Bibliografia do artigo “O debate científico que ainda não ocorreu”, publicado no Observatório da Imprensa em 23 de fevereiro de 2009.
Ao longo de minha jornada com os darwinistas ortodoxos eu aprendi uma lição: os darwinistas não pessoas boas nem más, eles simplesmente são incorrigíveis. Por mais que sejam apresentadas dificuldades teóricas fundamentais em um contexto de justificação teórica, até mesmo por evolucionistas, eles não lidam com as críticas, não as replicam e reagem retoricamente demonizando os críticos.
Como o espaço para comentários no OI não me permitia a publicação da bibliografia in toto, apenas 1.400 toques, deixei um comentário lá que iria postá-la aqui neste blog.
Bibliografia:
1. O mecanismo neodarwinista de seleção natural agindo sobre as mutações aleatórias parece não ser suficiente para produzir:
a) Nova informação genética especificada.
MOORHEAD, Paul S. and KAPLAN, Martin M., Eds. Mathematical Challenges to the Neo-darwinian Interpretation of Evolution. New York, A. Liss, 1967.
MEYER, Stephen C., “DNA and the Origin of Life: Information, Specification and Explanation”, in Darwinism, Design and Public Education, p. 223-286. East Lansing. Michigan, Michigan State University Press, 2003.
MEYER, Stephen C., ROSS, Marcus, NELSON, Paul and CHIEN, Paul. “The Cambrian Explosion: Biology’s Big Bang”, in Darwinism, Design and Public Education, p.323-402. East Lansing. Michigan, Michigan State University Press, 2003.
b) A “complexidade irredutível”, a “funcionalidade integrada”, as máquinas e sistemas moleculares como os motores bacterianos, os circuitos de transdução de sinal de sistemas de coagulação sanguínea.
BEHE, A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro, Zahar, 1997.
c) Novos órgãos e novas estruturas morfológicas como asas, penas, olhos, ecolocalização, o ovo amniótico, a pele, sistemas nervosos e a multicelularidade.
JOHN, Bernard and MIKLOS, George L. Gabor. The Eukaryotic Genome in Development and Evolution, Boston, Allen and Unwin, 1988.
BRUSH, A. H. “On the Origin of Feathers”, Journal of Evolutionary Biology 9 (1996):131-42.
ORR, H. Allen and COYNE, Jerry A. “The Genetics of Adaptation: A Reassessment”, American Naturalist 140 (1992): 725-42.
d) Novos planos corporais.
CAMPBELL, K. S. W and MARSHALL, C. R., “Rate of Evolution”, Rates of Evolution. K. S. W. Campbell and M. R. Day, Eds., Boston, Allen and Unwin, 1987, p. 61, 66-100.
MIKLOS, George L. Gabor. “Emergence of Organizatiuonal Complexities during Metazoan Evolution: Perspectives from Molecular Biology, Paleontology and Neo-Darwinism”, Memoirs of the Association of Australasian Palaeontologists 15 (1993):7-41.
GILBERT, Scott F. et al. “Resynthesizing Evolutionary and Developmental Biology”, Developmental Biology 173 (1996):357-72.
2. Muitos mecanismos de mudança evolutiva não dependem das mutações aleatórias como exige o mecanismo neodarwinista, mas em vez disso parecem ser dirigidos por respostas pré-programadas aos estímulos ambientais.
SHAPIRO, James A. “Genome Organization, Natural Genetic Engineering and Adaptive Mutation”, Trends in Genetics 13 (1997):98-104.
_____. “Natural Genetic Engineering in Evolution”, Genetica 86 (1992):99-111.
STERNBERG, Richard von. “Genome Self-Modification and Cellular Control of Genome Reorganization”, Rivista di Biologia/Biology Forum 89 (1996): 424-53.
3. O padrão de surgimento súbito, formas transicionais em falta, e “estase” no registro fóssil – conforme visto na Explosão Cambriana, a “revolução marinha mesozóica”, o “grande desabrochar” da vida das plantas angiospermas, por exemplo – não se harmonizam com as expectativas neodarwinistas sobre a história evolutiva da vida.
GOULD, Stephen Jay. “Evolution’s Erratic Pace”, Natural History [May 1977]: 12, 14. “The extreme rarity of transitional forms in the fossil record persists as the trade secret of paleontology. The evolutionary trees that adorn our textbooks have data only at the tips and nodes of their branches; the rest is inference, however reasonable, not the evidence of fossils.”
ELDREDGE, Niles. Reinventing Darwin: The Great Debate ath the High Table of Evolutionary Theory, New York, Wiley, 1995.
RAUP, D. “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, Field Museum of Natural History Bulletin 50 (Jan. 1979): 22-29.
SCHWARTZ, Jeffrey H., “Homeobox Genes, Fossils, and the Origin of Species”, Anatomical Record 257 (1999): 15-31 [New Anat.].
4. Evidência da biologia do desenvolvimento sugere limites claros para a quantidade de mudança evolutiva que o organismo pode sofrer, lançando dúvidas sobre a teoria darwinista de ancestralidade comum, e sugerindo a razão da estase morfológica no registro fóssil.
BRADSHAW, A. D., “Genostasis and the Limits to Evolution”, Transactions Royal Society London 333 Series B (1991): 289-305.
HALL, Brian K. “Baupläne, Phylotypic Stages, and Constraint: Why There Are So Few Types of Animals”, Evolutionary Biology 29 (1996): 215-61.
KAWANO, Kazuo. “How Far Can the Neo-Darwinism Be Extended? A Consideration from the History of Higher Taxa in Coleoptera”, Rivista di Biologia/Biology Forum 91 (1998): 31-52.
5. Muitas estruturas homólogas (e até algumas proteínas) derivam de genes não-homólogos, enquanto que muitas estruturas dessemelhantes derivam de genes similares, contradizendo as expectativas neodarwinistas nos dois casos.
DE BEER, Gavin. Homology: An Unsolved Problem, London, Oxford University Press, 1971.
DENTON, Michael. Evolution: a Theory in Crisis, Bethesda, MD, Adler and Adler, 1986, p. 142-56.
GERHART, John and KIRSCHNER, Marc. Cells, Embryos, and Evolution. Malden, Mass., Blackwell Science, 1997, p. 125-46.
DAVISON, John A., “Semi-Meiosis as an Evolutionary Mechanism”, Journal of Theoretical Biology 111 (1984): 725-35.
DICKINSON, W. J., “Molecules and Morphology: Where’s the Homology?”, Trends in Genetics 11 (1995): 119-21.
GAUNT, Stephen J., “Chick Limbs, Fly Wings, and Homology at the Fringe”. Nature 386 (1997): 324-25.
WRAY, Gregory A. and ABOUHEIF, Ehab. “When is Homology Not Homology?”, Current Opinion in Genetics and Development 8 (1998): 675-80.
6. Os programas (inferidos) de desenvolvimento entre os animais metazoários do período Cambriano são dessemelhantes (ou “não conservados”), contrário às expectativas neodarwinistas.
ARTHUR, Wallace. The Origin of Animal Body Plans: A Study in Evolutionary Developmental Biology, New York, Cambridge University Press, 1997.
RAFF, Rudolf A., The Shape of Life. Chciago, University of Chicago Press, 1996.
ARENAS-MENA, César et al., “Expression of the Hox Gene Complex in the Indirect Development of a Sea Urchin”, Proceedings of the National Academy of Sciences, USA PNAS 95 (1998): 13062-67.
BOYER, Barbara C and HENRY, Jonathan Q., “Evolutionary Modifications of the Spiralian Developmental Program”, American Zoologist 38 (1998): 621-33.
BUDD, Graham E., “Does Evolution in Body Patterning Genes Drive Morphological Change – or Vice Versa?”, BioEssays 21 (1999): 326-32.
DAVIDSON, Eric H., “How Embryos Work: A Comparative View of Diverse Modes of Cell Fate Specification”, Development 108 (1990): 365-89.
GELLON, Gabriel and McGINNIS, William. “Shaping Animal Body Plans in Development and Evolution by Modulation of Hox Expression Patterns”, BioEssays 20 (1998): 116-25.
GRBIC, Miodrag et al. “Development of Polyembryonic Insects: A Major Departure from Typical Insect Embryogenesis”, Development, Genes, and Evolution 208 (1998): 69-81.
7. O código genético não tem sido comprovado como sendo “universal”, contrário às expectativas neodarwinistas baseadas na teoria do ancestral comum.
OSAWA, Syozo. Evolution of the Genetic Code, New York, Oxford University Press, 1995.
OSAWA, Syozo and JUKES, T. “Recent Evidence for Evolution of the Genetic Code”, in Evolution of Life, S. Osawa and T. Honjo, Eds., New York, Springer-Verlag, 1991, p. 79-95.
OSAWA, Syozo et al. “Recent evidence for Evolution of the Genetic Code”, Microbiological Reviews 56 (1992): 229-64.
KEELING, Patrick J. and DOOLITTLE, W. Ford. “A Non-Canonical Genetic Code in an Early diverging Eukaryotic Lineage”, Embo Journal 15 (1996): 2285-90.
_____. “Widespread and Ancient Distribution of a Noncanonical Genetic Code in Diplomonads”, Molecular Biology and Evolution 14 (1997): 895-901.
TOURANCHEAU, Anee Baroin, et al. “Genetic Code Deviations in the Ciliates: evidence for Multiple and Independent events”, Embo Journal 14 (1995): 3262-67.
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Time is money, and I have no time for trifling! especialmente fazendo agora um doutorado em História da Ciência.