A seleção natural, xodó de Darwin, passa por grave crise emocional, oops, heurística

segunda-feira, fevereiro 16, 2009









O xodó de Darwin, a seleção natural passa por grave crise emocional, oops, heurística.

Darwin deixou bem claro no Origem das Espécies estar convencido de que no transformismo das espécies entre os diversos mecanismos e fatores evolutivos a seleção natural foi “o principal meio de modificação, mas não o único”. Contudo, apesar desta ressalva, “a minha teoria” como Darwin nomeou no livro, é diferenciada das demais proposições teóricas justamente por oferecer um mecanismo: a seleção natural.

Pobre Darwin, desde 1859 que o seu “principal meio de modificação” não é assim uma Brastemp no contexto de justificação teórica. E os céticos da época eram cientistas reconhecidos:

A. Thomas Huxley, o “buldogue de Darwin”, tinha reservas sobre a ação da seleção natural.

B. Joseph Hooker também.

C. Alfred Russel Wallace e St. George Jackson Mivart acreditavam na ação criativa seleção natural, mas tinham reservas da ação dela nos seres humanos.

D. Charles Lyell, QI [quem indica], oops, o “nihil obstat” científico da época, por muito tempo, e contrariando a Darwin que precisava do aval dele para ajudar na melhor aceitação de sua teoria pela comunidade científica, também não aceitou a seleção natural.

E. Darwin também. Ele foi paulatinamente revisando o Origem das Espécies devido às críticas severas de cientistas de peso contra a seleção natural, e em cada revisão comprometeu muito o valor heurístico da seleção natural. Na sexta edição (1872) Darwin era mais lamarckista do que Lamarck.

Eu leio diversas publicações de divulgação científica, e as notas de diversas pesquisas científicas parecem indicar que “o principal meio de modificação” de Darwin está cada vez mais em baixa e/ou sendo rebaixado para a segunda divisão epistêmica no seu papel de principal mecanismo evolutivo.

Isso é bom em ciência, pois estes artigos mostram que as “crenças científicas” aceitas acriticamente há muito tempo podem ser desafiadas. [Argh, isso é como cometer um assassinato]. Vejamos como esses artigos “maltrataram” a seleção natural, a menina dos olhos, o xodó de Darwin, seu mais importante mecanismo evolutivo:

1. Criando espaço: O Science Daily perguntou, “Natural Selection Not The Only Process That Drives Evolution?” [A seleção natural não é o único processo que conduz a evolução?] Cientistas na Universidade de Uppsala estão descobrindo um papel muito maior para neutral genetic drift. Eles examinaram genes humanos “de evolução rápida” comparando-os com aqueles de outros primatas, e afirmaram que muitos desses genes não mostram sinais nenhum de seleção natural:

“The research not only increases our understanding of human evolution, but also suggests that many techniques used by evolutionary biologists to detect selection may be flawed”. [A pesquisa não apenas aumenta o nosso entendimento da evolução humana, mas também sugere que muitas técnicas usadas por biólogos evolucionistas para detectar seleção podem ser insatisfatórias].

Dificuldades para vender o peixe deles: “many of the genetic changes leading to human-specific characters may be the result of the fixation of harmful mutations.” [Muitas das mudanças conduzindo a caracteres humanos específicos podem ser o resultado da fixação de mutações deletérias].

Os pesquisadores não deixaram claro como que um processo degradante resultou na linguagem humana, na civilização. Contudo, eles foram incisivos: “This contrasts the traditional Darwinistic view that they are the result of natural selection in favour of adaptive mutations.” [Isto contrasta com a visão darwinista tradicional de que elas [as mutações deletérias] são o resultado de seleção natural em favor de mutações adaptivas].

2. Podando a Árvore da Vida de Darwin: Uma reordenação dramática na Árvore da Vida de Darwin relatada pela Science Daily afirma que “evolutionary relationships among animals are not as simple as previously thought.” [as relações evolutivas entre os animais não são tão simples como antes pensado]. A nova árvores desenvolvida pelos pesquisadores no American Museum of Natural History parece ter dois troncos perto da base. Todas as esponjas, as medusas, águas vivas, e os placozoários estão em um galho, e todos os demais animais em outro. Os placozoários são como amebas viscosas multicelurares que deslizam pelas superficies de aquários residenciais.

O Nature News trouxe o seguinte título, “Humans and sponges may share a slimy ancestor.” [Os seres humanos e as esponjas podem compartilhar de um ancestral viscose].

Parada para pensar e perguntar cum granum salis [é que hoje em dia em biologia evolutiva, todo mundo diz a mesma coisa e ninguém pensa em nada diferente]. Quais são as implicações dessa abordagem? De um lado, o famoso “kit de ferramentas genéticas” [© Darwin-genius] de órgãos complexos apareceu antes da divisão. Do outro lado, a evolução convegente foi mais ampla após a divisão. Um pesquisador comentou afirmando que os sistemas nervosos não são assim uma Brastemp, oops, semelhantes:

“Some people might initially be shocked to see that nerve cells in cnidarians and higher animals (Bilateria), the group of animals that includes humans, evolved independently.” [Inicialmente algumas pessoas podem ficar chocadas de ver que células nervosas em cnidárias e animais superiors (Bilateria), o grupo de animais que inclui os humanos, evoluíram independentemente].

Outro pesquisador afirmou: “ It is the underlying genetic tool kit that is similar amongst these basal animals… Placozoa have all of the tools in their genome to make a nervous system, but they just don’t do it.” [É o kit de ferramenta genetic subjacente que é similar entre os animais básicos… Os placozoários tem todas as ferramentas no seu genoma para fazer um sistema nervosa].

E agora, José, parece que isso levanta questões sobre o papel da seleção natural, não é mesmo? Por que a seleção natural inventaria ferramentas que não são usadas?

A Nature News entendeu logo as implicações difíceis que esta nova árvore trás para a Síntese Moderna. A primeira implicação: sistemas nervosas evoluíram independetemente em dois ramos. Um biólogo destacou: “This is hard to swallow” [Isso é difícil de engolir]. Os que apoiam a nova árvore relevaram. Bernd Schierwater [Universidade de Medicina Veterinária em Hannover na Alemanha] disse: “The placula already had all the genes necessary to make all the building blocks [of a nervous system], but it didn’t have to make it because ecology didn’t force it to do so… [it is] “not too complicated at all.” [Os placozoários já tinham todos os genes necessaries para construírem os blocos construtores (de um sistema nervoso), mas não tinham que faze-lo porque a ecologia não os forçou para fazer assim… não é de modo algum tão complicado].

Lógica Darwiniana 101: por que a seleção natural produziria um kit de ferramente genético, se a ecologia não a forçou usar? Ainda bem que a Nature News citou outros cientistas que permanecem desconfiados da maneira como essas árvores são calculadas.
Disse um: “Small alterations in the settings of some of these analysis tools can make major differences to the outcomes” [Pequenas alterações nos ambientes de algumas dessas ferramentas de análise podem produzir grandes diferenças nos resultados].

Outro se preocupou com a amostragem adequada dos taxon: “I am tired of these molecular papers that don’t make sufficient controls to check the reliability of the phylogenetic inferences.” [Eu estou cansado desses artigos moleculares que não fazem controles suficientes para conferir a confiabilidade das inferências filogenéticas].

Outro, mais critico, salientou: “This certainly isn’t the last word on the scheme of animal evolution.” [Isto certamente não é a última palavra no esquema de evolução animal].

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NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER:

Você leu isso na “Folha de São Paulo”? No “O Estado de São Paulo”? Na VEJA, na ÉPOCA? Na Superinteressante? Na Galileu? Não? Nunca verá, pois o jornalismo científico praticado pela Grande Mídia Tupiniquim não é jornalismo científico objetivo. É um jornalismo científico marrom.

Razão? Quando a questão é Darwin é tutti cosa nostra, capice? O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde!

Alô MEC/SEMTEC/PNLEM nossos melhores autores de livros didáticos não ficam muito atrás neste tipo de “ocultação” das evidências científicas contrárias ao fato, Fato, FATO da evolução. Em 2010 nossos alunos precisam saber da nova Síntese Evolutiva Ampliada e as muitas dificuldades fundamentais contra a teoria da evolução que é amplamente discutida intramuros e nas publicações científicas.

Do jeito que está, é ESTELIONATO EDUCACIONAL!