Levedura mutante

terça-feira, outubro 13, 2009

Levedura mutante
13/10/2009

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Uma pesquisa feita por cientistas do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, concluiu o sequenciamento genético da levedura Saccharomyces cerevisiae, conhecida como Pedra 2.

A levedura é utilizada em cerca de 30% da produção do etanol brasileiro. Enquanto a Saccharomyces cerevisiae consome o açúcar, ela se multiplica formando outras células, ao mesmo tempo em que libera gás carbônico (CO2) e o etanol, um álcool. Esse processo é conhecido como fermentação.


Pesquisa feita na Unicamp conclui sequenciamento genético de levedura utilizada na produção de etanol. O estudo, publicado na revista Genome Researchpoderá dar novo impulso à fabricação do biocombustível no país (Foto: Gonçalo Pereira)

O estudo, que foi publicado na revista Genome Research no mês de outubro, abre novas perspectivas para a produção de etanol no país, de acordo com seus autores. Com o mapeamento do genoma da levedura, os pesquisadores conseguiram decifrar o mecanismo de ação do microorganismo.

Segundo um dos autores do artigo, Gonçalo Pereira, professor titular do departamento de Genética e Evolução da Unicamp e coordenador do Laboratório de Genômica e Expressão, vinculado ao IB, a Pedra 2 tem uma capacidade impressionante de se modificar e se adaptar às condições adversas durante o processo de fermentação.

“Essa levedura, como organismo experimental, é muita estudada. Mas pouca pesquisa foi feita em relação à produção de etanol nas condições da usina. O que acontece no processo produtivo é uma verdadeira guerra biológica e química. E esse fenômeno foi descoberto, relativamente, há pouco tempo”, disse Pereira à Agência FAPESP .

O estudo, intitulado “Rotas Verdes para o Propeno”, tem o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa, inserida no programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), no âmbito do convênio FAPESP-Braskem. Além disso, o pesquisador é responsável por projeto temático, na área de genética molecular e de microrganismos, também com apoio da Fundação.

Segundo o professor da Unicamp, essas leveduras foram selecionadas para “trabalhar” nas indústrias de cana-de-açúcar porque se adaptam com facilidade. O estudo, diz, procurou “entender como é que elas funcionavam”.

“Além do sequenciamento, fizemos uma série de trabalhos genéticos e compreendemos que essa levedura tem uma capacidade enorme de competir e se reorganizar dentro da guerra biológica que ocorre durante o processo de produção de etanol”, explica.

O grupo identificou diferenças em relação aos organismos dessa espécie ao estudar o genoma da levedura. Segundo Pereira, a Saccharomyces cerevisiae apresenta uma grande variabilidade e capacidade de resistir às mudanças ambientais e a outros tipos de estresse.

“Para sobreviver, essa levedura desenvolve uma capacidade impressionante de promover mudanças internas que a tornaram mais resistente a condições adversas”, reforça.

Arsenal genético

O estudo aponta que a levedura desenvolveu a “competência” de ampliar o número de genes que lhe são benéficos, ao mesmo tempo em que reduziu a quantidade dos que não são. Segundo Pereira, a levedura contraria tudo o que se pode esperar de um processo de fermentação microbiológica.

“Ela reorganiza os genes de tal forma e com tal velocidade que, se ela possui um gene especialmente importante, consegue ampliá-lo várias vezes. E descobrimos que ela faz isso com os genes localizados na ponta dos cromossomos, estabelecendo uma série de variantes. Ela é capaz de se transformar completamente”, disse.

Segundo o pesquisador, a pesquisa prossegue tentando entender em detalhes como esse mecanismo de transformação ocorre. Ao compreendê-lo profundamente, diz, “teremos condições de empregar a engenharia genética para manipular a levedura.”

“Estamos vivendo no Brasil uma verdadeira revolução do ponto de vista tecnológico. Nosso objetivo é domesticar esse microrganismo e reprogramá-lo de forma eficiente para produzir mais etanol ou etileno, a partir da cana-de-açúcar”, diz.

O trabalho é desenvolvido em parceira com a Braskem S/A e com a ETH Bioenergia, da Odebrecht.

Para ler o artigo Genome structure of a Saccharomyces cerevisiae strain widely used in bioethanol production, de Gonçalo Pereira e outros, clique aqui.

ALERTA DESTE BLOGGER:

Tentei baixar o artigo do Gonçalo Pereira e recebi esta advertência gerada pelo Google:

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Página de diagnóstico para camille.mised.sk

Qual é o status de listagem atual de camille.mised.sk?
O site está listado como suspeito; o acesso a esse site pode prejudicar seu computador.

Parte deste site foi listada por apresentar atividades suspeitas 13 vez(es) nos últimos 90 dias.

O que aconteceu quando o Google visitou este site?
Das 114 páginas testadas no site nos últimos 90 dias, 17 páginas resultaram no download e na instalação de software suspeito sem o consentimento do usuário. O Google visitou este site pela última vez em 2009-10-02 e conteúdo suspeito foi encontrado neste site pela última vez em 2009-10-02.
Malicious software includes 15 trojan(s), 6 scripting exploit(s).

O software suspeito está hospedado em 13 domínios, incluindo hit-senders.cn/, martuz.cn/, trughtsa.com/.

5 domínios parecem estar funcionando como intermediários na distribuição de malwares para os visitantes deste site, incluindo hit-senders.cn/, drocuwil.cn/, counterweb.cn/.

This site was hosted on 1 network(s) including AS12747 (SLOVANET).

Este site agiu como intermediário, resultando na distribuição de outros malwares?
Nos últimos 90 dias, camille.mised.sk não pareceu funcionar como intermediário na infecção de sites.

Este site hospedou malware?
Não, este site não hospedou software suspeito nos últimos 90 dias.

Como isso aconteceu?
Em alguns casos, terceiros podem adicionar código suspeito a sites legítimos e, por isso, a mensagem de aviso pode ser exibida.

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