Não foi só a Grande Mídia Tupiniquim (GMT) que deu destaque à descoberta da NASA de que a origem da vida pode ter ocorrido com a presença de arsênico. Alguns blogs científicos também deram destaque louvando, meio com o pé atrás, o poder da seleção natural até em nível (bio)químico:
"Resta saber se as substâncias arseno-orgânicas são realmente produzidas (biossintetizadas) por macro-organismos, ou são, na verdade, formadas por micro-organismos simbiontes. Na verdade, a notícia divulgada amplamente na mídia mostra um mau-entendimento da razão pela qual existe uma bactéria que depende de arsênico, e não de fósforo, para sobreviver. Se o ambiente em que esta bactéria surgiu como espécie apresenta uma forte deficiência em fosfato e outros sais de fósforo, e muito mais sais de arsênico, o metabolismo desta bactéria simplesmente se adaptou ao ambiente. Desta forma, tal espécie surgiu em decorrência de uma forte pressão seletiva, que a tornou capaz de sobreviver em um ambiente nutricionalmente único. A descoberta confirma, mais uma vez, que a seleção natural é inexorável, até mesmo em nível (bio)químico."
Fonte: Quiprona
Este blogger nem ficou impressionado com esta descoberta e, cético localizado que é, nem deu importância pelo estardalhaço dado pela GMT, especialmente o Jornal Nacional, da TV Globo, que no dia seguinte deu uma melhor notícia do que isso realmente significava.
Em meio aos meus colaboradores, tomei conhecimento desta crítica feita por um evolucionista:
Wolfe-Simon F, Blum JS, Kulp TR, Gordon GW, Hoeft SE, Pett-Ridge J, Stolz JF, Webb SM, Weber PK, Davies PC, Anbar AD, & Oremland RS (2010). A Bacterium That Can Grow by Using Arsenic Instead of Phosphorus. Science (New York, N.Y.) PMID: 21127214
Here's a detailed review of the new paper from NASA claiming to have isolated a bacterium that substitutes arsenic for phosphorus on its macromolecules and metabolites. (Wolfe-Simon et al. 2010,A Bacterium That Can Grow by Using Arsenic Instead of Phosphorus.) NASA's shameful analysis of the alleged bacteria in the Mars meteorite made me very suspicious of their microbiology, an attitude that's only strengthened by my reading of this paper. Basically, it doesn't present ANY convincing evidence that arsenic has been incorporated into DNA (or any other biological molecule).
What did the authors actually do? They took sediment from Mono Lake in California, a very salty and alkaline lake containing 88 mg of phosphate and 17 mg of arsenic per liter. They put the sediment into a similarly alkaline and hypersaline defined medium containing 10 mM glucose as a carbon source, 0.8 mM NH4SO4 as a nitrogen and sulfur source, and a full assortment of the vitamins and trace minerals that might be needed for bacterial growth. Although this basic medium had no added phosphate or arsenate, contamination of the ingredients caused it to contain about 3 µM phosphate (PO4) and about 0.3 µM arsenate (AsO4) as. For bacterial growth it was supplemented with arsenate or phosphate at various concentrations.
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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
Fui, nem sei por que, pensando que a ciência das origens, apesar de todo o esforço científico, e a NASA, em busca da explicação do Mysterium tremendum, ele continua Mysterium tremendum. Mas a GMT não fez nenhuma análise da pesquisa. Falta de jornalistas científicos gabaritados???
Ah, e quanto afirmar que a descoberta confirma, mais uma vez, que a seleção natural é inexorável, até mesmo em nível (bio)químico, recomendo a leitura do livro A caixa preta de Darwin, de Michael Behe, que mostra a incapacidade da seleção natural neste nível.