“A Exposição [Darwin] trata a Revolução Darwiniana como um único processo datando-a da publicação do “Origem das Espécies” até hoje. A idéia implícita é que a ciência se move sempre para frente numa linha contínua de acumulação de evidência. Mas, quando aquela idéia é testada contra a prática observada, a linha direta se transforma numa paisagem linear de formas exóticas, com numerosos becos sem saídas e batalhas dramáticas, cuja direção em qualquer ponto no tempo é contestada.” [1]
Por ocasião da “Exposição Darwin” no MASP, aqui neste blog destacamos vários erros e omissões históricas daquela exposição. O pior de tudo é que o Instituto Sangari, promotor do evento, foi notificado e nada fez. Nem respondeu o e-mail deste blogger denunciando esses fatos. O pior de tudo mesmo é que a Nomenklatura científica e a Grande Mídia Tupiniquim ficaram em silêncio mais do que compreensível: eles foram apanhados com a mão na cumbuca. Descompasso com a verdade histórica: traduzindo em graúdos — desonestidade acadêmica, falta de jornalismo objetivo.
Ah, mas o que é uma mentira aqui, outra ali, a favor de Darwin, o homem que teve a maior idéia que a humanidade já teve, nunca é demais. O que é uma fraude aqui, outra ali, para corroborar o fato da teoria geral da evolução, o fato, Fato, FATO da evolução, não é mesmo? Mas, sendo Darwin, tudo vale. Tutti cosa nostra, capice?
Naquela ocasião eu não declinei o nome do autor, Hiram Caton (Griffith University, Austrália) porque ele estava tentando publicar seu artigo numa publicação científica. Como já publicou, aqui vai o link para você baixar gratuitamente o PDF do artigo. E mostrar para seus professores de Biologia.
Gente, ciência e mentira não podem andar de mãos dadas, mas a Nomenklatura científica e a Grande Mídia Tupiniquim nem sequer ficaram ruborizadas e envergonhadas com esse ‘descompasso com a verdade’.
Mentes cauterizadas, embotadas, alienadas e inimigas da verdade objetiva.
NOTA
1. CATON, Hiram, “Getting Our History Right: Six Errors about Darwin and His Influence”, Evolutionary Psychology 2007. “The [Darwin] Exhibition treats the Darwinian Revolution as a single process dating from the Origin’s publication until today. The implicit idea is that science moves ever forward in a continuous line of accumulating evidence. But when that idea is tested against observed practice, the straight line transforms into a non-linear landscape of exotic shapes, with numerous dead ends and dramatic battles, whose direction at any point in time is contested.”