EXTRA! EXTRA! A ‘revolução’ silenciosa do Design Inteligente
Eu tive o privilégio de estudar e morar nos Estados Unidos (Dallas, Texas) na segunda metade da década de 80 do século XX. Lá aprendi muitas coisas e trabalhei em atividades aqui ainda consideradas ‘desprezíveis’, mas que todo ‘doutor’ brasileiro quando emigra para lá faz com muito prazer e dedicação porque depende disso para o seu sustento material.
No mês de julho de 1984 eu me apresentei como voluntário – isso é coisa que recentemente estamos aprendendo e dando mais de nós mesmo em prol dos outros, isso mesmo, como voluntário para fazer a mudança de um desconhecido. [Idiota, apesar de Darwin ter dito que “a seleção natural não pode fazer é modificar a estrutura de uma espécie visando o benefício de uma outra”, o altruísmo nas espécies é resultado da evolução... A evolução pode muito mais do que nós podemos imaginar...].
Lá fomos nós – um americano, um sul-africano e um brasileiro fazer a mudança de Charles Thaxton, um bioquímico até então desconhecido. Havia muitas caixas de coisas pessoais, alguns móveis e muitos, mas muitos livros. Depois de fazermos a mudança, nós ganhamos um lanche bem reforçado e um livro “The Mystery of Life’s Origin: Reassessing Current Theories” (New York, Philosophical Library, 1984) autografado pelo autor.
Eu peguei o livro, abri e dei uma olhada – química pura! Nada disse, mas perguntei a mim mesmo – “What am I gonna do with this book?” [O que vou fazer com este livro?]. De volta para casa coloquei o livro na biblioteca. De volta ao Brasil em 1985 trouxe toda a biblioteca. O livro de Thaxton inclusive, que ficou pegando poeira nas estantes por muitos anos.
Um dia morando em Piracicaba, SP, em 1998, eu comprei o livro “A Caixa Preta de Darwin: O Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução” de Michael Behe (Rio de Janeiro, Zahar, 1997). Bioquímica pura! Aí eu me lembrei do livro de Charles Thaxton, Walter Bradley e Roger Olsen. Eu tinha lido uma vez, achado interessante e cogente a argumentação deles, mas não tinha a mínima idéia do que isso pudesse representar um dia em termos epistemológicos.
Com a leitura do livro de Behe e a releitura de Thaxton et al – foi como despertar de um sono epistemológico profundo, as escamas do meu naturalismo filosófico travestido de ciência caíram e perdi completamente a fé a priori que tinha em Darwin. De lá pra cá mergulhei fundo nas teorias da evolução de Darwin e na síntese moderna da evolução – o neodarwinismo, bem como na nova teoria do Design Inteligente.
Aqui no Brasil nós ainda somos um pequeno, mas crescente grupo de professores e alunos – de graduação e pós-graduação em universidades públicas e privadas adeptos da TDI. Não existe liberdade acadêmica no Brasil e no mundo para se criticar a Darwin e defender idéias revolucionárias e controversas como a TDI dentro das universidades.
Assim como Darwin tinha esperança que uma nova geração de jovens cientistas apoiaria a sua teoria, nós do DI também. A Grande Mídia internacional e tupiniquim não nos dão a devida cobertura jornalística objetiva e factual, por estarem atreladas aos dogmas da Nomenklatura científica. Uma relação incestuosa. Vide o site Evolution News.
Contudo, nós estamos testemunhando na internet uma crescente revolução silenciosa – a TDI já é um fenômeno internacional. Vide a demografia dos que buscam informação precisa sobre o DI e as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução do universo e da vida:
Desafiando a Nomenklatura Científica
ARN – Access Research Network
Sabe o que tudo isso significa? Desde o ensino médio e até nas universidades, os professores e os autores de livros-texto de Biologia vão ter que se esforçar e se atualizar muito para responder ao questionamento científico desses novos céticos científicos de Darwin e proponentes do Design Inteligente.
Eu quero ver a reação da Nomenklatura científica quando tudo isso começar a acontecer aqui no Brasil. A universidade brasileira vai deixar de ser aquele ambiente modorrento e que sofre da síndrome dos soldadinhos-de-chumbo do pensamento único. Ora, se todos estão pensando a mesma coisa, então ninguém está pensando em nada! A universidade é lugar para novos conhecimentos e debates de idéias. Galera, vamos invocar liberdade acadêmica plena, geral e irrestrita!
Foto de Maurício Tuffani
É Marcelo Leite (Folha de São Paulo), de nada adiantou vocês não nos darem espaço! Apesar de você, amanhã há de ser novo dia... (Chico Buarque)