Em outras ocasiões destaquei neste blog que o ‘consenso’ acadêmico é uma coisa boa e má ao mesmo tempo. Uma faca de dois gumes.
O ‘consenso’ é uma coisa boa porque nos dá maior confiança na posição considerada certa pela maioria dos especialistas. O consenso é uma coisa má porque a História da Ciência registra que o ‘consenso’ sobre determinadas verdades científicas estava errado.
O ‘consenso’ também é uma coisa má porque intimida os críticos e oponentes do paradigma vigente, e impede o avanço da ciência pela não discussão de novas teorias e hipóteses. O ‘consenso’ da Akademia ajudou na condenação de Galileu Galilei pela Igreja... Inquisição sem fogueiras, ostracismo, e outra cositas mais. Tenho amigo cientista que não publica há mais de uma década. É gente, cientista não é essa coisa asséptica que muita gente imagina. Existe muita desonestidade em ciência. Sei do que estou falando.
Tom Bethell, no seu livro “Politically Incorrect Guide to Science” [Guia Politicamente Incorreto de Ciência], citou a Michael Crichton afirmando que o consenso em ciência “é um desenvolvimento extremamente pernicioso que deve ser estancado na sua origem. Historicamente, a afirmação de consenso tem sido o primeiro refúgio de canalhas; é um jeito de evitar o debate pela afirmação de que a questão já está resolvida. Sempre que você ouvir que o consenso dos cientistas concorda em alguma coisa ou outra, procure a sua carteira, porque você está sendo roubado.”
Consenso científico? Crichton disse que nós estamos sendo roubados! Uau, é ainda dizem que bato duro demais aqui neste blog na Nomenklatura científica e na Grande Mídia tupiniquins.
Fui, flanando por causa da democracia epistêmica feyerabendiana exposta no “Contra o Método”...