O verdadeiro motivo que levou Darwin elaborar sua teoria da evolução: ciência ou naturalismo filosófico?

segunda-feira, julho 31, 2006

Muitos dos atuais historiadores da ciência descrevendo a teoria da evolução e a vida de Darwin, omitem intencionalmente alguns aspectos comprometedores das verdadeiras intenções subjetivas de Darwin na elaboração de sua 'teoria da evolução'.

Eu sei que irei deixar a Nomenklatura científica e a galera ultradarwinista fundamentalista iradas e vou contrariar trabalhos e conclusões dos mais doutos historiadores de ciência tupiniquins que dedicaram toda a sua carreira acadêmica louvando e defendendo com unhas e dentes 'o naturalista inglês'.



Deixemos o próprio Darwin mostrar esse seu lado pseudo-científico e ideológico:

"Eu devo dizer com permissão, como alguma desculpa, que eu tinha dois objetos distintos em vista; primeiramente, demonstrar que as espécies não tinham sido criadas separadamente, e em segundo lugar, que a seleção natural tinha sido o principal agente de mudança, embora fortemente ajudada pelos efeitos de hábitos herdados, e levemente pela ação direta das condições circundantes. Contudo, eu não fui capaz de anular a influência de minha antiga crença, então quase que universal, de que cada espécie tinha sido criada com propósito; e isso me levou à minha tácita suposição de que cada detalhe de estrutura, exceto os rudimentos, era de algum serviço especial, mas desconhecido. Qualquer pessoa com esta suposição em sua mente naturalmente estenderia muito distante a ação da seleção natural, durante o passado ou em tempos atuais. Alguns daqueles que admitem o princípio da evolução, mas rejeitam a seleção natural, parecem esquecer, quando criticando o meu livro [Origem das Espécies], que eu tinha em vista esses dois objetos acima; daí, se eu errei em atribuir à seleção grande poder, que eu estou muito longe de admitir, ou em tendo exagerado o seu poder, que em si mesmo é provável, eu tenho pelo menos, assim espero, ter feito um bom serviço em ajudar a derrubar o dogma de criações separadas". (Darwin, C.R., "The Descent of Man and Selection in Relation to Sex," [1871], Londres, John Murray, 1874, Segunda edição, reimpressão 922, p.92). [1]

Interessante destacar cinco aspectos da inusitada confissão de Darwin:

1. Seu objetivo principal não foi científico, mas religioso – "primeiramente, demonstrar que as espécies não tinham sido criadas separadamente.

2. Adicionou aspectos lamarckistas de herança de características adquiridas ("a seleção natural tinha sido o principal agente de mudança, embora fortemente ajudada pelos efeitos de hábitos herdados") à sua teoria da seleção natural original.

3. Exagerou ao estender demais a ação da seleção natural.


4. Admitiu ter exagerado o seu poder.

5. Deu grande poder à seleção natural.

Esta percepção de 'onipotência' ainda hoje é atribuído à seleção natural pelos darwinistas a despeito de a natureza se negar substanciar suas especulações transformistas.

Muito mais interessante é que Darwin chamou a seleção natural de 'minha divindade'!

"Meu prezado Gray… Eu espero que você tenha recebido a terceira edição do 'Origem'. Ultimamente eu tenho sido levado a pensar mais sobre este assunto, e lamento dizer que chego a discordar mais de você. Não é que a variação planejada, como a mim me parece, torne supérflua a minha divindade Seleção Natural, mas antes do estudar, ultimamente, a variação doméstica, e vendo que há um enorme campo de variabilidade não planejada para a seleção natural se apropriar para qualquer propósito útil para cada criatura".(Darwin, C.R., Letter to Asa Gray, June 5, 1861, in Darwin, F., ed., "The Life and Letters of Charles Darwin," [1898], Nova York, Basic Books, Vol. II., 1959, reimpressão, pp.165-166). [2]

Naturalismo filosófico em primeiro lugar, e a evidência científica que se dane!

Seleção natural – uma divindade???

O que motivou Darwin elaborar a teoria da evolução – ciência ou ideologia?

Huxley, você devia ter era internado Darwin em vez de ter perseguido e destruído academicamente ao Mivart!!!

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Original em inglês:

[1] "I may be permitted to say, as some excuse, that I had two distinct objects in view; firstly, to shew that species had not been separately created, and secondly, that natural selection had been the chief agent of change, though largely aided by the inherited effects of habit, and slightly by the direct action of the surrounding conditions. I was not, however, able to annul the influence of my former belief, then almost universal, that each species had been purposely created; and this led to my tacit assumption that every detail of structure, excepting rudiments, was of some special, though unrecognised, service. Any one with this assumption in his mind would naturally extend too far the action of natural selection, either during past or present times. Some of those who admit the principle of evolution, but reject natural selection, seem to forget, when criticizing my book [The Origin of Species], that I had the above two objects in view; hence if I have erred in giving to natural selection great power, which I am very far from admitting, or in having exaggerated its power, which is in itself probable, I have at least, as I hope, done good service in aiding to overthrow the dogma of separate creations." (Darwin, C.R., "The Descent of Man and Selection in Relation to Sex," [1871], John Murray: London, 1874, Second Edition, 1922, reprint, p.92).

[2] "My dear Gray... I hope you have received long ago the third edition of the `Origin.' ... I have been led to think more on this subject of late, and grieve to say that I come to differ more from you. It is not that designed variation makes, as it seems to me, my deity `Natural Selection' superfluous, but rather from studying, lately, domestic variation, and seeing what an enormous field of undesigned variability there is ready for natural selection to appropriate for any purpose useful to each creature." (Darwin, C.R., Letter to Asa Gray, June 5, 1861, in Darwin, F., ed., "The Life and Letters of Charles Darwin," [1898], Basic Books: New York NY, Vol. II., 1959, reprint, pp.165-166. My emphasis).

Professores de biologia: não escolham 'gato' por 'lebre' – digam NÃO!

quarta-feira, julho 26, 2006

UM BRADO DE ALERTA PARA TODOS OS PROFESSORES DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO DO BRASIL

Louvável a iniciativa do governo federal em distribuir gratuitamente esses livros para quase 7,5 milhões de alunos do ensino médio de 14.727 escolas públicas federais, estaduais e municipais. Os alunos vão receber livros de biologia no início do ano letivo de 2007.

Um alerta para todos os professores de Biologia do Brasil – vocês é que terão a responsabilidade de escolher os livros-texto. Em 2003 e 2005 eu entreguei análise-crítica de livros didáticos de Biologia do ensino médio ao MEC/SEMTEC destacando que a abordagem da origem e evolução da vida naqueles livros estava desatualizada e utilizando duas fraudes e evidências científicas distorcidas a favor do FATO da evolução.

Para ler a análise-crítica enviada ao MEC/SEMTEC clique nos links abaixo indicados.

Clique aqui 1

Clique aqui 2

Clique aqui 3

A LDB 9.394/96 No Art. 35, I, III preconiza que o ensino médio tem entre suas finalidades habilitar o educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico.

Os PCNs do Ensino Médio, nas suas Diretrizes Curriculares Nacionais (Competências e Habilidades das Ciências Naturais) afirmam que o currículo deve permitir ao educando “compreender as ciências como construções humanas, entendendo que elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas...” e que “a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar”.

O MEC/SEMTEC leu e não entendeu aquela análise-crítica, informando apenas que não tinha uma equipe de especialistas para analisar o conteúdo desses livros-texto. Agora parece que tem.

Eu li todo o Guia do Livro Didático do Ensino Médio – Biologia, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), e não vi nenhuma crítica dos analistas quanto a ausência em todos os livros-texto aprovados sobre a abordagem das seguintes insuficiências epistêmicas fundamentais que a atual teoria da evolução (neodarwinismo) não consegue responder:

A. Questões de Padrão, diz respeito à grande escala geométrica da história biológica: Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?

B. Questões de Processo, diz respeito aos mecanismos de evolução, e os vários problemas em aberto naquela área, e

C. Questões sobre a questão central : a origem e a natureza da complexidade biológica - a “complexidade biológica” diz respeito à origem daquilo que faz com que os organismos sejam claramente o que são: complexidade especificada de informação biológica.

Vocês vão escolher e recomendar 'gato' por 'lebre'. Aprovando esses livros, vocês se tornarão 'inocentes úteis', pois estarão dando o seu aval para um conteúdo didático desatualizado, inexato e ideologizado.

Pobres alunos do ensino médio do Brasil – vão ser 'doutrinados' no naturalismo filosófico em vez de serem 'educados' no naturalismo metodológico, e têm a sua cidadania violentada por não terem acesso à informação do atual status epistemológico do neodarwinismo: uma teoria científica morta há um quarto de século, ainda insepulta e mantida 'viva' pela Nomenklatura científica que não quer discutir a questão em fórum público.

Pro bonum scientiae – diga NÃO a tudo isso, não recomende esses livros-texto e peçam a instalação de uma comissão imparcial de especialistas que recomende objetivamente o que deve ser acolhido na abordagem de assunto ainda controverso e polêmico, mesmo na Academia. Um ato de desonestidade acadêmica estão fazendo com vocês e os alunos do ensino médio do Brasil.

Chamam isso de educação- cidadã. Eu chamo de abominável doutrinação!

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Professores já podem escolher livro de biologia
Portal MEC - Susan Faria e Lucy Cardoso | 25.7.2006 | 15h38
http://abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=1766
Cerca de 7,5 milhões de alunos do ensino médio de 14.727 escolas públicas federais, estaduais e municipais vão receber livros de biologia no início do ano letivo de 2007. A escolha será feita pelos professores a partir da resenha de nove obras disponível no Guia do Livro Didático do Ensino Médio – Biologia, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).
Para cada obra, o Guia indica síntese avaliativa, sumário, resenha, análise e recomendações ao professor. Desta vez, a escolha será feita unicamente pela internet. A diretoria das escolas que não têm acesso à rede deve procurar a Secretaria de Educação.
No período de setembro a dezembro próximo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) enviará os livros às escolas pelos Correios. A versão impressa do Guia chegará na próxima semana aos estabelecimentos de ensino, que terão prazo entre 1º e 18 de agosto para definir o título a ser adotado.

Pela primeira vez, estudantes de ensino médio da rede pública receberão livros de biologia gratuitamente. “Isso é fundamental para os alunos e para os professores”, observou Sônia Schwartz Coelho, coordenadora de produção e distribuição de livros didáticos do FNDE. Ela destaca que são livros de excelente qualidade, tanto no conteúdo quanto no aspecto físico. Os exemplares devem durar no mínimo três anos — ao fim de cada ano letivo, o aluno terá de devolvê-lo à escola para dar a chance a outro estudante de utilizá-lo. “São obras que nas livrarias custariam caro e precisam ser conservadas”, ressaltou Sônia.
Custos — A seleção e a distribuição de livros de biologia fazem parte do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem), que começou a ser executado em 2004 com distribuição de obras de português e matemática para estudantes das regiões Norte e Nordeste. Posteriormente, a ação foi estendida a todas as séries, em todo o Brasil. As escolas não precisam escolher as coleções de português e matemática porque a atual opção vale por três anos. Terão apenas de indicar o montante de reposição. A escolha só ocorrerá em caso de novas escolas.
Em Minas Gerais, a Secretaria estadual de Educação tem programa próprio de distribuição dos livros. Portanto, somente as escolas federais e municipais receberão as obras de biologia.
Para adquirir e distribuir os 8,2 milhões de exemplares, o investimento do FNDE é de R$ 94,9 milhões. Todas as escolas beneficiadas estão cadastradas no Censo Escolar de 2005, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
Os professores devem fazer a escolha e podem obter mais informações na página eletrônica do Guia.

O 'segundo código genético' no DNA: Design Inteligente?

Eu não gosto de comparações – elas nem sempre refletem a verdade dos fatos, mas eu fiquei bastante intrigado como a notícia da descoberta científica de um segundo código genético dentro do DNA por um grupo de pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, de Israel foi publicada de forma cientificamente inadequada pela Folha de São Paulo.

Não sou jornalista, mas tenho vários amigos e amigas jornalistas na Grande Mídia Tupiniquim. Sei de suas limitações, da lógica do capital, do posicionamento editorial [não seria 'ditatorial'?] e outros interesses ditam o que pode e não pode ser publicado, mas a editoria da FSP recebe 'press releases' das grandes publicações e poderia ter dado uma notícia melhor. Até este blogger recebe 'press releases'...



O dogma central em biologia hoje é o DNA como sendo 'o mapa da vida'. Aqui neste blog afirmei – os teóricos e pesquisadores do Design Inteligente há muito vem dizendo que o DNA não é tudo, mas a Grande Mídia Internacional e Tupiniquim 'não dão espaço' para esse bando de 'cripto-criacionistas', 'fundamentalistas', 'crentes da Terra plana', 'eles querem mudar o conceito de ciência', 'eles não são cientistas' e otras cositas más...

Fiquei intrigado com o tamanho acanhado e obscuro da nota publicada ontem na FSP: 6 caraminguados parágrafos remetendo o leitor para o estudo publicado na revista Nature – convenhamos, luxo para bem poucos aqui em Pindorama. Vai ver, eles não quiseram foi dar status científico ao que nós estamos apontando e pesquisando: o DNA não é responsável sozinho por toda a informação genética.

Bem, vamos à pequena nota que deveria ter recebido destaque maior na FSP – saiu até no jornal The New York Times. Lá, o jornalista Nicholas Wade destacou o trabalho feito também pelos pesquisadores da Northwestern University (a FSP omitiu isso) que descobriram que o 'empacotamento' do DNA em torno dos nucleossomos (feitos de proteínas chamadas histonas com 'caudas' de átomos variantes) segue um padrão que regula como os genes são expressos. Esses padrões determinam onde os fatores de transcrição se ligam ao DNA:

"O padrão é uma combinação de seqüências que tornam mais fácil para o DNA se encurvar e se enrolar bem apertado em torno de um nucleossomo. Mas o padrão exige que somente algumas das seqüências estejam presente em cada local de ligação de nucleossomo, assim, não é óbvio. A frouxidão de suas exigências é presumivelmente a razão de não ser incompatível com o código genético, que também tem um pouco de redundância ou espaço para serpentear construído dentro de si".

Os fatores de transcrição são impedidos de se ligarem aos genes errados quando eles são 'empacotados' em torno de partes do nucleossomo que os torna inacessíveis.

Nicholas Wade afirmou no seu artigo que este código é altamente conservado (i.e., não evoluído) em todos os organismos vivos:

"O nucleossomo é feito de proteínas conhecidas como histonas, que estão entre as mais altamente conservadas na evolução, significando que elas mudam muito pouco de uma espécie para outra. Uma histona de ervilhas e vacas diferem apenas em duas de suas 102 unidades de aminoácidos. A conservação é geralmente atribuída ao encaixe exato exigido entre as histonas e o DNA envolto nelas. Mas outra razão, sugeriu o Dr. Segal, poderia ser que qualquer mudança poderia interferir com a capacidade dos nucleossomos acharem as suas posições designadas [sic] no DNA.


Não seria este fenômeno melhor interpretado como uma instância de design inteligente do que evolução cega e aleatória? Interessante, Wade usou a palavra "designed" no final de seu artigo ao descrever como que este novo código explica um mistério sobre o DNA – por que há redundância no número de códons que codificam em um determinado aminoácido: “Os biólogos têm especulado [sic] há bastante tempo que a redundância pode ter sido planejada [sic] a fim de coexistir com algum outro tipo de código... E isso poderia ser o código do nucleossomo", disse o Dr. Eran Segal, do Instituto de Ciência Weizmann.

Esta pesquisa foi feita pelo Dr. Eran Segal, o aluno Yair Field, do Departamento de Ciência da Computação e Matemática Aplicada do Instituto de Ciência Weizmann, e colegas da Northwestern University em Chicago. NOTA BENE: Estes pesquisadores são da área de “biologia computacional” – área de estudo muito mais apropriada para o pensamento em design intencional do que especulação evolucionária.

Um pouco de história da ciência não faz mal aqui: há muito tempo os matemáticos questionam a probabilidade da evolução ser um FATO científico incontestável. Em 1965, Murray Eden, então professor de engenharia elétrica no MIT – Massachusetts Institute of Technology, juntamente com o matemático francês Marcel Paul Schutzenberger (1920-1996), membro da Academia Francesa de Ciência, e outros, começaram a modelar a seleção natural de mutações aleatórias usando a teoria da probabilidade.

As primeiras indicações de uma dissensão científica contemporânea contra Darwin começaram com as conclusões registradas no Wistar Symposium [Simpósio Wistar] realizado no centro de pesquisas Wistar Institute da Universidade da Pensilvânia, em julho de 1966. Infelizmente, acesso àqueles anais somente in loco como pesquisador...

Qual lição podemos tirar desta pequena nota da FSP – há razões para a Nomenklatura científica blindar Darwin de quaisquer situações epistêmicas incômodas que a própria razão desconhece, mas que a ideologia do naturalismo filosófico explica: CENSURA!

O neodarwinismo - paradigma morto há mais de 25 anos vai dar lugar a outro paradigma, duela a quien duela (Collor)!!!

++++

Abaixo a nota da FSP e da Science Daily. Comparem os tamanhos e a objetividade do jornalismo científico. Qual das duas praticou jornalismo científico?

JC e-mail 3065, de 25 de Julho de 2006

Estudo aponta segundo código genético no DNA

Um grupo de pesquisadores do Instituto Weizmann, de Israel, anunciou ter descoberto padrões de organização nas bases da molécula de DNA que podem representar um segundo código genético.

Já se sabia que o DNA determina seqüências de aminoácidos -componentes das proteínas-, mas a nova pesquisa afirma que ele pode carregar também a receita para posicionar os chamados nucleossomos.

Essas as minúsculas bolotas protéicas em torno das quais o DNA se "empacota" enquanto não é ativado.

A descoberta, se confirmada, daria nova perspectiva ao estudo do controle da produção de proteínas.

O novo código -que existe em sobreposição ao já conhecido- poderia ajudar a descobrir como o organismo controla a ativação de genes, fenômeno que varia entre tipos diferentes de célula.

O estudo saiu na revista científica "Nature".

(Folha de SP, 25/7)


Science Daily

Source: Weizmann Institute of Science
Posted: July 20, 2006

Scientists Discover A Genetic Code For Organizing DNA Within The Nucleus

DNA -- the long, thin molecule that carries our hereditary material -- is compressed around protein scaffolding in the cell nucleus into tiny spheres called nucleosomes. The bead-like nucleosomes are strung along the entire chromosome, which is itself folded and packaged to fit into the nucleus. What determines how, when and where a nucleosome will be positioned along the DNA sequence? Dr. Eran Segal and research student Yair Field of the Computer Science and Applied Mathematics Department at the Weizmann Institute of Science have succeeded, together with colleagues from Northwestern University in Chicago, in cracking the genetic code that sets the rules for where on the DNA strand the nucleosomes will be situated. Their findings appeared today in Nature.

The precise location of the nucleosomes along the DNA is known to play an important role in the cell's day to day function, since access to DNA wrapped in a nucleosome is blocked for many proteins, including those responsible for some of life's most basic processes. Among these barred proteins are factors that initiate DNA replication, transcription (the transfer of genetic information from DNA to RNA) and DNA repair. Thus, the positioning of nucleosomes defines the segments in which these processes can and can't take place. These limitations are considerable: Most of the DNA is packaged into nucleosomes. A single nucleosome contains about 150 genetic bases (the "letters" that make up a genetic sequence), while the free area between neighboring nucleosomes is only about 20 bases long. It is in these nucleosome-free regions that processes such as transcription can be initiated.

For many years, scientists have been unable to agree whether the placement of nucleosomes in live cells is controlled by the genetic sequence itself. Segal and his colleagues managed to prove that the DNA sequence indeed encodes "zoning" information on where to place nucleosomes. They also characterized this code and then, using the DNA sequence alone, were able to accurately predict a large number of nucleosome positions in yeast cells.

Segal and his colleagues accomplished this by examining around 200 different nucleosome sites on the DNA and asking whether their sequences have something in common. Mathematical analysis revealed similarities between the nucleosome-bound sequences and eventually uncovered a specific "code word." This "code word" consists of a periodic signal that appears every 10 bases on the sequence. The regular repetition of this signal helps the DNA segment to bend sharply into the spherical shape required to form a nucleosome. To identify this nucleosome positioning code, the research team used probabilistic models to characterize the sequences bound by nucleosomes, and they then developed a computer algorithm to predict the encoded organization of nucleosomes along an entire chromosome.

The team's findings provided insight into another mystery that has long been puzzling molecular biologists: How do cells direct transcription factors to their intended sites on the DNA, as opposed to the many similar but functionally irrelevant sites along the genomic sequence? The short binding sites themselves do not contain enough information for the transcription factors to discern between them. The scientists showed that basic information on the functional relevance of a binding site is at least partially encoded in the nucleosome positioning code: The intended sites are found in nucleosome-free segments, thereby allowing them to be accessed by the various transcription factors. In contrast, spurious binding sites with identical structures that could potentially sidetrack transcription factors are conveniently situated in segments that form nucleosomes, and are thus mostly inaccessible.

Since the proteins that form the core of the nucleosome are among the most evolutionarily conserved in nature, the scientists believe the genetic code they identified should also be conserved in many organisms, including humans. Several diseases, such as cancer, are typically accompanied or caused by mutations in the DNA and the way it organizes into chromosomes. Such mutational processes may be influenced by the relative accessibility of the DNA to various proteins and by the organization of the DNA in the cell nucleus. Therefore, the scientists believe that the nucleosome positioning code they discovered may aid scientists in the future in understanding the mechanisms underlying many diseases.
Dr. Eran Segal's research is supported by the Arie and Ida C
rown Memorial

A Nomenklatura científica e a Grande Mídia Tupiniquim apanhadas novamente com a mão na cumbuca: a evolução em ação é ausência de evolução!

terça-feira, julho 25, 2006

Eu havia mencionado aqui neste blog [os muçulmanos que me perdoem] que os 'muazzin' costumeiros de Darwin como a National Geographic não tinham embarcado nesta onda sensacionalista de fundamentar o FATO da evolução em ação na natureza com tanta pobreza de evidência científica.


A National Geographic foi na onda dos Grants, e publicou o artigo "Instant Evolution Seen in Darwin's Finches, Study Says" [Evolução instantânea vista nos tentilhões de Darwin, diz pesquisa], de Mason Inman, na edição de 14 de julho de 2006.

Inman relata que a espécie Geospiza magnirostris chegou à ilha de Daphne em 1982, e que o ancestral desses tentilhões já tinha chegado às ilhas Galápagos "cerca de dois a três milhões de anos atrás" procedente da América do Sul.

Uma pequena parada no pitstop da Lógica 101 e Matemática 101 – se já fazia tempo que essa turma de Geospiza magnirostris tinha chegado às ilhas Galápagos, este ciclo de eventos deve ter se repetido pelo menos a cada 100 anos, certo?

QED1: isso deve ter ocorrido entre 200 a 300 mil vezes!!! Os Grants, pesquisadores da Universidade de Princeton não levaram isso em conta??? Qualquer aluno do ensino médio sabe disso...

QED2: isso não é exemplo de 'evolução em ação diante de nossos olhos' como exagerou a Grande Mídia Internacional e Tupiniquim, mas flagrante exemplo de peso de 'estase' – AUSÊNCIA DE EVOLUÇÃO!!!

Segundo os Grants, Inman relata que desde 1982 o tentilhão de chão médio – o Geospiza fortis, "um residente de Daphne de longo tempo, evoluiu para ter um bico menor – aparentemente devido ao resultado de competição direta por comida com a ave maior".

Como o termo 'evolução' é de uma plasticidade semântica incrível, 'evoluiu' aqui foi 'ter um bico menor'. Como a evolução é mais capaz do que nós imaginamos, evoluir pode tanto ser ter bicos maiores ou menores. O que conta mesmo é que Darwin nunca erra – ele é onisciente, onipotente e onipresente... Theoria perennis...

Inman continua – "a teoria evolutiva tinha sugerido previamente que a competição entre duas espécies pode levar os animais a evoluírem em direções diferentes". Garanto um pirulito aqui pra todo mundo – se os tentilhões de Darwin não evoluíssem nessas 'direções diferentes', a theoria perennis de Darwin também teria predito isso. Ela já foi eleita A TEORIA DO TUDO EM EVOLUÇÃO e não tem pra ninguém. 'A evolução é minha, ninguém tasca, eu vi primeiro', diria Darwin a Wallace...

Agora uma situação interessante de 'cochilo epistêmico' de Inman – 'mas até agora o efeito não tinha sido nunca observado em ação na natureza'. O que ele quis dizer com isso? Somente em relação aos tentilhões das ilhas Galápagos. Quer dizer então que esse tal de 'deslocamento de caráter' nunca tinha sido observado antes em quase 150 anos de intensas e denodadas pesquisas pelos darwinistas tentando estabelecer o FATO da evolução? O que isso significa?

QED: ao contrário do pomposa e arrogantemente afirmado – montanhas de sólidas evidências, isso demonstra o estado paupérrimo de evidência empírica de EVOLUÇÃO que o darwinismo tem produzido desde 1859.

Peter e Rosemary Grant, segundo Inman, "na nova pesquisa acompanharam as duas espécies relacionadas por décadas". Tudo bem, vamos reconhecer o esforço do casal Grant, mas em ciência um experimento, um estudo somente deve ser aceito se duplicado, se comprovado universalmente por outros pesquisadores na tentativa de falsear a pesquisa, o experimento original.

Em vez de trombetearem – EVOLUÇÃO EM AÇÃO, eles deveriam era arranjar fundos para jovens pesquisadores que gastassem 30 anos de suas vidas tentando confirmar ou não a pesquisa dos Grants. Mas quem se habilita a falsear o darwinismo se a Nomenklatura científica já decretou que o dogma não pode ser questionado???

Eu garanto – se alguém ousar fazer isso, correndo o risco de perder o cargo na universidade ou instituto de pesquisa, ser execrado e expulso da comunidade científica, se obtiver um resultado diferente dos Grants, a KGB dos peer-reviewers [é mais chique do que revisores] vai desconsiderar suas conclusões contrárias alegando que não houve rigor científico na pesquisa e na conclusão.

Mas é preciso correr este risco de repetir várias vezes as experiências por diversos pesquisadores – pro bonum scientiae! [Fui alertado que esta é a grafia correta do dativo latino por um professor da USP. Valeu!], especialmente neste caso da 'diminuição' do tamanho dos bicos de tentilhões que estão sempre 'oscilando' nesses últimos dois ou três milhões de anos.

O que foi trombeteado pela Nomenklatura científica na Grande Mídia Internacional e Tupiniquim, em vez de demonstrar o poder da seleção natural o que realmente ficou demonstrado foi a sua fraqueza ao longo de 3 milhões de anos.

Os darwinistas fundamentalistas sofrem de grave miopia epistêmica, e tentam ficar sempre do lado de Darwin que 'profetizou' a capacidade ilimitada de diversificação das estruturas que poderiam ser produzidas pela seleção natural ao longo de vastas eras. Ué, três milhões de anos é o que então? Êta seleção natural preguiçosa, sô!

O verdadeiro cientista segue as evidências aonde elas forem dar..., mas aqui é idolatria pura. Tenho más notícias – os ídolos foram feitos para a destruição!

Valeu Folha de São Paulo – obrigado pela idéia de nosso slogan!

segunda-feira, julho 24, 2006

A Folha de São Paulo veiculou sua mais recente propaganda para atrair novos assinantes no caderno Dinheiro, p. B11, domingo dia 23 de julho de 2006:

"Eles tentam varrer a sujeira pra debaixo do tapete, e a gente coloca em cima do seu capacho".

Desde 1998 este blogger tenta – desde o primeiro ombudsman da FSP e a sua editoria de ciência que acolham as críticas científicas feitas sobre as insuficiências teórico-epistêmicas do neodarwinismo e uma cobertura mais objetiva sobre a Teoria do Design Inteligente.

Pela sua prática contumaz de jornalismo nada objetivo e ideologizado, o slogan da FSP é bem surrealista – a sua editoria de ciência varre as insuficiências teórico-epistêmicas do neodarwinismo pra debaixo do tapete ideológico do naturalismo filosófico.

Taí, gostei tanto da propaganda de vocês que vou parafraseá-los. Eis o nosso slogan:

"A Nomenklatura científica e a Grande Mídia Tupiniquim tentam varrer as insuficiências teórico-epistêmicas do neodarwinismo pra debaixo do tapete ideológico do naturalismo filosófico, e este blog coloca na internet".

Valeu Folha de São Paulo!

EXTRA! EXTRA! A estratégia "Cavalo de Tróia 2" da Nomenklatura científica

Eu não ia publicar isso aqui, mas aí me lembrei que a Nomenklatura científica e a galera ultradarwinista se aproveitaram de um documento interno do Discovery Institute que vazou, deitou e rolou como se o documento "Wedge" fosse estratégia para estabelecer uma "teocracia" nos Estados Unidos.

Então, vamos aos fatos. Sinal dos tempos? [argh, isso é como cometer um assassinato...] Darwin, o agnóstico, considerava 'rubbish' [coisa de pouca importância] se a 'sua teoria' dependesse de ajuda externa que não fosse de ordem material, muito embora de modo muito sutil e pragmática tenha mencionado a Deus vagamente no Origem das Espécies para agradar a Emma. O que uma bela mulher e prima não fazem em prol do avanço da ciência e da religião!

Ou foi temor aos 'fundamentalistas'? Isso não foi porque eles sequer existiam na época, pois o fenômeno religioso é recente. Todavia, Darwin citou o Extra-Terrestre Cósmico Superior no final do Origem das Espécies para evitar uma reação contrária das tradições religiosas às suas especulações transformistas.

A maioria da população americana rejeita a teoria da evolução como sendo um processo cego, aleatório e que não teve o ser humano em perspectiva. Eles favorecem um tipo de evolução 'guiada' por um Ser sobrenatural. Essas pessoas não se convencem das especulações transformistas de Darwin não somente por razões de dogmas de suas tradições religiosas, mas também porque sabem que as evidências encontradas na natureza não as apóiam.

O que isso atesta? A falha ignominiosa dos educadores secularizados americanos que dominam o sistema há décadas e não conseguiram convencer os educandos e a população geral a respeito do "FATO" da evolução.

Qual é a saída para este grande vexame e derrota dos educadores americanos? Cooptar os 'fundamentalistas'. Como? Leiam abaixo. Riam ou chorem, depende de que lado você estiver. Eu? Eu rachei de rir – eu queria ver as caras putrefatas de Darwin e Huxley esboçando uma ira 'santa', oops 'subjetiva', contra seus atuais seguidores buscando uma grande 'ajuda do alto', oops, do escalão do andar de baixo...

Em evolução, nada como uma era atrás da outra! Em tempos de internet, essas eras agora são VAPT, VUPT!

Apostasia! Anátema! Blasfêmia! Pecado sem perdão!!! Darwin, meu caro, seus 'fiéis' estão se mostrando desavergonhadamente verdadeiros apóstolos em busca de seguidores incautos – a religião ajudando a substanciar epistemicamente a ciência. Eu sei que você jamais aprovaria esta prostituição, e seria maior vergonha para você e para a ciência que isso se reproduza em escala mundial.



Darwin, eu 'prometo' e garanto a você que vou me esforçar o máximo aqui no Brasil para que a sua galera continue andando nos eixos paradigmáticos de sua theoria perennis: você sempre considerou qualquer ajuda 'sobrenatural', por pequena que fosse, uma titica de galinha.

Alô SBPC, qualquer ação dessas aqui em nossa taba tupiniquim deve ser veementemente combatida, sem tréguas e por todos os meios, não é mesmo Drauzio Varella? Alô Projeto Ockham, estranhei o silêncio de vocês sobre isso. Dois pesos, duas medidas...


Darwin, no seu túmulo aconchegante na Abadia de Westminster deve estar ser revirando com tamanho 'sacrilégio'...



Pano rápido – ó galera das tradições religiosas, a tropa maquiavélica, oops 'evangelística' de Darwin está querendo enganar vocês com 'outro Evangelho'...

Bem a propósito – você viu isso publicado com destaque na Grande Mídia tupiniquim? Eu não vi, então ajude a desconstruir Darwin republicando esse blog para o maior número de pessoas interessadas na questão que por sua vez devem pedir a outros que façam o mesmo ad infinitum...

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Fonte: NCSE – National Center for Science Education [Centro Nacional para Educação em Ciência]


Diretor do Projeto Fé

O National Center for Science Education, uma organização não lucrativa que defende o ensino da evolução nas escolas públicas, procura candidatos para o cargo de Diretor do Projeto Fé.


As funções do Diretor do Projeto Fé incluirão:
- Desenvolver materiais relativos à evolução e religião para a impressão e para a web;
- Representar a NCSE junto à comunidade da fé, por escrito e pessoalmente;
- Servir de conexão entre a NCSE e as sociedades teológicas profissionais e as organizações religiosas;
- Falar à imprensa sobre as questões envolvendo a educação sobre a evolução e as contestações [feitas] a ela;
- Aconselhar professores, administradores, pais, e outros que enfrentam contestações à educação evolutiva.
Os candidatos devem ter treinamento acadêmico formal em ou conhecimento extensivo informal de teologia, particularmente no que se relaciona à ciência. Um histórico de envolvimento em/ou entendimento da controvérsia criacionismo/evolução é um ponto positivo. Uma formação científica, especialmente em biologia ou geologia, e experiência em educação em ciência em nível de ensino médio são desejáveis, mas não necessárias. Excelentes habilidades de comunicação, tanto escrita e oral são necessárias. Viajar pode ser exigido.

Posição de tempo integral permanente com benefícios médicos em Oakland, Califórnia, para iniciar o mais breve possível. Salário compatível com a experiência e competitivo com os de organizações não lucrativas semelhantes.

Enviar curriculum vitae, uma redação sucinta, e os nomes de três referências para o NCSE, pelo correio para o NCSE, 420 40th Street, Suite 2, Oakland CA 94609-2509, ou por fax (510) 601-7204, ou por e-mail para fpd@ncseweb.org. Os dados devem chegar em 1º de agosto de 2006, para serem considerados. O NCSE é um empregador de [política de] oportunidade igual.

Source: NCSE

Faith Project Director
The National Center for Science Education, a non-profit organization that defends the teaching of evolution in the public schools, seeks candidates for the post of Faith Project Director.

The FPD's duties will include:
- developing materials pertaining to evolution and religion for print and web;
- representing NCSE to the faith community, in print and in person;
- serving as liaison between NCSE and professional theological societies and religious organizations;
- speaking to the press about issues involving evolution education and challenges to it;
- counseling teachers, administrators, parents, and others facing challenges to evolution education.
Candidates should have either formal academic training in or extensive informal knowledge of theology, particularly as it relates to science. A record of involvement in or understanding of the creationism/evolution controversy is a plus. A scientific background, especially in biology or geology, and experience in science education at the high school level are desirable but not necessary. Excellent communication skills, both written and oral, are necessary. Travel may be required.

Full-time permanent position with medical benefits in Oakland, California, to start as soon as possible. Salary commensurate with experience and competitive with similarly sized non-profits.

Send c.v., brief writing sample, and the names of three references to NCSE, either by mail to NCSE, 420 40th Street, Suite 2, Oakland CA 94609-2509, or by fax to (510) 601-7204, or by e-mail to fpd@ncseweb.org. Materials must arrive by August 1, 2006, to be considered. NCSE is an equal opportunity employer.

O verdadeiro antídoto contra o obscurantismo da Nomenklatura científica e da Grande Mídia tupiniquim

domingo, julho 23, 2006

Bernardo Esteves, do Ciencia Hoje, escreveu pequeno relato sobre a popularização da ciência abordada na 58ª. Reunião Anual da SBPC (16-21 de julho de 2006) realizada na UFSC em Florianópolis, SC, intitulado Antídoto contra o obscurantismo.



Esteves considera essas atividades de popularização da ciência como mais do que nunca fundamentais para informar o público. Este pequeno relato foi divulgado também pela newsletter online da SBPC, JC e-mail 3063, de 21 de Julho de 2006.

Quase deixei de ler o resto da 'notícia científica' quando Esteves embaralhou no seu artigo duas questões completamente antípodas e carregadas de subjetivismo dicotomista e demonizador: a favor ou contra, ciência ou pseudociência, razão versus irracionalidade.

Esteves afirmou que devido ao fato de "temas como criacionismo [leia-se – até mesmo as críticas verdadeiramente científicas contra as especulações transformistas de Darwin como as dos teóricos e proponentes da Teoria do Design Inteligente] e o questionamento do uso dos animais para pesquisa" ganharam um espaço cada vez maior na esfera pública "é fundamental que haja mais iniciativas que promovam o conhecimento dos fundamentos científicos por trás dessas questões".

Alguém aí da patuléia científica pode me explicar por que gastar mais dinheiro público com 'iniciativas' promovendo 'conhecimento dos fundamentos científicos' por trás dessas questões? Não tenho procuração dos criacionistas [há criacionistas e criacionistas...], mas não posso deixar passar batida essa aberração de Lógica Darwinista 101. Se o criacionismo é pseudociência, conhecer esses tais de 'fundamentos científicos por trás dessas questões' é o quê? Ciência ou pseudociência?

QED: Eles farão pseudociência e mau uso do dinheiro público. Leitor, proteste contra mais esse mau uso do dinheiro público e condenem essa postura cara-de-pau desses cientistas.

A socióloga Maria Lúcia Maciel, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que a democratização das oportunidades educacionais será esse 'antídoto de longo prazo' para esse problema apresentado em mesa-redonda abordando o tema, mas segundo Maciel, "é necessário fazer mais" e que os cientistas têm a responsabilidade de "levar ao público os conhecimentos gerados nos centros de pesquisa".

Concordo 100% com Maciel. Que tal começarmos com algumas perguntas bem impertinentes e que a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim querem fazer calar:

1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum

Ou como evitar a tautologia da 'sobrevivência do mais apto'? Por que o privilégio da biologia evolutiva na reconstrução históricas desses eventos quando a 'evolução'é um fato amplamente confirmado pelas evidências? Ou quem sabe uma ainda mais simples – de onde veio a informação genética?

Entenda aqui o que você quiser sobre o que seja evolução – o termo é superelástico de significado, mas desprovido até hoje de confirmação empírica – são dogmas aceitos a priori. Olha que já se vão quase 150 anos de pesquisas no mundo inteiro, mas o que é esse curto espaço tempo em comparação com as imensas eras de processos evolutivos, não é mesmo? Afinal de contas, idiota, a evolução é muito mais competente do que você imagina...

É este envolvimento dos pesquisadores com a divulgação científica defendida por Antônio Carlos Pavão, professor da Universidade Federal do Pernambuco e diretor do Espaço Ciência, que os pesquisadores deveriam resgatar: produzir o conhecimento e de levá-lo ao público. Já chega de tanta metafísica que a Folha de São Paulo nos impinge semanalmente com o divulgador científico pop-star Marcelo 'Carl Sagan tupiniquim' Gleiser.

Pavão [argh, é quase como cometer um assassinato, mas Darwin tinha ojeriza epistêmica por esta monstruosidade evolutiva...] citou o caso de Galileu Galilei (1564-1642) e de Michael Faraday (1791-1867) e de Albert Einstein (1879-1955) como exemplos de divulgadores de ciência.

A ironia fina aqui que Pavão não percebeu – ou foi apenas um 'cochilo ideológico'? – mas Galileu Galilei e Michael Faraday foram dois 'famigerados criacionistas da Terra jovem'... Como é que isso vai se encaixar agora com a proposta de Maciel de mais iniciativas promovendo o conhecimento dos fundamentos científicos por trás dessas questões? Quer dizer então que pelo forte estrabismo epistemológico defendido pela Nomenklatura científica se alguém for criacionista ela não pode ser cientista nem fazer ciência?

Senhores e meninos, não se esqueçam de alertar o público que lhes paga os salários que essas iniciativas são de visão unilateral e de cunho estritamente ideológico.

Uma parte interessante do pequeno artigo de Esteves foi a questão da especificidade do jornalismo – uma perspectiva diferente destacada pelo jornalista Marcelo Leite, colunista e colaborador da Folha de S. Paulo, ao discutir aspectos distinguindo as reportagens sobre ciência publicadas na imprensa diária de outras iniciativas de divulgação. Leite apenas disse o óbvio: “O jornalismo científico é jornalismo antes de ser científico” ao se referir à notícia como sendo caracterizada pelo ineditismo e pela relevância.

Mais interessante ainda foi a nova tese defendida por Leite: os repórteres deveriam assumir uma postura mais crítica em relação à ciência – um atributo essencial para a prática do jornalismo. Marcelo Leite afirmou na V São Paulo Research Conference – USP 18-21 de maio de 2006, na mesa-redonda sobre essa questão, que a Grande Mídia tupiniquim 'não dava espaço' para os críticos de Darwin. Temos aqui um caso de 'metanóia'? O 'caminho de Damasco epistêmico' de Marcelo Leite?

A pergunta de Leite é sutil, mas precisa e deve ser levada em consideração:

"Até que ponto o jornalista pode escrever com autoridade e de maneira crítica sobre ciência? Um jornalista pode ser crítico de ciência, como existem críticos de arte, música ou literatura? Esse é um ponto de atrito muito comum entre jornalistas e cientistas". A solução para este aparente nó górdio, aliás, é muito simples, basta a Folha de São Paulo e os demais veículos da Grande Mídia tupiniquim contratarem jornalistas com pelo menos mestrado e ou doutorado nessas áreas científicas.

Concordo plenamente com a apreciação crítica sobre a ciência que Leite defende nos jornalistas ser estendida ao conjunto do público através das atividades de popularização da ciência: “A primeira grande função da divulgação científica é despertar o público para a maravilha do conhecimento sobre a natureza – considero a ciência natural é uma das aventuras intelectuais mais fantásticas da cultura”.

Só que para desenvolver o espírito crítico nos leitores não-especializados deve ser uma iniciativa permitindo que todas as perguntas sejam feitas. Nada de 'não dar espaço' para perguntas que incomodam o status quo epistêmico de certas teorias. Não existe 'theoria perennis' em ciência, e Darwin não pode nem deve ser a exceção.

Esteves, o obscurantismo que você não destacou, nem podia fazê-lo por razões mais do que óbvias, e que todos nós entendemos, é o obscurantismo da Nomenklatura científica e da Grande Mídia tupiniquim polarizar sempre essa questão como sendo ciência versus religião, como sendo razão versus irracionalidade.



A questão hoje em dia, Esteves, nunca esteve tão bem localizada: é uma questão científica. Não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam relatos de criação de tradições religiosas, mas se as evidências encontradas na natureza apóiam ou não as hipóteses de Darwin? Elas não apóiam e apontam noutra direção – design inteligente.

Esteves, o verdadeiro antídoto contra esse obscurantismo é – menos empáfia, mais honestidade acadêmica, menos ideologia, mais liberdade acadêmica e mais ciência quando a questão é Darwin. Nada mais, nada menos...

Pro bonum scientia!

Teoria da Abiogênese – Ciência ou Ideologia?

sexta-feira, julho 21, 2006



Por mais que a Nomenklatura científica diga e 'jure' de pés juntos que a teoria da abiogênese não faz parte da teoria da evolução (especial e geral – são 5!), a abordagem feita nos nossos melhores livros didáticos do ensino médio e superior demonstra o contrário.

Essa teoria está inclusa no seu sentido mais amplo neste 'pacote epistêmico' sobre a origem e a evolução da vida. Não se esqueçam, 'evolução' é termo muito elástico e pode significar o que você quiser em biologia evolutiva, menos design inteligente.

Segundo Amabis e Martho, 'até meados do século XIX, a população em geral e parte considerável dos cientistas recorriam à teoria da geração espontânea, também conhecida por abiogênese, para explicar a origem da vida na Terra'. [1]

Na verdade, o que há por trás de tudo isso é o reducionismo naturalista filosófico estendendo o princípio de 'ancestralidade comum', permitindo que uma ponte acaso/tempo [bilhões e bilhões de anos] seja plausivelmente construída ligando a matéria inanimada com a animada.

Esta hipótese de abiogênese não se limita unicamente na sua explicação da origem da vida na Terra. Ela não é modesta não, e sem muita fundamentação empírica ela pretende explicar a vida em qualquer parte do universo por acaso e sem uma intervenção de inteligência.

Nada como uma boa pitada de ceticismo localizado da parte de bons cientistas que resolveram 'falsear' está teoria científica:
"Discussões mais aprofundadas a respeito da origem da vida só passaram a despertar interesse quando a teoria da geração espontânea revelou-se inconsistente, o que ocorreu principalmente devido aos de dois importantes cientistas: Francesco Redi e Louis Pasteur". [2]

Com Redi e Pasteur KAPUT abiogênese?

Devagar com o andor, céticos de Darwin!

Apesar do trabalho de peso desses cientistas abalarem a hipótese da geração espontânea 'a ponto de tornar possível o surgimento de novas teorias para explicar a origem da vida em nosso planeta', [3] o consenso acadêmico [eu chamo carinhosamente de síndrome dos soldadinhos-de-chumbo do pensamento uniforme] considerou apenas como 'científica' a hipótese de que 'os primeiros seres vivos apareceram espontaneamente na superfície da Terra... há 3,6 bilhões de anos atrás'. [4].

A Nomenklatura científica ao aprovar a especulação de Urey-Miller considerou o trabalho de Redi e Pasteur KAPUT nesta área de origem da vida!

Existem somente duas opções (Andrew Rowell) para esta 'estória da carochinha':

1. A abiogênese provavelmente ocorreu de fato neste universo.

2. A abiogênese provavelmente não ocorreu neste universo, e, portanto deve haver múltiplos universos, e por acaso nós estamos num universo onde a vida floresceu.

A opção 2 é um frágil 'calcanhar de Aquiles' epistemológico para os naturalistas filosóficos, por que qual é a evidência da existência de outros universos? Há quem considere que esta opção deva ser excluída da ciência.

Restou somente a especulação número 1. Mas, o que os naturalistas filosóficos fariam se a opção 1 for falseada? A Nomenklatura científica permite o falseamento dela? Se permitir, como isso é possível? Se não permitir, a abiogênese parece não ser realmente ciência...

Apesar disso, a 'evolução pré-biológica' (O experimento de Miller-Urey) continua reinando onipresente em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior...
Compromisso científico com a verdade das evidências ou compromisso com uma ideologia naturalista? Os cientistas devem seguir as evidências aonde elas forem dar...
Pobres estudantes, continuam sendo enganados. Pobre ciência, no 'cativeiro ideológico' do 'naturalismo filosófico'!

Notas

[1] AMABIS, J. M. e Gilberto Rodrigues Martho. Fundamentos da Biologia Moderna. 3ª. ed. São Paulo, Moderna, 2002, p. 6.
[2] Ibid. p. 6.
[3] Ibid. p. 6
[4] Ibid. p. 8

Jerome Lejeune 'falou e disse': Não existe teoria da evolução!

O geneticista francês Jerome Lejeune não levava o darwinismo muito a sério. Quem ainda leva Darwin a sério? Só a grande maioria dos cientistas mesmerizada pelo naturalismo filosófico pensando que está fazendo naturalismo metodológico... Isso vai ser tema de palestra em universidade privada dia 28 de julho de 2006.

Para desespero e indignação 'santa', oops darwinista, certa vez ele disse: "Não existe teoria da evolução"! NOTA BENE: NÃO EXISTE TEORIA DA EVOLUÇÃO!

A galera ultradarwinista fundamentalista vai dizer pelos becos e vias tortuosos de nossas universidades tupiniquins que isso foi simplesmente uma reação irracional de ciúmes injustificada de um francês frustrado porque Lamarck, francês como Lejeune, não teve sua 'teoria da evolução' reconhecida cientificamente como foi a de Darwin. Franceses e ingleses não se bicam há séculos. Se bem que Darwin era bem mais lamarckiano do que Lamarck. E Darwin não me deixa mentir – está lá no Origem das Espécies...

Antes de falarem mal de Lejeune pelas costas, meninos, a pouca merreca científica de Lejeune é simplesmente isso: ele descobriu a causa genética da síndrome de Down.

Quer dizer, o cara conhecia genética pra dedéu! Mais do que Darwin, por isso não tinha em grande estima epistemológica o darwinismo.

A Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim ainda têm a cara de pau de anunciar freqüentemente o mantra dobzhanskyano: 'Nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução'.

A mensagem que corajosamente Lejeune, à la Zidane (aquele da cabeçada em Materazzi), mandou para a Nomenklatura científica foi: 'Nada em evolução faz sentido a não ser à luz da genética'. E a genética está dizendo um sonoro NÃO às especulações transformistas de Darwin...

Senhores, menos ideologia e mais ciência! E mais honestidade acadêmica – algo que está ficando muito raro entre os cientistas quando a questão é Darwin-ídolo.

Por que a teoria da evolução de Darwin poderia ser uma 'fantasia'?

quinta-feira, julho 20, 2006

Eu pedi autorização do Royal Institute of Philosophy em Londres, para traduzir para o português e postar neste blog um artigo de David Stove, um filósofo australiano sobre a insuficiência epistêmica o darwinismo.

O editor respondeu dizendo que o artigo somente poderia ser traduzido e postado aqui mediante o pagamento de uma taxa.

Muita gente imagina que o Enézio recebe muito $$$ como 'agente' nada secreto do Discovery Institute para divulgar a Teoria do Design Inteligente no Brasil. Muito pelo contrário, este blogger rala como tradutor científico free lancer, mas acredita na democratização do conhecimento.

Nada melhor do que o ambiente feyerabendiano da Internet para se divulgar idéias controversas. Clique aqui para ler este artigo de Stove em inglês.


Stove é nada mais nada menos do que autor do livro Darwinian Fairytales [Fábulas darwinianas].

Nitroglicerina epistemológica pura! Vai fazer um baita estrago no arraiá de 'nhô Darwin'... Quem sabe alguns não vão passar por um processo de metanóia epistemológica???

A dúvida cruel de Darwin: a minha "teoria" pode ter sido apenas uma fantasia!

Darwin aqui e ali na sua obra deu mostras bem claras de que não considerava assim uma Brastemp epistêmica a sua teoria da evolução:

"Eu mesmo, também, me alegro profundamente; pois, pensando sobre muitos casos de homens perseguindo uma ilusão por anos, muitas vezes um calafrio me passou e eu me perguntei se eu não poderia ter devotado a minha vida para uma fantasia. Agora eu olho para isso como sendo moralmente impossível que investigadores da verdade, como você e Hooker, possam estar completamente errados, e, portanto eu fico em paz".



"Sobre os pontos fracos eu concordo. O olho até hoje me dá um calafrio, mas quando eu penso das finas gradações conhecidas, a minha razão me diz que eu devo vencer este calafrio".



"Eu me lembro bem do tempo quando eu pensava sobre o olho me deixava todo frio, mas eu venci este estágio de lamentação, e agora pequenos detalhes triviais freqüentemente me fazem sentir desconfortável. A visão de uma pena na cauda do pavão, sempre que eu a olho atentamente, me deixa aflito!"

Charles Darwin, in The life and Letters of Charles Darwin, John Murray, Londres, Vol.2, p. 296, 1887.

Por que será que Darwin se sentiu assim? Temor de ter cometido um tremendo erro científico? Não fique triste não, Darwin, talvez você tenha cometido esse erro para servir de exemplo magistral para que todos os demais teóricos da origem e evolução da vida modernos saibam que "o mistério dos mistérios" que você tanto se empenhou em esclarecer, não é assim tão fácil de ser teorizado e que continua sendo até hoje um "Misyterium tremendum"!



Errare humanum est, permanecer no erro Darwinianum est?

Senhores da Nomenklatura científica e da Grande Mídia tupiniquim, menos empáfia e mais ciência!

A evolução é ‘fato, Fato, FATO’! Como? Os bicos dos tentilhões encolheram!

sexta-feira, julho 14, 2006

Pássaros exibem seleção natural em tempo real
Rafael Garcia – Reportagem local da Folha de São Paulo

Durma-se com um barulho desses: se o que esses cientistas flagraram de mudança em tempo real em aves de Galápagos ilustra o conceito clássico de biologia – a seleção natural como mecanismo evolutivo, nós estamos numa roubada epistêmica e os nossos alunos vão precisar de melhores exemplos alternativos de ‘seleção natural em tempo real’ nos livros didáticos. Puro desespero da Nomenklatura científica tentando junto à Grande Mídia internacional e tupiniquim ‘salvar’ a cara de Darwin.



O jornalista Rafael Garcia, ex-Galileu, e agora na FSP temos algo em comum – nós conhecemos Denyse O’Leary, uma jornalista canadense. Eu a conheci pela internet, e ele pessoalmente num congresso de jornalistas científicos no Canadá.

Subjetivismo de lado, vamos ao que realmente interessa – a observação por Peter e Rosemary Grant, da Universidade de Princeton do ‘fenômeno da seleção natural entre espécies de pássaros do início ao fim’ nas ilhas Galápagos. Uma correção histórica – as aves foram apenas coletadas por Darwin, e enviadas para a Inglaterra. Elas foram ‘estudadas’ por John Gould, ornitólogo inglês do século 19.

O que os Grants observaram em 33 anos de pesquisas? Uma espécie se transmutando noutra espécie? Não, apenas a ‘redução do tamanho médio de bicos em uma população de tentilhões-da-terra-médios’ (Geospiza fortis) que já tinham, NOTA BENE, já tinham bicos pequenos!

Isso é chamado de deslocamento de caráter (“character displacement”) – quando uma espécie adquire características diferentes em razão da competição com outra. Em 1982, uma população de tentilhões-da-terra-grandes (G. magnirostris) magnirostris) invadiram a ilha de Daphne Maior, competindo por comida com a população dominadora de tentilhões-da-terra-médios’ G. fortis.

O fenômeno evolutivo estudado pelos Grants está na edição da revista “Science”

As duas populações de tentilhões conviveram sem problemas porque a oferta de comida – grandes sementes de árvore do gênero Tribulus - era abundante. Na seca de 2003, os pássaros quase esgotaram o estoque alimentar. Muitos G. fortis morreram de fome. Os G. manirostris sobreviveram, ao contrário do afirmado por Garcia, não porque eram mais hábeis em achar as sementes, mas porque eles tinham melhores bicos para quebrar as raras sementes grandes.

Essa mudança morfológica específica ocorrida – a diminuição de tamanho do bico no G. fortis, devido à competição com o G. magnirostris, foi considerada pelos Grants como sendo “a mais forte mudança evolutiva vista nos 33 anos de estudo”.

Mas o que isso significa em termos evolutivos? A mudança média no tamanho de bico foi cerca de 0.7% dos desvios padrões, mas considerado “excepcionalmente grande” no ponto de vista deles. Na verdade isso representa uma diminuição de menos de 1 (um) milímetro em média, ou 5%.

Após o fim da seca, a população de G. fortis (que já tinha bicos pequenos) aumentou. No período de estresse, eles precisavam de um bico bom para quebrar sementes pequenas, já que não tinham condições de competir pelas grandes. E a característica de bico pequenos que já tinham acabou permanecendo.

Embora o deslocamento de caráter já tivesse sido postulado teoricamente e observado em laboratório, foi a primeira vez relatado ocorrendo na natureza. Surpreendentemente os Grants iniciaram o artigo afirmando que ninguém havia estudado isso antes. “O processo de deslocamento de caráter ocorrendo na natureza, do encontro inicial dos competidores à mudança evolutiva em um ou mais deles como resultado de seleção natural direcional [sic]”, “não tinha sido previamente investigado”.

Cabe aqui o espanto geral de todos os céticos e crentes em Darwin, um espanto apopléctico ou de epifania epistêmica. Considerando-se a ‘fama’ dessas aves, como são usadas inadequadamente para apoiar e incentivar a ampla aceitação das especulações transformistas de Darwin com o número imenso de pesquisas evolutivas realizadas desde 1859, a diminuição do tamanho de bicos de aves apóia o FATO da evolução???

Garcia não destacou no seu artigo, mas apesar desse sucesso aparente, os Grants advertiram que “experiências replicadas com organismos adequados são necessárias para demonstre definitivamente o papel causal da competição, não somente como um ingrediente de seleção natural de características de exploração de recursos mas como um fator na sua evolução”.

Foram 33 anos de pesquisa e os Grants não têm certeza que estabeleceram uma relação definitiva de causa e efeito entre a competição e a seleção natural, muito menos que isso seja evidência a favor do FATO da evolução.

Parece que a ornitóloga Elizabeth Höfling, da USP, que disse ser o estudo é uma confirmação importante de mecanismos que estão por trás do processo de origem das espécies, não leu o artigo dos Grants.

O biólogo Jonathan Losos, da Universidade Harvard disse precipitadamente – “Esse estudo vai se tornar um clássico para os manuais instantaneamente”. Ele se esqueceu que um dos ícones de evolução em ação na natureza, as mariposas de ManchesterBiston betularia – após sérios estudos e pesquisas se mostrou fraudulento e inadequado para apoiar esse processo de origem das espécies.

Mais comedido, David Pfennig, biólogo da Universidade da Carolina do Norte disse que os biólogos evolucionários consideram o artigo importante porque demonstra a ação recíproca entre os números populacionais e os fatore ambientais: “A mudança no tamanho de bico ocorreu somente quando havia bastante tentilhões-da-terra-grandes e escassez de grandes sementes para provocar um problema... Essa pesquisa irá motivar os pesquisadores a irem a campo e verificar se eles podem documentar outros exemplos de deslocamento de caráter em ação”.

Aqui no caso, os próprios Grants advertiram que novas pesquisas são mais do que necessárias.

Mas Jonathan Losos e Elizabeth Höfling estão em boa companhia neste estado de ‘êxtase darwiniana’, porque ninguém nada menos do que Elizabeth Pennisi, na mesma edição da Science, 14 July 2006: Vol. 313. no. 5784, p. 156, DOI: 10.1126/science.313.5784.156 no seu artigo “Competition Drives Big Beaks Out of Business,” citou um biólogo que ‘sente’ que esta pesquisa “irá se tornar um clássico de livro didático”. Se assim for, pobres de nossos alunos. Pobre ciência...

Interessante – alguns dos ‘muazzins’ de Darwin [os muçulmanos que me perdoem] costumeiros como a New Scientist, BBC, e a National Geographic preferiram ficar silenciosos por alguma razão.

Os tentilhões, coitados, não têm nada a ver com a má fama que eles estão ganhando na biologia. No caso da pesquisa dos Grants, Rafael Garcia, é imperioso uma pitada de ceticismo. Cum granum salis! Por quê? O processo evolutivo segundo Darwin era lento e gradual ao longo dos anos. Mayr falou que eram eventos históricos únicos que não podem se repetir e precisam ser "reconstruídos historicamente", e agora é VAP VUPT em um ano???
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Os artigos deste blog são informações estritamente privilegiadas e confidenciais. Se forem “vazados”, favor publicar e distribuir ao máximo. Pro bonum scientia!

Procurado pela Polícia de Controle de Pensamento nos Campi Universitários Americanos

Este pôster de “PROCURADO” foi encontrado afixado em uma porta de banheiro do NCSE em 2002. Não era para menos, Jonathan Wells, autor de “Icons of Evolution” tem dado o que falar desde então. Eugenie Scott, diretora do NCSE, disse certa vez a respeito do livro: “É uma palmada no traseiro!”



PROCURADO PELA POLÍCIA DE CONTROLE DE PENSAMENTO DO CAMPUS
Por desacreditar a evidência da evolução

Foto tirada em 1968 e Foto tirada em 1976.
Jonathan Wells, também conhecido como “O Pior pesadelo de Darwin”
Altura: Mediana Peso: Variável Cor dos olhos: Marrom Cor dos cabelos: Marrom
Paradeiro: Em todos os lugares

Abaixo das impressões digitais:
Wells é um ex-radical de Berkeley, agora um revolucionário científico.
Considere-o armado com idéias perigosas.

O QUE QUER QUE VOCÊ FAÇA, NÃO DÊ ATENÇÃO A ELE!

E ACIMA DE TUDO, NÃO LEIA O LIVRO DELE “ICONS OF EVOLUTION”

Para receber a recompensa, vá ao site http://www.iconsofevolution.com

Olavo de Carvalho ‘falou e disse novamente cobras e lagartos’ sobre Darwin e o Design Inteligente lá do seu exílio auto-imposto

Ainda a luta dos monstros

Diário do Comercio
São Paulo, 7 de julho de 2006
Olavo Carvalho

Minha posição no debate entre adeptos da evolução e do intelligent design é nítida: não há provas conclusivas em favor de nenhuma dessas teorias, e há objeções razoáveis contra ambas. A única atitude cientificamente defensável é admitir que tudo não passa, por enquanto, de um confronto de hipóteses. Enquanto propostas de investigação, tanto o evolucionismo quanto sua alternativa são disciplinas perfeitamente respeitáveis: é tão lícito e obrigatório investigar traços de continuidade evolutiva na história das espécies animais quanto buscar na estrutura do cosmos os sinais de uma intencionalidade racional. O próprio Darwin, como o declara expressamente nos parágrafos finais de A Origem das Espécies, apostava resolutamente nas duas hipóteses ao mesmo tempo: a evolução, para ele, era a maior prova de um propósito inteligente na origem do cosmos. Ninguém o acusou, por isso, de fazer pregação religiosa em vez de ciência. Também não é demais lembrar que as duas hipóteses são velhíssimas: rudimentos de uma teoria evolutiva encontram-se em Sto. Agostinho e Aristóteles, junto com a afirmação explícita de um design inteligente. Entre as duas áreas de investigação, cada uma tão ampla que até a possibilidade de seu confronto total é bastante problemática, não deveriam ocorrer maiores choques, o que só não acontece por causa das implicações ideológicas que mencionei no artigo anterior.

Na história das idéias, porém, há alguns conjuntos de fatos bem estabelecidos que deveriam induzir o evolucionista a entrar na conversa com um pouco de humildade em vez de fazê-lo com a prepotência fanática de quem não admite discussão:

1. Nenhuma outra teoria deste mundo, com as notórias exceções do marxismo e da psicanálise, teve tantas versões diferentes, contraditórias entre si, criadas num intervalo de pouco mais de um século. Desde o determinismo integral até o império do acaso absoluto e incontrolável, desde o gradualismo das alterações microscópicas acumuladas de geração em geração até as mutações repentinas e catastróficas de espécies inteiras, desde o materialismo intransigente até a especulação teilhardiana do plano divino, o evolucionismo adotou camaleonicamente as formas mais díspares e incompatíveis entre si. Basta esse fato para caracterizá-lo desde logo como uma ideologia e não como uma teoria científica. Cada uma das suas versões isoladas tem, em princípio, o direito de se pretender mais científica que as outras, mas seu conjunto é inconfundivelmente ideológico. E quem quer que fale em nome de uma delas deve primeiro vencer as outras no seu próprio terreno antes de exigir que o público em geral a aceite como única versão autorizada. Não tem sentido alegar a multiplicidade de igrejas como argumento contra a fé religiosa, ao mesmo tempo que se concede o direito de variedade plurissensa a uma teoria que, por suas pretensões científicas, tem a obrigação estrita de ser um discurso unívoco.

2. Nenhuma outra teoria, no esforço de se impor à credulidade da população, produziu tantas provas fraudulentas em tão breve transcurso de tempo. Desde as formas intermediárias forjadas por Haeckel até o vexame do homem de Piltdown, passando pelas falsas medições de cérebros na década de 20 e pelas brutais acusações mútuas de charlatanismo entre Richard Dawkins e Stephen Jay Gould, a história da argumentação evolucionista está tão entremeada à história da vigarice que distinguir claramente uma da outra, caso se possa fazê-lo, ainda é um desafio historiográfico à espera de quem o enfrente.

3. Desde seu surgimento, o evolucionismo já inspirou três ideologias notoriamente genocidas: o evolucionismo social, o comunismo e o nazismo. Em nenhum dos três casos se pode alegar que isso foi mero uso retórico de argumentos extraídos de uma teoria em favor de idéias que lhe eram estranhas. Ao contrário, o evolucionismo está nos fundamentos mesmos de cada uma dessas doutrinas, cuja argumentação evolucionista, para completar, nunca foi obra de amadores intrometidos, mas sempre de cientistas de alto prestígio nos círculos darwinianos e similares. No caso do evolucionismo social, não cabe nem mesmo imaginar que tenha sido subproduto ideológico acidental de uma teoria científica, de vez que, na sua versão spenceriana, ele antecedeu a obra de Darwin e foi uma das fontes diretas da sua inspiração.

4. Antes de resolvidas quaisquer das suas divergências internas e antes de extinta a memória das suas contribuições a ideologias totalitárias, o evolucionismo, ao mesmo tempo que pretende conservar suas imunidades de hipótese biológica estrita, já ampliou suas pretensões ao ponto de se apresentar como explicação da história cultural na sua totalidade e de fazer um esforço organizado para se impor como substitutivo das tradições religiosas na orientação moral, social, jurídica e política da humanidade. E nada disso é empreendido por palpiteiros leigos, mas pelos líderes mesmos das várias e concorrentes escolas evolucionistas. Quem poderia esperar uma prova mais evidente de que se trata de uma ideologia, com ou sem pedaços de ciência dentro dela?

5. Muito antes de se constituir como hipótese biológica, o evolucionismo era defendido como doutrina gnóstica pelo avô de Charles Darwin, Erasmus Darwin, e como tal circulou amplamente em sociedades ocultistas da Escócia e da Inglaterra. É impossível que a influência do avô não ajudasse a inspirar o neto. Em perfeita continuidade, após a publicação de A Origem das Espécies a idéia foi retomada pela doutrina teosófica de Helena P. Blavatski e em seguida pela escola esotérica de Alice Bailey. Foi através desta vertente, representada pelo pedagogo ocultista Robert Müller, que o evolucionismo se incorporou oficialmente aos parâmetros educacionais da ONU, tornando-se mundialmente obrigatório como preparação da juventude para “a civilização do Terceiro Milênio”. O componente gnóstico do evolucionismo transparece também claramente nos escritos de Teilhard de Chardin e, depois de tantos estudos que demonstram a identidade profunda do gnosticismo com os movimentos ideológicos de massa que culminam na utopia do “governo mundial”, é excesso de ingenuidade imaginar que uma idéia que aparece tanto nas origens quanto nos efeitos históricos de um processo cultural e político possa lhe ser totalmente alheia na sua constituição interna.

A ciência natural não é feita por anjos, e a hipótese de que suas bases possam ser totalmente isoladas de motivações culturais pré-científicas é pueril e besta demais para ser discutida. No mínimo, é confundir a ciência historicamente existente com a definição abstrata de um ideal científico jamais atingido e, a rigor, inatingível.

As cinco séries de fatos que apontei estão bem documentadas. Pode-se discutir a sua significação histórica, mas não negar a materialidade dos dados. Se tudo o que eles representam são acidentes marginais que em nada comprometem o núcleo científico puríssimo do evolucionismo, cabe ao evolucionista prová-lo muito bem provado em vez de exigir, pela mera força das proclamações autoritárias, que o interlocutor aceite a priori como ciência incontaminada uma doutrina que historicamente se apresenta tão carregada de comprometimentos e implicações ideológicas. Se, por outro lado, alguém lograsse provar a total ausência de elementos extra-científicos em alguma das versões do evolucionismo, ou mesmo numa parte dela, nesse mesmo momento teria desacreditado como pura excrescências ideológicas todas as conclusões metafísicas, sociológicas, morais, culturais, religiosas e anti-religiosas que os mais célebres porta-vozes da teoria, incluindo Gould e Dawkins, para não falar do próprio Darwin, jamais cessaram de extrair dela. O evolucionismo apareceria então como um imenso discurso ideológico gerado a partir de um pequeno núcleo de ciência genuína, que é aliás precisamente o que suspeito que ele seja. Mas quem pode negar categoricamente que um núcleo semelhante exista no marxismo, na psicanálise, no mecanicismo setecentista, no historicismo ou no próprio “design inteligente”?

Que um modelo explicativo obtenha sucesso em coletar fatos que o comprovem não significa, de maneira alguma, que ele não possa ter defeitos teóricos monstruosos e que os mesmos fatos, amanhã ou depois, não possam ser absorvidos num modelo mais vasto que o supere, o impugne ou o neutralize. Só a livre investigação e discussão pode elucidar isso, num prazo que decerto se contará em séculos. O esforço dos evolucionistas para bloquear as pesquisas no sentido do design inteligente é a exata repetição do decreto dogmático com que Leonhard Euler, em 1748, vetou como anticientíficas as investigações que implicassem a negação, mesmo hipotética, da doutrina newtoniana do “espaço absoluto”, doutrina que desde Einstein ninguém mais ousa defender em voz alta, mas que poderia ter caído muito antes, abrindo caminho para a física relativista em pleno século XVIII, se o partido de Euler, dominante nas academias como é hoje o evolucionismo, não prevalecesse sobre as sábias advertências do pioneiro minoritário G. W. von Leibniz. O design inteligente é uma hipótese científica como outra qualquer, e tentar proibir sua investigação sob o pretexto de que ela é anticientífica por ter talvez uma remota inspiração religiosa é esquecer que o próprio evolucionismo nasceu de origem similar, com a ressalva de que há uma imensurável diferença de qualidade intelectual entre as doutrinas das grandes tradições monoteístas e o lixo ocultista de Erasmus Darwin.

Que meninos de ginásio posem de campeões do evolucionismo acreditando-se imbuídos da autoridade da pura “ciência” em oposição heróica à fé cega e às crenças ideológicas, é coisa que se entende facilmente pela natural prepotência juvenil e pelo atrativo mágico das eras primitivas (meu próprio quarto de adolescente era repleto de miniaturas de dinossauros e tinha um retrato de Darwin na parede). Mas que cientistas adultos entrem em campo com a mesma arrogância ingênua é fenômeno que só se pode explicar pelo fato de que sua cultura histórica é tão ginasiana quanto a daqueles meninos.

EXTRA! EXTRA! Editorial “Cavalo de Tróia” da revista Nature

quinta-feira, julho 13, 2006

NOTA BENE:

Nem vou me dar ao trabalho de traduzir este editorial da revista Nature, mas tão-somente chamar a atenção das tradições religiosas para a insidiosa campanha que está sendo urdida internacionalmente nos porões da Nomenklatura científica.

Com o avanço mundial do conhecimento de uma crise epistemológica nas teorias da origem e evolução, mais a aceitação da suficiência epistêmica da Teoria do Design Inteligente, nada mais conveniente do que a Nomenklatura científica e sua relação incestuosa da Grande Mídia internacional e tupiniquim associarem desde o começo que o Design Inteligente era nada mais do que ‘criacionismo disfarçado’.

A pecha não pegou, e o conhecimento das insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução do universo e da vida se tornaram conhecidas mundo a fora via internet. Para desespero deles que procuraram por todos os meios evitar que isso se tornasse público. Para maior desespero deles que sabem que Darwin está sendo desconstruído pouco a pouco diariamente.

Agora a estratégia da KGB da Nomenklatura científica é cooptar matreiramente os ‘dissidentes’ das tradições religiosas como se as especulações transformistas de Darwin não tivessem nenhuma implicação devastadora nas suas crenças fundamentais. Nada mais falso e abjeto – Darwin disse que se sua teoria precisasse de alguma ajuda ‘sobrenatural’ ela seria considerada “rubbish” – titica de galinha!

Agora vem a revista Nature tentar cooptar melosa e matreiramente os de tradições religiosas a se bandearem de ‘mala e cuia’ para o lado de Darwin, trocando os seus relatos de criação sobrenatural pelos relatos mitológicos de criação materialista. Convenhamos, a estratégia para convencê-los está muito bem articulada: a Nomenklatura científica está usando a velha estratégia do “Cavalo de Tróia”, ao destacarem em editorial o livro de ninguém nada menos do que Francis Collins, um cristão evangélico americano e famoso cientista envolvido no Projeto Genoma.

Darwin, o agnóstico, deve estar se revirando e xingando barbaridades no seu aconchegante túmulo na Abadia de Westminster [argh, isso é como cometer um assassinato] com esta estratégia ecumênico-epistemológica. Thomas Huxley, cara, você que ajudou a fundar a revista Nature deve estar profundamente envergonhado com esta atitude rasteira e traiçoeira em relação a Darwin pelos atuais editores da revista Nature. Você pensou que isso iria acontecer um dia? Tudo, menos isso, devem estar dizendo Darwin e Huxley.

Como ex-ateu, marxista-leninista e materialista que fui, eu só tenho um juízo a fazer de Collins: Você está sendo um inocente útil (Lenin) usado pela Nomenklatura científica, e me lembra aquele pacifista na Guerra Civil americana que usava as calças dos Confederados e a jaqueta da União tentando apaziguar só para levar chumbo dos dois lados.

Galera das tradições religiosas – cuidado com o “Cavalo de Tróia” da Nomenklatura científica que os agentes da KGB vão disseminar na Grande Mídia internacional e tupiniquim.

Nomenklatura científica, vocês devem estar corados pois foram apanhados de calças nas mãos com esta estratégia atabalhoada tipo “Super Chapolim”. Vocês vão levar chumbo dos dois lados.

Minto, a Nomenklatura científica vai tentar cooptar a Grande Mídia internacional e tupiniquim a não veicular com destaque este editorial da revista Nature, a mais importante publicação científica.

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Nature 442, 110(13 July 2006)| doi:10.1038/442110a; Published online 12 July 2006 Building bridges Top of page Abstract

An American geneticist advocates a rapprochement with religion.

Public jousting between scientists and organized religion seems to have established itself as a consistent theme of the wider public discourse.

Last week, it was the head of the Vatican's Pontifical Council for the Family letting it be known that researchers of the Catholic faith had better adhere to church doctrine on stem-cell research, or face possible expulsion. Next week it will be something else, and it will probably be in the United States, where relations between the two spheres have never been cordial and are becoming steadily less so.

To many scientists, religious contributions to public debates seem threatening and ill-considered. Religious leaders speak out against entire lines of enquiry — such as work on embryonic stem cells — in the name of God. They take stands against life-saving practices, such as condom use in areas of high HIV infection, in the name of morality.

Such contributions dismay the many scientists who are believers but who take a different doctrinal stance. They also irritate or enrage those (probably comparable in number) who are agnostics and atheists. After all, to many people, including scientists, the world simply makes more sense without the existence of God, and religious interventions are either offensive or irrelevant.

In response, some scientists are tempted either to publicly dismiss religious belief, or else to argue stridently against it. The latter approach is valuable in that it exposes religious dogmas to rational consideration and leads to their abandonment where they conflict with reality. But it is damaging if it fails to acknowledge the inability of science to deal with many of the issues that people face in their everyday lives.

An alternative response for believers and non-believers alike is to engage with people of faith to explore how science — both in its mode of thought and its results — is consistent with their religious beliefs. Many scientists have been quietly doing this for years. Their arguments are amplified by a new book from Francis Collins, director of the US National Human Genome Research Institute (see page 114).

In The Language of God (Free Press, 2006), Collins presents what he believes to be the counter-arguments to the doubts scientists have about God. He then expounds the rationale behind his own school of religious thought: theistic evolution, which posits that evolution is real, but that it was set in motion by God. He believes that it is the existence of God that explains certain aspects of humanity, such as self-sacrificing morality, as well as the fine-tuning of the fundamental constants that allow life to exist.

Francis Collins presents what he believes to be the counter-arguments to the doubts scientists have about God.

The book is unsparing in its criticism of both creationism and intelligent design. Both are false and unscientific, says Collins. He even argues that both ideas endanger religion itself, because they rest on such shaky ground that their backers risk losing credibility.

Collins' style is straightforward, and even moving, especially when he discusses episodes from his own life, such as his difficulty coping with a sexual assault on his daughter. Even so, his reasons for believing in God and for becoming a devout Christian are unlikely to sway anyone who doesn't already believe.

But that's not the point. Collins is reaching out, from an exalted position in the world of science, to the realm of faith. By exploring, not least, how the Human Genome Project has added to our understanding of evolution, he hopes to provide a bridge across the social and intellectual divide that exists between most of US academia and the so-called heartlands, where religion is writ so large. Given the scale of the gulf, that is a laudable ambition.