O ‘crime’ dessas teorias não é serem materialistas, mas serem demonstravelmente falsas e suas conseqüências culturais deletérias e devastadoras à humanidade. Idéias têm conseqüências. O século 20 que o diga: mais de 100 milhões de vítimas do materialismo filosófico.
Quanto à Complexidade Irredutível e Complexidade Especificada, como que a tese de Behe é falseada? Simples, é só o relojoeiro cego produzir, passo-a-passo, CI e ICE. Não produz.
Por que Behe et al postam artigos nos sites ARN e Discovery Institute e outras publicações menos conhecidas? Porque negam espaço aos teóricos do DI nas principais publicações especializadas.
Steve Meyer publicou ‘The Origin of Biological Information and the Higher Taxonomic Categories’ no ‘Proceedings of the Biological Society of Washington’ 117(2):213-239, Agosto 2004, mas o editor Richard Sternberg foi demitido sumariamente e sofre sanções acadêmicas no Smithsonian Institute.
Liberdade acadêmica na maior democracia... (http://www.washingtontimes.com/national/20050213-121441-8610r.htm">Link)
Behe escreveu réplica a Shanks e Joplin: ‘Self-Organization and Irreducibly Complex Systems: A Reply to Shanks and Joplin’ in Philosophy of Science 67, 155-162, March 2000, p. 155-162, e ‘Reply to My Critics: A Response to Reviews of Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution’, in Biology and Philosophy 16:685-709, 2001.
As críticas de Pennock no artigo ‘Creationism and Intelligent Design’, in Annual Review of Genomics and Human Genetics 4: 143-163, 2003, não esgotaram as propostas de Behe que já ‘redefiniu’ a CI: mudança mínima que não afeta seu argumento básico (e-mail do autor).
Nenhum centro de lógica brasileiro lidou com a tese de Dembski. A maioria dos críticos discutiu a ICE en passant. Ora, discutir en passant não é refutar uma tese.
Criticamos o darwinismo nas grandes afirmações que não podem ser falsificadas. Não desconhecemos nem temos ‘visão simplista’ da TGE.
A estratégia retórica ultradarwinista tenta desviar o leitor da verdadeira questão: as evidências não respaldam a teoria.
Como que a seleção [característica de ‘inteligência’???] natural, a interface entre o indivíduo e o meio ambiente, sendo processo de pressão constante em um determinado sentido, leva ao acúmulo de características favoráveis?
Como partir do anterior e aperfeiçoá-lo? Como a seleção gera complexidade e traz em si [vitalismo???] a especificação? Como selecionar as estruturas em função das necessidades de sobrevivência específicas [teleologia???] daquela espécie se o relojoeiro é cego e inconsciente?
A teoria de Darwin afirma que a insondável diversidade e complexidade dos sistemas vivos resulta da variação aleatória e seleção natural. É mesmo? Desses conceitos, o segundo é desesperadamente confuso e o primeiro é intelectualmente desinteressante. A TGE quando considerada francamente, nada mais é do que uma forma de behaviorismo escrito ao nível das espécies (Berlinski).
Dembski respondeu aos seus críticos. O artigo ‘The wizards of ID: reply to Dembski’ in ‘Intelligent Design Creationism and Its Critics: Philosophical, Theological and Scientific Perspectives’. Cambridge, MA, MIT Press, Pennock RT, ed. 2001, tem uma história sórdida omitida - a falta de caráter de Pennock e da MIT Press. Publicaram o capítulo de Dembski sem seu conhecimento e autorização: (Clique aqui para ler)
A integridade é difícil de ser ganha, mas é fácil de ser perdida e publicamente conhecida.
O artigo de Van Till, HJ. 2002. ‘E. coli at the No Free Lunchroom: Bacterial Flagella and Dembski’s Case for Intelligent Design’ foi replicado por Dembski: ‘Naturalism's Argument from Invincible Ignorance: A Response to Howard Van Till’: (Clique aqui para ler)
‘Sheer vs. Real Possibilities: A Response to Allen Orr’: (Clique aqui para ler)
Resenha de Orr do livro ‘No Free Lunch’ in Boston Review, Summer 2002: http://bostonreview.mit.edu/BR27.3/orr.html. O BR limitou a réplica de Dembski em 1000 palavras. Orr teve mais de 6.000. Dois pesos, duas medidas... É assim que funciona a ética da Nomenklatura científica com os dissidentes de Darwin!
A AAAS, lamentavelmente não é objetivamente isenta em relação à TDI.
As etapas da suficiência epistêmica da TDI conformam-se às exigências da explicação dedutiva-nomológica. Passaria no teste de mais dois modelos: o causal-estatístico e o pragmático (Bas van Fraassen, Princeton University).
Se ‘desabam como castelo de cartas’ outras áreas científicas utilizando esses modelos também desabariam. A suficiência epistêmica da TDI não é ‘opinião pessoal’, mas é derivada de evidências.
Entender e discutir o pensamento científico é fundamental. Os livros-texto de Biologia do ensino médio apresentam en passant este modo de pensar aos estudantes, mas conscientemente os autores omitem as dificuldades teórico-empíricas da TGE.
As concepções deles sobre Evolução são ‘bastante distanciadas’ da concepção atualmente aceita pela Ciência, por não conseguirem entender que a causalidade, finalidade e direção não fazem parte do processo evolutivo.
Alguns autores como Tidon e Lewontin e Chaves, S. N., também culparam professores e alunos pelo ensino e entendimento deficientes da TGE. Não mencionaram sua insuficiência epistêmica em explicar a origem e a evolução da vida.
Se a ciência é ‘o domínio das dúvidas’, por que a TGE é defendida dogmaticamente como verdade absoluta? Michael Ruse reconheceu esse aspecto ‘religioso’ do evolucionismo in ‘The New Antievolutionism’, Reunião da AAAS, 13 de fevereiro de 1993.
As dúvidas, os atuais debates internos e a inabilidade inerente da TGE em explicar tudo não necessariamente invalidam a mesma, mas demandam rigorosa revisão ou simplesmente seu descarte. Questionamos a TGE com honestidade intelectual, demonstrando que os fatos não apóiam a teoria. Isso contraria as convicções e interesses pessoais velados.
Atribuir ‘inabilidade de entender o pensamento científico’ aos críticos é tática ultradarwinista para denegrir os oponentes cientificamente capazes.
Não nos interessa ‘combater a evolução’ qua teoria, mas a ideologia do materialismo filosófico que há quase ‘um século e meio’ distorce evidências, experiências, observações e usa fraudes para substanciar ‘o fato’ da evolução. O ‘Origem das Espécies’ é exemplo mor de retórica: ‘um longo argumento’, até agora não substanciado pelas evidências encontradas na natureza.
Respeitamos o leitor e não apostamos na sua ‘ignorância’ do tema tratado. Qualquer site de busca mostrará diversas críticas a Behe: nenhuma delas refuta sua tese. Não existe isso na literatura especializada. Se houver, retiramos a TDI do debate.
Não ignoramos grande parte da teoria evolutiva, nem a difamamos (?). Queremos discuti-la séria e publicamente. Os argumentos contra a TGE não são dogmáticos. Eles apontam sua insuficiência epistêmica. Na visão kuhniana isso indica crise paradigmática e os que fazem ciência normal reagem de modo virulento contra os críticos capazes. A única saída para a TGE é revisão ou descarte. Simplesmente.
O problema não é ignorância ou incredulidade pessoal, mas a falha global e persistente da disciplina (Biologia) e a grande inadequação teórica (TGE) em explicar como que sistemas biológicos complexos são formados e qual é a origem da informação biológica.
Postura inútil é querer abortar o debate científico. As pessoas que têm pouco contato com a ciência precisam dessa forma de jornalismo de divulgação científica: objetivo, isento e sem censura.
Ao contrário do que é amplamente afirmado, temos interesse genuíno de ouvir e sermos ouvido. Isso nos tem sido negado nas Universidades públicas por grupo de pessoas ideologicamente motivadas. Pela primeira vez os darwinistas estão sendo desafiados a defender a tese do design biológico ser apenas aparente e não real nem empiricamente detectado.
Quem está em questão aqui é Darwin. Não somos ideologicamente motivados, politicamente organizados e nem vemos a TGE como religião, embora muitos ultradarwinistas ajam como os ‘fundamentalistas religiosos’. Não somos fundamentalistas.
Não buscamos espaço na mídia: a grande mídia não é objetiva e achincalha a TDI há uma década sem ‘ouvir o outro lado’. Nossa visão da ciência e da TGE é a corrente: processo de construção humana sobre a realidade passível de críticas e correções. Tornamo-nos antipáticos, para alguns, por criticá-la cientificamente.
A insuficiência epistêmica e como a TGE é ensinada é gravíssimo. Precisamos ‘aprofundar e ampliar o conhecimento da teoria evolutiva, melhorando também a compreensão da natureza do pensamento científico’ e evitar misturar ciência e ideologia, de modo a manter sempre as evidências como norteadoras sine qua non das teorias.
Se esse é ‘o melhor caminho para melhorar o nível de informação científica da população e a tomada de decisões no futuro’, se ‘o ensino de evolução no ensino médio é deficiente’, então por que os darwinistas que sabiam das duas fraudes e das evidências distorcidas para favorecer o FATO da TGE não sugeriram antes a correção das improbidades científicas da abordagem da evolução nos atuais livros-texto de Biologia? Há uma década denuncio isso para as editorias e redações dos jornais e revistas semanais e de divulgação científica popular.