Vou destacar tão-somente alguns excertos da longa resenha de Charles H. Lineweaver,
autor de muitos artigos que vão desde a origem da vida na Terra, às zonas habitáveis da galáxia, até a radiação de fundo de microondas cósmicas da origem do universo. Ele é Senior Fellow no Instituto de Ciência Planetária da Universidade Nacional da Austrália
Da sua resenha “Uma biosfera pode ser egoísta? − O desafio de Gaia ao darwinismo”
sobre o livro “Scientists debate Gaia” [Os cientistas debatem Gaia, MIT Press]
destaco o seguinte:
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“Na superfície, a seleção natural e a evolução darwinista são idéias simples, mas um debate fundamental vem fervendo há anos: qual é a unidade de seleção? Um gene? Um cromossomo? Um indivíduo? Um grupo de indivíduos da mesma espécie? Um ecosistema? Os ecosistemas competem entre si? [SIC ULTRA PLUS 1: Ué, mas dizem e juram de pés juntos que não há crise, nem debate sobre estas questões em evolução] Se assim for, quando um ecosistema elimina os outros e passa a dominar a biosfera, nós podemos dizer que as características que levaram ao seu sucesso são produtos da evolução? Talvez os mecanismos reguladores, que agora são globais e parecem não ter competidores, foram uma vez sub-globais com os competidores.
Esqueça os debates com os criacionistas e o defensores do design inteligente; o debate científico sobre a unidade de seleção é um dos mais importantes desafios que o darwinismo já teve que enfrentar. [SIC ULTRA PLUS 2: Um desafio dos mais importantes que o darwinismo não sabe e nem tem como responder.]
[SIC ULTRA PLUS 3: se os cientistas NÃO SABEM ATÉ HOJE o que a seleção natural “seleciona” (argh, isso é como cometer um assassinato, mas a linguagem télica é atribuída a um agente cego, inconsciente e inconsequente) como nós podemos ter certeza do que eles afirmam sobre o fato, Fato, FATO da evolução é realmente um fato cientificamente inconteste assim como a Terra é redonda e as maçãs sempre cairão para baixo quando AINDA NÃO SABEM O QUE SELECIONA A SELEÇÃO NATURAL? Êta mecanismozinho incompetente, sô!!!]...
[mais adiante na resenha]
Dois capítulos que me deixaram bastante estimulado abordam a termodinâmica e as definições da vida. O “Gaia: Toward a Thermodynamics of Life” [Gaia: por uma termodinâmica da vida] de Eric Schneider discutiu a vida como parte da série universal de estruturas dissipativas muito além do equilíbrio. O “Gradient Reduction Theory: Thermodynamics and the Purpose of Life” [Teoria da redução de gradiente: termodinâmica e o propósito da vida] de Dorion Sagan e Jessica Hope Whiteside que discutiu a segunda lei da termodinâmica como o propósito da vida.
Agnósticos procurando por sentido em suas vidas fariam bem digerir este capítulo, junto com a sugestão de Lovelock de que os agnósticos adoram Gaia para preencherem o vazio espiritual deles. Infelizmente, os insights e resumos profundos de Sagan e Whiteside algumas vezes se reverteram em filosofar continental. Oh, bem. Ainda há grandiosidade e universalidade nesta termodinâmica da vida. Ela tem a vantagem de ser tão geral que ela pode ser aplicada à vida em qualquer parte no universo, e ao mesmo tempo ela nos diz o propósito da vida. Nada mal por US$ $50.00”
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Nota deste blogger: Eu discordo da NOMA de Stephen Jay Gould, mas desde quando que a termodinâmica me diz qual o propósito da vida? Eu pensei que este tipo de discurso coubesse em outros domínios do conhecimento humano, mas não na fria ciência despojada de juízos de valor sobre o propósito da vida, seja ela qual for.