O famoso fóssil ‘batizado’ de “Lucy” [que não era “Lucy”, e sim “Lúcio”] é considerado o fóssil transicional entre chimpanzés e humanos, apesar de grande divergência entre os maiores especialistas.
Agora, para embolar o meio de campo paleoantropológico, três cientistas de Tel Aviv acharam uma estrutura de mandíbula “parecida com gorila” num espécime recentemente descoberto de Australopithecus afarensis, do qual “Lucy” é o exemplo de fóssil mais conhecido. E o que esta descoberta representa em termos da evolução humana? Ué, cê num sabe não, sô? Lucy foi considerada pela Nomenklatura científica e trombeteada pela Grande Mídia internacional e tupiniquim como sendo uma forma transicional entre chimpanzés e humanos, e não de gorilas.
Na edição do PNAS [Proceedings of the National Academy of Sciences], de 10 de abril de 2007 [1] eles afirmaram, “A presença da morfologia tanto no ultimo [gorila] e no A. afarensis e a sua ausência nos humanos modernos lança dúvida sobre o papel do A. afarensis como um ancestral do humano moderno.” Como que este ramo com mandíbula tipo gorila terminou em Lucy? A conjectura deles foi que “o seu surgimento em fósseis de hominídeos deve representar uma morfologia derivada independentemente.”
[1] Yoel Rak, Avishag Ginzburg, and Eli Geffen (edited by David Pilbeam), “Gorilla-like anatomy on Australopithecus afarensis mandibles suggests Au. afarensis link to robust australopiths,” Proceedings of the National Academy of Sciences, published online before print April 10, 2007.