ENCODE: o DNA biologicamente relevante "resiste" a mudança

quinta-feira, junho 14, 2007




Na edição especial da revista Genome Research de Junho de 2007, os cientistas comunicam as primeiras descobertas de um projeto chamado ENCODE. Esta 'enciclopédia dos elementos do DNA' tenta descobrir como as nossas células fazem sentido da seqüência do DNA no genoma humano. O ENCODE já chegou a uma conclusão de sabedoria científica convencional: a idéia de que o DNA biologicamente relevante resiste a mudança ao longo do tempo evolutivo.

Muito interessante também a linha do tempo do gene.

Os artigos podem ser acessados gratuitamente (OPEN ACCESS).

Eu gostei da idéia de o DNA biologicamente relevante "resistir a mudança"... O que tudo isso implicará???

A revista Superinteressante "falou e disse": Darwinismo = Ateísmo

segunda-feira, junho 11, 2007

A revista Superinteressante, edição 240, de junho de 2007, com uma tiragem de 408.360 exemplares trouxe uma reportagem de capa "Darwin - O homem que matou Deus", de Alexandre Versignassi e Rodrigo Rezende.

Os darwinistas não vão gostar nada disso. Eles estão mais do que se esforçando para cooptar os de concepções religiosas a aceitarem as teses transformistas de Darwin. Eu nem ia perder o meu tempo com esta reportagem especial, com infográficos bem elaborados, mas que começa com a subjetividade dos autores: "Os dois trabalharam apaixonadamente na reportagem de capa desta edição." (p. 21)

Somente isso e quase larguei a revista. Depois resolvi ler. Para meu espanto, os autores já começaram com a manutenção da lenda urbana de que Copérnico "tirou a Humanidade do centro do Universo". Além disso, deram muita ênfase à origem da vida que os darwinistas afirmam de pés de junto que não é tão importante para a teoria, mas ainda continua em nossos melhores livros-texto.

Se der tempo, vou abordar tão-somente os erros historiográficos e científicos dos dois jornalistas "apaixonados". Vai ser Superinteressante! Aguardem!!!

Sean Carroll: uma resenha que vai sair pela culatra da Nomenklatura científica

sábado, junho 09, 2007

Estranho, muito estranho, mal saiu o livro do Michael Behe The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism, e já está recebendo “chumbo grosso” da Nomenklatura científica. Como dizia o saudoso Vicente Matheus, presidente do nosso glorioso Corinthians − “Quem está na chuva é pra se queimar!”. Vamos lá ver o que os guarda-cancelas de Darwin têm a dizer sobre este novo livro sobre as limitações do darwinismo. Entremeei meus comentários no pequeno texto do meu amigo David Tyler. Ouso fazer uma predição aqui: a revista Science não vai dar o direito de resposta ao Behe. É que os darwinistas são useiros e vezeiros nisso: não existe verdade além de Darwin...

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A ciência e a busca pelos limites do darwinismo

06/09/07
Por David Tyler 08:51:44 am,

O livro de Michael Behe [The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism − Nota deste blogger: Mariana Zahar, coragem, publique este livro!] sequência do A Caixa Preta de Darwin [Rio de Janeiro, Zahar, 1997] apareceu esta semana, e a ocasião foi marcada por uma resenha sarcástica na revista científica Science, de autoria de Sean Carroll.

O resenhista começa dizendo que a sua experiência ao ler o livro lembrou as palavras de Thomas Huxley durante o debate de 1860 com [o bispo] Samuel Wilberforce: “O Senhor o entregou em minhas mãos.” Ele estende isso com este comentário: “Behe faz uma nova série de afirmações explícitas sobre os limites da evolução darwiniana, afirmações que são tão pobremente concebidas, e rapidamente despachadas que ao enunciá-los, inadvertidamente, ele fez um grande favor para os seus críticos.”

Infelizmente para Carroll [Nota deste blogger: Carroll e a maioria dos cientistas deveriam saber um pouquinho mais de História da Ciência], as palavras atribuídas a Huxley foram desconhecidas por pelo menos 30 anos após o evento. Elas provavelmente foram uma invenção retrospectiva para promover os objetivos dos que estavam tentando representar qualquer questionamento do darwinismo como anticiência. É triste dizer isso, Carroll continua em afirmar a tese de conflito [religião vs. ciência] nesta resenha, descrevendo Behe como escrevendo para “vários tipos de criacionistas”, chamando a atenção para decisões legais declarando o DI como sendo um conceito religioso [Nota deste blogger: Carroll, cara, você envergonha a ciência, desde quando é a Justiça que estabelece o que é ciência? Eu pensei que fossem as evidências...], e mais.

Leitores de Carroll irão aprender muito pouco sobre o que realmente é encontrado no livro de Behe. Este trecho [da resenha] abrange o muito que ele [Carroll] tem a dizer: “Behe também explora alguns exemplos de evolução darwiniana a nível molecular, inclusive um tratamento extensivo do “conflito de trincheira” evolutivo combatido entre os humanos e os parasitas da malária ao longo dos milênios − tudo no contexto do que a evolução darwiniana “pode fazer”. E daí, qual é o problema? O problema é que Behe declara o que a evolução darwiniana não pode fazer: produzir mudanças mais “complexas do que aquelas que capacitaram os humanos a combater a malária ou permitir que os parasitas da malária fujam dos remédios que nós lançamos contra eles. O argumento principal de Behe se apóia na afirmação de que duas ou mais mutações simultâneas são necessárias para o aumento de complexidade biológica, e que tais mutações estão, exceto em raras circunstâncias, além do limite da evolução. Ele [Carroll] conclui que “a maioria das mutações que constrói as grandes estruturas da vida deve ter sido não aleatória.” Resumindo, Deus é um engenheiro genético, de algum modo planejando mudanças no DNA para fazer máquinas bioquímicas e taxa superiores.”

Embora o livro de Behe esteja cheio de argumentos derivados da evidência, Carroll tem apenas rejeições de rápidas pinceladas de sua tese. Ele declara que “um imenso corpo de dados experimentais que refutam diretamente esta afirmação”. Também, que Behe tem “novamente ido ao público com afirmações sem o benefício (ou a sabedoria) de primeiro testar seu grau de verdade diante de especialistas qualificados.” Este tipo de raciocínio tem sido freqüentemente ouvido antes. [Nota deste blogger: Carroll deve estar sofrendo de amnésia, ou é intencionalmente um acadêmico desonesto − há uma década os tais de “especialistas qualificados” tentam, em vão, falsear a tese da complexidade irredutível de Behe. Alô, “especialistas qualificados”, onde estão vocês? Em Marte? Ou no multiverso?]

Em vez de se envolver com os estudos acadêmicos aprofundados do DI, há um apelo para montanhas de evidências contrárias e especialistas qualificados que sabem mais. O que Carroll não reconhece é que a tese de Behe é reconhecida como significante entre muitos biólogos profissionais: eles vêm falando há anos sobre o que o darwinismo pode e não pode fazer! A seleção da literatura de Carroll não deveria ser lida como um fait accompli [algo feito que não pode ser desfeito], mas como uma defesa de retaguarda do paradigma darwiniano. Deveria haver um debate acadêmico sobre a significância desses dados.

A verdadeira questão é: um debate dentro da ciência será permitido? [Nota deste blogger: conhecendo a Nomenklatura científica de perto, a resposta é NÃO! Eles sabem que vai ser uma tremenda vergonha ter que reconhecer publicamente que foram academicamente desonestos no contexto da justificação teórica desde 1859] Se Behe não tiver o direito de resposta [na revista Science], esta resenha deverá ser tratada como um exercício em polêmica, intencionalmente elaborada para proteger o mundo da ciência de ter que lidar com as evidências do DI. Se houver uma oportunidade de resposta, os leitores irão desfrutar de um genuíno debate científico. [Nota deste blogger: os agentes da KGB da Nomenklatura científica infiltrados na revista Science vão impedir isso!] Esta resenha deverá ter o resultado oposto do esperado, porque a ciência tem demonstrado que há limites para o darwinismo, e é perfeitamente legítimo perguntar o que o darwinismo pode e não pode fazer.

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God as Genetic Engineer
Sean B. Carroll
Science 316, 8 June 2007, 1427-1428 | DOI: 10.1126/science.1145104
Review of The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism by Michael J. Behe, Free Press, New York, 2007. 331 pp. ISBN 9780743296205.

"The Lord hath delivered him into mine hands." Those are the words that Thomas Huxley, Darwin's confidant and staunchest ally, purportedly murmured to a colleague as he rose to turn Bishop Samuel Wilberforce's own words to his advantage and rebut the bishop's critique of Darwin's theory at their legendary 1860 Oxford debate. They are also the first words that popped into my head as I read Michael J. Behe's The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism. In it, Behe makes a new set of explicit claims about the limits of Darwinian evolution, claims that are so poorly conceived and readily dispatched that he has unwittingly done his critics a great favor in stating them. [snip]

See also:

John Hedley Brooke, The Wilberforce-Huxley Debate: Why Did It Happen? Science & Christian Belief, (2001), 13(2), 127-141
Excerpt: "Far from any lasting significance, the event almost completely disappeared from public awareness until it was resurrected in the 1890s as an appropriate tribute to a recently deceased hero of scientific education. That delicious remark, "the Lord hath delivered him into mine hands", was probably a retrospective invention of that decade. There is, to my knowledge, no reference to it in the few contemporary reports."(p.129)

EXTRA! EXTRA! MEC/SEMTEC aprova o ensino objetivo da teoria da evolução no Brasil

quinta-feira, junho 07, 2007

Em 2003 e 2005 o MEC/SEMTEC recebeu deste “simples professorzinho do ensino médio” [será???] uma análise crítica da abordagem da teoria da evolução nos livros-texto de Biologia do ensino médio apontando duas fraudes − os embriões de Haeckel (mais do que centenária), e as mariposas de Manchester (melanismo industrial), e várias distorções de evidências científicas a favor do fato, Fato, FATO da evolução.

Em 2003 o MEC/SEMTEC simplesmente ignorou nossa análise crítica. Em 2005 o MEC/SEMTEC respondeu que não tinha uma comissão de analistas para julgar o conteúdo dos livros didáticos, e nem tinha como aprovar o nosso livro. Que livro, MEC/SEMTEC? Não apresentamos nenhum livro, apenas uma análise crítica da abordagem enviesada da teoria da evolução.

A nossa análise crítica pelo menos fez uma coisa boa para a educação no Brasil: finalmente o MEC/SEMTEC criou uma comissão de analistas que recomenda aos professores os nossos melhores livros-texto de Biologia. Todavia, em 2006 a douta comissão aprovou algumas obras, mas deixou com os professores a palavra final na adoção dos livros. Se os professores é que têm a palavra final, qual a razão de ser da douta comissão???

Nós vivemos em um mundo influenciado profundamente pelo desenvolvimento científico e pela tecnologia. Por isso, o MEC - Ministério da Educação, na administração do ministro Paulo Renato Souza, por intermédio da SEMTEC  Secretaria de Educação Média e Tecnológica, organizou o projeto de reforma do ensino médio “por dois fatores de natureza muito diversa”: o econômico e o volume de informações (revolução do conhecimento), por entender que a formação do educando deve priorizar “a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação”. (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio  PCN, 1999, p. 15).

No nível do ensino Médio, o MEC propôs “a formação geral, em oposição à formação específica”, mas com “o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização”. Esse projeto de reforma curricular do Ensino Médio teve por objetivo “facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, numa perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização”, pois a interdisciplinaridade estabelece “ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos” (PCN, 1999, p. 16, 18, 26).

A Lei de Diretrizes Básicas (LDB) 9.394/96 preconiza no Art. 35, I, III que o ensino médio tem entre suas finalidades habilitar o educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico. Os PCNs do Ensino Médio, nas suas Diretrizes Curriculares Nacionais (Competências e Habilidades das Ciências Naturais) afirmam que o currículo deve permitir ao educando “compreender as ciências como construções humanas, entendendo que elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas...” e que “a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar”.


O MEC/SEMTEC resolveu acabar de vez com esta situação paradoxal dos alunos do ensino médio que foram e continuam sendo lesados há várias décadas no ensino objetivo da teoria da evolução, e violentados na sua cidadania − o direito à informação quanto ao status epistêmico das teorias da origem e evolução da vida conforme discutido intramuros nas publicações científicas.




Para concretizar esta decisão, baseado nos PCNs e na LDB 9394/96, o MEC/SEMTEC resolveu adotar uma prática revolucionária de ensino promovendo a abordagem do “questionamento”. Na área de Biologia, o MEC/SEMTEC vai recomendar que as diretrizes dessa abordagem didática sejam as adotadas pelo livro-texto lançado recentemente no exterior: Explore Evolution: The Arguments For and Against Neo-Darwinism [Explore a Evolução: os argumentos a favor e contra o neodarwinismo], Hill House Publishers Ltd., Melbourne and London, 2007.

A douta comissão do PNLEM foi veementemente contra porque, segundo eles, o livro “não reflete o consenso atual da comunidade científica” e que “os alunos seriam imaturos demais para entender a questão polêmica e controversa”. Foram incisivos em afirmar que “não existe controvérsia entre os cientistas sobre o fato da evolução, mas tão-somente sobre o(s) processo(s) como se deu a evolução”.

Este é o primeiro livro no mundo que apresenta a evidência científica a favor e contra aspectos principais da teoria de Darwin. Ele vai na contramão da maioria dos livros didáticos de Biologia atuais que explicam a evolução muito en passant, e são intencionalmente silenciosos sobre as dificuldades fundamentais do contexto de justificação da teoria. Segundo o MEC/SEMTEC, isso agora vai mudar, pois o Explore Evolution vai melhorar o ensino da teoria da evolução fornecendo aos professores e alunos mais informações sobre a evolução que hoje eles não encontram nos livros didáticos, até nos aprovados em 2007.

O MEC/SEMTEC resolveu adotar o Explore Evolution porque ele é o único livro-texto que promove a aprendizagem baseada no “desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las” dando ao aluno “a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização. Este ensino baseado em pesquisas encoraja os alunos a participarem no processo da descoberta, deliberação, e argumentação que os cientistas usam na elaboração de suas teorias.

A douta comissão do PNLEM está preocupada com a adoção deste novo e revolucionário critério: ensinar a controvérsia sobre o fato, Fato, FATO da evolução. Razão? A maioria dos professores do ensino médio não está devidamente preparada para lidar com esta questão polêmica. O MEC/SEMTEC reagiu em nota dizendo que o livro “Explore Evolution”, ao contrário, traz para a sala de aula muitas informações de debates que são regularmente levantados pelos cientistas nas publicações científicas. Além disso, um analista do MEC/SEMTEC disse que “a exposição a estes debates reais do mundo científico tornarão o ensino da evolução mais interessante para os alunos, e vai treiná-los a serem melhores cientistas ao encorajá-los a praticar no dia-a-dia o tipo de pensamento crítico e análises que formam o núcleo da ciência.”

O livro tem cinco autores − dois professores de Biologia de universidade estadual americana, dois filósofos da ciência e um autor de currículo de ciência. O livro Explore Evolution foi revisto por pares por professores de faculdade de Biologia em universidades americanas públicas e privadas. O livro-texto foi testado em aulas do ensino médio e do ensino superior.

O Explore Evolution considera cinco áreas de Biologia que são tipicamente vistas como confirmando a moderna teoria da evolução: a sucessão de fósseis, homologia anatômica, embriologia anatômica, seleção natural, e mutação. Para cada área de estudo o Explore Evolution explica a evidência e os argumentos usados para apoiar a teoria de Darwin, e depois examina a evidência e os argumentos que levam alguns cientistas a questionar a adequação das explicações darwinistas. Cada seção conclui com uma seção chamada Further Debate [Mais debate] que explora o estado atual da discussão.

O MEC/SEMTEC destaca que o livro-texto Explore Evolution é indicado especialmente para:

• Professores do ensino médio que desejam aprofundar seu entendimento das evidências a favor e contra a teoria moderna da evolução, e queiram incorporar a abordagem de aprendizagem de pesquisa no ensino da evolução.

• Professores universitários que ensinam Biologia 101 ou Evolução 101 ou cursos gerais de Biologia evolutiva.

• Pais que desejam suplementar e enriquecer a instrução de seus filhos sobre a evolução biológica e a preparação para os estudos universitários.

• Adultos interessados que desejam se informar a respeito dos debates científicos sobre aspectos importantes da teoria moderna da evolução.

Como ainda não existe uma tradução em português, o MEC/SEMTEC recomenda a visita ao site do livro-texto http:/www.exploreevolution.com, onde você encontrará a introdução do livro didático, índice, informações sobre os autores, bem como até baixar páginas do livro em PDF.

Procurados por Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha de São Paulo, a douta comissão do PNLEM não quis se pronunciar sobre esta revolucionária decisão do MEC/SEMTEC: o ensino objetivo da teoria geral da evolução no Brasil. Contudo, alguns deles já anteviram a extinção dos seus cargos pagos com o suado dinheirinho do povo brasileiro.

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Paródia escatológica, mas que brevemente será verdade no Brasil, baseada em artigo de Robert Crowther

Dando a Darwin um enterro decente!

terça-feira, junho 05, 2007

Eu fui ateu e marxista-leninista. Hoje, não tenho mais fé cega no ateísmo materialista. Nem nos dogmas a priori da teoria geral da evolução. Se eu ainda fosse ateu, e fizesse alguma coisa realmente importante para humanidade, eu me sentiria (???) desconfortável se fosse enterrado lá na Catedral da Sé em São Paulo.

Gente, mas é justamente esta a situação de Darwin − um agnóstico declarado, mas que ao morrer contou com o “jeitinho brasileiro”, oops inglês de Thomas Huxley et al para enterrá-lo junto a Isaac Newton, um cientista teísta (argh, Darwin, isso é como violar o seu túmulo). Ele deve estar se revirando e bufando de raiva de Huxley por estar enterrado ao lado de tão honrosa companhia, mas conseguida pelas artimanhas de seu fiel escudeiro.

Gente, Huxley enxergou o futuro bem longe: é preciso cooptar os de concepções religiosas a ficar do lado de Darwin, pois ele é um crente fiel enterrado na Abadia de Westminster. Nada mais falso, grotesco e surrealista. Darwin, eu vou ficar devendo esta para você, mas se eu pudesse, tiraria você desse lugar religioso horrível responsável por todo o ódio e matança na humanidade. (Obrigado, Dawkins). O agnosticismo é uma rejeição elegante de Deus, mas é rejeição.

Bem, finalmente parece que Darwin vai ter um enterro decente e digno de um verdadeiro agnóstico: no dia 5 de setembro de 2007, às 11:00, em Leeds, Inglaterra. O discurso fúnebre será proferido pelo Dr. Steve Fuller, da University of Warwick.

Gente, calma. Especialmente a galera dos meninos e meninas de Darwin. eu explico. Ele não será exumado literalmente, mas será dissecado numa palestra acadêmica intitulada “Dando um enterro decente a Darwin”.

Para os interessados, e que têm condições materiais de ir, eis o programa da conferência “DARWINISM AFTER DARWIN: NEW HISTORICAL PERSPECTIVES” [Darwinismo após Darwin: novas perspectivas históricas] University of Leeds 3rd-5th September, 2007


Monday 3rd September

1.00 Welcome

1.10 Histories

Science and the life story: the historical development of biographies of Darwin Suzanne Gapps, University of Western Sydney

A lesson from the past: how biologists use history Graeme Beale, Edinburgh University

Historiographical constraints: the divergence of conceptualisations of 'inheritance of acquired characteristics' Fern Elsdon-Baker, University of Leeds

"Sure, we know all that…": dealing with popular Darwin myths Peter C. Kjærgaard, University of Aarhus

3.10 Tea/Coffee

3.40 Religion

Paley evolving: natural theologies in the post-Darwinian nineteenth century Richard England, Salisbury University, USA

The un-heretical Christian: Lynn Harold Hough, Darwinism and Christianity in 1920s America Dawn Mooney Digrius, Drew University, New Jersey

Arguing from the evidence: the correct approach to Intelligent Design and the U.S. courts Brian Thomasson, University of California

5.10 Break

5.30 Depart for main University of Leeds campus

6.00 PUBLIC EVENT From Darwin to Hitler: author meets critics

Richard Weikart responds to critics of his work. Participants include Staffan Mueller-Wille (University Of Exeter), Steve Fuller (University of Warwick), and John Harwood (University of Manchester)

7.30 Drinks reception, and dinner for conference delegates

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Tuesday 4th September

9.00 Bodies

Rational evolution? Sexual selection in animals & humans, 1915-1935 Erika Lorraine Milam, Max Planck Institute for the History of Science

Boas at the Darwin centenary
Greg Radick, University of Leeds

Darwin at Cold Spring Harbor: the new synthesis tackles human evolution Jessie Richmond, University of Leeds

10.30 Tea/Coffee

11.00 Latin America Darwinism on the other side of the Atlantic: race and scientific racism in Latin America

Science, modernity, and evolution: British scientific travellers in Latin America in the late-19th and early-20th centuries John Fisher University of Liverpool

Darwinisme et régénérescence au Mexique au XIX siècle Sonia Lozano, Centre de Recherche Médecine, Sciences, Santé et Société (CERMES), Paris

The transmission of scientific knowledge to Latin America: uses and misuses of Darwinism in Mexico in the XIX Century Natalia Priego, Institute of Latin American Studies, University of Liverpool

12.30 Cyberspace

How Darwin Online can suggest new historical perspectives John van Wyhe, University of Cambridge

1.00 Lunch


2.00 Case studies

The biogeography of power: August Weismann, acclimatization, and the German Empire Adam Christopher Lawrence, University of California

From Haeckel with love: Lennart Nilsson's morphed embryos and the cultural loops of Darwinism Solveig Jülich, Stockholm University

"The Armageddon of the future": racial poisoning and the Victorian laboratory James Wood, University of Edinburgh

3.25 - 3.35 Break

Eugenics in 1921: a comparison
Hiram Caton, Griffith University, Brisbane, Australia

Communist reception of Darwin: postwar East Germany and Czechoslovakia in comparison, 1945-1965 Uwe Hossfeld , Friedrich-Schiller-Universität Jena, Michal Simunek and Tomas Hermann, Academy of Sciences of the Czech Republic

4.30 Tea/Coffee

5.00 The Arts

Darwinism and contemporary poetry
John Holmes, University of Reading

The Thinking Path
Shirley Chubb

6.00 Break

6.15 Keynote Address

[Title TBC]
Peter Bowler, Queen's University Belfast


7.30 Conference Dinner

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Wednesday 5th September

9.00 Mind

Why doing history is like remembering: the implications of neo-Darwinian philosophies of consciousness for the practice of history Francis Neary, CHSTM, University of Manchester

Resolving the "Darwinian paradox": Lionel Penrose and the genetics of mental ability, deficiency and disease Edmund Ramsden, London School of Economics

[Title TBC]
Fabio Zampieri, Wellcome Trust Centre for the History of Medicine, UCL

10.30 Coffee/Tea

11.00 Society

Ignorance of natural selection in the social sciences John Z. Langrish

Darwin, evolution and late nineteenth- and early twentieth-century British sociology Chris Renwick, University of Leeds

Giving Darwin a decent burial
Steve Fuller, University of Warwick

1.00 Lunch

2.00 Round Table Discussion

Darwinism after Darwin: new historical perspectives Participants: Joe Cain
(UCL) , Staffan Müller-Wille (University of Exeter), Greg Radick (University of Leeds), Jon Hodge (University of Leeds).

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REGISTRATION DETAILS will be available soon at
http://www.darwinismafterdarwin.com

Please send any queries to Fern Elsdon-Baker, fernelsdon_baker@yahoo.co.uk

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Finalmente RIP, DARWIN!

A busca pelos limites do darwinismo

Não existe nada mais pernicioso em ciência do que uma teoria se arrogar ao status de “Theoria perennis”. Não existe nada mais arrogante em ciência do que certos teóricos se lançarem na busca pela “Teoria do Tudo”, como se nós, apesar de sermos seres inteligentes diferentes das demais espécies, e bota diferença nisso, fôssemos capazes de tal proeza epistêmica.

Nada mais falso, e mera corrida atrás do vento. Por favor, que os darwinistas fundamentalistas de plantão na Akademia, me entendam, eu não estou aqui sendo contra a ciência, eu estou sendo simples e gostosamente desconstrucionista a la Foucault, e bem epistemologicamente anarquista a la Feyerabend.

Engraçado, eles mesmos debatem as insuficiências fundamentais do contexto de justificação teórica do darwinismo desde 1859, quer dizer: Darwin não fecha a conta epistêmica. O Mysterium tremendum continua Mysterium tremendum. Todavia, os darwinistas fundamentalistas continuam tinhosos, arrogantes, e visceralmente inimigos dos que discordam deles. E muito mal educados. Sei do que estou falando. A história da ciência não me deixa mentir: um comportamento infame e execrável da Nomenklatura científica. Eles ainda vão “evoluir”...

A maioria dos teóricos e proponentes da teoria do Design Inteligente admite que a teoria da mutação aleatória e da seleção natural de Darwin explica algumas, NOTA BENE, algumas das variações e adaptações que nós encontramos no mundo biológico, mas que a teoria não pode ser extrapolada, como tem sido pelos darwinistas ortodoxos, para explicar tudo sobre a vida numa única teoria de aleatoriedade materialista.

Destaco novamente o novo livro de Michael Behe, “The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism” (O Limite da Evolução: A busca pelos limites do Darwinismo) onde ele tenta definir este limite e definir “o limite da evolução”, a linha de demarcação entre o Darwinismo e o Design.

O primeiro livro de Behe − “A Caixa Preta de Darwin” (Rio de Janeiro, Zahar, 1997 – Alô, Mariana Zahar, você vai corajosamente publicar este novo livro? Publica, Mariana Zahar, publica!!!) foi fundamental em lançar o movimento do design inteligente, e se tornou desde então em tremenda dor de cabeça para os cientistas: o darwinismo não consegue explicar o maquinário complexo de uma célula em termos darwinianos.

Bem, agora nesta tão esperada seqüência, Behe apresenta mais do que um desafio aberto ao darwinismo: ele apresenta a evidência da revolução genética − a primeira evidência direta dos caminhos mutacionais da natureza − para redefinir radicalmente o debate sobre o darwinismo. QUANTO DA VIDA A TEORIA DE DARWIN EXPLICA? A maioria dos cientistas crê que ela explica tudo: do maquinário da célula a toda a história da vida na Terra.

Neste novo livro, Behe destaca que a teoria de Darwin é uma mistura de diversas idéias não relacionadas, inteiramente separadas, incluindo mutações aleatórias, seleção natural, e ancestral comum. O contexto de justificação de cada idéia deve ser examinado cuidadosamente.

E aqui vai um míssil EXOCET no arraiá de nhô Darwin, e posso até ferir a darwinistas “coquetes” de sensibilidade à flor da pele: o mecanismo proposto de mutação aleatória (eles negam peremptoriamente ser assim) e a seleção natural tem sido largamente aceito mais como uma QUESTÃO DE FÉ E DEDUÇÃO, ou na melhor das hipóteses, uma EVIDÊNCIA CIRCUNSTANCIAL.

É tão-somente agora, graças à genética, é que a ciência nos permite PROCURAR DIRETAMENTE A EVIDÊNCIA. Os genomas de muitos organismos já foram seqüenciados, e a maquinaria da célula tem sido analisada em grande detalhe. As respostas evolutivas dos microorganismos aos antibióticos e dos humanos às infecções de parasitas têm sido verificadas ao longo de dezenas de milhares de gerações.

E o que tudo isso implica? Bem, pela primeira vez na história, NOTA BENE, PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, a teoria da e Darwin pode ser rigorosamente avaliada. Os resultados são chocantes. Embora ela possa explicar mudanças marginais na história evolutiva, a mutação aleatória e a seleção natural explicam MUITO POUCO da maquinaria básica da vida. O “limite” da evolução, uma linha que define a fronteira entre a mutação aleatória e não-aleatória, fica muito distante aonde Darwin apontou. Behe argumenta que a maioria das mutações que tem definido a história da vida na Terra tem sido não-aleatórias.

Embora seja controversa e assombrosa para os darwinistas ortodoxos, e especialmente para a galera dos meninos e meninas de Darwin, esta descoberta na verdade encaixa-se num padrão geral descoberto por outras áreas científicas nas últimas décadas: O universo como um todo foi bem ajustado para a vida. Da física à cosmologia, da química à biologia, a vida na Terra se revela como dependendo sobre uma série de eventos improváveis. QED: O universo demonstra design intencional para a existência de vida.

Clique aqui, veja o índice e encomende sua cópia de “The Edge of Evolution: The Search for the Limits of Darwinism”, de Michael J. Behe, Free Press (brochura, 320 páginas), 2007.

Uau, KAPUT Darwin 3.0 antes de 2010???

EXTRA! EXTRA! Conceito da TDI vai ser considerado em laboratório de universidade americana

domingo, junho 03, 2007

Dizem que as teses da TDI não é ciência, não faz predições, já foi falseada e otras cositas mais. Que tal considerar as teses de probabilidade e informação de William Dembski numa “informática evolutiva”? É o que está acontecendo lá nos Estados Unidos.
Robert J. Marks II, Ph. D. (vide biodata abaixo), colocou online o seu Laboratório de Informática Evolutiva na Baylor University:

Descrição online do laboratório:

“A informática evolutiva reúne as teorias da evolução e da informação, casando assim as ciências naturais, engenharia, e as ciências matemáticas. A informática evolutiva estuda como que os sistemas em evolução incorporam, transformam, e exportam a informação. O Laboratório de Informática Evolutiva da Baylor University explora os fundamentos conceituais, o desenvolvimento matemático, e a aplicação empírica da informática evolutiva. O tema principal da pesquisa do laboratório é separar os papéis respectivos informação gerada internamente e aplicada externamente no desempenho dos sistemas evolutivos.”

William Dembski, autor do livro “Design Inference: Eliminating Chance Through Small Probabilities” (Cambridge, Cambridge University Press, 2000), nosso teórico mais eminente já colaborou com três artigos e, segundo Dembski, há mais artigos sendo elaborados:

Bem, como eu disse neste blog, ninguém da Akademia em Pindorama lidou com as teses de Dembski (incompetência ou não querer considerá-las para não conferir status acadêmico às teses dembskianas?). Agora, nós teóricos e proponentes da TDI estamos felizes da vida só de ver a Universidade que praticamente “escorraçou” Dembski de lá, vai ter que considerar agora suas teses de probabilidade e informação.

Para que não paire nenhuma sombra de dúvida na Grande Taba Tabajara sobre a competência científica do Dr. Marks II, transcrevo abaixo a sua “biodata” em inglês (sorry, periferia):

Robert J. Marks II, Ph.D., is Distinguished Professor of Engineering in the Department of Engineering at Baylor University. He is Fellow of both IEEE and The Optical Society of America. Professor Marks was awarded the Outstanding Branch Councilor award by IEEE and was presented with the IEEE Centennial Medal. He was named a Distinguished Young Alumnus of Rose-Hulman Institute of Technology and is an inductee into the Texas Tech Electrical Engineering Academy. He was awarded the Golden Jubilee Award by the IEEE Circuits and Systems Society. He is also the first recipient of the IEEE Computational Intelligence Society Meritorious Service Award and the first honorary member of the Puget Sound Section of the Optical Society of America. He was also co-recipient of a NASA Tech Brief Award for the paper “Minimum Power Broadcast Trees for Wireless Networks”, and the Judith Stitt Award at the American Brachytherapy Society 23rd Annual Meeting. Dr. Marks served as a Distinguished Lecturer for the IEEE Computational Intelligence Society. Dr. Marks was Chair of IEEE Neural Networks Committee and served as the first President of the IEEE Neural Networks Council (now a Society). He was given the honorary title of Charter President. He served a a six year stint of the Editor-in-Chief of the IEEE Transactions on Neural Networks and as an Associate Editor of the IEEE Transactions on Fuzzy Systems. He was also the topical editor for Optical Signal Processing and Image Science for the Journal of the Optical Society of America A. He has served as a member of the Editorial Board for The International Journal of Neurocomputing, The Australian Journal of Intelligent Information Processing Systems, The Journal of Advanced Computational Intelligence, and Sampling Theory in Signal & Image Processing. Dr. Marks was co-founder and first President of The Puget Sound Section of the Optical Society of America. He was co-founder and first Chair of the IEEE Circuits & Systems Society Technical Committee on Neural Systems & Applications. Dr. Marks serves as the Steering Committee Chair for the 2005 IEEE Symposium on Swarm Intelligence in Pasadena. Dr. Marks served as General Chair of the International Symposium on Circuits and Systems, Seattle, General Co-Chair for four years of the IEEE/IAFE Conference on Financial Engineering in New York, International Chair of the RNNS/IEEE Symposium on Neuroinformatics and Neurocomputing (Rostov-on-Don, USSR), Organizational Chair for the (first), IEEE Virtual Reality Annual International Symposium (VRAIS) in Seattle and Raleigh, NC, respectively, and the (first) IEEE-SP International Symposium on Time-Frequency and Time-Scale Analysis (Victoria, BC). He served as Program and Tutorials Chair for the First International Forum on Applications of Neural Networks to Power Systems (Seattle). He served as the Awards Chair and Fellows Chair for the IEEE Computational Intelligence Society. Dr. Marks served as an elected member of the Board of Governors and Administrative Vice President of the IEEE Circuits and Systems Society. Professor Marks was the Technical Program Director for the first IEEE World Congress on Computational Intelligence, Orlando, the Program Co-chair for The IEEE/IAFE Conference on Financial Engineering (New York), The RNNS/IEEE Symposium on Neuroinformatics and Neurocomputing (Rostov-on-Don, Russia) and The International Conference on Neural Networks (ICNN) in Perth, Australia. He served as the North American Liaison for the Singapore International Joint Conference on Neural Networks (IJCNN); the Tutorials Chair for the IEEE World Congress on Computational Intelligence, Anchorage; Publications Chair of the IEEE International Electric Machines and Drives Conference (IEMDC’99), Seattle. He was the Special Sessions Chair for the 2000 International Joint Conference on Neural Networks - Italy. Dr. Marks has over 300 publications. Some of them are very good. Ten of Dr. Marks’ papers have been reproduced in volumes of collections of outstanding papers. He has three US patents in the field of artificial neural networks and signal processing. He is the author of the books Introduction to Shannon Sampling and Interpolation Theory (Springer Verlag, 1991), Neural Smithing: Supervised Learning in Feedforward Artificial Neural Networks (MIT Press, 1999) - with Russ Reed, and Handbook of Fourier Analysis and Its Applications (Oxford University Press, in press). He is the editor of Advanced Topics in Shannon Sampling and Interpolation Theory (Springer Verlag, 1993), and Fuzzy Logic Technology and Applications (IEEE Technical Activities Board, Piscataway, 1994). He is also a co-editor of the volumes Computational Intelligence: Imitating Life (IEEE Press, 1994), and Computational Intelligence: A Dynamic Systems Perspective (IEEE Press, 1995).