O PNAS quem diria − virou ‘folhetim’ de panfletos ideológicos

segunda-feira, maio 14, 2007

Os darwinistas desde o princípio sempre foram bons de relações públicas e de retórica para convencerem os cientistas e o público da suficiência epistêmica de suas teorias (São quantas mesmo? Cinco, segundo Ernst Mayr, o último papa evolucionista). Huxley que não me deixa mentir.

Em dezembro de 2006 foi realizado um colóquio evolucionista em Irvine, Califórnia. Eu sabia desse evento, mas não sabia que os trabalhos seriam publicados posteriormente na famosa PNAS.

Achei interessante este artigo do David Tyler
“Adaptações e complexidade à luz da evolução”:

Dezembro passado, um colóquio foi realizado em Irvine, CA, com o título geral de “À luz da evolução”. Esta escolha de palavras é uma alusão à declaração de Dobzhansky freqüentemente citada de que “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução”. Uma série de colóquios foi planejada, todos procurando “interpretar os fenômenos em várias áreas da biologia através da lente da evolução”. O evento de dezembro foi o primeiro e teve como seu tema “Adaptação e Complexidade”.

Os organizadores estavam muito atentos de que este é “um tempo de ressurgimento do interesse da sociedade em explicações sobrenaturais para a complexidade biológica. Especialmente nos Estados Unidos, os proponentes do design inteligente (DI) − a mais última reencarnação do criacionismo religioso − argumenta que a complexidade biótica somente pode ser o produto de uma inteligência suprema (i.e., Deus).” É claro, não é assim que a comunidade do DI vê a questão. Os argumentos do DI se especializam na razão de se fazer inferência de design. As opções para as explicações causais são estendidas de Lei + Acaso para Lei + Acaso + Design.

Esta abordagem é percebida como importante para a verdade e para a integridade da ciência, porque do contrário a ciência fica amoldada pela filosofia do naturalismo (a natureza é tudo que existe). Esta ameaça à ciência não é percebida e nem abordada pelos organizadores.

Há um caminho fácil para demonstrar que as inferências de design são inapropriadas – e isso é demonstrar a superioridade da explicação baseada na Lei e no Acaso.

Contudo, o insucesso da comunidade evolucionista em produzir isso é um dos fatores mais importantes por detrás do interesse sustentado no DI. Os autores do ensaio introdutório reconhecem que eles não trazem argumentos fortes e amadurecidos para apoiarem suas afirmações: “150 após Darwin, o desafio de entender a complexidade da natureza permanece em muitos aspectos na sua infância.”

Eles vão prosseguir a se referir a novas ferramentas para ajudar entender esta complexidade, mas não reconhecem que os dados descobertos por essas ferramentas têm influenciado muitos na direção do DI.


Os artigos estão atualmente no website Early Edition do PNAS, todos de livre acesso.

Artigos selecionados serão assunto de mais comentários neste blog.

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In the light of evolution I: Adaptation and complex design John C. Avise and Francisco J. Ayala Published online before print May 9, 2007 Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 10.1073/pnas.0702066104


This paper serves as an introduction to this PNAS supplement, which resulted from the Arthur M. Sackler Colloquium of the National Academy of Sciences, "In the Light of Evolution I: Adaptation and Complex Design," held December 1-2, 2006, at the Arnold and Mabel Beckman Center of the National Academies of Sciences and Engineering in Irvine, CA.

It is the first in a planned series of colloquia under the umbrella title "In the Light of Evolution" (see Box 1).
The complete program is available on the NAS web site.