Por que Darwin estava errado sobre a Árvore da Vida?

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Será que Darwin, o homem que teve a maior idéia que toda a humanidade já teve, estava errado sobre a Árvore da Vida?

Ao contrário do que é pontificado pela Nomenklatura científica, eu afirmei e afirmo neste blog: Darwin acertou no varejo [microevolução] e errou no atacado [macroevolução].

Ao contrário do mantra de Dobzhansky, aqui neste blog nada em biologia faz sentido a não ser à luz das evidências.

Ao contrário do dogma defendido com unhas e dentes, especialmente pela Galera dos meninos e meninas de Darwin, a Árvore da Vida de Darwin está mais para gramado.

QED: Darwin estava errado sobre a descendência com modificação!

E vocês pensam que isso é novidade no meio da comunidade científica? Necas de pitibiribas! Há muito tempo que eles sabem que Darwin está nu epistemicamente no contexto de justificação teórica, mas isso não chega aos alunos e aos leigos não especializados. Nem sequer aparece nos livros didáticos aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM. Por que? Porque Darwin é tutti cosa nostra, capice?

Como Darwin está sendo homenageado do jeito que já foi outrora: todo mundo louvaminha, beija-mão, beija-pé de Darwin, mas depois desce o cacete nele, avec elegance é claro. É o que já fez a revista New Scientist com a sua edição especial “Darwin was wrong” [Darwin estava errado].

Eu não sei se isso ocorrerá nas demais romarias, oops, celebrações, mas é um padrão que nitidamente se percebe nas celebrações de 1909 e 1959. E ainda por cima vem por aí uma nova teoria da evolução — a tal de Síntese Evolutiva Ampliada que, dizem as más línguas e a turma perversa do Design Inteligente, não será selecionista [eu acho que ainda será, mas a maior idéia que toda a humanidade já teve, terá um papel secundário, e não tão mais importante como julgou Darwin].

Eu já destaquei este artigo, mas destaco novamente neste blog para reforçar a tese de que Darwin errou, e errou feio no que diz respeito à Árvore da Vida.

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Hypothesis
Universal Genome in the Origin of Metazoa
Thoughts About Evolution

Michael Sherman
Correspondence to: Michael Sherman; Department of Biochemistry; Boston University Medical School; 715 Albany St.; Boston, Massachusetts 02118 USA; Tel.: 617.638.5971; Fax: 617.638.5339; Email: sherma1@bu.edu

Original manuscript submitted: 04/05/07
Manuscript accepted: 06/06/07

Previously published online as a Cell Cycle E-publication

Key words
evolution, Darwinism, genome, development

Abstract

Recent advances in paleontology, genome analysis, genetics and embryology raise a number of questions about the origin of Animal Kingdom. These questions include:(1) seemingly simultaneous appearance of diverse Metazoan phyla in Cambrian period, (2) similarities of genomes among Metazoan phyla of diverse complexity, (3) seemingly excessive complexity of genomes of lower taxons and (4) similar genetic switches of functionally similar but non-homologous developmental programs. Here I propose an experimentally testable hypothesis of Universal Genome that addresses these questions. According to this model, (a) the Universal Genome that encodes all major developmental programs essential for various phyla of Metazoa emerged in a unicellular or a primitive multicellular organism shortly before the Cambrian period; (b) The Metazoan phyla, all having similar genomes, are nonetheless so distinct because they utilize specific combi¬nations of developmental programs. This model has two major predictions, first that a significant fraction of genetic information in lower taxons must be functionally useless but becomes useful in higher taxons, and second that one should be able to turn on in lower taxons some of the complex latent developmental programs, e.g., a program of eye development or antibody synthesis in sea urchin. An example of natural turning on of a complex latent program in a lower taxon is discussed.

PDF gratuito aqui.

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Fui, nem sei por que, mas pensando que o machado epistêmico já foi posto à raiz da Árvore da Vida de Darwin, e o que é que a Nomenklatura científica vai colocar no lugar? Um conglomerado de LUCAS? Tem alguma coisa pra colocar? Sei lá, mas alguma coisa eles vão ter que colocar no lugar, pois a ciência abomina o vácuo epistêmico! especialmente no contexto de justificação teórica...