Por esta Darwin não esperava: a evolução primordial do DNA é lamarckiana!!!

quinta-feira, julho 06, 2006

“Collective evolution of the genetic code” [Evolução coletiva do código genético]
PNAS de 3 de julho de 2006
por Kalin Vetsigian, Carl Woese e Nigel Goldenfeld

Excertos do artigo:

“O código genético poderia bem ser otimizado a uma extensão muito maior do que qualquer coisa em biologia, e apesar disso é geralmente considerado como o elemento biológico menos capaz de evoluir... [SIC!!!] inesperado e ainda clamando por explicação [SIC!!!]

Até onde vai a interpretação, o aspecto otimizado do código genético é certamente um reflexo do último aspecto do problema de codificação que precisa ser levado em consideração: isto é, a precisão ou a especificidade biológica com que a tradução funciona [SIC!!!]. A precisão, junto com cada aspecto do código genético, precisa ser entendida como parte de um processo evolucionário [SIC!!!]. Nós afirmaríamos que em estágios primordiais em evolução celular, a tradução ambígua foi tolerada (não havendo alternativa), e foi uma parte importante e essencial da dinâmica evolucionária (vide abaixo – no texto original).

O que nós entendemos aqui por ambigüidade é inerente no conceito de tarefas do grupo de códons, onde um grupo de códons relacionados é designado como um todo a um grupo correspondente de aminoácidos relacionados (3). Disso flui o conceito de “proteína estatística”, onde um dado gene pode ser traduzido não em uma única proteína, mas em vez disso numa família de seqüências de proteínas relacionadas.

Repare que nós não afirmamos que esses exemplos sejam uma aproximação para a perfeita tradução do gene, implicando assim que essas seqüências são erradas em algum sentido. A vida primordial não exigiu um nível refinado de tolerância, e por isso não havia necessidade para uma tradução perfeita [SIC!!!]. A ambigüidade, portanto, não é a mesma coisa que ‘‘erro’’ [SIC!!!]

Na evolução reticulada, não existe uma noção única de descendência genealógica: o conteúdo genético pode ser distribuído coletivamente. Conseqüentemente, quando nós agora mudamos a ênfase da documentação das características estáticas do código genético e em direção às suas origens evolucionárias, nós devemos necessariamente invocar uma dinâmica evolucionária distinta daquela identificada originalmente por Darwin [SIC!!!]. Esta dinâmica pode ser vista como um tipo de jogo biológico no qual tanto os jogadores como jogo não são familiares, pelo menos no mundo não microbiano.

Os jogadores são entidades tipo células ainda nos estágios primordiais de suas evoluções...

O código genético é uma expressão do processo de tradução e, portanto, o seu estado e significância refletem os diversos estágios no desenvolvimento evolucionário da tradução e organização da célula. Assim, um relato mais detalhado da evolução do código genético exige componentes de modelagem física do aparato de tradução, incluindo as dinâmicas dos tRNAs ... Somente com este nível de descrição é possível abordar questões tais como o papel especial desempenhado pela exigência polar.

Este último ponto, nós acreditamos, é uma pista essencial para a evolução inicial dos componentes tradutores quando o código genético presumivelmente tinha uma função bem diferente.

A evolução do código genético, a tradução, e a própria organização celular segue uma dinâmica cuja maneira é, se alguma coisa, lamarckiana”.

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A Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e tupiniquim ainda têm a cara de pau de dizer que “não há crise na teoria”, “não há discordância entre os especialistas” e que o “FATO” da evolução é mais certo do que 2 mais 2 são 4!!!

É que a evolução, idiota, através da seleção natural [ou n mecanismos evolutivos], mutações, mais tempo é muito mais capaz do que nós pensamos... ONIPOTENTE, ONIPRESENTE, ONISCIENTE e OMNICOMPETENTE!!!

É, mais na evolução do código genético: Lamarck 1 x Darwin 0 [argh, é quase como cometer um assassinato!!!]