Max Planck ‘falou e disse’: a única saída para se livrar da Nomenklatura científica é a ‘solução biológica natural’!

terça-feira, fevereiro 28, 2006

“Max Planck, ao passar em revista a sua carreira no seu Scientific Autobiography, observou tristemente que ‘uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo com que vejam a luz, mas porque seus oponentes finalmente morrem [sic] e uma nova geração cresce familiarizada com ela’ (citado por Thomas S. Kuhn, “A Estrutura das Revoluções Científicas” [1962], University of Chicago Press: Chicago IL, Third edition, 1996, pp.150-151. Na tradução brasileira “A Estrutura das Revoluções Científicas”, São Paulo: Perspectiva, 1998, 5ª. ed., p. 191)”.

Planck via somente na ‘solução biológica natural’ para que as novas verdades científicas se livrassem finalmente do poder dos guardas-cancelas da Nomenklatura científica. Todavia, Darwin, muito antes de Planck, também tinha esta esperança de a ‘velha guarda’ passar pela ‘solução biológica natural’: “... minha esperança se volta confiantemente para o futuro, para os jovens naturalistas em formação, capazes de enxergar com imparcialidade [sic] ambos os lados da questão”, in “Origem das Espécies”, Belo Horizonte: Villa Rica, 1994, p. 347.

A Teoria do Design Inteligente é ‘uma nova verdade científica’ e nós, teóricos e proponentes da TDI acolhemos a indicação de Darwin e Planck: vamos aguardar pacientemente a ‘solução biológica natural’ da atual Nomenklatura científica. Terei o maior prazer de carregar o caixão dessa turma.

Que venha a nova geração de ‘jovens naturalistas em formação’ para julgar imparcialmente entre Darwin e o Design Inteligente!

Milton Wainwright, o cientista agnóstico, ‘falou e disse’: Dover foi uma vitória de Pirro para a Nomenklatura científica!

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Milton Wainwright, professor de biologia da Warwick University, cientista evolucionista e agnóstico, enviou duas cartas comentando a reação de dois leitores a um artigo de Steve Fuller, professor de sociologia, também da Warwick University, [depôs em Dover a favor do DI] publicado no “The Times Higher”:


The Times Higher, Letters, January 20 2006, p.17.

Peter Brophy usa o recente julgamento de corte dos Estados Unidos sobre o ensino do design inteligente nas escolas [de Dover] para apoiar sua sugestão para que o The Times Higher pare de discutir esta questão (Letters, January 13).

A Igreja Católica costumava ser o principal obstáculo para novas idéias. Agora, nós encontramos os evolucionistas demonstrando um grande prazer que um juiz americano, presumivelmente um cientista não praticante, declarou que o design inteligente “não é científico”. Esta introdução das cortes como um árbitro do que é e não é científico é perigoso [sic] e pode ainda ricochetear nos evolucionistas. Brophy não está claramente satisfeito com esta vitória de Pirro, mas ele agora procura influenciar a imprensa a censurar o debate – exceto nos termos ditados por ele.

Milton Wainwright
Sheffield University

The Times Higher, Letters, February 3 2006, p.17.
Não detestem o debate

Raphael Salkie afirma que os meus pontos de vista sobre o design inteligente são “detestáveis” (Letters. January 27). Eu tenho ensinado e pesquisado em biologia há mais de 30 anos, tenho publicado sobre a história e a filosofia da ciência, e eu estou complemente imerso no paradigma evolutivo. Eu tenho lido a maioria da literatura e encontrado-a racional (embora não necessariamente correta).

O meu argumento não é contra a evolução, mas contra aqueles zelotas que pensam que a seleção natural e a única resposta completa, e tentam impedir o debate sobre qualquer coisa que desafie isso.

Eu sou co-autor de um trabalho que irá, esperançosamente, estender a nossa visão da seleção natural. Antes que os ideólogos darwinistas joguem a palavra “criacionista” em mim, eu devo adicionar que sou um agnóstico com uma forte aversão à religião organizada.

Milton Wainwright
Sheffield University

Eu não sou sociólogo, mas vou me aventurar a fazer uma afirmação sociológica categórica: o atual ‘modus operandi’ da Nomenklatura científica na Academia e na Grande Mídia contra os dissidentes científicos de Darwin em nada difere do ‘modus operandi’ do fundamentalismo religioso contra os ‘hereges’.

Galileu Galilei deve estar se revirando no túmulo com esses pares!

Perguntar não ofende: “Qual é a origem do DNA?”

domingo, fevereiro 26, 2006

Há um firme ‘consenso’ entre os cientistas de que o código do DNA é DIFÍCIL de evoluir. Razão? Recentes experiências parecem apoiar isso.

Agora a pergunta impertinente para a Nomenklatura científica é: Por que não há mais variação no código?

Este consenso entre os que praticam ciência normal é um problema fundamental em termos evolutivos, pois se o DNA é difícil de evoluir, então como é que ele evoluiu?

A ciência qua ciência parece estar nos dizendo uma outra coisa e isso parece não corresponder com a ‘miragem’ das atuais propostas sobre a origem da vida.

As especulações de Darwin foram ‘suavizadas’ em importante livro-texto de Biologia

sábado, fevereiro 25, 2006

A Nomenklatura científica tupiniquim sentiu um baita calafrio só do ler este título. Deve ter pensado que isso aconteceu aqui no Brasil em decorrência deste escriba iconoclasta ter denunciado ao MEC/SEMTEC (em 2003 e 2005), mediante análise crítica devidamente substanciada com literatura científica abalizada sobre as duas fraudes e as diversas evidências científicas distorcidas na abordagem feita em nossos melhores livros-texto a favor do FATO da teoria da evolução.

Fiquem tranqüilos, isso ainda não aconteceu no Brasil, mas nós não estamos muito longe disso não: ciência é a busca da verdade e não pode andar de mãos juntas com a mentira. A verdade científica também irá prevalecer por aqui. Quem viver, verá!

Isso aconteceu lá na Flórida, mais exatamente no município de Broward. Os educadores escolheram o livro didático “Florida Holt Biology” para ser adotado naquelas escolas. O livro-texto da editora Holt ‘suaviza’ algumas passagens sobre a teoria da evolução. O mais interessante nesta história é que a editora concordou em dar menos crédito a Darwin no modelar da biologia moderna. É que em edições anteriores o livro-texto disse que a teoria de Darwin era “a essência da biologia”. Em vez disso, na edição do município de Broward, os alunos vão ler que a teoria de Darwin “fornece uma explicação consistente para a diversidade da vida”.

A editora Holt também ousou adicionar uma seção que introduz os alunos à “Explosão Cambriana”, um período da história da vida na Terra primeva que sugere que as espécies não são o resultado de mudança gradual ao longo do tempo conforme Darwin pensava. Nossos melhores autores, gente até com Ph. D. em Biologia e de universidade pública de renome, simplesmente não abordam a questão onde os filos surgem abruptamente ‘como se não tivessem história evolutiva’ (Richard Dawkins). Os alunos NÃO FICAM SABENDO que isso é uma dificuldade tremenda para a Teoria Geral da Evolução, mas o que são duas fraudes e distorções de evidências científicas para ‘atestar’ o FATO da evolução?

Para John West, porta-voz do Discovery Institute, “Isso foi uma mudança importante. Nós queremos manter os livros-texto honestos”.

Ultimamente falamos muito em ética na política brasileira. Que tal começarmos a fazer este dever ético fazendo uma limpeza das duas fraudes e das distorções das evidências científicas em nossos melhores livros didáticos de Biologia do ensino médio?

Os ultradarwinistas fundamentalistas são useiros e vezeiros neste expediente ignóbil.Uma ciência que lança mão de fraudes e distorções merece perecer.

Uma dissensão científica do darwinismo

Os ultradarwinistas fundamentalistas e a Grande Mídia dizem que não há crise na Teoria Geral da Evolução e nem há dissensão científica contra Darwin. Isso é improcedente (é mais chique do que chamá-los de mentirosos não é mesmo, mas isso é pura convenção do rigor da escrita acadêmica que impede o subjetivismo das emoções).

Dê uma olhada no documento do Discovery Institute "Scientific Dissent From Darwinis”, recentemente atualizado – são mais de 500 assinaturas de cientistas internacionais – entre eles cientistas membros das Academias de Ciência dos Estados Unidos e da Rússia.

Um detalhe interessante é a presença de 10 cientistas britânicos das universidades de Oxford, Londres, Glasgow, Coventry, Leeds e Bristol, University of Wales, e até do Museu Britânico!

Se você tiver um Ph. D. em biologia, química, física, engenharia, matemática, ciência da computação, ou uma das outras áreas das ciências naturais, e gostaria de adicionar seu nome à seguinte declaração “Nós somos céticos da capacidade da mutação aleatória e a seleção natural serem responsáveis pela complexidade da vida. O exame cuidadoso da evidência a favor da teoria darwinista deve ser encorajado”, então você deve contactar o Discovery Institute enviando um e-mail para cscinfo@discovery.org para mais informações como fazê-lo.

Há rumores de que muito brevemente um professor brasileiro de importante universidade pública vai adicionar o seu nome a esta lista de dissidentes de Darwin! Ele vai fazer isso porque a KGB da Nomenklatura científica não pode mais fazer nada contra ele.

A razão do blog “Desafiando a Nomenklatura científica”?

A razão deste blog é tão-somente lidar com qualquer expressão ou apoio da teoria macroevolutiva que demonstre características de ‘fundamentalismo religioso’ (eu não fui o primeiro a chamar os ultradarwinistas de ‘fundamentalistas’. Esta glória fica para Stephen Jay Gould, um evolucionista sincero e academicamente honesto), tais como mentalidade estreita, intolerância, antiintelectualismo, obscurantismo, ou dogmatismo.

Exemplos das ações nefastas e anticientíficas da Nomenklatura científica:

1. A aceitação e ‘devoção’ da teoria macroevolutiva (TGE) e de um rígido compromisso filosófico ao materialismo, e o fazer ciência não baseado em evidência científica.

2. A intolerância em relação às pessoas que questionam a TGE, e apóiam uma política pública que envolve o ensino somente da evidência que apóia a TGE e o banimento de qualquer evidência científica que poderia desacreditá-la. Isso também se aplica àqueles que afirmam que não existe evidência científica que tenderia a desacreditar qualquer aspecto da TGE.

3. O antiintelectualismo e obscurantismo que se reflete na deturpação da evidência científica (especialmente nos atuais livros-texto de Biologia do ensino médio) relevantes à TGE, o desvirtuamento das posições daqueles que desafiam quaisquer aspectos da TGE, questionando os seus motivos ou focalizando nas suas crenças de tradições religiosas (não se esqueçam detratores que o ateísmo também é uma forma de religião – tem dogmas) em vez de tentarem refutar seus argumentos nos méritos. A expressão mais visível disso são os ataques ad hominem e os argumentos de espantalho. Esses exemplos são mui freqüentes em sites extremamente ideologizados pelo materialismo filosófico posando como ciência.

Chang ‘falou e disse’: a origem da vida ainda é uma ‘ficção conveniente’!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

A edição de 3 de março de 1998 do journal Trends in Ecology and Evolution continha um interessante relatório especial sobre um workshop patrocinado pela NASA chamado “Evolução: Um Ponto de Vista Molecular”.

Muitos dos ‘grandes nomes’ em pesquisa sobre a origem da vida estavam presentes e muitos pontos de vista interessantes foram discutidos. As autoras do artigo destacaram:

“Sherwood Chang abriu o programa com uma cautelosa advertência de que qualquer cenário canônico [sic] para a progressão passo a passo para a origem da vida ainda é ‘uma ficção conveniente’ [sic]. Isto é, nós quase não temos dados para apoiar as transições históricas da evolução química para os monômeros prebióticos, polímeros, enzimas replicantes, e finalmente as células”.

“Evolution: Lost worlds”, Laura F. Landweber and Laura A. Katz, in “Trends in Ecology & Evolution”, Volume 13, Issue 3 , March 1998, pp. 93-94

Atenção alunos do ensino médio e superior cobrem de seus professores e verifiquem se os seus livros estão promovendo a verdadeira educação e difusão do conhecimento científico nesta área tão importante ou se meramente estão difundindo a ‘ficção conveniente’ dos mandarins da Nomenklatura científica.

Se não estiverem devidamente atualizados, escrevam para os autores e seus editores chamando a atenção para esta inusitada situação: nós não temos dados para apoiar a origem da vida conforme ali abordado.

Alô MEC/SEMTEC, é preciso mais rigor na análise críticas do conteúdo dos livros-texto de Biologia do ensino médio. Ih, eu me esqueci, o MEC não tem uma força-tarefa de especialistas capacitados para julgar objetiva e cientificamente esta importante questão educacional: o conteúdo dos livros didáticos do ensino médio.

Nossos alunos continuam sendo lesados na sua formação acadêmica na questão da origem da vida, porque estão recebendo ‘gato por lebre’!

Na auditoria dos livros de Darwin um Ph. D. em Economia por Yale foi reprovado “magna cum laude”

O parágrafo-gancho do editorial “Tolerância”, do ex-ministro do Planejamento (1985-87) João Sayad (Ph. D. em Economia, Yale University), na Folha de São Paulo, 20 de fevereiro de 2006, p. A2 revela intolerância e burrice extremas: a decisão tomada pela Suprema Corte americana em 1987 no estado da Louisiana não permite que se tente mais “proibir o ensino da evolução” nos Estados Unidos. O gancho ilude os leitores da FSP sobre a atual realidade americana e o que realmente é a Teoria do Design Inteligente (TDI).

Se instado sobre qual é a tese desenvolvida por Michael Behe em “A Caixa Preta de Darwin” (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998) http://www.zahar.com.br e qual é a tese formulada por William Dembski em “The Design Inference” (Cambridge: Cambridge University Press, 2001) http://www.cup.org Sayad não saberia responder. Por quê? Porque, como a maioria dos críticos da TDI, Sayad nunca os leu nem lidou com suas teses científicas. Aqui fica identificada a ignorância do ex-ministro sobre o assunto e o seu editorial ideológica e matreiramente enviesado.

Ele que lida com números está muito mais capacitado do que nós mortais a fazer uma auditoria contábil e até dirigir o Brasil, se quiser para o desastre ou sucesso econômico, mas uma ‘auditoria epistemológica’ das insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida, Sayad não tem competência, tem apenas uma opinião infundada e superficial. Não passaria na matéria “Evolução 101”, pois seria reprovado ‘magna cum laude’.

O Discovery Institute http://www.discovery.org há muito tempo se manifestou contra a obrigatoriedade do ensino da TDI nas escolas públicas americanas, mas favorece que a evolução seja honesta e objetivamente ensinada com as evidências a favor e contra o FATO da evolução sendo debatidas em salas de aulas. É falso que nos Estados Unidos estejam exigindo “que se apresente a teoria do ‘intelligent designer’, um projetista (Deus?) que explicaria o sentido da evolução” nas escolas públicas.

Vamos por parte para iluminar a ignorância científica e factual do ex-ministro Sayad. Em primeiro lugar, a teoria não é do ‘intelligent designer’, mas do ‘intelligent design’. Em segundo lugar, a TDI como teoria científica limita-se unicamente a certos eventos do universo e da complexidade e diversidade da vida serem melhor explicados por ‘causas inteligentes’ e que essas causas são empiricamente detectadas. Os teóricos e proponentes da TDI não nos ocupamos da ontologia do ‘designer’, mas de sinais de inteligência (que parece faltou ao ex-ministro na elaboração deste editorial). Uma teoria que se propõe científica não pode jamais provar a existência e inexistência de um ente sobrenatural.

Quanto à vida fazer ou não sentido, o ex-ministro ‘escorregou’ no campo da valoração ético-filosófica pensando que estava fazendo ciência. A ciência não pode emitir juízos de valores. Isso fica exclusivamente para a filosofia, a ética e as tradições religiosas.

A controvérsia sobre a suficiência epistêmica da Teoria Geral da Evolução [TGE] (será que o ex-ministro Sayad sabe o que é isso? Creio que não!) não se dá unicamente ‘em alguns Estados americanos do Sudoeste e do Sul’, mas hoje intramuros na Academia (o ex-ministro tem andado por lá? Parece que não!) e nas principais publicações científicas (Tem lido sobre o assunto? Afirmo categoricamente que não!). Sayad não ‘ouviu o outro lado’ e nem sabe o que são as fundamentais insuficiências epistêmicas dessas teorias porque lê somente sobre a TGE o que é veiculado pela Grande Mídia atrelada à camisa de força da Nomenklatura científica: Darwin dixit, causa scientia finita!

Mirabolante e estapafúrdia a lógica do ex-ministro em considerar o ‘pragmatismo americano’ e o ‘pragmatismo tupiniquim’ em relação à verdade. Ele afirma que ‘não precisamos conviver com verdades rígidas’, mas o seu editorial é de uma ‘veritas’ engessada. Ou dá ou desce! Ao contrário do afirmado pelo ex-ministro do Planejamento, a verdade em nossa taba tupiniquim não ‘é menos nítida’, e tampouco ‘convive bem com contradições’. Desafio o ex-ministro a abandonar o discurso da tribo ultradarwinista fundamentalista (seria uma atitude corajosa de um autêntico contestador, pois ele quebraria o feitiço da ‘síndrome do soldadinho de chumbo’ dos intelectuais enfeitiçados) e ouse desafiar a Nomenklatura científica no seu ídolo maior: Darwin. Sayad seria prontamente defenestrado de seu status intelectual e enviado para o Gulag ideológico da Sibéria para ser reeducado intelectualmente. Como Moloque, Darwin-ídolo também recebe oferendas e sacrifícios humanos.

O ex-ministro Sayad perdeu uma boa oportunidade de auditar publicamente a ‘economia da insuficiência epistêmica do darwinismo’ e verificar que nos seus livros rotos de quase 150 anos existem muitos furos, fraudes e muitas notas promissórias epistêmicas que nunca serão resgatadas empiricamente pela ‘scientia qua scientia’.

A indiferença tupiniquim para com a verdade (não precisa ser rígida, basta apenas ser ‘veritas’) é a causa de sermos o que somos: um país de papagaios que não ousam discordar das opiniões grupais que Nelson Ascher, no mesmo dia e na mesma FSP sintetizou e descreveu tão bem no seu artigo “O jeans da intelectualidade”, p. E10.

Só que o jeans da intelectualidade ultradarwinista do ex-ministro está roto e para mais nada serve, a não ser ser jogado na lata do lixo da História da Ciência.

Leslie Orgel ‘falou e disse’: a origem da vida ainda é um “Mysterium tremendum”!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Orgel é um renomado cientista especialista em origem da vida. Parece que os nossos melhores autores de livros-texto de Biologia do ensino médio e superior ainda não se deram conta de que o assunto continua do mesmo jeito que Darwin deixou – uma mera especulação (não é ciência) de que a vida surgiu num pequeno laguinho quente de elementos químicos e mais bilhões de anos.

Eu não consigo acreditar nesta santa ignorância dos autores dos livros didáticos, pois um deles mais aberto e dado ao diálogo confidenciou a este escriba que eles trocam idéias sobre essas questões polêmicas e controversas. Quer dizer, eles estão muito bem informados sobre estes assuntos polêmicos. Por que não abordam isso nos seus livros?

O eminente especialista da área disse:

“Na minha opinião, não existe base conhecida em química para a crença [sic] de que longas seqüências de reações possam se organizar espontaneamente – e toda razão [sic] para acreditar que elas não podem. O problema de alcançar a especificidade suficiente, seja em solução aquosa ou na superfície de um mineral é tão grave, que a chance de se fechar um ciclo de reações tão complexa quanto o ciclo reverso do ácido cítrico, por exemplo, é insignificante”.

Orgel, Leslie, (1998) "The origin of life ¬ a review of facts and speculations," Trends in Biochemical Sciences 23: 491–495. (Dec. 1998)

Alô MEC/SEMTEC, por que esses autores não refletem essas dificuldades fundamentais na abordagem da origem da vida nos seus livros?

Alunos do ensino médio em todo o Brasil encostem seus professores de Biologia na parede epistemológica e perguntem – “Por que estamos sendo aleivosamente enganados?” Se eles não souberem responder, sintam pena, mas muita pena mesmo dos seus professores de Biologia, pois muitos deles não têm acesso a estas informações científicas mais atualizadas e, como vocês, também estão sendo enganados pela Nomenklatura científica.

A ciência e a mentira não podem andar de mãos juntas! Ou será que já pode? Pelos livros didáticos de Biologia do ensino médio que temos parece que sim. Chamam a isso de ‘educação científica’. Eu chamo de ‘doutrinação ideológica’.

A ciência comete suicídio quando adota um credo!

Desconheço as razões por que um darwinista me perguntou por e-mail sobre algumas tradições religiosas estarem apoiando ‘cegamente’ as especulações evolutivas do ‘naturalista inglês’. Sei e não sei responder a aparente difícil questão. Ele não disse, mas quis me colocar numa sinuca de bico. Situação Catch-22. Situação embaraçosa!

O que eu sei é que Darwin considerava a participação de um ente sobrenatural no processo de suas especulações transformistas como sendo “rubbish” – disparate. Desculpem-me os mais reservados e tirem as crianças da sala – ‘titica de galinha’. Talvez esses líderes religiosos nunca leram o livro “Origem das Espécies” de Darwin. Vá saber, se alguns nem lêem e nem vivem mais na conformidade ética de seus textos sagrados.

Uma coisa eu sei. Aprendi isso no meu profundo ateísmo materialista e marxista - como bem disse Lenin – eles são uns idiotas úteis! Basta dar dois metros de corda para eles se enforcarem, mas parece que a corda também está no pescoço da Nomenklatura científica!

Não sabendo mais o que lançar mão para impedir o crescente e inevitável avanço dos dissidentes acadêmicos do ‘naturalista inglês’ (ameaças de processos judiciais de milhões de dólares, perseguição na Academia, e outras ações maquiavélicas – durma-se com um barulho desses, ciência agora é estabelecida nas cortes, quando deveria ser pelas evidências), a Nomenklatura científica americana vai em busca de socorro junto as tradições religiosas. Darwin, o agnóstico, deve estar se virando no seu túmulo da Abadia de Westminster: precisando do apoio da posição daqueles que considerou como ‘titica de galinha’.

Tenho profundo respeito por todas as tradições religiosas e luto pela livre manifestação e exercício delas (não podia fazer o contrário porque é um direito constitucional brasileiro e exarado também na carta dos Direitos Humanos da ONU), mas os meus amigos dessas tradições que me perdoem, mas eu não posso resistir e citar aqui a Thomas H. Huxley, o buldogue de Darwin: “A ciência comete suicídio quando adota um credo”.

Pano rápido!

Pigliucci ‘falou e disse’: há um clamor para se revisar o neodarwinismo!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Um ultradarwinista fundamentalista irado escreveu cobras e lagartos deste escriba porque citou evolucionistas que não acreditam mais na suficiência epistêmica do neodarwinismo. Grosseiro e mal-educado, ele leu e não entendeu: fez ilação de que eu afirmara que esses cientistas pelas suas declarações agora não seriam mais evolucionistas.

Pode ficar tranqüilo, eles continuam evolucionistas cientificamente, enquanto que o meu detrator gratuito (nem o conheço e nem faço questão de conhecer esses tipos insolentes) continua um ultradarwinista ideológico e ferozmente rabioso.

Em junho de 2005, Massimo Pigliucci, professor no Departamento de Ecologia e Evolução na SUNY [State University of New York] escreveu numa resenha de um livro que o clamor de se revisar o neodarwinismo está se tornando tão alto que, espera-se, a maioria dos biólogos evolucionistas começará a prestar atenção.

Nota bene, Pigliucci ‘falou e disse’: há um clamor para se revisar o neodarwinismo. Para este bárbaro intelectualizado sugiro a leitura de “A Estrutura das Revoluções Científicas” de Thomas Kuhn (São Paulo: Perspectiva, 1998, 5ª. Ed.).

Eu costumo matar a cobra e mostrar o pau: Vide PIGLIUCCI, Massimo, “Expanding Evolution”, in Nature 435, 565-566, 2 June 2005. A broader view of inheritance puts pressure on the neo-darwinian synthesis. Book reviewed: “Evolution in Four Dimensions: Genetic, Epigenetic, Behavioral, and Symbolic Variation in the History of Life” by Eva Jablonka and Marion J. Lamb. Bradford Books: 2005. 462 pp.

Para não ser mais importunado por este desqualificado, o email foi bloqueado no meu provedor da Internet.

Evolucionistas que não acreditam na suficiência epistêmica do neodarwinismo!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Abaixo uma pequena lista de evolucionistas que não acreditam mais na suficiência epistêmica do neodarwinismo:

Massimo Piglucci

Brian Goodwin [na verdade, todo o grupo estruturalista]

Marc Kirschner and John Gerhart

Bruce Weber

Stuart Kauffman

Elliott Sober [considera que a tese do ancestral comum possa não ser provavelmente o caso, por exemplo]

Mary Jane West-Eberhard

Franklin Harold

PZ Myers

Jeff Schwartz

Cerca de 7/8 da comunidade evo-devo quando são candidamente honestos

E os nossos livros-texto de Biologia continuam enganando nossos alunos mantendo uma teoria ‘morta’ como paradigma. Alô MEC, já reclamei em 2003 e novamente em 2005, vai haver alguma mudança neste sentido??? Alunos do ensino médio, não aceitem serem lesados na sua educação em biologia evolutiva! Questionem seus professores sobre esta questão séria!!!

Construindo sobre ruínas antigas e areias movediças

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Cientistas evolucionistas de renome como Stephen Jay Gould e Lynn Margulis há muito tempo anunciaram que o neodarwinismo está morto. A insuficiência epistêmica desta teoria científica é tão gritante que William Provine, professor da Universidade Cornell, no último congresso sobre evolução nas Ilhas Galápagos em 2005, foi mais contundente: “Nós precisamos de outra teoria da evolução”.

Parece que Provine já foi atendido no seu clamor, pois a mais nova teoria da evolução – A Teoria da Origem Súbita (argh! parece o retorno do fantasma de Stephen Jay Gould com a sua Teoria do Equilíbrio Pontuado...) do professor Jeffrey Schwartz, foi recebida com algum apoio conforme nota à imprensa da Universidade de Pittsburgh.

Contudo, uma leitura detalhada da teoria de Schwartz revela que ele está construindo a nova teoria sobre as ruínas antigas do darwinismo clássico e nas areias movediças do recém-falecido neodarwinismo (mas o que significa um quarto de século em tempo geológico? Nada, não é mesmo?).

Para apoiar sua teoria, Schwartz eliminou as seguintes proposições fundamentais da teoria da evolução padrão:

• Fósseis: Os elos perdidos que Darwin esperava encontrar “não foram encontrados porque eles não existem” afirma Schwartz. A teoria gradualista “atenua as lacunas no registro fóssil”, ele acusa.

• Gradualismo: A mudança gradual não ocorre: “a evolução não é necessariamente gradual mas freqüentemente expressões súbita e dramáticas de mudança”.

• Resistência à mudança: “Por que as células não mudam sutil e constantemente em pequenas maneiras ao longo do tempo como Darwin sugere? Os biólogos celulares sabem a resposta: As células não gostam de mudar e não mudam tão facilmente”.

• Controle de qualidade: “As células nos seus estados comuns têm conjuntos de moléculas – vários tipos de proteínas – cujas tarefas são eliminar erros que possam ser introduzidos e desestabilizem o funcionamento de suas células. Por exemplo, algumas proteínas trabalham para manter a membrana da célula intacta. Outras proteínas funcionam como acompanhantes (chaperones), trazendo as moléculas para as suas próprias localidades na célula, e assim por diante. Em resumo, com aquele tipo de proteção de mudança, é muito difícil para as mutações, de quaisquer tipos, firmarem-se”.

• Improbabilidade: As mutações “podem ser significantes e benéficas (como os dentes ou membros) ou, mais provavelmente, matarem o organismo”.

• Desequilíbrio: “Esta revelação tem enormes implicações para a noção de que os organismos rotineiramente mudam para se adaptar ao ambiente. Na verdade, argumenta Schwartz, é o ambiente que os derruba de seu equilíbrio e bem provavelmente os mata ao mudá-los. E assim, eles estão sendo embalados pelo ambiente, e não adaptando-se a ele”.

Todavia, apesar das declarações contundentes de Schwartz, a sua Teoria da Origem Súbita nada mais é do que a teoria da evolução padrão vestida em nova roupagem, mas ainda tão fiel ao processo cego, aleatório e não guiado do neodarwinismo. A única diferença é que Schwzrtz colocou ênfase no ambiente como sendo o responsável pela mudança adaptiva.

Qual teoria da evolução está orientando hoje as pesquisas em biologia evolutiva? Nihil!, mas a natureza do paradigma odeia operar no vácuo, não é mesmo? A noção de que não podemos mudar o paradigma enquanto uma nova teoria científica não surgir parece mais ser conversa pra boi dormir ou tática de blindagem que os que praticam ciência normal usam para intimidar os hereges dissidentes defensores de novas teorias.

Popper, Kuhn e Feyerabend, nós precisamos de vocês para o retorno à sanidade epistemológica.

Os ‘mandarins’ da Nomenklatura científica são antigos demais!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Segundo o nosso bom dicionário Aurélio, ‘mandarim’ era um alto funcionário na antiga China com grandes privilégios. O feminino é ‘mandarina’. A palavra é usada figuradamente como ‘mandachuva’. Os ‘mandarins’ conseguiam seus cargos mediante concurso de aptidões e a principal função deles era zelar pelo bem-estar do estado chinês.

Esta ‘nova classe’ privilegiada (Milovan Djilas) se instalou no poder e exerceu grande influência nas decisões. Ai de quem ousasse desafiar um ‘mandarim’ na China. As pessoas pensam que os mandarins foram apenas figuras políticas, ditatoriais e truculentas de um passado distante e que nada disso ocorre em ciência. Ledo engano dos que assim pensam. Existem sim muitos ‘mandarins’ também na ciência.

Quem usou primeiro esta expressão em relação a alguns cientistas foi Phillip E. Johnson. A princípio eu considerei o termo muito pejorativo, pois há cientistas que não se configuram nesta caricatura mordaz. O tempo passou e demonstrou mais uma vez que o professor de Direito da Universidade da Califórnia – Berkeley estava certo. Existe sim um ‘mandarinato’ na Nomenklatura científica atuante que intimida, poda brilhantes carreiras acadêmicas, subverte resultados de pesquisas e propostas para que o novo pesquisador não consiga financiamentos ou seja promovido academicamente, os revisores por pares que engavetam trabalhos e pesquisas para que não sejam publicadas, alguns editores de publicações de divulgação científica que não publicam nada contra o dogma central. Enfim, os ‘mandarins’ que mandam nos departamentos e nas comissões universitárias não abrem mão dos privilégios políticos até aqui conseguidos e aí de quem ‘bater de frente’ com eles na Academia. Kaput!

Estes são pequenos exemplos do ‘mandarinato’ da atual Nomenklatura científica. Eu fiquei surpreso ao saber que estes ‘mandachuvas’ já estão há muito tempo no pedaço da Akademia (com ‘k’ mesmo!) – desde 1585. Isso mesmo, desde o século 16. O conde R. Bostocke atacava a falsa filosofia natural (como era então conhecida a ciência) e a medicina ensinadas nas universidades (qualquer semelhança com o DI atacando hoje o ensino e a falsa ciência da Teoria Geral da Evolução não é mera coincidência não, é real mesmo).

No seu livro de longo título “The difference betwene the auncient Phisicke, first taught by the godly forefathers, consisting in vnitie peace and concord: and the latter Phisicke proceedings from Idolaters, ethnickes, and Heathen: as Gallen, and such other consisting in duality, discorde, and contrarieties”, o conde Bostocke descreve o modus operandi daquela Nomenklatura científica que nada difere da atual:

(…) nas escolas nada pode ser recebido ou permitido que não soe como Aristóteles, Galeno, Avicena e outros étnicos, cuja doutrina os jovens iniciantes ou não chegam a conhecer, ou é transmitida de modo a causar aversão. E no exterior, da mesma maneira, os galenistas estão tão armados e defendidos pela proteção, privilégios e autoridades dos príncipes, que nada que estes proíbam virá a ser permitido, e nada será transmitido e recebido sem que esteja de acordo com a sua doutrina e seja do seu agrado”. Citado por Allen G. Debus, “Ciência e história: o nascimento de uma nova área”, in “Escrevendo a História da Ciência: tendências, propostas e discussões historiográficas”, Ana Maria Alfonso-Goldfarb e Maria Helena Roxo Beltran, organizadoras, São Paulo: EDUC, 2004, p. 16,17.

Allen G. Debus, professor emérito de História da Ciência e de Medicina do Centro Morris Fishbein para o Estudo da História da Ciência da Universidade de Chicago. Debus é um dos maiores historiadores de ciência e responsável pelas grandes transformações historiográficas. O que ocorre hoje em escala mundial para a blindagem das críticas à Teoria Geral da Evolução, mesmo as exclusivamente científicas, é ação desses ‘mandarins’ e ‘mandarinas’ da Nomenklatura científica.

Mas eu tenho uma má notícia para eles: os ‘mandarins’ na China não existem mais. A ciência é a busca incessante pela verdade. Ciência e mentira não podem andar de mãos juntas. A verdade das evidências encontradas na natureza haverá de derrubar esse ‘mandarinato’ nefasto porque confunde a filosofia materialista com o naturalismo metodológico. O primeiro é ideologia, o segundo é ciência, mas esta se encontra atualmente no cativeiro esperando ser libertada dessa instituição espúria de mandarinato acadêmico.

Abaixo a Nomenklatura científica! Cientistas oprimidos de todo o mundo, uni-vos. Vocês nada têm a perder a não ser os grilhões da falsa epistemologia e um paradigma morto há um quarto de século!

“Perguntar não ofende”

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Exatamente qual teste pode demonstrar que toda a evolução ao longo do curso de alguns 3 bilhões de anos aconteceu sem design intencional e foi um processo não guiado?

Se você tiver os nomes dos cientistas que realizaram tal pesquisa e em qual publicação científica isto está disponível favor indicá-los para a Comissão do Prêmio Nobel.

Ih, eu me esqueci. Não existe Prêmio Nobel em Biologia Evolutiva!

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Como existem mais perguntas sérias do que respostas convincentes estabelecendo a Teoria Geral da Evolução como verdade científica, vou fazer do “Perguntar não ofende” uma seção freqüente neste blog. Nomenklatura científica, agüenta firme que vem mais perguntas embaraçosas!

A todos os meus críticos com carinho

domingo, fevereiro 12, 2006

Quase todos os textos criticando minha defesa da teoria do Design Inteligente e crítica ao darwinismo têm primado por duas coisas: ele não sabe fazer ciência e polarizam a questão como sendo meramente questão de crença religiosa. O fazer ciência me é facultado pela “Presunção Democrática” de Steve Fuller, professor de sociologia na Universidade Warwick. Sou um leigo inteligente, bem informado e apoiado por um núcleo de pesquisadores. A questão que abordamos não é religiosa, é científica.


Lanço mão do artigo "Copérnico encena um retorno", de David Berlinski, autor de "A Tour of the Calculus" [“O advento do algoritmo”, Rio de Janeiro: Editora Globo, 2004], Ph. D. em matemática pela Universidade Princeton, judeu agnóstico, bon vivant e membro do Discovery Institute, para responder a todos os meus críticos passados e futuros.


Berlinski vive em Paris e autorizou a tradução e publicação do seu texto picaresco, mas seríssimo sobre a postura da Nomenklatura científica em relação aos proponentes e defensores de idéias científicas inovadoras questionando o paradigma colapsante.

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Especial para o London Gazette


Há mais de sessenta anos após o famoso julgamento de Galileu - ‘A Terra se move’ - em Roma, Copérnico é notícia de novo, desta vez na forma de uma teoria tão chamada de teoria da gravidade universal (ou GU, como veio a ser conhecida). Instalados na Royal Society, uma organização ‘think tank’ em Londres, financiada por doadores da realeza riquíssimos, os membros do movimento da gravidade universal argumentam que os fatos da astronomia são tão complicados que eles exigem a introdução de uma misteriosa ‘força de gravidade universal.’ Mas quando questionados, os membros declinam especificar o autor desta força, dizendo apenas que (de acordo com um relações públicas) “Nisso, nós somos agnósticos”.


Diferentes da velha linhagem de Copernicistas, os teóricos da gravidade exibem formação acadêmica sólida de renomadas universidades e alegam que estão fazendo ciência inovadora. “Olhe”, disse um eminente membro da Royal Society, “há evidentemente algum tipo de força operando na superfície da Terra. Os objetos não apoiados sempre caem. Tudo o que nós estamos dizendo é que é perfeitamente razoável seguir a evidência. Se a evidência for dar em algum tipo de força universal, é para lá que a evidência leva”.


Os críticos não ficaram impressionados, destacando para o fato de que os membros do movimento não publicam em publicações científicas de revisão por pares e em vez disso eles dependem da própria Royal Society para a disseminação dos seus produtos bem elaborados, mas vazios de conteúdo.


“Não tem substância nenhuma”, disse um membro da faculdade de Astronomia da Universidade de Augsburg. “É o clássico argumento da ‘força das lacunas’. Tudo o que eles estão dizendo realmente é que há algumas coisas que a ciência não pode explicar ainda, então deve haver uma força misteriosa em ação. Se a ciência nos tem ensinado algo ao longo de dois mil anos é que, mais cedo ou mais tarde, as lacunas serão preenchidas num modo perfeitamente natural”.


Um outro crítico, o professor do Entendimento Ptolemaico na Universidade de Oxford, disse: “Nada em astronomia faz sentido a não ser à luz da astronomia ptolemaica. Há sólida e esmagadora evidência apoiando a idéia de que o Sol gira em torno da Terra. Tem sido uma das idéias mais frutíferas e produtivas em toda a história da ciência”.


Um outro crítico destacou que “afirmar que a teoria de Ptolomeu é apenas uma teoria é tão absurdo quanto argumentar que a teoria da circulação sanguínea de Galeno é apenas uma teoria. Isso revela uma ignorância fundamental de como funciona a ciência”.


A personalidade mais conhecida do movimento da GU tem sido Isaac Newton, um notório matemático solitário com um gosto bizarro conhecido por teologia e uma inclinação por experiências químicas perigosas. O seu livro “Principia Mathematica” tem sido um surpreendente best-seller, um desses livros, como alguém disse graciosamente, que é ‘fácil de se entrar, mas difícil de sair’. Contudo, os matemáticos verdadeiros têm sido quase unânimes em desprezá-lo. “O pior tipo de postura pretensiosa”, disse o professor de Contas e Aritmética na Universidade de Londres, “é que todo esse tão propalado conhecimento aritmético de Newton, não há nada neste livro que indique ter alguma relevância alguma para os dados verdadeiros de astronomia”.


Colegas do Departamento de Contas e Aritmética concordaram. “Vamos encará-la”, disse um deles. “A idéia de que a Lua está caindo é simplesmente insano. Caindo? Como é então que nunca atinge a Terra? De onde está caindo? Quem ou por que foi jogada? A idéia de que os corpos celestes são mantidos no lugar por algum tipo de força invisível não é nem má ciência. Não é ciência de jeito nenhum”.


Além disso, outros matemáticos têm argumentado que o livro de Newton está cheio de erros óbvios e revela uma falta fundamental de rigor acadêmico. Comentando sobre o tão-chamado cálculo diferencial, o professor de Números Aplicados na Universidade de Manchester salientou que “o assunto todo foi escrito em Javanês”, e que “Newton parece acreditar que há números maior do que zero mas menor do que qualquer outro número”. Ele concluiu dizendo “Eu não conheço nenhuma idéia que possa parecer tão improdutiva”.


Quando foi contatado em seu escritório em Londres, Newton se recusou comentar, dizendo somente que ele “não iria perder tempo com conhecimentos matemáticos superficiais”. “Uma reação típica”, disse o professor de Epiciclos na Universidade de Canterbury. “Essas pessoas podem ser evasivas sobre os pequenos detalhes na astronomia Ptolemaica, mas quando alguém critica o trabalho deles, eles começam a murmurar sobre as conspirações para a marginalização de seus pontos de vista. Isso tudo é apenas Copérnico disfarçado num smoking bem barato”.


Contudo, as mais recentes pesquisas indicam que mais de sessenta por cento do público inglês acredita que a Terra gira em torno do Sol e que é mantida em sua órbita por algum tipo de força misteriosa.

Por que nós [ainda] invocamos a Darwin?

sábado, fevereiro 11, 2006

Desde 1998, após a leitura de “A Caixa Preta de Darwin” de Michael Behe (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997), eu me tornei um cético da teoria macroevolutiva de Darwin. Eu não estou sozinho neste posicionamento científiico em relação às especulações transformistas do ‘naturalista inglês’. Há uma crescente dissidência científica de peso que não pode e nem deve passar despercebida. Essas vozes não recebem o destaque devido da Grande Mídia, mas editores de algumas revistas de divulgação têm a coragem de publicar cartas desses dissidentes.

Celebrando o Dia de Darwin aqui no Brasil (14/02/2006), eu brindo leitores deste blog, especialmente os ultradarwinistas (seus mais freqüentes visitantes), com uma carta interessante do cientista Philip S. Skell publicada na revista The Scientist.
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A teoria da evolução de Darwin oferece uma explicação vasta da história da vida, dos mais antigos organismos microscópicos há bilhões de anos atrás a todas as plantas e animais ao nosso redor hoje. Muita evidência que poderia ter estabelecido a teoria em uma base empírica inabalável, contudo, permanece perdida no passado distante. Por exemplo, Darwin esperava que nós fôssemos descobrir os precursores transicionais para as formas animais que aparecem abruptamente no estrato cambriano. Desde então nós temos descoberto muitos fósseis antigos – até criaturas de corpos moles primorosamente preservadas – mas nenhum são ancestrais críveis de outros animais cambrianos.

Apesar disso e de outras dificuldades, a forma moderna da teoria de Darwin foi elevada ao seu presente alto status porque ela é tida como a pedra angular da biologia experimental moderna. Mas isso é correto? “Embora a grande maioria dos biólogos provavelmente concordaria com a máxima de Theodosius Dobzhansky de que ‘nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução’, muitos podem conduzir sua pesquisa bem felizes sem referência a idéias evolucionárias”, A.S. Wilkins, editor do journal BioEssays, escreveu em 2000.[1] “A evolução pareceria ser a idéia unificadora indispensável e, ao mesmo tempo, uma idéia altamente supérflua”.

Eu me inclinaria em concordar. Certamente, a minha pesquisa com antibióticos durante a Segunda Guerra Mundial não recebeu orientação de insights fornecidos pela evolução darwiniana. Nem tampouco a descoberta de Alexander Fleming da inibição bacterial pela penicilina. Recentemente eu perguntei a mais de 70 pesquisadores eminentes se eles teriam feito a sua pesquisa diferentemente se tivessem pensado que a teoria de Darwin estava errada. Suas respostas foram todas iguais: Não.

Eu também examinei as biodescobertas do século passado: a descoberta da dupla hélice [do DNA]; a caracterizaçaõ do ribossomo; o mapeamento dos genomas; pesquisa em remédios e reações a drogas; desenvolvimento na produção de alimentos e no saneamento; o desenvolvimento de novas cirurgias; e outras. Eu até perguntei biólogos trabalhando em áreas onde alguém esperaria que o paradigma darwiniano tivesse a pesquisa mais beneficiada, tal como a emergência da resistência aos antibióticos e pesticidas. Aqui, como em qualquer área, eu descobri que a teoria de Darwin NÃO FORNECEU [ênfase deste blogger] nehuma direção discernível, mas foi introduzida, após os avanços na ciência, como uma interessante nota capciosa.

Carta publicada na revista The Scientist 2005, 19(16):10, em 29 de agosto de 2005.
http://www.the-scientist.com/2005/8/29/10/1
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Philip S. Skell é membro da NAS (Academia Americana de Ciências)

A romaria a Darwin ad nauseam

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Dia de Darwin

O Globo - 10/2/2006 - por Joaquim Ferreira dos Santos

Joaquim Ferreira dos Santos conta que a Livraria da Travessa [RJ] comemora este domingo o Dia de Darwin com um debate, às 19h, sobre a teoria evolutiva. O evento, organizado também pelos biólogos Isabel Landim e Cristiano Moreira, terá palestra de Mário Pinna, da Usp. “É uma celebração ao conhecimento científico e à tolerância pela diversidade, principalmente em regiões que enfrentam as anacrônicas tsunamis fundamentalistas”, dizem os organizadores.

Darwin, quem diria, é objeto de idolatria cega pelos seus seguidores fundamentalistas no mundo inteiro. Vou ser mais gentil com os ultradarwinistas - isso cheira a culto à personalidade. O ‘naturalista inglês’ deve estar se revirando em seu túmulo na Abadia de Westminster. Logo ele que era agnóstico... Enterrado em uma igreja e agora ‘venerado’...

Este blog respeita todas as tradições religiosas, inclusive a ‘religiosidade secularizada’ dos darwinistas, mas não consegue entender sociologicamente o porquê deste aspecto ‘religioso’ esdrúxulo do fundamentalismo ultradarwinista.

Talvez este artigo interessante Feast of Darwin ad nauseum (deveria ser ad nauseam, mas a gente releva) postado por Tristan Abbey no jornal estudantil da Universidade Stanford, no dia 8 de fevereiro de 2006 explique melhor este fenômeno.

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Milhões de católicos ao redor do mundo vão celebrar a Festa de Nossa Senhora de Lourdes neste sábado [11 de fevereiro]. A celebração comemora a aparição da Abençoada Virgem Maria a uma jovem francesa chamada Bernadette quase há um século e meio. Rivalizando com a intensidade de devoção da Igreja, admiradores de Charles Darwin irão reverenciar seu herói com uma série de eventos no dia seguinte, com festividades desde a Austrália a Bangladesh, do Chile à Irlanda [No Brasil também!]. A própria organização dos Estudantes para o Pensamento Racional (Students for Rational Thought) de Stanford irá participar na celebração aqui no campus.

A ausência total de festança em escala global em honra de qualquer cientista deveria causar em nós hesitação. O Dia Nacional de Mol., celebrado no dia 23 de outubro, reconhece o Número de Avogrado e, à medida em que os professores de química através do país levantam anualmente a bandeira do mol. às 6:02 da manhã, este parece ser o único competidor do Dia de Darwin. Onde estão os fãs ardentes de Galileu, os devotos intransigentes de Newton, e os ávidos aficcionados de Edison? O que faz Darwin ser tão especial?

A resposta não reside tanto na sua obra científica (afinal de contas, em termos de simples utilidade, a lâmpada de Edison certamente que bate as observações de Darwin dos bicos de tentilhões), mas mais nas tendências filosóficas daqueles que propõe o neodarwinismo – a crença de que variação puramente aleatória e a seleção natural explicam a complexidade da vida. Michael Ruse, um grande filósofo da ciência que tem debatido em inúmeras ocasiões com os teóricos do design inteligente e criacionistas, escreve no livro “The Evolution-Creation Struggle” [A luta da evolução-criação], que “a evolução tinha estado no ar por muito tempo, e muitas pessoas estavam procurando uma razão para crer nela”. Darwin, de acordo com Ruse, “um dos mais ardentes sociais-progressistas do século 19” foi quem forneceu a razão. O fato de que a Silicon Valley Humanist Community [Comunidade Humanista do Vale do Silício na Califórnia], que é dedicado ao progresso, esteja co-patrocinando o Dia de Darwin na Universidade Stanford é tudo, menos aleatório.

Os defensores mais eloqüentes de Darwin são os primeiros a reconhecer por que a evolução darwiniana é tão importante. O falecido Stephen Jay Gould afirmou, “antes de Darwin, nós pensávamos que um Deus benevolente nos tinha criado”. Semelhantemente, Richard Dawkins explicou que “só depois de Darwin é possível ser um ateu intelectualmente satisfeito” [in O Relojoeiro Cego, p. 25]. Daniel Dennett, cujo livro “A Idéia Perigosa de Darwin”, vai desempenhar um papel proeminente no Dia de Darwin em Stanford, afirma que “... Deus é como Papai Noel, um mito da infância, nada em que um adulto de mente sã e sem ilusões possa acreditar literalmente”. O último Manifesto Humanista, assinado por Dawkins e Dennett, declara: “Os seres humanos são uma parte integral da natureza, o resultado de uma mudança evolucionária não guiada”.

Darwin merece um lugar de honra. Que os sistemas vivos evoluem ao longo do tempo é um fato estabelecido e serve como base para muitas pesquisas proveitosas, especialmente com antibióticos. A seleção natural stambém, é um princípio tão importante para os críticos do neodarwinismo como é para or próprios neodarwinistas.

Mas certamente que Darwin teria ficado constrangido só em pensar ser elevado à santidade secular.

Tristan Abbey é segundanista da Universidade Stanford especializando-se em História. Ele pode ser contatado no e-mail tabbey@stanford.edu
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NOTA BENE: Para a romaria ser mais eficiente, não se esquecem de levar o 'livro sagrado' muito pouco lido pelos biólogos: “Origem das Espécies”

Cientista membro da AAAS apóia o ensino objetivo da teoria da evolução em Ohio

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Você certamente já ouviu a ‘conversa pra boi dormir’ sempre matraqueada pela Nomenklatura científica e a Grande Mídia de que os únicos dissidentes de Darwin são ‘religiosos fundamentalistas’, ‘crentes da Terra plana’, ‘não sabem fazer ciência’ e outras cositas más, saiba que desde a época de Darwin os principais dissidentes foram os cientistas. Darwin escreveu 4 capítulos em Origem das Espécies tentando refutar esses dissidentes. Não conseguiu ontem, nem consegue hoje.

Exemplo mais recente de um dissidente científico de Darwin é o Dr. Lyle H. Jensen, membro sênior da famosa AAAS (a SBPC dos gringos) que, inusitadamente, enviou esta carta (traduzida abaixo) ao Departamento de Educação de Ohio.

A eleição de um membro sênior da AAAS, como Jensen, é uma honraria concedida pelos seus pares. Eles são reconhecidos pelos seus esforços meritórios de avançar a ciência ou as suas aplicações. A AAAS tem atualmente APENAS 4.600 membros eleitos que são líderes nas suas disciplinas acadêmicas, nas artes, na administração pública e privada de todo o mundo.

Por essa ação esdrúxula deste eminente cientista pedindo o ensino objetivo e científico da evolução as Nomenklaturas científicas do Tio Sam e a tupiniquim não esperavam e devem estar se perguntando até agora – ‘Onde foi que nós erramos???’

Alô MEC/SEMTEC: os Srs. não vão tomar nenhuma providência sobre a vergonhosa abordagem da origem e evolução da vida em nossos melhores livros-texto de Biologia onde duas fraudes (uma centenária e outra mais recente) são perpetuadas e outras evidências científicas são distorcidas a favor do FATO da teoria geral da evolução???

Uma ciência que lança mão de fraudes merece perecer! Empirica empirice tratanda! [As coisas empíricas são empiricamente consideradas]

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7 de fevereiro de 2006

Lyle H. Jensen, Professor (Emérito)
Membro sênior da American Association for the Advancement of Science
Membro da American Academy of the Arts and Sciences
Departmento de Estruturas Biológicas e Departamento de Bioquímica da Universidade de Washington

Ao Departamento de Educação de Ohio
25 South Front St.
Columbus, OH 43215

Re: Esboço de Lição da Análise Crítica da Evolução

Prezados Senhores do Conselho Estadual de Educação de Ohio,

Como um cientista interessado, um membro sênior da Associação Americana para o Avanço da Ciência, e um membro da Academia Americana de Artes e Ciências, eu quero tornar conhecido ao Conselho o meu apoio para o Esboço de Lição da Análise Crítica da Evolução de Ohio.

O principal propósito da educação em ciência é informa os estudantes sobre a verdadeira natureza deste mundo. Mas raramente dão aos estudantes a oportunidade de aprender sobre as descobertas científicas que desafiam a evolução, e a falta de evidência apoiando as afirmações essenciais do neodarwinismo. Na verdade, visivelmente faltando nas publicações científicas hoje são as explicações para a capacidade da evolução criar nova informação genética que resulte em novas funções biológicas. Se nós ensinarmos que o neodarwinismo é uma explicação plenamente satisfatória da diversificação de toda a vida na Terra e deixarmos de mencionar a notável dissenção científica daquela posição, os estudantes receberão informações erradas sobre a evidência.

Os estudantes também precisam receber as habilidades de pensamento crítico necessárias para se destacarem como cientistas. Exigir que os estudantes analisem criticamente a evidência a favor e contra o neodarwinismo irá prepará-los não somente para entender os atuais debates científicos, mas irá treiná-los a se tornarem cientistas capazes de resolver questões importantes que enfrenta o nosso mundo.

A evolução biológica é uma teoria influente a respeito da qual os estudantes devem ser informados. Embora os estudantes devam certamente aprender sobre os aspectos científicos robustos da evolução, eles também deveriam ter a oportunidade de aprender a respeito dos aspectos científicos fracos da teoria. Eu recomendo com insistência que os Srs. Retenham o Esboço de Lição da Análise Crítica da Evolução a fim de que os estudantes de Ohio sejam informados objetivamente sobre os fatos de biologia e treinados para serem melhores cientistas.

Cordialmente,
Professor (Emérito) Lyle H. Jensen
Membro sênior da American Association for the Advancement of Science
Membro da American Academy of Arts and Sciences
Departmento de Estrutura Biológica e Departamento de Bioquímica
Universidade de Washington
Ex-pesquisador da Universidade Estadual de Ohio

* A carta em inglês pode ser obtida em PDF aqui:
http://www.discovery.org/scripts/viewDB/filesDB-download.php?command=download&id=705

De volta às aulas, aceite “O convite de Darwin”: questione seu professor de Biologia!

Não são só os religiosos fanáticos que questionam o evolucionismo

Quando Darwin publicou “A Origem das Espécies”, em 1859, os cientistas desconheciam a complexidade da célula, a herança genética e minimizavam as dificuldades encontradas no registro fóssil. As idéias confusas e não muito originais de Darwin revolucionaram a ciência e as concepções filosófico-religiosas - o homem evoluiu de uma forma simples através da seleção natural ao longo de bilhões de anos.

Sem apoio das evidências, Darwin conseguiu a adesão da comunidade científica tão ignorante desses fatos quanto ele. Contudo, admitiu existir objeções a sua teoria e que poderia haver visões extremas da evolução: “Estou bem a par do fato de existirem neste volume pouquíssimas afirmativas acerca das quais não se possam invocar diversos fatos passíveis de levar a conclusões diametralmente opostas àquelas às quais cheguei. Uma conclusão satisfatória só poderá ser alcançada através do exame e confronto dos fatos e argumentos em prol deste ou daquele ponto de vista, e tal coisa seria impossível de se fazer na presente obra”.

Esse convite gera debates apaixonantes. As objeções não são feitas unicamente por religiosos fanáticos. Sóbrios e renomados cientistas ainda questionam por motivos científicos.

O sociólogo Edgar Morin, no livro “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro” para a Unesco, afirmou e sugeriu: “As ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas, mas igualmente revelaram, ao longo do século 20, inúmeras zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das incertezas que surgiram nas ciências físicas, nas ciências da evolução biológica e nas ciências históricas”.

A LDB 9394/96 estabeleceu as bases da educação nacional para aprimorar o educando pelo desenvolvimento de sua autonomia intelectual e do pensamento crítico. Isso ocorrerá quando algumas “zonas de incertezas” nas ciências biológicas forem abordadas:

1. A origem da vida: a teoria da evolução química não goza mais de respeitabilidade científica, mas a experiência de Urey-Miller “demonstra” como a vida surgiu.

2. A “explosão cambriana”: os principais filos aparecem no registro fóssil há mais de 540 milhões de anos, sem intermediários, plenamente funcionais, contrariando a evolução gradual. Segundo Darwin, uma “objeção fatal”, mas omitida nos livros-texto de Biologia.

3. Homologia: semelhança devido à ancestralidade comum é evidência de ancestralidade comum. Tautologia, argumento circular que nada diz em ciência.

4. Embriões vertebrados: há mais de um século os biólogos sabem que os embriões vertebrados não são semelhantes no estágio inicial e os desenhos que os mostram assim foram “forjados” para “apoiar” a teoria.

5. Melanismo industrial: a foto de mariposas “camuflando-se” nos troncos das árvores como evolução em ação é falsa. Desde 1980 os biólogos sabem: não descansam nos troncos das árvores e foram “coladas” nos troncos para apoiar o “fato da evolução”!

6. Os tentilhões de Darwin: explicam a origem das espécies por meio da seleção natural, quando nenhuma megaevolução ocorreu. Os tentilhões, apesar da variedade de bicos e costumes alimentares, continuam tentilhões.

7. A origem humana: macacos-antropóides ilustram nossos ancestrais. Os paleoantropólogos discordam sobre quais foram nossos ancestrais e como pareciam. Os cladogramas aqui “supõem” como esta relação filogenética teria ocorrido. Não há um “elo perdido”, mas toda uma “corrente perdida”.

A ciência é a expressão de curiosidade. Por causa do convite de Darwin, da sugestão de Morin e da proposta da LDB, você pode e deve questionar o neodarwinismo, pois a melhor inferência às evidências é o Design Inteligente.

*Este artigo foi publicado originalmente na revista Galileu 145 de Agosto de 2003 na seção “Idéias” e não representa necessariamente a opinião daquela revista
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT578940-1726,00.html

A definição de “teoria” da NAS é que encaixaria o geocentrismo e a astrologia!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A razão principal deste artigo é para corrigir o que foi amplamente desvirtuado pela Grande Mídia nacional e internacional e explorado pelos sites e blogs ultradarwinistas http://www.projetoockham.org/boletim_14.html: Michael Behe disse que a astrologia é ciência. A GM e esses sites e blogs ideologizados não ‘ouviram o outro lado’ e nem mencionaram o contexto da citação de Behe no seu depoimento. Chamam isso de ética jornalística...
Que fique bem claro de uma vez por todas: os teóricos e proponentes do DI, inclusive Michael Behe, cremos que o geocentrismo e a astrologia são pseudociências. Behe foi brilhante na exposição de suas idéias e defendo-se dos ataques durante o interrogatório naquela corte de Dover, Pensilvânia. (http://www.pennlive.com/newsflash/pa/index.ssf?/base/news-31/1129734242108620.xml&storylist">Clique aqui)

Quando o assunto é Darwin, a GM está de ‘rabo preso’ com a Nomenklatura científica – usa e abusa de atitudes antiéticas. Um artigo, infelizmente basta só um artigo, enganou os leitores ao insinuar que Behe apoiava a astrologia como uma teoria científica. O artigo “Astrology is scientific theory, courtroom told” [A sala do tribunal foi informada que a astrologia é teoria científica] ganhou foro de ‘verdade’ porque foi publicado em http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn8178 Essas alegações falsas correram mundo e chegaram até nós.

Aquele artigo alegava o seguinte: “A astrologia seria considerada uma teoria científica se julgada pelos mesmos critérios usados por um defensor bem conhecido do Design Inteligente para justificar a sua afirmação de que o DI é ciência, jurados de um julgamento ponto de referência nos Estados Unidos ouviram na terça-feira. Sob interrogatório minucioso e rigoroso, o proponente do DI Michael Behe, bioquímico da Universidade Lehigh em Bethlehem, Pensilvânia, admitiu que a sua definição de ‘teoria’ era tão ampla que incluiria também a astrologia”.

A declaração no artigo não faz justiça aos pontos de vista expostos por Behe que incluía a rejeição total das explicações astrológicas. A verdade jornalística seria melhor servida se o artigo descrevesse a realidade dos fatos. Esse questionamento surgiu quando Eric Rothschild, consultor jurídico dos queixosos, perguntou a Behe sobre a definição do termo ‘teoria’. Behe explicou, NOTA BENE, explicou que a definição de teoria da National Academy of Sciences [Academia Nacional de Ciências] não é aquela TIPICAMENTE usada pelos cientistas.

A NAS define ‘teoria’ assim: “Em ciência, uma explicação bem substanciada de alguns aspectos do mundo natural que pode incorporar fatos, leis, e hipóteses testadas. A alegação de que a evolução deveria ser ensinada como ‘teoria e não fato’ confunde o uso comum dessas palavras através da acumulação de evidência. Antes, as teorias são pontos finais da ciência. Elas são interpretações que se desenvolvem da observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa. Elas incorporam um grande corpo de fatos científicos, leis, hipóteses testadas, e inferências lógicas”. [Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences, 2a. ed., 1999, p. 2 ].

Esta definição da NAS não corresponde com a idéia de teoria que os cientistas têm quando a empregam nas suas pesquisas e trabalhos técnicos. Uma busca em PubMed por “new theory” [grifado assim] vai fornecer centenas de trabalhos onde os cientistas usam o termo ‘teoria’ para descrever uma ‘nova idéia’ que pode explicar um punhado de coisas, mas ainda precisa ser ‘bem substanciada’ e nem dispor de evidência de outros trabalhos científicos para apoiá-la. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi

O que nós vemos é os cientistas que usaram a frase ‘nova teoria’ empregando o termo sobre as novas descobertas de apenas um só estudo. A frase ‘new theory’ é antitética à idéia de “observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa”, e a frase não deveria existir se a NAS estiver correta na sua definição de ‘teoria’.

Quais são as implicações da definição de ‘teoria’ da NAS?

Há uns 500 anos atrás, a maioria dos ‘cientistas’ acreditava (embora incorretamente) que a Terra era o centro do sistema solar. Se alguém perguntasse a um astrônomo em 1500 se o modelo do sistema solar era “uma explicação bem substanciada de alguns aspectos do mundo natural que pode incorporar fatos, leis, e hipóteses testadas... que se desenvolvem da observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa... incorporam um grande corpo de fatos científicos, leis, hipóteses testadas, e inferências lógicas”, ele responderia SIM!

Se em vez de Behe fosse a NAS que estivesse sendo interrogada, e ela admitisse que há 500 anos atrás algumas pessoas teriam dito que o geocentrismo qualificava sob a nova definição de ‘teoria’ da NAS. Na verdade, muitas pessoas naquela época teriam colocado a “astrologia” sob a definição da NAS. Hoje nós sabemos que tanto a astrologia como o geocentrismo são completamente errados, muito embora Newton tenha sido um astrólogo! http://www.phys.uu.nl/~vgent/astrology/newton.htm

Qual é a definição de Behe de uma teoria científica? No seu depoimento entregue ao tribunal de Dover, Behe mencionou a sua definição de teoria num artigo publicado em Philosophy and Biology: “Sem entrar no difícil problema de tentar definir ciência, eu apenas direi que eu penso que qualquer explicação que se apoie completamente em evidência empírica e lógica básica merece o nome de ciência” [Nota bibliográfica 8: “Por outro lado, se uma explicação depende criticamente em dogmas específicos de uma fé particular, tal como a Trindade ou a Encarnação, ou em textos sagrados, então isso é claro não é uma explicação científica”. [Behe, M. J. “Reply to my critics: A response to reviews of Darwin’s Black Box: The biochemical challenge to evolution”, in Biology and Philosophy, 16(5):685-709, Nov. 2001].

O advogado dos queixosos tentou torcer as declarações de Behe fazendo parecer que Behe acreditava que a astrologia era um teoria científica. Behe disse que há uns 500 anos atrás, quando os cientistas e as pessoas conheciam muito menos sobre o mundo e estavam tentando explicar as coisas, eles tiveram uma idéia de que as coisas na Terra deviam ser influenciadas pelas coisas nas estrelas. Isso é um fato histórico em ciência. Mas Behe salientou que hoje nós sabemos que a astrologia é errada. É a mesma coisa como a teoria do flogístico – que os cientistas um dia pensaram ser verdade científica, e que uma vez pensaram ser uma teoria científica empiricamente baseada, mas que hoje não passaria pelo crivo do escrutínio científico.

O problema com a astrologia não é que ela poderia se encaixar na definição de teoria da NAS ou a definição de ciência de 500 anos atrás de Behe. O problema é que ela não é apoiada pelas evidências. Apesar disso, sob a definição da NAS, uma ‘teoria’ é aquilo que está nos olhos de quem a contempla. E existem muitos cientistas, como Behe, que aceitam ser a Teoria do Design Inteligente “uma explicação bem substanciada”.

Quem pensou que Behe se ‘estrepou’ com a sua definição de ‘teoria’, não se alegre muito não. Quem ‘caiu do cavalo’ foi a NAS que agora vai ter de arranjar uma nova definição de ‘teoria’ a fim de excluir definitivamente a TDI do debate científico.

A longa história de fraudes e distorções de evidências desses darwinistas fundamentalistas comprova que eles não são amigos da verdade. São verdadeiros chacais e hienas querendo apenas tripudiar as pessoas e destruir carreiras acadêmicas dos dissidentes de Darwin.

[Blog baseado em Casey Luskin, mas de minha responsabilidade]

O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio 'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem.

A proposição de a seleção natural não ser 'o mecanismo exclusivo ou mesmo o mais importante para a modificação evolutiva dos seres vivos', não é insistência minha, mas dos teóricos do paradigma neodarwinista.

Há mais de 450 'scholars' americanos e estrangeiros, inclusive biólogos de importantes Universidades como Yale, Princeton, MIT, Smithsonian Institution, e até das Academias de Ciências dos Estados Unidos e da Rússia, criticando a evolução darwinista e duvidando da capacidade da seleção natural e das mutações serem responsáveis pela imensa complexidade e diversidade da vida.Eles sugerem um exame criterioso da evidência a favor e contra a teoria darwinista deve ser encorajado. O articulista 'conhece' e troca e-mails com alguns desses especialistas.

Tem sido uma experiência mais do que gratificante. É nos 'ombros desses gigantes' que o presente artigo foi elaborado.
As críticas aqui neste blog são sobre o 'modus operandi' da Nomenklatura científica que distorce, falsifica e suprime as sólidas evidências contra os pilares fundamentais da teoria geral da evolução, mantendo-os nos livros-texto e no ensino da Biologia como 'fatos da evolução'.
Atitude obscurantista contrariando o espírito científico de corrigir e descartar teorias que não se sustentam pelas evidências. Alguns darwinistas honestos, parcialmente, reconhecem e deploram essa atitude.

A experiência de Miller-Urey tentou substanciar o cenário da origem e evolução química da vida proposto pela hipótese de Oparin-Haldane: a abiogênese [eufemismo para geração espontânea] teria acontecido apenas uma vez nos 4.5 bilhões de anos de história biológica.

Os seres vivos [e até uma 'simples' célula] são extrema e irredutivelmente complexos e a seleção natural pré-biológica [???] não poderia agir sobre os compostos químicos 'mais aptos que sobreviveram' da [inexistente] 'sopa protéica', porque compostos químicos, simplesmente, não deixam descendência.

A extrema dificuldade das teorias de origens é que elas não podem ser falsificadas - o evento original não pode ser repetido para podermos falsear ou não nossas teorias. Situação epistemológica Catch-22: as teorias das origens da vida são apenas plausíveis ou implausíveis.
Nestes últimos 50 anos, os pesquisadores da evolução pré-biológica têm encontrado 'em dezenas de laboratórios' [???] segundo Klaus Dose, apenas 'impasse e frustração'. Por quê?


1. A origem da vida foi rápida demais - há uns 3.86 bilhões de anos. MOJZSIS, Stephen J. et al. "Evidence for Life on Earth Before 3,800 Million Years Ago", Nature 384 (1996):55-59. Dados sugerem que a vida se originou não somente uma, mas várias vezes entre 3.86 e 3.5 bilhões de anos. Pelo menos uma delas ocorreu em 10 milhões de anos ou menos - tempo muito abreviado para o surgimento da vida por quaisquer modelos tipo Urey-Miller.

2. Nunca houve uma 'sopa prebiótica'. Em todas as formas de sedimentos carboníferos, de todas as eras geológicas, pesquisadores concluíram: nenhuma 'sopa' ou substrato existiu. LAZCANO, Antonio. "Chemical Evolution and the Prebiotic Soup: Did Oparin Get it Right?", Journal of Theoretical Biology 184 (1997):219-23.

3. O paradoxo oxigênio-raios ultravioletas. A presença de oxigênio molecular impede as reações químicas das quais os modelos Urey-Miller dependem. A ausência de oxigênio permitiria a penetração da radiação ultravioleta na atmosfera da Terra, frustrando novamente as reações químicas necessárias.

4. O sinergismo biomolecular. Sob condições naturais, as proteínas podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de DNA e RNA. As moléculas de DNA, por sua vez, podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de proteínas e de RNA.
Já as moléculas de RNA podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de proteínas e de DNA. Como se não bastasse ser bastante complicada esta interdependência, as moléculas de RNA e muitas moléculas de proteínas e de DNA são estáveis somente se estiverem contidas numa membrana biológica. IRION, Robert. "Ocean Scientists Find Life, Warmth in the Seas", Science 279 (1998):1302-
3.

As membranas biológicas podem agrupar-se somente se as moléculas de DNA, RNA, de proteínas, e de complexos de proteínas de RNA estiverem presentes. WALTER, Peter et al. "SRP - Where the RNA and Membrane Worlds Meet", Science 287(2000):1212-13.; BATEY, R. T. et al. "Crystal Structure of the Ribonucleoprotein Core of the Signal Recognition Particle", Science 287 (2000) p.1232-39.5. A organização de biomoléculas. A função celular exige: a) os números e os tipos exatos de moléculas de proteínas, de RNA e de DNA; b) o posicionamento exato destas moléculas em locais específicos dentro da célula; e c) uma específica proporção de nucleotídeos funcionais e não-funcionais ou seqüências de aminoácidos nas moléculas da célula. BEATON, Margaret J. e CAVALIER-SMITH, T. "Eukaryotic Non-Coding DNA is Functional: Evidence from the Differential Scale of Cryptomonad Genomes", Proceedings of the Royal Society of London, Series B, 266(1999):2053-59; CAVALIER-SMITH, T. "Nuclear Volume Control by Nucleoskeletal DNA, Selection for Cell Volume and Cell Growth Rate, and the Solution of the DNA C-Value Paradox", Journal of Cell Science 34 (1978):247-78.

6. Minimização de erro seqüencial. O seqüenciamento de aminoácidos nas proteínas e nucleotídeos das moléculas de DNA e RNA está estrategicamente fixado para minimizar o dano causado pelas mutações [???].

Esta capacidade incorporada para a minimização de erros é igual ou ultrapassa os melhores esforços humanos em minimizar erros em coisas como programas de computador. FREELAND, Stephen J. e HURST, Lawrence D., "The Genetic Code is One in a Million", Journal of Molecular Evolution 47 (1998):238-48; LUDWIG, Mark A., "Computer Viruses, Artificial Life, and Evolution. Tucson, AZ: American Eagle Publication, 1993.

7. A complexidade da vida mais simples. Os geneticistas têm determinado que a forma de vida mais simples exige um mínimo de 1.400 genes para sobreviver em independência.

Mesmo sob condições químicas ideais, com todas as moléculas pré-bióticas necessárias e a ausência total de moléculas contaminadoras, esta forma 'mais simples' de vida não teria condições de se agrupar sozinha, nem mesmo dentro do tempo da existência do universo! PATTERSON, Collin. Evolution, 2a. ed., Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999, p. 22-23.

Os darwinistas afirmam - 'a teoria da evolução por seleção natural não está completa em todos os detalhes, mas vai muito bem'. Contudo, sérias críticas científicas ao neodarwinismo tornaram-se mais evidentes a partir da década de 70, do século 20.

M. Earthy e D. Collingridge, historiadores da ciência, descrevem o neodarwinismo como um paradigma que perdeu a sua capacidade de resolver problemas científicos importantes ['Science Under Stress: Crisis in Neo-Darwinism', in History and Philosophy of the Life Sciences 12:3-26, 1990].

Mais recentemente, David L. Hull, professor de história e filosofia biológica [um 'evolucionista competente'] da Northwest University, diante destas e outras sérias dificuldades, declarou: 'Atualmente, quase todo o aspecto do paradigma neodarwinista está sendo questionado' [verbete Darwinism, in Cambridge Dictionary of Philosophy, Robert Audi, editor, Nova York: Cambridge University Press, 1995, p.179].

O desenho dos embriões de Haeckel permanece nos livros como sendo um 'fato da evolução' de ancestralidade comum, e não para provar sua lei biogenética. Se fraudar é 'o mais grave pecado que um cientista pode cometer', por que ainda aparece nos livros-texto de biologia?

A incompletude do registro fóssil, a 'explosão cambriana' e os antecessores do Homo sapiens são questões muito sérias e precisam também ser abordadas nos livros-texto de biologia como sérias dificuldades à teoria geral da evolução.

Há 530 milhões de anos atrás, numa janela de tempo menor do que 2-3 milhões de anos, mais de 70 filos apareceram 'subitamente' sem nenhuma história evolutiva [Dawkins]. Hoje, somente 30 filos permanecem, e todos estavam presentes no evento cambriano. 'Natura non facit saltum' [Huxley] ou faz? Se não faz, como explicamos este abrupto e perene surgimento de vida?

O melanismo nas mariposas Biston betularia, não é 'exemplo claro' da seleção natural em ação, e 'os fatos válidos' permanecem como hipótese.Jerry Coyne, ao saber da fraude de Kettlewell, disse: "De vez em quando os evolucionistas reexaminam um estudo clássico de experiência e descobrem, para o seu horror, que está defeituoso ou totalmente errado...o cavalo vencedor em nosso estábulo de exemplos [das evidências da evolução] está em más condições, e, embora não esteja pronto para ir para a fábrica de cola, precisa de séria atenção ["Not Black and White", uma resenha do livro "Melanism: evolution in Action", de Michael Majerus, Nature 396 (1998);35-36].

O problema da homologia não é somente questão de que a 'semelhança fenótipa não garante relação filogenética', nem tampouco em diferenciá-la da analogia.

Primeiro, os órgãos homólogos são definidos nos livros-texto de biologia como semelhança devido a um ancestral comum e são apresentados como evidência para descendência comum. Tautologia.

Em segundo lugar, os biólogos sabem que os órgãos homólogos não surgem devidos a genes semelhantes. O mecanismo que os produz permanece desconhecido.

Finalizando, a teoria da evolução das espécies por seleção natural, além de incompleta, não caminha muito bem. Se ainda não sabemos como ocorreu a origem e a evolução da vida aqui na Terra, colocar essa possibilidade fora da Biota da Terra [Marte ainda não foi descartado] é emitir uma nota promissória epistemológica que nunca poderá ser empiricamente resgatada...

O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio 'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!

Darwinismo em questão: A lição esdrúxula do 'modus operandi' da Nomenklatura científica.

A ciência é uma busca da verdade e, por isso, não pode coexistir com a mentira. Qualquer teoria científica deve ser comparada com as observações e/ou experiências. As que sobreviverem a repetidos testes são consideradas, provisoriamente, como declarações verdadeiras a respeito do mundo.

E se houver conflito persistente entre a(s) teoria(s) e as evidências? A ciência demanda que a(s) teoria(s) se renda(m) às evidências, modificando-se ou descartando-se as teorias, pois todo conhecimento científico está sujeito a mudança assim que novas evidências surgirem.

Muito mais grave do que o artigo fraudulento de Alan Sokal e de como os irmãos Bogdanov obtiveram o doutorado em Física pela Universidade de Bourgogne, na França, é o 'modus operandi' da nomenklatura científica em relação à Teoria Geral da Evolução.

Há muito tempo, e mais recentemente, a Ciência sabe que os pilares fundamentais da teoria darwinista são falsos ou induzem ao erro. Mas continuam sendo apresentados como 'evidências da teoria da evolução' em livros-texto de Biologia e, supostamente, 'norteando' as pesquisas biológicas...Embora o 'darwinismo fundamentalista' afirme que a origem da vida não é assunto importante na discussão do 'fato da evolução', o experimento de Urey-Miller, simples obtenção de aminoácidos ['tijolos construtores' de proteínas], é exemplificado como o primeiro passo importante na origem e evolução química da vida cientificamente demonstrado.

Mas as proteínas é que são os 'tijolos construtores' da vida e até hoje não conseguimos ir além desses insignificantes aminoácidos...

A partir dos anos 70 do século 20, os cientistas concluíram: a atmosfera da Terra primitiva não era nada parecida com a mistura de gases usadas por Urey-Miller. O 'Mysterium tremendum', continua misterioso, inacessível e agora com um prêmio de US$ 1.000.000,00 para quem for além da experiência simples de Urey-Miller http://us.net/life .

A mais grave das distorções - as semelhanças no desenvolvimento embrionário de diferentes vertebrados no estágio inicial é apresentada como 'forte evidência' de descendência comum.

Há muito sabemos que os embriões não são tão semelhantes assim, e que Haeckel fraudou o seu desenho. Em 1977, uma equipe de especialistas, dirigida pelo embriologista Michael Richardson, comparou os desenhos de Haeckel com as fotografias de embriões verdadeiros de vertebrados.

Conclusão da equipe: os desenhos 'deturpam' a verdade. Richardson afirmou à revista Science: 'Parece que isto está se revelando como uma das mais famosas fraudes em biologia' [Elizabeth Penisi, 'Haeckel's Embryos: Fraud Rediscovered', Science 277 (1997), p. 1435.

Mas, o que é uma pequena fraude secular diante da grandiosidade do gênio eterno de Darwin?

A teoria da evolução de Darwin é basicamente 'descendência com modificação' através da seleção natural na formação de novas espécies. É ponto pacífico que dentro de uma espécie ocorra descendência com modificação.

É discutível, porém, que todos os seres descendam gradualmente modificados de uma forma ou de algumas formas originais. Se assim fosse, a história da vida seria representada pelo gráfico da árvore.

O registro fóssil mostra os principais grupos de animais plena e funcionalmente formados num big bang biológico, 'a explosão cambriana', sem ancestrais comuns conforme predito pela teoria. Darwin disse que, se fosse assim, sua teoria 'ruiria'... Darwin subestimou a 'varrida para debaixo do tapete epistemológico' que dariam seus atuais discípulos...

No século 20, durante a década 70, os biólogos testaram as árvores filogenéticas, comparando as moléculas de várias espécies. Quanto mais semelhantes as moléculas de duas espécies diferentes, presumia-se que fossem mais aparentadas.

Mas ao compararem mais e mais moléculas, descobriram - as moléculas diferentes davam resultados conflitantes. O padrão de árvore da vida baseada numa molécula contradizia o padrão obtido por outra. [James A. Lake, Ravi Jain e Maria C. Rivera, 'Mix and Match in the Tree of Life', Science 283 (1999), p. 2027-2028]. A árvore da vida, quem diria, está mais para 'gramado'...

Os órgãos homólogos dos vertebrados são apresentados como evidência de parentesco evolutivo. Dois mecanismos foram propostos para isso: desenvolvimento embrionário [as características homólogas surgem de células e processos semelhantes no embrião] e programas genéticos [as características homólogas são programadas por genes semelhantes].

Os biólogos sabem há muito tempo, que as estruturas homólogas geralmente não são produzidas por processos semelhantes de desenvolvimento embrionário. E há mais de 30 anos sabem que elas não são produzidas por genes semelhantes.

Estamos empiricamente vazios de mecanismos estabelecendo as homologias como evidências de ancestralidade comum. [Rudolph Raff, 'The Shape of Life', The University of Chicago Press, 1996; Gavin de Beer, 'Homology: An Unsolved Problem', Oxford University Press, 1971; Gregory A. Wray e Ehab Abouheif, 'When Homology is not Homology?', Current Opinion in Genetics & Development 8 (1998), p. 675-680].
Mesmo assim, a homologia é definida em termos de ancestralidade comum, e depois é usada como evidência para a ancestralidade comum. Tautologia que nada diz cientificamente. Mas, entenda-se essa hermenêutica de axiomas...

A seleção natural não é o exclusivo nem o mais importante mecanismo de modificação evolutivo. O melhor que Darwin pode oferecer à ciência foi 'uma ou duas ilustrações imaginárias'.

Na década de 50 do século 20, o médico Bernard Kettlewell ofereceu o que parecia ser exemplo conclusivo da seleção natural em ação: o melanismo industrial nas famosas mariposas de Manchester [Biston betularia].

Mas, na década de 80 daquele século, pesquisadores descobriram: a história oficial estava incorreta, inclusive o fato importante de as mariposas em questão não costumam repousar em troncos de árvores, mas voam de noite e escondem-se durante o dia embaixo dos galhos superiores.

Uma situação inexistente na Natureza foi artificialmente criada: as mariposas foram soltas durante o dia e 'coladas' nos troncos de árvores para ilustrar 'a seleção natural em ação'. [Giuseppe Sermonti e Paola Catastini, 'On industrial melanism: Kettlewell's missing evidence', Rivista di Biologia 77 (1984), p. 35-52; Atuhiro Sibatani, 'Industrial Melanism Revisited', Rivista di Biologia 92 (1999), p. 349-356. O que um pouco de cola Super Bonder não faz pela ciência...

Em 1977, Peter e Rosemary Grant [e colegas de pesquisa] observaram um aumento de 5% no tamanho dos bicos de tentilhões após severa seca nas ilhas Galápagos. A variação, apesar de significante, é pequena em termos evolutivos. Após as chuvas torrenciais de 1983, os bicos voltaram ao tamanho anterior...

Esse tipo de 'adaptação específica', contudo, é utilizado para explicar as diferentes variedades ou espécies de tentilhões, apesar de os Grants terem afirmado que 'a base do conhecimento a partir da qual generalizar sobre a genética da especiação das aves é precariamente tênue' ['Genetics and the origin of bird species', Proceedings of the National Academy of Sciences USA 94 (1997), p. 7768-7775].

Para complicar mais ainda, diversas espécies de tentilhões parecem estar se misturando por hibridização, em vez da diversificação através da seleção natural como exige a teoria neodarwinista. [Peter R. Grant e B. Rosemary Grant, 'Hybridization of Bird Species', Science 256 (1992), p. 193-197].

Quanto à origem do ser humano, este é o aspecto mais controverso da Teoria Geral da Evolução. O que revelam os fósseis? Henry Gee, escritor-chefe de ciência da revista Nature, é muito pessimista a respeito do assunto: 'Nenhum fóssil é enterrado com o seu registro de nascimento... os intervalos de tempo que separam os fósseis são tão imensos que nós não podemos dizer nada definitivo sobre sua possível conexão através da ancestralidade ou descendência...[cada fóssil] é um ponto isolado, com nenhuma conexão conhecida com qualquer outro fóssil dado, e tudo flutua num irresistível mar de lacunas... entre 10 e 5 milhões de anos atrás - diversos milhares de gerações de criaturas - tudo isso cabe dentro de uma pequena caixa...

Pegar uma linhagem de fósseis e afirmar que eles representam uma linhagem não é uma hipótese científica que possa ser testada, mas uma afirmação que tem a mesma validade como uma estória para dormir - interessante, talvez até instrutiva, mas não é científica'. ['In Search of Deep Time: Beyond the Fossil Record to a NewHistory of Life', New York: The Free Press, 1999].

Apesar disso, os livros-texto de biologia continuam apresentando esses pilares como 'fatos científicos incontestes' da evolução.
Esse é o 'modus operandi' da Nomenklatura científica - promove, defende e mantém a Teoria Geral da Evolução (TGE) como teoria científica, pela distorção, falsificação e até supressão da verdade dessas evidências. O que isso implica sobre os padrões científicos epistemológicos e éticos? Quem já falsificou um [Haeckel], falsificou dois [o Homem de Piltdown], falsificou três [as mariposas de Manchester], falsifica ad infinitum???

Stephen Jay Gould pronunciou a síntese neodarwinista 'efetivamente morta, apesar de sua persistência como ortodoxia de livros-texto [de Biologia]'. Quando o assunto é Darwin, as Nomenklaturas nacional e internacional impõem uma 'camisa-de-força epistemológica' sobre todos os que praticam ciência normal. Criticar Darwin é crime de 'lèse majesté'. Com perda de prestígio, de verbas para pesquisas, de emprego, etc... Ou ser chamado de 'ignorante, imbecil' ou 'louco' [Richard Dawkins]. Verdadeira inquisição sem fogueiras!

Contrariando Dobzhansky, nada em evolução faz sentido, a não ser à luz das evidências. Elas contradizem Darwin. Isto posto, só resta a seguinte opção para a Nomenklatura: revisa ou descarta a teoria. Ou passa para a História como... [preencher conforme aplicável].

A tarefa ingrata de limpar ‘conveses’ de um paradigma em crise – Parte 3

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O DI não é ‘corrente criacionista’. Vide “A Caixa Preta de Darwin” de Behe e “The Design Inference” e “No Free Lunch” de Dembski. As proposições da CI/ICE são cientificamente embasadas: Biologia e Matemática. Criticar a TGE faz parte do processo das revoluções paradigmáticas à la Kuhn.Há mais de uma década apontamos as falhas da TGE. A Nomenklatura darwinista ficou calada porque não considerou isso ‘importante e necessário’. Está reagindo tão-somente agora. Não somos dogmáticos nem queremos atribuir às discussões internas e à falta de explicação a destruição de todo o conjunto: Darwin acertou no varejo e errou no atacado. Nota bene: acertou no varejo, mas errou no atacado! E o atacado é epistemicamente fundamental para o estabelecimento da teoria como verdade científica!Quanto a ‘converter seguidores’ seguimos a Darwin: que ‘os jovens naturalistas em formação’ sejam ‘capazes de enxergar com imparcialidade ambos os lados da questão’ (DARWIN 1994, p. 347). Os leitores de nossas revistas semanais (VEJA, ÉPOCA, ISTO É), das de divulgação científica popular (Galileu e Superinteressante) e dos principais jornais como ‘Folha de São Paulo’ e ‘O Estado de São Paulo’ ignoram o que é o pensamento científico? Trazer fatos científicos tipo “a Terra gira ao redor do Sol” (Copérnico) junto com o darwinismo demanda considerar a lógica ultradarwinista cum granum salis pois a tese de Copérnico é comprovada pelas evidências, já as especulações transformistas de Darwin... Deveria haver ‘intensa reação contrária’ às grandes proposições da TGE: ancestral comum e especiação. Elas não se substanciam pelas evidências. O que temos apenas é a aceitação a priori da ‘interpretação metafísica’ do materialismo filosófico que não é ciência, é ideologia. Deploramos quem veja apoio na TGE para ateísmo e teísmo. Buscamos a revisão ou o descarte da TGE não por razões de crenças pessoais, mas por causa do peso das evidências que lhe são contrárias. Ao propor a seleção natural para explicar toda a diversidade e complexidade biológicas, Darwin é incensado como ‘brilhante cientista’. Todavia, Ernst Mayr, o maior expoente do darwinismo disse: “...Darwin introduziu o historicismo em ciência. A biologia evolutiva, em contraste com a Física e a Química, é uma ciência histórica - as tentativas do evolucionista em explicar os eventos e processos que já aconteceram. As leis e as experiências são técnicas inadequadas para a explicação de tais eventos e processos. Em vez disso, alguém constrói uma narrativa histórica, consistindo de uma reconstrução tentativa de um cenário particular que culminou com os eventos que alguém está tentando explicar. ...Muitos biólogos e filósofos negam a existência de leis universais em Biologia e sugerem que todas as regularidades podem ser definidas em termos probabilísticos, pois aproximadamente todas as tão-chamadas leis biológicas têm exceções. Portanto, o famoso teste de falsificação do filósofo de ciência Karl Popper não pode ser aplicado nesses casos”, in “Darwin’s Influence on Modern Thought”, p. 80, (July 2000, Scientific American). Como “testar” uma hipótese histórica? Neste tipo de ciência, onde “leis e experimentos” e observações diretas não estão disponíveis para testarem uma afirmação, alguém deve postular múltiplas hipóteses competidoras e depois encontrar evidência circunstancial que confirme a hipótese a ser testada e exclui a hipótese competidora [Carol Cleland, “Historical Science, Experimental Science and the Scientific Method”, Vol 29 No. 11, 987-990 Geology, Novembro 2001]. Esta ‘ciência’ é mais do tipo ‘ciência forense’. Darwin morreu! Viva Darwin! E a Biologia evolutiva ainda espera pelo seu Newton! Esperem sentados, pois em pé há quase 150 anos cansa demais!Notas bibliográficas:
KUHN, Thomas. “Estrutura das revoluções científicas”, SP: Perspectiva, 1998.
YOCKEY, Hubert P. “Information Theory and Molecular Biology”, Londres: Cambridge University Press, 1992, p. 336.
DARWIN, Charles. Belo Horizonte: Villa Rica, 1994.
TIDON, Rosana e LEWONTIN, Richard C., “Teaching Evolutionary Biology”, in Genetics and Molecular Biology 27:1:124-131, 2004.

A tarefa ingrata de limpar ‘conveses’ de um paradigma em crise – Parte 2

O ‘crime’ dessas teorias não é serem materialistas, mas serem demonstravelmente falsas e suas conseqüências culturais deletérias e devastadoras à humanidade. Idéias têm conseqüências. O século 20 que o diga: mais de 100 milhões de vítimas do materialismo filosófico.
Quanto à Complexidade Irredutível e Complexidade Especificada, como que a tese de Behe é falseada? Simples, é só o relojoeiro cego produzir, passo-a-passo, CI e ICE. Não produz.
Por que Behe et al postam artigos nos sites ARN e Discovery Institute e outras publicações menos conhecidas? Porque negam espaço aos teóricos do DI nas principais publicações especializadas.
Steve Meyer publicou ‘The Origin of Biological Information and the Higher Taxonomic Categories’ no ‘Proceedings of the Biological Society of Washington’ 117(2):213-239, Agosto 2004, mas o editor Richard Sternberg foi demitido sumariamente e sofre sanções acadêmicas no Smithsonian Institute.
Liberdade acadêmica na maior democracia... (http://www.washingtontimes.com/national/20050213-121441-8610r.htm">Link)

Behe escreveu réplica a Shanks e Joplin: ‘Self-Organization and Irreducibly Complex Systems: A Reply to Shanks and Joplin’ in Philosophy of Science 67, 155-162, March 2000, p. 155-162, e ‘Reply to My Critics: A Response to Reviews of Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution’, in Biology and Philosophy 16:685-709, 2001.
As críticas de Pennock no artigo ‘Creationism and Intelligent Design’, in Annual Review of Genomics and Human Genetics 4: 143-163, 2003, não esgotaram as propostas de Behe que já ‘redefiniu’ a CI: mudança mínima que não afeta seu argumento básico (e-mail do autor).
Nenhum centro de lógica brasileiro lidou com a tese de Dembski. A maioria dos críticos discutiu a ICE en passant. Ora, discutir en passant não é refutar uma tese.
Criticamos o darwinismo nas grandes afirmações que não podem ser falsificadas. Não desconhecemos nem temos ‘visão simplista’ da TGE.
A estratégia retórica ultradarwinista tenta desviar o leitor da verdadeira questão: as evidências não respaldam a teoria.
Como que a seleção [característica de ‘inteligência’???] natural, a interface entre o indivíduo e o meio ambiente, sendo processo de pressão constante em um determinado sentido, leva ao acúmulo de características favoráveis?
Como partir do anterior e aperfeiçoá-lo? Como a seleção gera complexidade e traz em si [vitalismo???] a especificação? Como selecionar as estruturas em função das necessidades de sobrevivência específicas [teleologia???] daquela espécie se o relojoeiro é cego e inconsciente?
A teoria de Darwin afirma que a insondável diversidade e complexidade dos sistemas vivos resulta da variação aleatória e seleção natural. É mesmo? Desses conceitos, o segundo é desesperadamente confuso e o primeiro é intelectualmente desinteressante. A TGE quando considerada francamente, nada mais é do que uma forma de behaviorismo escrito ao nível das espécies (Berlinski).
Dembski respondeu aos seus críticos. O artigo ‘The wizards of ID: reply to Dembski’ in ‘Intelligent Design Creationism and Its Critics: Philosophical, Theological and Scientific Perspectives’. Cambridge, MA, MIT Press, Pennock RT, ed. 2001, tem uma história sórdida omitida - a falta de caráter de Pennock e da MIT Press. Publicaram o capítulo de Dembski sem seu conhecimento e autorização: (Clique aqui para ler)

A integridade é difícil de ser ganha, mas é fácil de ser perdida e publicamente conhecida.
O artigo de Van Till, HJ. 2002. ‘E. coli at the No Free Lunchroom: Bacterial Flagella and Dembski’s Case for Intelligent Design’ foi replicado por Dembski: ‘Naturalism's Argument from Invincible Ignorance: A Response to Howard Van Till’: (Clique aqui para ler)

‘Sheer vs. Real Possibilities: A Response to Allen Orr’: (Clique aqui para ler)


Resenha de Orr do livro ‘No Free Lunch’ in Boston Review, Summer 2002: http://bostonreview.mit.edu/BR27.3/orr.html. O BR limitou a réplica de Dembski em 1000 palavras. Orr teve mais de 6.000. Dois pesos, duas medidas... É assim que funciona a ética da Nomenklatura científica com os dissidentes de Darwin!
A AAAS, lamentavelmente não é objetivamente isenta em relação à TDI.
As etapas da suficiência epistêmica da TDI conformam-se às exigências da explicação dedutiva-nomológica. Passaria no teste de mais dois modelos: o causal-estatístico e o pragmático (Bas van Fraassen, Princeton University).
Se ‘desabam como castelo de cartas’ outras áreas científicas utilizando esses modelos também desabariam. A suficiência epistêmica da TDI não é ‘opinião pessoal’, mas é derivada de evidências.
Entender e discutir o pensamento científico é fundamental. Os livros-texto de Biologia do ensino médio apresentam en passant este modo de pensar aos estudantes, mas conscientemente os autores omitem as dificuldades teórico-empíricas da TGE.
As concepções deles sobre Evolução são ‘bastante distanciadas’ da concepção atualmente aceita pela Ciência, por não conseguirem entender que a causalidade, finalidade e direção não fazem parte do processo evolutivo.
Alguns autores como Tidon e Lewontin e Chaves, S. N., também culparam professores e alunos pelo ensino e entendimento deficientes da TGE. Não mencionaram sua insuficiência epistêmica em explicar a origem e a evolução da vida.
Se a ciência é ‘o domínio das dúvidas’, por que a TGE é defendida dogmaticamente como verdade absoluta? Michael Ruse reconheceu esse aspecto ‘religioso’ do evolucionismo in ‘The New Antievolutionism’, Reunião da AAAS, 13 de fevereiro de 1993.
As dúvidas, os atuais debates internos e a inabilidade inerente da TGE em explicar tudo não necessariamente invalidam a mesma, mas demandam rigorosa revisão ou simplesmente seu descarte. Questionamos a TGE com honestidade intelectual, demonstrando que os fatos não apóiam a teoria. Isso contraria as convicções e interesses pessoais velados.
Atribuir ‘inabilidade de entender o pensamento científico’ aos críticos é tática ultradarwinista para denegrir os oponentes cientificamente capazes.
Não nos interessa ‘combater a evolução’ qua teoria, mas a ideologia do materialismo filosófico que há quase ‘um século e meio’ distorce evidências, experiências, observações e usa fraudes para substanciar ‘o fato’ da evolução. O ‘Origem das Espécies’ é exemplo mor de retórica: ‘um longo argumento’, até agora não substanciado pelas evidências encontradas na natureza.
Respeitamos o leitor e não apostamos na sua ‘ignorância’ do tema tratado. Qualquer site de busca mostrará diversas críticas a Behe: nenhuma delas refuta sua tese. Não existe isso na literatura especializada. Se houver, retiramos a TDI do debate.
Não ignoramos grande parte da teoria evolutiva, nem a difamamos (?). Queremos discuti-la séria e publicamente. Os argumentos contra a TGE não são dogmáticos. Eles apontam sua insuficiência epistêmica. Na visão kuhniana isso indica crise paradigmática e os que fazem ciência normal reagem de modo virulento contra os críticos capazes. A única saída para a TGE é revisão ou descarte. Simplesmente.
O problema não é ignorância ou incredulidade pessoal, mas a falha global e persistente da disciplina (Biologia) e a grande inadequação teórica (TGE) em explicar como que sistemas biológicos complexos são formados e qual é a origem da informação biológica.
Postura inútil é querer abortar o debate científico. As pessoas que têm pouco contato com a ciência precisam dessa forma de jornalismo de divulgação científica: objetivo, isento e sem censura.
Ao contrário do que é amplamente afirmado, temos interesse genuíno de ouvir e sermos ouvido. Isso nos tem sido negado nas Universidades públicas por grupo de pessoas ideologicamente motivadas. Pela primeira vez os darwinistas estão sendo desafiados a defender a tese do design biológico ser apenas aparente e não real nem empiricamente detectado.
Quem está em questão aqui é Darwin. Não somos ideologicamente motivados, politicamente organizados e nem vemos a TGE como religião, embora muitos ultradarwinistas ajam como os ‘fundamentalistas religiosos’. Não somos fundamentalistas.
Não buscamos espaço na mídia: a grande mídia não é objetiva e achincalha a TDI há uma década sem ‘ouvir o outro lado’. Nossa visão da ciência e da TGE é a corrente: processo de construção humana sobre a realidade passível de críticas e correções. Tornamo-nos antipáticos, para alguns, por criticá-la cientificamente.
A insuficiência epistêmica e como a TGE é ensinada é gravíssimo. Precisamos ‘aprofundar e ampliar o conhecimento da teoria evolutiva, melhorando também a compreensão da natureza do pensamento científico’ e evitar misturar ciência e ideologia, de modo a manter sempre as evidências como norteadoras sine qua non das teorias.
Se esse é ‘o melhor caminho para melhorar o nível de informação científica da população e a tomada de decisões no futuro’, se ‘o ensino de evolução no ensino médio é deficiente’, então por que os darwinistas que sabiam das duas fraudes e das evidências distorcidas para favorecer o FATO da TGE não sugeriram antes a correção das improbidades científicas da abordagem da evolução nos atuais livros-texto de Biologia? Há uma década denuncio isso para as editorias e redações dos jornais e revistas semanais e de divulgação científica popular.