Quem disse que Carnaval não é cultura? Quem disse que Darwin, o homem que teve a maior idéia que toda a humanidade já teve - a seleção natural, não era só bom da cabeça, mas bom de pé? Pois é, Darwin caiu e vai cair no semba de novo na Bahia.
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JC e-mail 3709, de 26 de Fevereiro de 2009
18. Cortejo pós-carnavalesco relembrará a passagem de Darwin pela Bahia
Para um grupo de ambientalistas, artistas, intelectuais, professores, estudantes e admiradores da ciência, o carnaval de Salvador ainda não terminou
Neste sábado, dia 28, o trecho entre o Campo Grande e o Farol da Barra, na capital baiana, vai ser novamente palco da folia. Tudo para marcar a passagem pela Bahia do naturalista inglês Charles Darwin, cujo bicentenário do nascimento foi comemorado em todo o mundo no último dia 12.
O cortejo pós-carnavalesco está sendo organizado pelo Grupo Defesa e Promoção Sócio Ambiental, a mais antiga ONG ambientalista da Bahia. Com alas simbolizando a Mata Atlântica, que tanto encantou Darwin na Bahia, plantas, flores e animais, como o mico leão, os tripulantes do navio Beagle e até a tradicional burrinha, o cortejo sairá às 10h do Campo Grande, com destino ao Farol da Bahia, onde se encontrará com um grupo do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, que encenará uma peça inspirada no cientista britânico.
Darwin no carnaval do século XIX
Em 1832, há exatos 177 anos, Darwin, então um jovem cientista mais ligado à geologia do que às espécies animais e vegetais, participou do carnaval baiano, ao lado dos amigos Bartholomew James Sullivan e Clements Wickham, ambos tenentes da Marinha Real.
Os três amigos chegaram à Bahia à bordo do navio Beagle, que permaneceu no Porto de Salvador até 18 de março. Foi tempo suficiente para um passeio carnavalesco, registrado no diário de Charles Darwin, da seguinte forma: “Hoje é o primeiro dia de Carnaval, mas Wickham, Sullivan e eu não nos intimidamos e estávamos determinados a encarar seus perigos. Estes perigos consistem principalmente em sermos, impiedosamente, fuzilados com bolas de cera cheias de água e molhados com esguichos de lata.”
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Secti/BA)