Que que é isso companheiro Lula? O Oswaldo Aranha votou na ONU pela criação do Estado de Israel, mas o seu governo tem um Ministro das Relações Exteriores que já deveria ter recebido uma sapatada na cara desde a não realizada vinda de Ahmadinejad, um genocida em potencial: vai votar contra a candidatura de brasileiros ao cargo importante de Diretor Geral da UNESCO a favor de outro genocida em potencial: Farouk Osni.
Companheiro Lula, o que é o Egito no cenário mundial? Um caniço de quebra fumegante. Companheiro Lula, você que o Barack Obama disse que é o cara, eu não lutei por um Brasil de liberdade, fraternidade e igualdade assim.
Eu acho que vou voltar a ser guerrilheiro...
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Sai Uma Bomba Vem Outra: Governo Do Brasil Contra Brasileiros
É impressionante. Não há sossego. É uma surpresa depois da outra. Não dá mais para entender o que norteia o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Após defender a visita e tomar um cano do ditador iraniano, agora é a vez da nossa chancelaria apoiar um ex-ministro da cultura egípcio, o polêmico Farouk Hosni, que têm diversas declarações antissemitas em seu currículo ( entre elas a de prometer queimar livros em hebraico no meio da rua) na eleição ao cargo de diretor geral da Unesco. Isto, contra dois brasileiros, um deles favorito e apoiado por grande parte da Europa e EUA.
O assunto que merece ampla divulgação, por enquanto só repercutiu no Globo, Veja On Line e veículos judaicos.
O Globo destaca em sua matéria a respeito, intitulada, "Unesco: Brasil apoia egípcio polêmico contra brasileiros":
Mesmo com dois brasileiros no páreo, o Brasil apoiará oficialmente o egípcio Farouk Hosni para o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foram preteridos o diretor-adjunto da Unesco, Marcio Barbosa - com grandes chances de ganhar a eleição, prevista para setembro -, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
A opção por Hosni foi confirmada ontem pelo Itamaraty, que, na avaliação de aliados do governo, estaria desagradando não apenas à comunidade científica nacional, mas a parceiros importantes, como EUA, Rússia, México, Argentina, França, Índia e China, que já teriam declarado apoio ao brasileiro Barbosa. Os EUA, recentemente, vetaram o nome do Hosni, devido a seu discurso antissemita. Os franceses, que antes haviam escolhido o egípcio, retiraram seu apoio.
Barbosa ajudou a levar EUA de volta à Unesco
Ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Barbosa conta com mais de 20 votos. Segundo funcionários do governo e parlamentares que acompanham sua trajetória, um de seus méritos foi levar de volta à Unesco, junto com o atual diretor-geral do organismo, o japonês Koichiro Matsuura, os EUA, afastados desde meados da década de 80.
Barbosa e Cristovam foram avisados da decisão pelo próprio chanceler Celso Amorim, semana passada. Um dos argumentos, relatou o senador, foi que o Brasil vem procurando manter boas relações com países árabes. O apoio a Hosni seria fundamental nessa estratégia.
- Minha candidatura só teria chance se contasse com o apoio direto do presidente Lula e do ministro Amorim. Mas o Márcio (Barbosa) fez uma grande campanha no mundo inteiro - afirmou Cristovam.
Para o senador, a direção-geral da Unesco seria natural para o Brasil, graças a experiências como o Bolsa Família e a exploração de alternativas energéticas - caso do etanol. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), criticou: “ Lamento o Itamaraty ter tomado essa decisão. Havia chances reais de o Brasil dirigir um órgão da importância da Unesco. O governo deveria apoiar um dos brasileiros”.
Segundo fontes do governo, alguns fatores pesaram na decisão de apoiar Hosni, todos permeados pela necessidade de fortalecer relações com o mundo árabe. Entre eles, a maior participação do Brasil no processo de paz no Oriente Médio e o aval da região à candidatura do país a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Já Lauro Jardim destaca na Veja On Line, no texto, "O polêmico Hosni vem aí":
O polêmico candidato do Brasil ao cargo de diretor-geral da Unesco, o egípcio Farouk Hosni, desembarca no Rio de Janeiro no dia 20. Hosni, ex-ministro da Cultura do Egito, participará de um encontro de ministros e ex-ministros da área cultural de países sul-americanos e árabes.
Hosni é um homem de cultura com pendores um tanto exóticos em relação à literatura: quando ministro, declarou que estaria disposto a "queimar livros em hebraico, se os encontrasse em bibliotecas do seu ministério".
Certamente, sua presença por aqui vai reascender a polêmica em torno de sua indicação.
Os lobbies pelo brasileiro Márcio Barbosa, atual diretor-geral adjunto da própria Unesco, estavam fortes até a semana passada, quando o Brasil oficializou ao governo egípcio o apoio. Para se ter uma idéia, uma turma poderosa, que ia de José Sarney a José Alencar, pediu por Barbosa, um candidato sem arestas, mas também sem a simpatia de Celso Amorim.
Mais Uma Barberagem Do Ministério Das Relações Exteriores?
O jornal Haaretz de Israel de quase um ano atrás, dia 14 de maiod e 2008, trazia reportagem sobre os "feitos" polêmicos de Farouk Hosni, e destacava:
Hosni é considerado um dos líderes mais fortes dentro do governo egípcio a se opor contra a normalização de relações com Israel. No passado, ele acusou Israel de tentar "roubar a cultura egípcia", e ele sempre veementemente se opôs a qualquer tipo de colaboração com Israel.
Mais ainda, ele se opôs a inicitiva apresentada pelo Comitê Judiaco Americano de estabelecer um museu de cultura e antiguidades judaicas no Cairo.
É este o homem ideal para ser diretor geral do orgão da ONU responsável pela ciência e cultura?
É bom lembrar que o passado mostra que quem se propõe a queimar livros em primeira instância, termina no final por queimar seres humanos
O que o Brasil ganharia com essa estratégia? A possibilidade de disputar outra posição em organismos multilaterais, tendo, por seu turno, o apoio dos árabes? Reafirmar um alinhamento ideológico que associa árabes e palestinos a oprimidos, em contraposição ao mundo capitalista e ao imperialismo?
O Brasil tem um histórico recente de candidaturas internacionais que não prosperam e parece ser a hora de se alcançar um cargo internacional importante no governo Lula.
Apoiando o candidato egípcio, o Brasil, além de não prestigiar seu principal funcionário em organizações internacionais com chances reais de tornar-se diretor-geral, estará apoiando um candidato que tem tudo para dividir novamente a Unesco, revertendo todo o esforço de recuperação feito pelo atual DG, Matsuura, em particular no que toca à volta dos EUA à organização. Será um sinal extremamente perigoso à comunidade internacional, depois do que ocorreu na Conferência pós-Durban de Genebra, apoiar um candidato com posições polêmicas em relação à delicada questão do Oriente Médio. O Brasil não ganha absolutamente nada com esse apoio, pelo contrário, irá ocupar uma posição frontal e desgastante, sem nenhum retorno do ponto de vista do interesse nacional. Fazer isso em detrimento de um excelente candidato brasileiro, é, portanto, duplamente equivocado e inoportuno.
Fonte.