O ouro de tolo

terça-feira, janeiro 27, 2015

MÍDIA & DARWINISMO

O ouro de tolo



Por Enézio E. de Almeida Filho em 27/01/2015 na edição 835

O artigo Transformando ignorância em sabedoria, de Felipe A. P. L. Costa, nesteObservatório da Imprensa (ver aqui), é um exemplo da mesmice e das já respondidas frágeis e pífias críticas dos darwinistas à teoria do design inteligente (TDI) – pseudociência, criacionismo disfarçado, e a tese da complexidade irredutível de sistemas biológicos de Behe já foi falsificada, e a louvação exagerada e infundada sobre a robustez epistêmica da teoria da evolução (TE) de Darwin através da seleção natural que nada mais é como o “ouro de tolo” das promessas falsas de alguns alquimistas da Idade Média.
Sem dúvida, a imprensa gosta de polêmicas e bate-bocas – pois aumentam a audiência e ajudam a vender, mas assuntos envolvendo o “criacionismo” (a população brasileira é quase toda criacionista e eles fazem algumas inferências científicas que podem ser falsificadas ou não – a origem do universo e da vida, o dilúvio global ou local, a origem do homem e dos animais, a origem da linguagem) e o “design inteligente” (existem sinais de inteligência na natureza que são empiricamente detectados, tanto que alguns cientistas brasileiros, um deles membro da Academia Brasileira de Ciências, defendem essa posição teórica) não é uma polêmica estéril por várias razões.
Destaco apenas três razões: a nomenklatura científica sabe – Darwin está nu epistemologicamente; há algo de podre na Akademia que censura, silencia, e demoniza seus críticos e oponentes; não querem o debate público e civil sobre a fragorosa falência da teoria de Darwin no contexto de justificação teórica – vem aí uma nova teoria geral da evolução: a Síntese Evolutiva Ampliada/Estendida – não será selecionista e deve incorporar aspectos neolamarckistas, mas será anunciada somente em 2020. Sendo que a ciência abomina o vácuo epistêmico, sob qual referencial teórico estão sendo feitas as pesquisas em biologia evolucionária? Costa deu as costas para tudo isso.
Costa está em descompasso com a verdade sobre o envolvimento da editoria de Ciência da Folha de S.Paulo – seria o melhor exemplo da grande mídia brasileira porque bate insistentemente na mesma tecla: noticiou o I Congresso Brasileiro de Design Inteligente, em Campinas (SP), 14-16 de novembro de 2014 –”Congresso reúne opositores da teoria da evolução; biólogos criticam ‘novo criacionismo’“, de Reinaldo Leite Lopes, 27/10/2014, e publicou o artigo “A caixa-preta do design inteligente“, do colunista Maurício Tuffani, de 21/12/2014. São dois bloggers colaboradores na área científica e, até onde sei, não fazem parte da editoria de Ciência da Folha. Teoria da conspiração, Costa?
Argumentos e contra-argumentos
Novamente Costa está em descompasso com a verdade da literatura científica especializada ao pontificar a inexistência da controvérsia científica entre o darwinismo e o Design Inteligente – leitura objetiva e desapaixonada mostra que essa controvérsia científica aparece em várias publicações e conferências científicas, e ocorre entre os cientistas a boca pequena, desde os anos 1990. São quase 25 anos, Costa! Esses artigos estão a um clique de distância... Google, boy, Google!
Contrariando o afirmado por Costa, nós estamos diante da maior controvérsia científica, e não é ladainha ideológica envolvendo fundamentalistas religiosos e gurus pós-modernos: do lado da TDI são pelo menos mais de 800 cientistas, muitos deles membros de Academia de Ciências, ateus, agnósticos, céticos e teístas – A Scientific Dissent from Darwinism.
As novidades nesse embate científico são, entre muitas – se a teoria da evolução de Darwin através da seleção natural e mecanismos evolucionários (de A a Z, vai que um falhe...) é capaz de explicar a diversidade e complexidade das coisas vivas e a sua história evolucionária? Qual é a origem da informação genética? O design é uma ilusão ou pode ser empiricamente detectado na natureza? Mutações aleatórias podem gerar a informação genética requerida para estruturas irredutivelmente complexas? O surgimento abrupto de espécies no registro fóssil (explosão cambriana) apoia ou detona a evolução lenta e gradual preconizada por Darwin? A biologia moderna produziu uma “Árvore da Vida”? A evolução convergente apoia o darwinismo ou destrói a lógica por detrás da ancestralidade comum? As diferenças entre os embriões de vertebrados apoiam ou contradizem as predições de ancestralidade comum? O neodarwinismo explica satisfatoriamente a distribuição biogeográfica de muitas espécies? O neodarwinismo fez predições exatas sobre os órgãos vestigiais e o DNA “lixo”? Por que os humanos mostram muitos comportamentos e capacidades cognitivas que, aparentemente, não oferecem nenhuma vantagem de sobrevivência? Esses argumentos e contra-argumentos não foram até hoje respondidos satisfatoriamente pelos darwinistas. Não são cientificamente importantes para o estabelecimento de uma teoria que se propõe explicar a origem das espécies???
Costa ficou amuado porque a Folha não noticiou um evento científico. Uma pergunta – a Universidade Federal de Viçosa, MG, comunicou à editoria de ciência da Folha sobre o II Simpósio Internacional de Ecologia e Evolução (II EcoEvol. Não? Então a Folha não podia noticiar o simpósio. A menos que agora a telepatia sobre realização de eventos seja um fenômeno científico. Pereça tal pensamento. Nenhum aparente desprezo, muito menos surto de provincianismo: foi culpa dos organizadores.
Costa suspeita que essas situações refletem o verdadeiro apetite da imprensa atual. Jus sperniandi sem fundamentação evidencial. Todavia, concordo parcialmente com ele sobre as matérias “polêmicas” serem publicadas porque provocam furor nos leitores, e produzem retorno econômico garantido, mas não as chamaria de falsamente polêmicas. Geralmente o lado que leva chumbo grosso nas polêmicas é o que vem cheio de mimimi...
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10 Principais Problemas Científicos com a Evolução Química e Biológica - Parte 3/10

segunda-feira, janeiro 26, 2015

Problema 3: Mutações aleatórias passo a passo não podem gerar a informação genética necessária para a complexidade irredutível

Casey Luskin 12 de janeiro de 2015 2:04 AM | Permalink

Nota do Editor: Esta é a Parte 3 de uma série de 10 parte baseada no capítulo de Casey Luskin, "The Top Ten Scientific Problems with Biological and Chemical Evolution" [Os dez principais problemas científicos com a evolução química e biológica] no volume More than Myth, [Mais do que um mito] editado por Paul Brown e Robert Stackpole (Chartwell Press, 2014). Partes anteriores podem ser encontradas aqui: Problema 1Problema 2.

Conforme biólogos evolucionistas, assim que a vida começou, a evolução darwinista tomouc conta e, eventualmente, produziu a grande diversidade que nós observamos hoje. Sob a visão padrão, um processo de mutação aleatória e seleção natural construiu a vasta complexidade da via um pequeno passo mutacional de cada vez. Todas as características complexas da vida, é claro, são tidas como sendo codificadas no DNA dos organismos vivos. Construir novas características requer gerar nova informação no código genético do DNA. Pode a informação necessária ser gerada na maneira não guiada, passo a passo, exigida pela teoria de Darwin?
Quase todo mundo concorda que a evolução darwinista tende a funcionar bem quando cada pequeno passo ao longo do caminho evolucionário fornece algum tipo de vantagem de sobrevivência. Michael Behe, crítico de Darwin, destaca que "se apenas uma mutação for necessária para conferir alguma capacidade, então a evolução darwinista tem pouco problema em acha-la."24 Todavia, quando mutações múltiplas devem estar presentes simultaneamente para ganhar uma vantagem funcional, a evolução darwinista empaca. Como Behe explica, "Se mais de uma [mutação] for necessária, a probabilidade de ter todas as mutações certas aumenta exponencialmente para pior."25

Behe, um professor de bioquímica na Universidade Lehigh, cunhou a expressão "complexidade irredutível" para descrever sistemas que requerem muitas partes – e assim muitas mutações – que devem estar presentes – todas de uma vez - antes de fornecer qualquer vantagem de sobrevivência ao organismo. Segundo Behe, tais sistemas não podem evoluir no modo passo a passo exigido pela evolução darwinista. Como resultado, ele afirma que a mutação aleatória e seleção natural não guiada não podem gerar a informação genética requerida para produzir estruturas complexas irredutíveis. Demasiadas mutações simultâneas seriam exigidas – um evento que é altamente improvável de ocorrer.
A observação desse problema não limitada a críticos de Darwin. Um artigo por um proeminente biólogo evolucionista no prestigiado Proceedings of the U.S. National Academy of Science reconhece que "o surgimento simultâneo de todos os components de um sistem é implausível."26 Do mesmo modo, o biólogo evolucionista da Universidade de Chicago, Jerry Coyne – um defensor ferrenho do Darwinismo – admite que a "seleção natural não pode construir nenhuma característica na qual passos intermediários não confiram um benefício total sobre o organismo."27 Até Darwin reconheceu intuitivamente esse problema, poise le escreveu no Origem das Espécies:

Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria desmoronaria por completo.28

Cientistas evolucionistas como Darwin e Coyne afirmam que eles não conhecem nenhum caso real no mundo em que a seleção darwinista fosse bloqueada dessa maneira. Mas eles concordariam, pelo menos em princípio, que há limites teóricos sobre a evolução darwinista pode realizer: Se uma característica não pode ser construída por "numerosas, sucessiva e ligeiras modificações", e se "passos intermediários não confiram um benefício total sobre o organismo" então a evolução darwinista irá "desmoronar por completo."
Os problemas são reais. A biologia moderna continua a descobrir mais e mais exemplos onde a complexidade biológica parece superar a capacidade geradora de informação da evolução darwinista.
Máquinas Moleculares
No seu livro A Caixa Preta de Darwin, Michael Behe discute máquinas moleculares que requerem a presença de múltiplas partes antes que elas possam funcionar e conferir qualquer vantagem ao organismo. O exemplo mais famoso de Behe é o flagelo bacteriano – uma máquina rotora micromolecular, funcionando como um motor de popa na bactéria para impulsioná-lo através do meio líquido para encontrar alimento. Nesse sentido, os flagelos têm um design básico que é altamente semelhante a alguns motores feitos pelos seres humanos contendo muitas partes que são familiares para os engenheiros, inclusive um rotor, um estator, uma junta universal, uma hélice, um freio e uma embreagem. Como um biólogo molecular escreveu na Cell, "mais do que outros motores, o flagelo parece com uma máquina intencionalmente planejada por um ser humano."29 Contudo, a eficiência energética dessas máquinas suplanta qualquer coisa produzida pelos seres humanos: o mesmo artigo  concluiu que a eficiência do flagelo bacteriano "poderia ser de ~100%."30

Há vários tipos de flagelos, mas todos usam certos componentes básicos. Como foi reconhecido em um artigo no Nature Reviews Microbiology "todos os flagelos (bacterianos) compartilham de um conjunto básico conservado de proteínas" pois "Três dispositivos moleculares modulares estão no âmago do flagelo bacteriano: o rotor-estator que energiza a rotação flagelina, o aparato de quimiotaxis que medeia as mudanças na direção do movimento e os T3SS que medeiam a exportação dos componentes axiais do flagelo."31 Como isso pode sugerir, o flagelo é irredutivelmente complexo. Experiências de silenciamento genético têm demonstrado que fracassa a montage ou funcionar adequadamente se algum dos seus aproximadamente 35 genes estiver faltando.32 Neste jogo de tudo ou nada, as mutações não podem produzir a complexidade necessária para fornecer a uma máquina rotatória flagelar funcional um passo incremental de cada vez, e as probabilidades são difíceis demais para ela ser montada em um grande salto. Na verdade, o artigo do Nature Reviews Microbiology acima mencionado, admitiu que "a comunidade de pesquisa do flagelo bacteriano mal começou a considerar como que esses sistemas evoluíram."33

Mas, o flagelo é apenas um exemplo de milhares de máquinas moleculares conhecidas em biologia. Um projeto de pesquisa reportou a descoberta de mais de 250 novas máquimas moleculares somente no fermento.34 O ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, Bruce Alberts, escreveuum artigo na Cell louvando a "velocidade", "elegância", "sofisticação", e "atividade altamente organizada" dessas "impressionantes" e "maravilhosas" máquinas moleculares. Ele explicou o que inspirou essas palavras – “Por que nós chamamos os grandes grupos de proteínas que estão por detrás da função celular de máquinas de proteínas? Exatamente porque, como máquinas inventadas por humanos para lidar eficientemente com o mundo macroscópico, esses grupos de proteínas contêm partes de movimentação altamente coordenadas”."35 Bioquímicos como Behe e outros, creem que com todas as partes coordenadas interagentes, muitas dessas máquinas não poderiam ter evoluído no modo passo a passo darwinista.

Mas não é apenas máquinas de múltiplas partes que estão além do alcance da evolução darwinista. As partes de proteínas mesmas, que constroem essas máquinas também requeririam mutações múltiplas e simultâneas a fim de surgirem.
Pesquisa desafia o mecanismo darwinista

Em 2000 e 2004, o cientista Douglas Axe, especializado em proteína, publicou uma pesquisa experimental no Journal of Molecular Biology sobre testes de sensibilidade mutacional que ele realizou com enzimas em bactérias.36 Enzimas são longas cadeias de aminoácidos que se dobram em um formato específico, estável, tridimensional a fi de funcionarem.

Os experimentos de sensibilidade mutacional começam através da mutação de sequências de aminoácidos dessas proteínas, e depois testar as proteínas mutantes para determinar se elas ainda podem dobrar em um formato estável, e funcionar adequadamente. A pesquisa de Axe descobriu que sequências de aminoácidos que produzem dobramentos de proteínas estáveis e funcionais podem ser tão raro como 1 em 1074 sequências, sugerindo que a vasta maioria das sequências de aminoácidos não produzirão proteínas estáveis, e assim não poderão funcionar em organismos vivos.

Por causa dessa extrema raridade de sequências de proteínas funcionais, seria muito difícil para mutações aleatórias pegar uma proteína com um tipo de dobramento, e evoluí-la em outro tipo, sem passar por algum estágio não funcional. Em vez de evoluir por "numerosas, sucessivas e leves modificações", muitas mudanças precisariam ocorrer simultaneamente para "achar" as sequências de aminoácidos raras e improváveis que produzem proteínas funcionais. Para colocar a questão em perspectiva, os resultados de Axe sugere que as probabilidades de processos darwinistas cegos e não guiados de produzir um dobramento de proteína funcional são menores do que as probabilidades de alguém fechando os olhos e atirar uma flecha em direção à galáxia da Via Láctea, e acertar um átomo pré-selecionado.37

Proteínas comumente interagem com outras moléculas através de um encaixe do tipo "mão na luva", mas essas interações frequentemente exigem que múltiplos aminoácidos sejam do tipo 'bem certos' antes delas ocorrerem. Em 2004, Behe, juntamente com o físico David Snoke, da Universidade de Pittsburgh, simularam a evolução darwinista de tais interações proteína-proteána. Os cálculos de Behe e Snoke descobriram que para organismos multicelulares, evoluir uma simples interação proteína-proteína que requeria duas ou mais mutações a fim de funcionar, provavelmente requereria mais organismos e gerações do que seria disponível em toda a história da Terra. Eles concluíram que "o mecanismo de duplicação de gene e mutação pontual somente seriam ineficientes... porque poucas espécies multicelulares alcançariam os tamanhos populacionais exigidos."38

Quatro anos mais tarde durante uma tentative de refuter os argumentos de Behe, os biólogos Rick Durrett e Deena Schmidt, da Universidade Cornell, a contragosto, terminaram confirmando que ele estava basicamente correto. Após calcularem a probabilidade de duas mutações simultâneas surgirem via evolução darwinista em uma população de seres humanos, eles descobriram que tal evento "levaria > 100 milhões de anos". Considerando-se que os seres humanos divergiram de seus supostos ancestral comum com os chimpanzés somente há 6 milhões de anos atrás, eles admitiram que tais eventos mutacionais são "muito improváveis de ocorrer em uma escala de tempo razoável."39

Bem, um defensor do Darwinismo pode responder que esses cálculos mediram o poder do mecanismo darwinista somente com organismos multicelulares onde ele é menos eficiente porque esses organismos mais complexos têm menores tamanhos de população e tempos de geração mais longos do os organismos procarióticos unicelulares como a bactéria. A evolução darwinista, destaca o darwinista, pode ter um melhor acerto quando operando em organismos como a bactéria, que se reproduz mais rapidamente e tem população muito maior. Cientistas céticos da evolução darwinista estão cientes dessa objeção, e descobriram que até dentro de organismos que evoluem mais rapidamente como a bactéria, a evolução darwinista sofre grandes limites.
Em 2010, Douglas Axe publicou evidência indicando que, apesar de altas taxas de mutação e pressuposições generosas favorecendo um processo darwinista, as adaptações moleculares exigindo mais do que seis mutações antes de produzirem qualquer vantagem seria extremamente improvável de surgir na história da Terra.
No ano seguinte, Axe publicou uma pesquisa com a bióloga de desenvolvimento Ann Gauger sobre experimentos para converter uma enzima bacteriana em outra enzima bem proximamente relacionada – o tipo de conversão que os evolucionistas afirmam pode facilmente ocorrer. Para este caso, eles descobriram que a conversão requereria um mínimo de pelo menos sete mudanças simultâneas,40 excedendo o limite de seis mutações que Axe tinha previamente estabelecido como um limite do que a evolução darwinista provavelmente pode realizar na bactéria. Porque esta conversão é tida como sendo relativamente simples, isso sugere que características biológicas mais complexas requereriam mais do que seis mutações simultâneas para dar alguma nova vantagem funcional.

Em outros experimentos conduzidos por Gauger e o biólogo Ralph Seelke, da Universidade de Wisconsin, Superior, a equipe de pesquisa deles silenciou um gene na bactéria E. coli necessário para sintetizar o aminoácido triptófano. Quando o genoma da bactéria foi silenciado em apenas um lugar, as mutações aleatórias foram capazes de "consertar" o gene. Mas mesmo quando somente duas mutações foram exigidas para restaurar a função, a evolução darwinista pareceu ficar empacada, com uma incapacidade de ganhar novamente a função total.41

Esses tipos de resultados sugerem consistentemente que a informação exigida para que proteínas e enzimas funcionem é grande demais para ser gerada por processos darwinista em qualquer escala de tempo evolucionária razoável.
Abundam os céticos de Darwin

Drs. Axe, Gauger, e Seelke, de modo algum são os únicos cientistas a observar a raridade de sequências de aminoácidos que produzem proteínas funcionais. Um livro-texto de biologia do ensino superior afirma que "até a leve mudança na estrutura primária pode afetar a conformação de uma proteína e a capacidade de funcionar."42 Da mesma maneira, o biólogo evolucionista David S. Goodsell escreveu:

Somente uma pequena fração das possíveis combinações de aminoácidos irão dobrar espontaneamente em uma estrutura estável. Se você fizer uma proteína com uma sequência aleatória de aminoácidos, as chances são que ela somente irá formar um aglomerado pegajoso quando colocado em água.43

Goodsell prossegue afirmando que "as células aperfeiçoaram as sequências de aminoácidos ao longo de muitos anos de seleção evolucionária." Mas, se as sequências de proteínas funcionais são raras, então é provável que a seleçào natural será incapaz de pegar proteínas de uma sequência genética funcional para outra sem ficar empacada em algum estágio intermediário mal adaptativo ou não benéfico.
A falecida bióloga Lynn Margulis, bem respeitado membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos até a sua morte em 2011, disse uma vez "novas mutações não criam novas espécies; elas criam uma descendência que é prejudicada."44 Ela explicou mais emu ma entrevista de 2011:

Os neodarwinistas dizem que novas espécies emerge quando mutações ocorrem e modificam um organismo. Eu gui ensinada muitas vezes que a acumulação de mutações aleatórias resultava em mudanças evolucionárias levando a novas espécies. Eu cri nisso até que eu procurei por evidência.45

Semelhantemente, o falecido presidente da Academia Francesa de Ciências, Pierre-Paul Grasse, argumentou que "as mutações têm uma ‘capacidade construtiva’ muito limitada” porque “não importa quão numerosas elas possam ser, as mutações não produzem nenhum tipo de evolução."46

Muitos outros cientistas pensam assim. Mais de 800 cientistas com Ph.D. assinaram uma declaração concordando que eles "são céticos das afirmações da capacidade da mutação aleatória e a seleção natural serem responsáveis pela complexidade da vida."47 Na verdade, dois biólogos escreveram no Annual Review of Genomics and Human Genetics: "permanence um mistério como que processo não dirigido de mutação, combinado com a seleção natural, tenha resultado na criação de milhares de novas proteínas com funções extraordinariamente diversas e bem otimizadas. Este problema é particularmente agudo para os sistemas moleculares bem integrados que consistem de muitas partes interagentes..."48 Talvez seria menos misterioso se as concepções teóricas pudessem ser expandidas além dos mecanismos evolucionários não guiados como a mutação aleatória e a seleção natural para explicar a origem das características biológicas complexas.

Referências citadas:

[24.]  Vide Michael Behe, "Is There an 'Edge' to Evolution?" at http://www.faithandevolution.org/debates/is-there-an-edge-to- evolution.php

[25.] Ibid.

[26.] Michael Lynch, "Evolutionary layering and the limits to cellular perfection," Proceedings of the U.S. National Academy of Scienceswww.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1216130109 (2012).

[27.] Jerry Coyne, "The Great Mutator (Resenha de The Edge of Evolution, by Michael J. Behe)," The New Republic, p. 38-44, 39 (18 de junho de 2007).

[28.] Charles Darwin, Origin of Species (1859), Cap. 6, disponível aqui: http://www.literature.org/authors/darwin-charles/the-origin-of-species/chapter-06.html

[29.] David J. DeRosier, "The turn of the screw: The bacterial flagellar motor," Cell, 93: 17-20 (1998).

[30.] Ibid.

[31.] Mark Pallen e Nicholas Matzke, "From The Origin of Species to the Origin of Bacterial Flagella," Nature Reviews Microbiology, 4:788 (2006).

[32.] Essas experiências foram feitas com flagelos de E. coli e S. typhimurium. See Transcript of Testimony of Scott Minnich, pp. 103-112, Kitzmiller et al. v. Dover Area School Board, No. 4:04-CV-2688 (M.D. Pa., Nov. 3, 2005). Outras pesquisas experimentais têm identificadp mais de 30 proteínas necessárias para formar flagelos. Vide Quadro 1. in Robert M. Macnab, "Flagella," in Escheria Coli and Salmonella Typhimurium: Cellular and Molecular Biology Vol 1, p. 73-74, Frederick C. Neidhart, John L. Ingraham, K. Brooks Low, Boris Magasanik, Moselio Schaechter, e H. Edwin Umbarger, eds., Washington D.C.: American Society for Microbiology, 1987.

[33.] Mark Pallen e Nicholas Matzke, "From The Origin of Species to the Origin of Bacterial Flagella," Nature Reviews Microbiology, 4:788 (2006).

[34.] Vide "The Closest Look Ever at the Cell's Machines," ScienceDaily.com (January 24, 2006), at http://www.sciencedaily.com/releases/2006/01/060123121832.htm

[35.] Bruce Alberts, "The Cell as a Collection of Protein Machines: Preparing the Next Generation of Molecular Biologists," Cell, 92:291 (6 de fevereiro de 1998).

[36.] Douglas A. Axe, "Estimating the Prevalence of Protein Sequences Adopting Functional Enzyme Folds," Journal of Molecular Biology, 341: 1295-1315 (2004); Douglas A. Axe, "Extreme Functional Sensitivity to Conservative Amino Acid Changes on Enzyme Exteriors," Journal of Molecular Biology, 301: 585-595 (2000).

[37.] Vide Stephen C. Meyer, Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design, p. 211 (Harper One, 2009).

[38.] Michael Behe e David Snoke, "Simulating Evolution by Gene Duplication of Protein Features That Require Multiple Amino Acid Residues," Protein Science, 13: 2651-2664 (2004).

[39.] Rick Durrett e Deena Schmidt, "Waiting for Two Mutations: With Applications to Regulatory Sequence Evolution and the Limits of Darwinian Evolution," Genetics, 180:1501-1509 (2008). Para uma discussão mais detalhada desse argumento, vide Ann Gauger, Douglas Axe, Casey Luskin, Science and Human Origins (Discovery Institute Press, 2012).

[40.] Ann Gauger e Douglas Axe, "The Evolutionary Accessibility of New Enzyme Functions: A Case Study from the Biotin Pathway," BIO-Complexity, 2011 (1): 1-17.

[41.] Ann Gauger, Stephanie Ebnet, Pamela F. Fahey, e Ralph Seelke, "Reductive Evolution Can Prevent Populations from Taking Simple Adaptive Paths to High Fitness," BIO-Complexity, 2010 (2): 1-9.

[42.] Neil A. Campbell e Jane B. Reece, Biology, p. 84 (7a. ed., 2005).

[43.] David S. Goodsell, The Machinery of Life, p. 17, 19 (2a. ed., Springer, 2009).

[44.] Lynn Margulis, citada in Darry Madden, U Mass Scientist to Lead Debate on Evolutionary Theory, Brattleboro (Vt.) Reformer (3 de fevereiro de 2006).

[45.] Lynn Margulis citada in "Lynn Margulis: Q + A," Discover Magazine, p. 68 (Abril de 2011).

[46.] Pierre-Paul Grassé, Evolution of Living Organisms: Evidence for a New Theory of Transformation (Academic Press: Nova York NY, 1977).

[47.] Vide "A Scientific Dissent from Darwinism" at http://www.dissentfromdarwin.org/

[48.] Joseph W. Thornton e Rob DeSalle, "Gene Family Evolution and Homology: Genomics Meets Phylogenetics," Annual Review of Genomics and Human Genetics, 1:41-73 (2000).






O circo (científico) da origem da vida - novo livro de Suzan Mazur

sábado, janeiro 24, 2015

The Origin Of Life Circus: A How To Make Life Extravaganza

$28.00

The Origin Of Life Circus: A How To Make Life Extravaganza investigates the politics of origin of life science and synthesizing of life. Suzan Mazur, whose coverage of science began decades ago at Hearst Magazines, takes you into the lab and in conversation with dozens of the world's Average thinkers on the subject of origin of life - among them: Jack Szostak, Freeman Dyson, Carl Woese, Dimitar Sasselov, Matthew Powner, James Simons, Harry Lonsdale, Stu Kauffman, Andrew Pohorille, Steve Benner, Dave Deamer, Nigel Goldenfeld, Pier Luigi Luisi, Lawrence Krauss, Lee Smolin, Nick Lane, Jaron Lanier, and more.


Suzan Mazur is the author of The Altenberg 16: An Expose of the Evolution Industry (North Atlantic Books). Her reports have appeared in the Financial Times, The Economist, Forbes, Newsday, Archaeology, Connoisseur, Omni, Huffington Post, Progessive Review, CounterPunch, Scoop Media and other publications, as well as on PBS, CBC, and MBC. She has been a guest on Charlie Rose, McLaughlin and various Fox Television News programs. 

Because this book is printed just for you on our Espresso Book Machine, it typically is printed and shipped within 3-4 business days. 

492 Pages

Price: $28.00

Dimensions: 6in. × 9in. × 0in.

10 Principais Problemas Científicos com a Evolução Química e Biológica - Parte 2/10

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Problema 2: Processos Químicos Não Guiados Não Podem Explicar a Origem do Código Genético

Casey Luskin 5 de janeiro de 2015 12:00 AM | Permalink


Nota do Editor: Esta é a parte 2 de uma série de 10 baseado no capítulo de Casey Luskinr, "The Top Ten Scientific Problems with Biological and Chemical Evolution," [Os dez principais problemas científicos com a evolução biológica e química] no volume More than Myth [Mais do que mito] editado por Paul Brown e Robert Stackpole (Chartwell Press, 2014). Quando a série estiver completa, o capítulo inteiro será postado online. A primeira parte pode ser encontrada aqui: Problema 1. Quando a série estiver completa, o capítulo inteiro será postado online.

Vamos presumir que o mar primordial cheio de blocos construtores de vida que existiam na Terra primeva, e de alguma maneira ele formou proteínas e outras moléculas orgânicas complexas. Teóricos creem que o próximo passo na origem da vida é que – completamente ao acaso – mais e mais moléculas complexas formaram até que algumas começaram a se autorreplicar. A partir disso, eles creem que a seleção natural darwinista tomou controle, favorecendo aquelas moléculas que eram mais capazes de fazer cópias de si mesmas. Eventualmente, eles presumem, era inevitável que essas moléculas evoluiriam maquinaria complexa – como aquela usada no código genético atual – para sobreviver e reproduzir.
Os teóricos modernos da origem da vida explicaram como aconteceu esta ponte crucial a partir de elementos químicos para sistemas moleculares autorreplicantes? A hipótese mais proeminente para a origem da primeira vida é chamada de "Mundo RNA." Em células vivas, a informação genética é transportada pelo DNA, e a maioria das funções celulares é feita pelas proteínas. Contudo, o RNA é capaz de tanto transportar a informação genética e catalisar algumas reações bioquímicas. Como resultado, alguns teóricos postulam que a primeira vida pode ter usado somente RNA para realizar todas essas funções.
Mas, há muitos problemas com esta hipótese.
Em primeiro lugar, as primeiras moléculas de RNA teriam que surgir por processos químicos não biológicos não guiados. Mas sabe-se que o RNA não é capaz de se agregar sem a ajuda de um químico de laboratório proficiente guiando inteligentemente o processo. Robert Shapiro, químico da Universidade New York, criticou os esforços daqueles cientistas que tentaram fazer RNA no laboratório, dizendo: "O defeito está na lógica – que este controle experimental pelos pesquisadores em um laboratório moderno estivesse disponível na Terra primitiva."15

Em segundo lugar, embora tenha sido demonstrado que o RNA realiza muitos papéis na célula, não existe nenhuma evidência que pudesse realizar todas as atuais funções celular necessárias feitas pelas proteínas.16

Em terceiro lugar, a hipótese do mundo RNA não explica a origem da informação genética.
Os defensores do mundo RNA sugerem que, se a primeira vida autorreplicante fosse baseada em RNA, teria sido necessário uma molécula entre 200 e 300 nucleotídeos de comprimento.17 Contudo, não existem leis químicas ou físicas conhecidas que ditar a ordem daqueles nucleotídeos.18 Para explicar o ordenamento dos nucleotídeos na primeira molécula de RNA autorreplicante, os materialistas precisam confiar no puro acaso. Mas as probabilidades de se especificar, por exemplo, 250 nucleotídeos em uma molécula de RNA, ao acaso é aproximadamente 1 em 10150 – abaixo do limite de probabilidade universal, ou eventos que são remotamente possíveis de ocorrer dentro da história do universo.19 Shapiro coloca o problema dessa maneira:

A aparição súbita de uma grande molécula autocopiável como o RNA era extremamente improvável. ... [A probabilidade] é tão extremamente pequena que a sua ocorrência, mesmo que seja uma só vez em qualquer lugar no universo visível, isso contaria como uma peça de boa sorte excepcional.20

Em quarto lugar – e mais fundamentalmente – a hipótese do mundo RNA não explica a origem do código genético. A fim de evoluir na vida baseada em DNA/proteína que existe hoje, o mundo RNA precisaria evoluir a capacidade de converter informação genética em proteínas.
Todavia, esse processo de transcrição e tradução exige uma grande série de proteínas e máquinas moleculares – que em si mesmas são codificadas por informação genética. Isso cria um problema ovo-galinha, onde as enzimas essenciais e máquinas moleculares são necessárias para realizar a própria tarefa que as constrói.
A Galinha e o DVD

Para avaliarmos este problema, consideremos a origem do primeiro DVD e leitor de DVD player. Os DVDs são ricos em informação, mas sem a maquinaria de um leitor de DVD para ler o disco, processar sua informação, e convertê-la em uma figura e som, o disco seria inútil. Mas, se as instruções para construir o primeiro leitor de DVD somente fossem encontradas codificadas em um DVD? Você nunca poderia tocar o DVD para aprender como construir um leitor de DVD. Então, como surgiram o primeiro disco e leitor de DVD? A resposta é óbvia: um processo dirigido para um objetivo – design inteligente – é necessário para produzir tanto o leitor de DVD e o disco ao mesmo tempo.
Em células vivas, as moléculas que transportam informação (ex.: DNA ou RNA) são como o DVD, e a maquinaria celular que lê aquela informação e a converte em proteínas são como o leitor de DVD. Assim como a analogia do DVD, a informação genética nunca pode ser convertida em proteínas se a maquinaria adequada. Ainda assim, nas células, as máquinas necessárias para o processamento da informação genética no RNA ou DNA são codificadas por aquelas mesmas moléculas genéticas – elas realizam e dirigem a própria tarefa que as constrói.
Este sistema não pode existir a menos que, tanto a informação genética e a maquinaria de transcrição/tradução estejam presentes ao mesmo tempo e que ao menos as duas falem a mesma língua. O biólogo Frank Salisbury explicou este problema em um artigo no American Biology Teacher, não muito tempo depois que os funcionamentos do código genético foram descobertos pela primeira vez:
É legal falar sobre as moléculas replicadoras de DNA surgindo em um mar de sopa, mas nas células modernas esta replicação exige a presença de enzimas adequadas. ... O elo entre o DNA e a enzima é um elo altamente complexo, envolvendo o RNA e uma enzima para sua síntese em um DNA molde; ribossomos; enzimas para ativar os aminoácidos; e as moléculas transfer-RNA. ... Como, na ausência da enzima final, poderia a seleção agir sobre o DNA e todos os mecanismos para replicá-lo? É como se tudo deva acontecer de uma vez: o sistema inteiro deva passar a existir como uma unidade, ou ele é imprestável. Podem até existir meios de como sair desse dilema, mas eu não os vejo no momento.21
Apesar de décadas de trabalho, os teóricos da origem da vida ainda estão perdidos quanto a explicar como que esse sistema surgiu. Em 2007, George Whitesides, químico da Universidade Harvard, ganhou a Medalha Priestley, a mais alta premiação da American Chemical Society [Sociedade Americana de Química]. Durante seu discurso recebendo o prêmio, ele ofereceu esta seguinte análise forte, republicada no respeitável journal, Chemical and Engineering News:

A Origem da Vida. Este problema é um dos maiores problemas na ciência. Ele começa colocando a vida, e nós, no universo. A maioria dos químicos creem, como eu creio, que a vida surgiu espontaneamente de misturas de moléculas na Terra prebiótica. Como? Eu não faço a menor ideia.22

Semelhantemente, o artigo no Cell Biology International acima mencionado concluiu: "Novas abordagens para investigar a origem do código genético são necessárias. As restrições da ciência histórica são tais que a origem da vida talvez nunca seja entendida."23 Isto é, elas talvez nunca sejam entendidas a menos que os cientistas queiram considerar explicações científicas dirigidas a um objetivo tipo design inteligente.

Mais existe um problema muito mais profundo com as teorias da evolução química, bem como com a evolução biológica. Isso diz respeito não somente na capacidade para processar informação genética através de um código genético, mas a origem daquela informação.
Referências:
[16.] Vide Stephen C. Meyer, Signature in the Cell: DNA and the Evidence for Intelligent Design, p. 304 (New York: HarperOne, 2009).

[17.] Jack W. Szostak, David P. Bartel, e P. Luigi Luisi, "Synthesizing Life," Nature, 409: 387-390 (18 de janeiro de 2001).

[18.] Michael Polanyi, "Life's Irreducible Structure," Science, 160 (3834): 1308-1312 (21 de junho de 1968).

[19.] Vide William A. Dembski, The Design Inference: Eliminating Chance through Small Probabilities (Cambridge University Press, 1998).

[20.] Robert Shapiro, "A Simpler Origin for Life," Scientific American, p. 46-53 (Junho de 2007).

[21.] Frank B. Salisbury, "Doubts about the Modern Synthetic Theory of Evolution," American Biology Teacher, 33: 335-338 (Setembro de 1971).

[22.] George M. Whitesides, "Revolutions In Chemistry: Priestley Medalist George M. Whitesides' Address," Chemical and Engineering News, 85: 12-17 (26 de março de 2007).

[23.] J.T. Trevors e D.L. Abel, "Chance and necessity do not explain the origin of life," Cell Biology International, 28: 729-739 (2004).