David Berlinski, Ph. D. em matemática pela Princeton University, judeu, agnóstico, “bon-vivant”, reside atualmente em Paris, França, faz parte do Design Inteligente. Berlinski é um crítico cáustico dos neo-ateus pós-modernos, fundamentalistas, chiques e perfumados à la Dawkins, bem como outros darwinistas fundamentalistas [Obrigado, Stephen Jay Gould por esta pérola lingüística que descreve tão bem alguns desses discípulos de Darwin].
Ainda há pouco li algo do Berlinski sobre como os biólogos realmente consideram Darwin. Ele parece discordar de minha opinião de que há muita louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin por parte da Nomenklatura científica. Eis o que ele escreveu:
“Eles (os biólogos) de certo modo consideram a teoria de Darwin como um tio velhinho convidado para um jantar da família. O velho menino não tem cabelo, não tem dentes, está surdo, e freqüentemente fala muita bobagem. À mesa, ao se dirigir até aos membros mais velhos como ‘Filhinho’, ele está desmedidamente desejoso em contar a mesma estória muitas vezes. Mas ele é da família. O que é que você pode fazer?”
Gente, isso me fez lembrar uma conversa que tive com uma brilhante aluna que tive no ensino médio, sobre uma iminente ruptura paradigmática em biologia evolutiva. Ela fez mestrado em Biologia na USP, e me respondeu: “Mestre, nós não damos mais importância a Darwin”.
Catatau, gente! Na ocasião, surpreso e de queixo caído, eu fiquei sem entender nada. Hoje, lendo Berlinski, entendo melhor a resposta desta aluna. Lamentavelmente, ela não aceitou minha recomendação para fazer um doutorado em Biologia na USP.
Louvaminhice, beija-mão, beija-pé de Darwin, é só pra inglês ver [eu não pude resistir...]. é só da boca pra fora???
Fui, não sei por que, cantando “Singing in the rain...” com Gene Kelly
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1. “They (biologists) rather regard Darwin’s theory as an elderly uncle invited to a family dinner. The old boy has no hair, he has no teeth, he is hard of hearing, and he often drools. Addressing even senior members at the table as Sonny, he is inordinately eager to tell the same story over and over again. But he’s family. What can you do?”