Aufidersen, Bye bye, Adieu, Hasta la vista, Adeus, Ahmadinejad!!!

quinta-feira, maio 07, 2009

O Brasil de Oswaldo Aranha que votou na ONU pela criação do estado de Israel deu um recado diplomático para títeres genocidas em potencial de que o Brasil respeita e defende o direito da existência de Israel e de outros povos e não vai tolerar a intolerância desses novos Hitlers de plantão!

Este blogger assinou a lista que foi enviada ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil protestando contra a visita de Ahmadinejad ao Brasil. Eu tenho orgulho disso, pois assim como Oskar Schindler e outros 'justos' que defenderam e defendem a existência deste povo, eu também quero ser nomeado um desses 'justos'. Shalom Israel!

Lula, você é o cara!!!

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Bye Bye Ahmadinejad

Tapete mágico abatido ao levantar vôo

O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad já não vem ao Brasil – percebeu que não seria bem-recebido. E não apenas pelas organizações judaicas, confissões evangélicas, religiões afro-brasileiras, bahai´s e ONGs de direitos humanos. É possível que o próprio governo brasileiro tenha induzido o governo iraniano a desistir da visita. A desculpa sobre a proximidade das eleições no Irã é esfarrapada demais para ser levada a sério.

Estamos diante de um caso extremamente importante porque voltará a colocar o Brasil favoravelmente nas primeiras páginas da imprensa mundial. Os jornalistas especializados em relações internacionais deverão esclarecer a questão nas próximas horas ou dias.
Perguntas: nossos jornalões têm especialistas dedicados em tempo integral à política externa? Há recursos, espaço e disposição para colocar profissionais acompanhando todas as áreas do Ministério das Relações Exteriores e as principais embaixadas sediadas em Brasília? Alguém monitora a imprensa internacional? Nossas redações estão aparelhadas para levar ao leitor brasileiro o que acontece no mundo além dos desastres, fofocas, modismos e banalidades?

A verdade é que o "caso Ahmadinejad" não se diferencia dos demais temas acompanhados diariamente pela mídia. A cobertura da não-visita teve as mesmas características das demais coberturas, exceto talvez a política, econômica e a futebolística: foi claudicante, errática, insuficiente.

"Desonra nacional"

O tapete mágico do tiranete persa foi abatido quando levantava vôo em Teerã. Depois da nota de protesto do governo brasileiro contra o seu discurso raivoso e intolerante na conferência da ONU sobre racismo, nossa imprensa limitou-se a cobrir as manifestações de rua contra a sua vinda ao país.

Ninguém se deu ao trabalho de informar ao distinto público que esta turnê latino-americana do dirigente iraniano resumia-se apenas a três países: a Venezuela, seu par constante, o Equador, satélite e comensal do regime bolivariano de Hugo Chávez, e o Brasil. Ninguém perguntou por que razão a Argentina foi excluída do roteiro.

Foi excluída porque as relações entre os governos de Buenos Aires e Teerã são péssimas desde que o presidente Nestor Kirchner acusou formalmente o regime iraniano como suspeito pelo horroroso atentado à sede da AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), em Buenos Aires, em 18 de julho de 1994, no qual morreram 86 pessoas e 300 ficaram feridas.

Foi então a maior ação terrorista desde o fim da Segunda Guerra Mundial, desbancada pela chacina do 11 de Setembro de 2001, em Nova York. O governo argentino chegou a exigir a prisão de oito dirigentes iranianos, inclusive do ex-presidente Rafsanjani, como co-responsáveis pelo atentado. Em 2006, o presidente Kirchner considerou como "desonra nacional" a investigação inconclusa e a impunidade dos responsáveis.

Leitura pouca

É evidente que o Irã tentou incluir Buenos Aires no roteiro do périplo, não está excluída a possibilidade de Chávez ter exercido alguma pressão para convencer a presidente Cristina Kirchner a receber o inconveniente visitante.

O que chama a atenção é a total omissão da imprensa brasileira no tocante aos desdobramentos portenhos da gorada visita de Ahmadinejad. Ao leitor-cidadão brasileiro foi sonegada uma informação de capital importância sobre um chefe de Estado considerado persona non grata pela Argentina e que, não obstante, seria recebido aqui como hóspede do governo.

Também não chegou ao conhecimento do público brasileiro a mais recente barbaridade em matéria de direitos humanos cometida pelo regime de Ahmadinejad: a execução na sexta-feira (1/5) de Delara Darabi, pintora de 22 anos condenada à pena capital quando tinha 17.

Delara confessou um latrocínio que não cometeu para inocentar o noivo, maior de idade, o culpado. O caso apaixonou o país porque ao longo desses cinco anos de prisão a jovem converteu-se numa consumada artista plástica com os seus dramáticos desenhos sobre a vida no cárcere.

A União Européia intercedeu, a Anistia Internacional entrou em ação clamando pela suspensão da pena de morte no Irã e, em 12 de abril, um dos aiatolás determinou a interrupção por dois meses da sentença condenatória. Não foi atendido: Delara foi enforcada na última sexta-feira.

Nenhuma linha na grande imprensa brasileira: início do feriadão, redações esvaziadas em regime de plantão, ninguém se mexeu – o Irã é muito longe. Nas redações brasileiras tudo é muito longe, tudo é muito remoto.

O espanhol El País publicou enorme matéria sobre a execução de Delara Darabi em sua edição de domingo (3/5, pág. 4), porém ninguém lê El País, embora seja vendido nas principais bancas do Brasil. O que menos se faz em nossas redações é ler. Exceto releases.

Nesta quarta-feira (6), Ahmadinejad seria recebido pelo presidente Lula e, ao que tudo indica, nenhum repórter brasiliense teria condições de perguntar aos anfitriões ou aos hóspedes algo a respeito desta crueldade.

Cada vez menos

O problema da nossa imprensa é este: o mundão da atualidade transforma-se em mundinho, espremido pela falta de discernimento e curiosidade da rapaziada que controla as portarias das redações.

Foi assim que no dia 1º de abril de 2009 passaram em brancas nuvens os 70 anos do fim da Guerra Civil espanhola. Foi assim que em 10 de novembro de 2007 esqueceram de lembrar os 70 anos do Estado Novo, a mãe de todas as "ditabrandas" da nossa história.

A precariedade da cobertura do "caso Ahmadinejad" não resulta de um acidente, é regra geral. Nossa imprensa não oferece à sociedade o conhecimento a que tem direito. Nem mesmo num caso transcendental como a revogação da Lei de Imprensa (ver "O comportamento ambíguo dos jornais", "A decisão, voto a voto" e "Muito além da letra da lei").

A liberdade de expressão e o acesso à informação – aparentemente garantidos – estão sendo continuamente desperdiçados pela deficiência do sistema que deveria alimentá-los. O brasileiro sabe cada vez menos e exige cada vez menos dos seus veículos de comunicação. E assim viverá feliz para sempre.

Escrito por: Alberto Dines. Publicado: Observatório da Imprensa
Publicado no site em: 06/05/2009
Republicado aqui.

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Celso Amorim Levou O Brasil A Ser Esnobado Por Um Marginal




Pouco importa o motivo alegado pelo Itamaraty para explicar o cancelamento ou adiamento da visita de Mahmud Ahmadinejad, a verdade é que o Brasil, vejam só!, pagou um mico ao convidar um bandoleiro para visitar o país e outro ao ser esnobado por ele. Já está virando uma tradição na gestão deste impressionante Celso Amorim: só aceitamos ser destratados por governos de segunda linha. Esses maloqueiros internacionais pintam e bordam com a nossa "generosidade". Em matéria de ditadores de Terceiro Mundo e assemelhados, não tem pra ninguém: ninguém, como o Brasil, oferece tão gostosamente o traseiro para ser chutado. Já agüentamos birra de Evo Morales, Hugo Chávez, Rafael Corrêa, Fernando Lugo e Ahmadinejad. Com os argentinos, vocês sabem, é a água de sempre: eles impõem as tarifas que bem entendem aos produtos brasileiros. E o governo Lula sempre reage com aquela frieza supostamente imperial. Como já escrevi aqui, Amorim lidera uma espécie de revolução conceitual em matéria de imperialismo: com ele, o império perde sempre.

Amorim é certamente o ministro mais patético de Lula, embora conte com um lobby considerável na imprensa. Tem até uma espécie de colunista particular, que sempre recita, em suas colunas, como se fosse apuração suada, as verdades oficiais do Itamaraty. É de dar nojo. E, no entanto, as grandes virtudes que o Lula da diplomacia chama para si não têm qualquer relação com a política externa. Derivaram do crescimento da economia mundial, que beneficiou também o país. A regra do Itamaraty é ser arrogante com os grandes e humilhado pelos pequenos, com uma única exceção, em que fomos trapaceados por um gigante: a China conseguiu arrancar do Brasil o estatuto de “economia de mercado” e prometeu, em troca, apoiar a ampliação do Conselho de Segurança da ONU para abrigar o Brasil. Com o reconhecimento debaixo do braço, deu uma solene banana ao Apedeuta e seus gênios da política externa e vetou a ampliação do conselho. Desculpa: o Japão também seria candidato à vaga, e isso os chineses não poderiam aceitar. Ocorre que o Japão era, vá lá, pré-candidato desde sempre. Os chineses deram um truque nos macunaímas assanhados. O desempenho do Brasil no mercado externo nada tem a ver com Amorim — de resto, a participação do país no comércio internacional é da ordem de 1.1% faz dez anos: vendeu mais em dólares quando o mundo crescia e passou a vender menos quando o mundo se retraiu. Simples. Abaixo, listo uma série de insucessos do Itamaraty em questões que realmente diziam respeito à diplomacia. Acompanhem:

NOME PARA A OMC

- Amorim tentou emplacar Luís Felipe de Seixas Corrêa na Organização Mundial do Comércio em 2005. Perdeu. Sabem qual foi o único país latino-americano que votou no Brasil? O Panamá!!!

NOME PARA O BID

- Também em 2005, o Brasil tentou emplacar João Sayad na presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Deu errado outra vez. Dos nove membros, só quatro votaram no Brasil — do Mercosul, apenas um: a Argentina.
ONU
- O Brasil tenta, como obsessão, a ampliação (e uma vaga permanente) do Conselho de Segurança da ONU. Quem não quer? Parte da resistência ativa à pretensão está justamente no continente: México, Argentina e, por motivos óbvios e justificados, a Colômbia.

DITADURAS ÁRABES

- Sob o reinado dos trapalhões do Itamaraty, Lula fez um périplo pelas ditaduras árabes do Oriente Médio. O Babalorixá deixou de visitar a única democracia da região: Israel.

CÚPULA DE ANÕES

- Em maio de 2005, no extremo da ridicularia, o Brasil realizou a cúpula América do Sul-Países Árabes. Era Lula estreando como rival de George W. Bush, se é que vocês me entendem. Falando a um bando de ditadores, alguns deles financiadores do terrorismo, o Apedeuta celebrou o exercício de democracia e de tolerância...

ISRAEL E SUDÃO

- A política externa brasileira tem sido de um ridículo sem fim. Em 2006, país votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas, no ano anterior, negara-se a condenar o governo do Sudão por proteger uma milícia genocida, que praticou os massacres de Darfur. Por que o Brasil quer tanto uma vaga no Conselho de Segurança da ONU? Que senso tão atilado de justiça exibe para fazer tal pleito?

FARC

O Brasil, na prática, declara a sua neutralidade na luta entre o governo constitucional da Colômbia e os terroristas da Farc. Já escrevi muito a respeito do assunto.

RODADA DOHA

O Itamaraty fez o Brasil apostar tudo na Rodada Doha, que foi para o vinagre. Quando viu tudo desmoronar, Amorim não teve dúvida: atacou os Estados Unidos.

Agora, o gigante da diplomacia está empenhado em presidir a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fiscaliza o uso pacífico (ou não) da energia nuclear mundo afora. Ahmadinejad por aqui era uma espécie de cabo eleitoral de Amorim. Trata-se daquele senhor empenhado em fazer a bomba atômica, que nega o Holocausto e que fala abertamente na destruição total de Israel.

Eis o competente Celso Amorim. AIEA? Penso que deveria se candidatar àqueles concursos de lançamento de anões — se é que ainda não foram proibidos.


Escrito por: Reinaldo Azevedo. Publicado: Blog do Reinaldo, na Veja Online
Publicado no site em: 06/05/2009
Republicado aqui.

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Por Um Triz


A diplomacia brasileira escapou de escrever amanhã uma página que seria vergonhosa para a sua história. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estivesse apertando a mão do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, estaria emprestando a sua honradez a um regime manchado de sangue: uma teocracia sanguinária que mantém o seu próprio povo sob controle atroz, proibindo o dissenso político, perseguindo mulheres, liderando as estatísticas de condenação à morte de menores, enforcando homossexuais, impondo regras a partir de uma interpretação radical e anacrônica do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Nenhum pragmatismo econômico justificaria acolher um líder de um regime assim. Não haveria relativismo cultural capaz de explicar a condescendência do governo brasileiro, caso a visita não tivesse sido cancelada pelo Irã: a democracia e o respeito aos direitos humanos são valores universais e absolutos, e, portanto, sua defesa deve nortear sempre a nossa política externa.

O princípio de que devemos respeitar o modelo de vida que cada povo escolhe para si só se aplica aos povos que podem escolher democraticamente o seu modelo de vida. Isso não existe no Irã, onde tudo é determinado, não pelo Alcorão, mas pela interpretação ensandecida que um grupo de clérigos faz dele. Só isso já bastaria para que o Brasil considerasse indesejável a visita de Ahmadinejad, o que, aparentemente, não aconteceu, já que foi o iraniano que não quis vir. Mas há mais: aceitar em nosso país o chefe de governo de um país que nega o Holocausto, defende a extinção de Israel e é acusado de financiar grupos terroristas com este fim seria um tapa na cara não somente da comunidade judaica brasileira, mas de todos os democratas brasileiros, judeus, cristãos, muçulmanos, adeptos de outras religiões ou ateus.

Um erro, que não traria benefícios nem ao Brasil nem ao mundo. Alguns defendem a esdrúxula ideia de que isolar o Irã não resolve: a atitude correta seria incluí-lo na comunidade internacional, para que, assim, o país abandone as práticas que o mundo democrático condena. Que sentido faz isso? O mundo não deve aceitar o Irã para que ele abandone as suas práticas condenáveis; é o Irã que deve abandonar as suas práticas condenáveis para ser aceito pela comunidade internacional. A História nos dá essa lição. Para apaziguar Hitler, Reino Unido e França aceitaram em 1938 ceder à Alemanha os sudetos, territórios tchecos povoados por pessoas cuja língua era o alemão, na esperança de que, assim, não haveria guerra. E o que se viu é que nada deteve Hitler, que, poucos meses depois, invadiu a Polônia, dando início à II Guerra Mundial e provocando a morte de milhões de inocentes, entre eles seis milhões de judeus europeus. Acolher Ahmadinejad na suposição de que ele mude o comportamento do seu país graças ao convívio civilizado com as nações tem a mesma lógica. Apenas dará um sinal ao Irã: o país pode seguir oprimindo o próprio povo e adotar uma retórica antissemita, pois nações democráticas, honradas e responsáveis, como o Brasil, dão de ombros para isso.

Ahmadinejad, no fundo, é apenas uma marionete nas mãos dos aiatolás iranianos, pois quem manda no país é Ali Khamenei, cujo cargo, vitalício, diz tudo: líder supremo. Ele é o comandante em chefe das Forças Armadas, controla os serviços secretos e de segurança, nomeia o chefe do Judiciário e é o único com poder de decretar guerra ou paz. É ele também quem diz quem pode e quem não pode concorrer a todos os cargos, em todas as eleições, e o que podem ou não podem fazer os eleitos. Não importa, porém, que a estatura de Ahmadinejad seja tão baixa: de todo modo, ele é a face do regime para o mundo. Apertar a sua mão seria fechar os olhos para os horrores que acontecem naquele país. Desde que tomou posse em 2005, o presidente iraniano levou a cabo uma radicalização desejada pelos aiatolás, e, sob o seu governo, a decretação da pena de morte, em processos judiciais opacos, teve um salto de 300%: foram 86 em 2005 e, em 2007, pularam para 3 1 7 . Apenas em um só dia, 27/07/2008, 29 pessoas foram mortas, mas o governo só liberou informações sobre 10. O Irã lidera as execuções de menores (a pena é executada somente quando o menor completa 18 anos, o que não é atenuante): em 2005, 16 jovens foram mortos, enquanto 130 aguardavam no corredor da morte. Ano passado, chegou-se a divulgar que a pena capital não poderia mais ser imposta a menores, mas a informação não se confirmou, pois quando o crime é homicídio a pena de morte continua válida. Embora oficialmente o apedrejamento de mulheres esteja suspenso desde 2002, entidades ligadas aos direitos humanos garantem que as mortes continuam, clandestinamente. Os homossexuais sofrem opressão horrenda e também são mortos impiedosamente.

Recentemente, a diplomacia brasileira constrangeu o presidente Lula ao não evitar que, no banquete oficial da reunião da Cúpula Árabe, ele fosse colocado ao lado do ditador do Sudão, acusado de genocídio pela Corte Criminal de Haia. Ao ver o que o esperava, Lula deu uma desculpa qualquer e simplesmente não almoçou. Desta vez, seríamos nós os constrangidos. E, infelizmente, aos olhos do mundo, não teríamos condições de adotar o mesmo expediente de Lula. Amanhã, seria um dia de vergonha para todos nós. Tomara que ele tenha sido evitado definitivamente.

Escrito por: Ali Kamel, jornalista. Publicado: O Globo
Publicado no site em: 06/05/2009
Republicado aqui.

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Menos Uma Saia Justa Para Lula



O presidente Lula já teve de sair de fininho para não ter de dividir a mesma sala com um notório criminoso de guerra, o presidente do Sudão. O ímpeto diplomático do atual governo e seu desejo muitas vezes pueril de demonstrar importância geopolítica acabam por criar situações embaraçosas como essa. Ou como a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil – um erro de cálculo brutal de Brasília.

Ahmadinejad é um negacionista do Holocausto e um sujeito que não se incomoda de liderar a turma dos racistas que acham que Israel, Estado reconhecido pela ONU, deve deixar de existir. Era esse camarada que seria recebido por Lula em Brasília nesta quarta-feira. Seria, porque Ahmadinejad mandou avisar que não vem.
Os motivos são ainda obscuros – como é obscuro tudo o que vem do governo fundamentalista iraniano. No entanto, é lícito supor que Ahmadinejad tenha ficado incomodado com a postura brasileira de criticá-lo pelas barbaridades anti-semitas que pronunciou em reunião da ONU sobre o racismo. Ahmadinejad queria apoio total do Brasil em sua gestão anti-Ocidente e anti-Israel, preço que nem a desastrada diplomacia brasileira para o Oriente Médio poderia pagar.

Ainda assim, surpreende que Ahmadinejad tenha recuado. Sua visita ao Brasil só seria útil para ele, como forma de romper o crescente isolamento internacional.

Seja como for, o cano de Ahmadinejad foi uma sorte danada para o Brasil, ainda que talvez Lula não tenha se dado conta disso.

Escrito por: Marcos Guterman, editor do Estadão Online. Publicado: Blog do Guterman
Publicado no site em: 06/05/2009
Republicado aqui.