Pizza britânica: reaquecida e servida no Taco
por Henrique Dmyterko em 15 de julho de 2010 Opinião - Ambientalismo
Durante anos, a mídia catastrofista fez o que pôde para disseminar a fraude do AGA (Aquecimento Global Antropogênico), tendo como principal base de “argumentação” o infame Taco de Hóquei, um gráfico propositadamente distorcido via manipulação de um modelo computacional criado por Michael Mann e que se tornou o documento “científico” talvez mais refutado da história da ciência. Essa era a “ciência” de Al Gore,Maurice Strong, Rajendra Pachauri, IPCC & Cia.
Mesmo refutado várias vezes (especialmente pela dupla canadense McIntyre e McKitrick), Mann continuou com suas tacadas em parceria com vários ostentadores de flamejantes títulos acadêmicos ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos e Inglaterra. Todavia, para grande parte da mídia engajada anglo-americana, i.e., CNN, BBC, New York Times, Washington Post, The Guardian e The Independent, os claros indícios de manipulação, a ocultação de dados e a fortíssima pressão sobre os céticos que ousaram ir contra a maré, nada significavam. Além do antigo comprometimento com as políticas verdes, por que dar destaque à verdade quando a mentira parecia vender tão bem?
Mas, quase no final de novembro de 2009, veio o escândalo que não pôde mais ser ocultado: o vazamentos dos emails da CRU (Climatic Research Unit) da Universidade de East Anglia. Tais emails revelaram uma intensa e antiga relação entre Phil Jones (diretor do CRU) na Inglaterra e Michael Mann, nos Estados Unidos. São milhares de emails e em vários deles há a inequívoca marca da má-fé, da manipulação e da pseudociência. Veja um deles:
Em dezembro de 2009, veio o fiasco da COP-15 em Copenhague, devido em parte a esse escândalo, mas também ao fato de que lá o jogo era saber como repartir o bolo do ainda mais absurdo comércio de créditos de carbono. Nem assim a mídia engajada perdeu a pose e logo passou a relatar, ainda que muito moderadamente, as “dúvidas” sobre o AGA. No Brasil, a poderosa Veja não se fez de rogada: mesmo mantendo o que publicara na onda catastrofista, tentou sair de fininho com um artiguinho mixuruca, reconhecendo que: “[M]uitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões”.
Na Inglaterra e Estados Unidos, vários grupos, instituições e cientistas entraram com ações judiciais contra a direção do CRU, da NASA e quem mais devesse dar explicações. A bucha do balão aquecimentista parecia estar ficando sem combustível. Mas havia um tanquinho de reserva: um inquérito “independente” (o terceiro e final), conduzido por Sir Muir Russel, resultou na absolvição dos cientistas envolvidos no Climategate, especialmente o Dr. Phil Jones, pivô do escândalo.
Phil Jones. Muita vergonha, ou nenhuma?
No dia 07/07, o jornal de esquerda britânico The Guardian voltou a sorrir quando deu destaque à recondução de Phil Jones ao seu antigo cargo. Afinal, Sir Muir declarou em seu relatório que os cientistas do CRU agiram com “rigor e honestidade”, criticando apenas a pouca transparência da instituição. No dia seguinte, 08/07, mais fanfarra em editorial dos guardiões verdes: “Climate change: The science stands. Nothing about the so-called Climategate affair challenges the fact that climate change is real, urgent and increasing”. [“Mudança Climática: A ciência se sustenta”. Nada a respeito do chamado escândalo Climategate desafia o fato de que a mudança climática é real, urgente e crescente”].
Caso encerrado? Ainda não. Alguns detalhes merecem atenção:
- Sir Muir Russell não é exatamente independente: ele é um civil servant, um funcionário do governo britânico, e este, além de manter uma já enorme burocracia devotada à fraude (com direito a Ministério de Mudanças Climáticas!), já recolhe uma montanha de impostos para subsidiar a ineficiente e caríssima geração de “energia limpa”. Até mesmo a ultra verde Alemanha, e também a França, desistiram desses subsídios, mas os britânicos parecem ser mesmo mais apegados aos hábitos.
- O Guardian, no afã de reabilitar sua posição de guardião do planeta, se “esqueceu” de mencionar que, em 26/05, os Professores Ray Bradley, Malcolm K. Hughes, Michael Oppenheimer, Benjamin Santer (do NASA GODDARD INSTITUTE) e, ora vejam só, Michael E. Mann, enviaram uma carta (leia a íntegra aqui, em PDF) a Sir Muir, expressando “graves preocupações” e fazendo sugestões específicas quanto às conclusões desejáveis no relatório ainda por concluir, tudo num estilo “morde e assopra”, típico de Michael Mann, que mistura lisonjas, chantagens e bazófias.
Aparentemente, o arrogante time de hóquei de Mann encomendou e recebeu mais uma pizza. De fato, conseguiram mais tempo para livrar a cara. Leia mais sobre essa última farsa aqui, em artigo de James Delingpole.
Quanto ao pobre Dr. Phil Jones, que ficou tão deprimido com o escândalo a ponto de ter pensado em suicídio, não posso dizer se esse pensamento foi fruto da vergonha ou da falta dela.
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Fonte: Midia@Mais
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