A razão principal deste artigo é para corrigir o que foi amplamente desvirtuado pela Grande Mídia nacional e internacional e explorado pelos sites e blogs ultradarwinistas http://www.projetoockham.org/boletim_14.html: Michael Behe disse que a astrologia é ciência. A GM e esses sites e blogs ideologizados não ‘ouviram o outro lado’ e nem mencionaram o contexto da citação de Behe no seu depoimento. Chamam isso de ética jornalística...
Que fique bem claro de uma vez por todas: os teóricos e proponentes do DI, inclusive Michael Behe, cremos que o geocentrismo e a astrologia são pseudociências. Behe foi brilhante na exposição de suas idéias e defendo-se dos ataques durante o interrogatório naquela corte de Dover, Pensilvânia. (http://www.pennlive.com/newsflash/pa/index.ssf?/base/news-31/1129734242108620.xml&storylist">Clique aqui)
Quando o assunto é Darwin, a GM está de ‘rabo preso’ com a Nomenklatura científica – usa e abusa de atitudes antiéticas. Um artigo, infelizmente basta só um artigo, enganou os leitores ao insinuar que Behe apoiava a astrologia como uma teoria científica. O artigo “Astrology is scientific theory, courtroom told” [A sala do tribunal foi informada que a astrologia é teoria científica] ganhou foro de ‘verdade’ porque foi publicado em http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn8178 Essas alegações falsas correram mundo e chegaram até nós.
Aquele artigo alegava o seguinte: “A astrologia seria considerada uma teoria científica se julgada pelos mesmos critérios usados por um defensor bem conhecido do Design Inteligente para justificar a sua afirmação de que o DI é ciência, jurados de um julgamento ponto de referência nos Estados Unidos ouviram na terça-feira. Sob interrogatório minucioso e rigoroso, o proponente do DI Michael Behe, bioquímico da Universidade Lehigh em Bethlehem, Pensilvânia, admitiu que a sua definição de ‘teoria’ era tão ampla que incluiria também a astrologia”.
A declaração no artigo não faz justiça aos pontos de vista expostos por Behe que incluía a rejeição total das explicações astrológicas. A verdade jornalística seria melhor servida se o artigo descrevesse a realidade dos fatos. Esse questionamento surgiu quando Eric Rothschild, consultor jurídico dos queixosos, perguntou a Behe sobre a definição do termo ‘teoria’. Behe explicou, NOTA BENE, explicou que a definição de teoria da National Academy of Sciences [Academia Nacional de Ciências] não é aquela TIPICAMENTE usada pelos cientistas.
A NAS define ‘teoria’ assim: “Em ciência, uma explicação bem substanciada de alguns aspectos do mundo natural que pode incorporar fatos, leis, e hipóteses testadas. A alegação de que a evolução deveria ser ensinada como ‘teoria e não fato’ confunde o uso comum dessas palavras através da acumulação de evidência. Antes, as teorias são pontos finais da ciência. Elas são interpretações que se desenvolvem da observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa. Elas incorporam um grande corpo de fatos científicos, leis, hipóteses testadas, e inferências lógicas”. [Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences, 2a. ed., 1999, p. 2 ].
Esta definição da NAS não corresponde com a idéia de teoria que os cientistas têm quando a empregam nas suas pesquisas e trabalhos técnicos. Uma busca em PubMed por “new theory” [grifado assim] vai fornecer centenas de trabalhos onde os cientistas usam o termo ‘teoria’ para descrever uma ‘nova idéia’ que pode explicar um punhado de coisas, mas ainda precisa ser ‘bem substanciada’ e nem dispor de evidência de outros trabalhos científicos para apoiá-la. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi
O que nós vemos é os cientistas que usaram a frase ‘nova teoria’ empregando o termo sobre as novas descobertas de apenas um só estudo. A frase ‘new theory’ é antitética à idéia de “observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa”, e a frase não deveria existir se a NAS estiver correta na sua definição de ‘teoria’.
Quais são as implicações da definição de ‘teoria’ da NAS?
Há uns 500 anos atrás, a maioria dos ‘cientistas’ acreditava (embora incorretamente) que a Terra era o centro do sistema solar. Se alguém perguntasse a um astrônomo em 1500 se o modelo do sistema solar era “uma explicação bem substanciada de alguns aspectos do mundo natural que pode incorporar fatos, leis, e hipóteses testadas... que se desenvolvem da observação extensiva, experimentação, e reflexão criativa... incorporam um grande corpo de fatos científicos, leis, hipóteses testadas, e inferências lógicas”, ele responderia SIM!
Se em vez de Behe fosse a NAS que estivesse sendo interrogada, e ela admitisse que há 500 anos atrás algumas pessoas teriam dito que o geocentrismo qualificava sob a nova definição de ‘teoria’ da NAS. Na verdade, muitas pessoas naquela época teriam colocado a “astrologia” sob a definição da NAS. Hoje nós sabemos que tanto a astrologia como o geocentrismo são completamente errados, muito embora Newton tenha sido um astrólogo! http://www.phys.uu.nl/~vgent/astrology/newton.htm
Qual é a definição de Behe de uma teoria científica? No seu depoimento entregue ao tribunal de Dover, Behe mencionou a sua definição de teoria num artigo publicado em Philosophy and Biology: “Sem entrar no difícil problema de tentar definir ciência, eu apenas direi que eu penso que qualquer explicação que se apoie completamente em evidência empírica e lógica básica merece o nome de ciência” [Nota bibliográfica 8: “Por outro lado, se uma explicação depende criticamente em dogmas específicos de uma fé particular, tal como a Trindade ou a Encarnação, ou em textos sagrados, então isso é claro não é uma explicação científica”. [Behe, M. J. “Reply to my critics: A response to reviews of Darwin’s Black Box: The biochemical challenge to evolution”, in Biology and Philosophy, 16(5):685-709, Nov. 2001].
O advogado dos queixosos tentou torcer as declarações de Behe fazendo parecer que Behe acreditava que a astrologia era um teoria científica. Behe disse que há uns 500 anos atrás, quando os cientistas e as pessoas conheciam muito menos sobre o mundo e estavam tentando explicar as coisas, eles tiveram uma idéia de que as coisas na Terra deviam ser influenciadas pelas coisas nas estrelas. Isso é um fato histórico em ciência. Mas Behe salientou que hoje nós sabemos que a astrologia é errada. É a mesma coisa como a teoria do flogístico – que os cientistas um dia pensaram ser verdade científica, e que uma vez pensaram ser uma teoria científica empiricamente baseada, mas que hoje não passaria pelo crivo do escrutínio científico.
O problema com a astrologia não é que ela poderia se encaixar na definição de teoria da NAS ou a definição de ciência de 500 anos atrás de Behe. O problema é que ela não é apoiada pelas evidências. Apesar disso, sob a definição da NAS, uma ‘teoria’ é aquilo que está nos olhos de quem a contempla. E existem muitos cientistas, como Behe, que aceitam ser a Teoria do Design Inteligente “uma explicação bem substanciada”.
Quem pensou que Behe se ‘estrepou’ com a sua definição de ‘teoria’, não se alegre muito não. Quem ‘caiu do cavalo’ foi a NAS que agora vai ter de arranjar uma nova definição de ‘teoria’ a fim de excluir definitivamente a TDI do debate científico.
A longa história de fraudes e distorções de evidências desses darwinistas fundamentalistas comprova que eles não são amigos da verdade. São verdadeiros chacais e hienas querendo apenas tripudiar as pessoas e destruir carreiras acadêmicas dos dissidentes de Darwin.
[Blog baseado em Casey Luskin, mas de minha responsabilidade]