Revistas na aula de química

quarta-feira, junho 02, 2010

2/6/2010

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – Ao lado de livros didáticos e de materiais de laboratório, revistas e publicações de divulgação científica podem ser uma ferramenta importante para o aprendizado de química no ensino médio.

A afirmação é de Luciana Nobre de Abreu Ferreira, que apresentou conclusões preliminares de seu trabalho de doutorado, conduzido no Instituto de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na 33ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, realizada de 28 a 31 de maio em Águas de Lindoia.


Estudo analisa papel no ensino de química da divulgação científica feita por meio de textos jornalísticos

Na apresentação oral “Textos de divulgação científica como recursos didáticos”, Luciana contou sua experiência de incentivar graduandos em licenciatura em química a utilizar textos de revistas nas aulas de estágio. Sua pesquisa tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Bolsa de Doutorado.

A estudante selecionou exemplares da revista Ciência Hoje, vinculada à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), publicados de 2004 a 2008 e com temas associados à química.

“Como encontramos muitos textos, cerca de 230, resolvemos utilizar somente as reportagens de capa relacionadas à química”, disse Luciana à Agência FAPESP. Com a nova triagem, restaram 29 matérias jornalísticas a serem levadas às salas de aula.

Os textos foram analisados segundo o campo teórico da análise do discurso e algumas características chamaram a atenção da pesquisadora. “Eles continham informações científicas, elementos do cotidiano dos alunos e muitas vezes características didáticas que ajudavam a complementar o livro didático”, indicou.

Segundo Luciana, uma das grandes vantagens dos textos jornalísticos de divulgação científica é a contextualização dos temas que não são vistos isoladamente, mas relacionados a uma questão que faz parte da vida do aluno.

Essas características foram verificadas pela doutoranda em revistas como Galileu, Superinteressante e Pesquisa FAPESP.

Para Luciana, além de ter linguagem acessível aos estudantes, essas publicações especializadas e sessões científicas de jornais colocam a ciência em um patamar mais próximo do aluno, algo que o livro didático muitas vezes não traz.

“Os textos jornalísticos mostram aos alunos que a ciência é feita por pessoas do mesmo nível que eles, diferentemente dos livros, que apresentam muitas vezes a matéria com certa autoridade, sugerindo algo que eles não vão poder alcançar facilmente”, ponderou.

No entanto, o estudo também apontou que o uso dos textos jornalísticos só é eficaz com a participação ativa do professor na escolha e na preparação das matérias antes de levá-las às aulas.

A espetacularização da ciência, dados incompletos e até incorreções conceituais são alguns problemas dos jornais e revistas que o professor deve detectar e debater com os alunos na sala de aula.

“É papel do professor aumentar os benefícios e minimizar esses problemas”, afirmou Luciana. Na próxima etapa da pesquisa, ela pretende auxiliar os futuros professores a lidar com os textos jornalísticos e prepará-los para a sala de aula.

Na última etapa, o grupo de graduandos em química será convidado a escolher alguns dos 29 textos pré-selecionados de Ciência Hoje para utilizar nas aulas que serão filmadas e analisadas.

Luciana estima que levar revistas para a escola facilita o aprendizado. “Os textos de divulgação científica apresentam características multidisciplinares, abrangentes e que contextualizam o assunto. Tudo isso é recomendado pelas diretrizes curriculares”, disse.

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NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:

O mesmo pode ser feito com a Biologia, especialmente a abordagem da teoria geral da evolução que é contemplada de forma enviesada nos livros didáticos aprovados pelo MEC/SEMTEC/PNLEM com duas fraudes e algumas evidências científicas distorcidas a favor do fato, Fato, FATO da evolução. 

Além disso, já que está em pleno curso de revisão ou simples descarte da Síntese Evolutiva Moderna, nossos alunos pouco serão auxiliados aqui pelas revistas, pois quando a questão é Darwin, a Grande Mídia vive uma relação incestuosa com a Nomenklatura científica, e nada publica sobre a questão sonegando as informações científicas dos leitores, e dos alunos que nada sabem a respeito da fragilidade epistêmica da atual teoria geral da evolução no contexto de justificação teórica. 

Gente, a nova teoria da evolução, a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA já está a caminho e ninguém fala nada???

A FAPESP apoiaria um pesquisa de doutorado assim? Duvido! Quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice? Haja objetividade científica, e ainda dizem que é o pessoal do DI que impede o avanço da ciência.

Senhores, ciência e mentira não podem andar de mãos dadas!!!

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