CIÊNCIA | QUÍMICA
Vida no tubo de ensaio
Propriedades inesperadas de reações podem servir como analogia para entender a vida
Maria Guimarães
Edição Impressa 165 - Novembro 2009
Pesquisa FAPESP
Um químico observa um frasco de vidro conectado a vários tubos de borracha. Dentro do aparato, um líquido amarelo é constantemente agitado. À primeira vista pareceria um experimento de química daqueles para crianças, não fosse o computador ao lado do frasco – uma célula eletroquímica, na verdade, em que a eletricidade ativa reações químicas – registrar incontáveis gráficos que quantificam as substâncias que surgem e desaparecem na reação. O grupo do engenheiro químico Hamilton Varela, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo em São Carlos (IQSC-USP), está imerso em reações químicas que podem funcionar como analogia para entender como sistemas vivos se mantêm estáveis mesmo que constantemente sujeitos a variações no ambiente.
© STEPHEN MORRIS/FLICKR.COM
Belousov- Zhabotinski: demonstração clássica de uma reação oscilatória
“Em estados afastados do equilíbrio termodinâmico, as reações químicas podem oscilar”, explica Varela. Para ele, é isso que define os sistemas vivos: eles oscilam, ou variam entre um estado e outro. É uma propriedade característica do coração, dos ritmos circadianos e do cérebro, entre outros aspectos da vida, e essa flexibilidade é exatamente o que torna esses sistemas resistentes à instabilidade do ambiente. “Claro que uma reação química é uma representação muito rudimentar da complexidade da vida, mas até agora ninguém propôs um análogo melhor”, justifica.
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NOTA DESTE BLOGGER:
Mais de 200 anos de ciência e a diversidade e a complexidade da vida teimam não se deixar 'explicar' por teorias materialistas reducionistas.
Para um melhor entendimento desta diversidade e complexidade de vida, sugiro a leitura de Signature in the Cell, de Steve Meyer.
Excertos do livro podem ser lidos no site da editora Harper Collins.
Assista um pequeno vídeo: