Aqui neste blog eu desafio a Nomenklatura científica − postura arrogante de cientificismo bem maquiavélica na prática de inquisição sem fogueiras aos dissidentes dos atuais paradigmas [Guillermo Gonzalez é o exemplo mais recente], bem como destaco a confusão que alguns cientistas fazem do naturalismo metodológico com o naturalismo filosófico reforçando posições ideológicas do materialismo filosófico.
Além disso, na defesa da sociedade pluralista, faço o papel de Advogado do Diabo para os de concepções religiosas, defendendo seus direitos constitucionais, denunciando posturas fundamentalistas dos secularistas que dominam a Academia e a Grande Mídia em Pindorama, e para que não sejam iludidos pelo canto da sereia darwinista de que há compatibilidade entre aceitar a evolução e crer numa divindade. Darwin, você também me deve essa, pois defendo aqui a ortodoxia de suas idéias...
Trago aqui uma pérola de hipocrisia e arrogância dos clérigos secularistas xiitas [que meus amigos muçulmanos não me queiram mal por isso]:
“Portanto, nós precisamos o entendimento da evolução. Nós precisamos da ciência, e também há espaço para permitir algumas versões de religião. Não a religião estreita, evangélica, que ataca verbalmente a ciência, mas a religião de mente aberta, tolerante, e bem comportada.” [1]
Uau, caracas meu! Eu quase morri de rir diante de tanta incongruência lógica. Como alguém pode ser “tolerante” e “mente aberta”, e imediatamente afirmar que nós devemos somente “permitir algumas versões de religião”. Mas, eu fiquei bastante preocupado com a “demonização” dos cristãos evangélicos que se opõem não à ciência, mas à falsa ciência. Quanta hipocrisia desta autora!
Em seguida ela destila seu veneno dogmático desafiador de Bothrops jararaca [2] contra os críticos da teoria geral da evolução:
“Não há dúvida, não há nenhuma evidência contra a evolução, e não há nenhuma controvérsia sobre a ciência da evolução.” [3]
Uau, porpeta, onde esta dona estudou ciência, quais publicações científicas ela lê, o que faz da montanha de evidências contrárias à teoria geral da evolução [eles nunca identificam qual “evolução” está sendo discutida]. Se não há controvérsia por que a Nomenklatura científica está elaborando nova teoria geral da evolução vez que o neodarwinismo já foi considerado morto há quase 30 anos? 2010 não está muito longe. Quem viver, verá, a menos que eles queiram me contrariar…
Hipocrisia e dogmatismo, quem diria, é o que mais temos e vemos na Academia. Sem nenhuma advertência, como se isso fizesse parte do discurso científico, como se fosse ciência normal. Nada mais falso. Hipócritas e dogmáticos, sejam mais academicamente honestos, façam ciência. É para isso que lhes pagamos salários através de nossos impostos. Se querem proclamar uma ideologia, tirem dinheiro dos seus bolsos, fundem um partido, uma associação, ou o raio que os parta, mas não se abriguem debaixo do manto da ciência, e nem façam isso com o nosso suado dinheirinho.
É por essas e outras que, não sendo um deles, mesmo assim me chamam de “rotweiller dos criacionistas”. Huxley, cara, depois dessa vou chamá-lo de “poodle” de Darwin. Você merece, mas terei sempre em mente a sua hipocrisia e dogmatismo que condenou St. George Jackson Mivart ao ostracismo, e destruiu a carreira acadêmica do primeiro teísta que tentou harmonizar as especulações transformistas de Darwin e a sua concepção religiosa.
Nada mudou desde 1871, Huxley redivivus continua, mas eu não sabia que hipocrisia rimava com dogma. Na grande taba tupiniquim não é diferente.
NOTAS:
[1] “Therefore, we need understanding of evolution. We need the science, and also there is room to allow some versions of religion. Not the narrow, evangelical, science-bashing religion, but open-minded, tolerant, and well-behaved religion.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, pg. 108.
[2] Segundo o Instituto Butantã, embora a jararaca seja uma cobra dócil, ela é responsável pela maioria dos acidentes ofídicos no País: 50% dos acidentes.
[3] “There is no doubt, there is no evidence against evolution, and there is no controversy about the science of evolution.” MAIENSCHEIN, Jane. “Untangling Debates about Science and Religion,” in The Panda’s Black Box , editado por Nathaniel C. Comfort, Johns Hopkins University Press, 2007, p. 98.