“Mudanças incrementais numa estrutura biológica existente, as alterações no formato de bico de tentilhões que tanto impressionaram a Charles Darwin durante sua viagem às ilhas Galápagos, por exemplo — na verdade podem ser atribuídas à seleção natural. Até a maioria dos criacionistas não nega isto. Mas quando diz respeito à inovação de estruturas inteiramente novas (‘as novidades morfológicas’) tais como os corpos segmentalmente organizados (vistos nas minhocas, insetos, e vertebrados como os humanos, mas não as medusas ou moluscos), ou as mãos ou os pés de tetrápodes (vertebrados com quatro membros), o mecanismo de Darwin [a seleção natural] fica devendo. Esta é uma realidade que é reconhecida cada vez mais pelos biólogos [SIC ULTRA PLUS 1], particularmente aqueles trabalhando na área de biologia do desenvolvimento evolucionário, ou a ‘EvoDevo’
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O escárnio de um segmento tradicionalista do público por não se alinhar imediatamente com as narrativas selecionistas padrões (não importa quão rebuscadas elas sejam), não é a resposta aqui. O pensamento científico convencional deve, com razão, ser prevalecente no debate da evolução, uma vez que o mundo é, manifestamente, um produto da evolução [SIC ULTRA PLUS 2]. Mas o pensamento científico convencional e seus defensores liberais estão tão apegados a um neodarwinismo que efetivamente se tornou a casa da filosofia do mercado da economia que eles estão mal resistindo nas suas tentativas de impedir que os relatos naturalistas da história da vida de serem eliminados do currículo escolar. A menos que o discurso em torno da evolução seja aberto para perspectivas científicas além do darwinismo, a educação de futuras gerações corre o risco de ser sacrificada em benefício de uma teoria moribunda.”
Qual é a receita de Newman? Abrir a teoria evolutiva para “perspectivas científicas além do darwinismo”. Esta recomendação epistêmica salutar de Newman não agrada a Nomenklatura científica que insiste na manutenção do dogma da seleção natural para explicar a origem e a evolução da complexidade e da diversidade das coisas bióticas. Mas quem sabe, como o próprio Newman sugere, isso não seja a verdadeira raiz do problema???
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“Incremental changes in an existing biological structure the alterations in beak shape of the finches that so impressed Charles Darwin during his voyage to the Galapagos Islands, for instance - can indeed be attributed to natural selection. Even most creationists do not deny this. But when it comes to the innovation of entirely new structures (‘‘morphological novelties’’) such as segmentally organized bodies (seen in earthworms, insects, and vertebrates such as humans, but not jellyfish or molluscs), or the hands and feet of tetrapods (vertebrates with four limbs), Darwin’s mechanism comes up short. This is a reality that is increasingly acknowledged by biologists, particularly those working in the field of evolutionary developmental biology, or ‘EvoDevo’
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Derision of a traditionalist segment of the public for not immediately jumping into line with standard selectionist narratives (however far-fetched they may be), is not the answer here. The scientific mainstream should rightly be prevailing in the evolution debate, since the living world is manifestly a product of evolution. But it and its liberal advocates are so wedded to a neo-Darwinism that has effectively become the house philosophy of the market economy that they are barely holding on in their attempts to prevent naturalistic accounts of the history of life from being expunged from school curricula. Unless the discourse around evolution is opened up to scientific perspectives beyond Darwinism, the education of generations to come is at risk of being sacrificed for the benefit of a dying theory.”
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Science at the crossroads: Evolution: The Public’s Problem, and the Scientists
Stuart A. Newman
New York Medical College
Professor of Cell Biology and Anatomy
Basic Science Building
New York Medical College
Valhalla, NY 10595
(914) 594-4048 (T)
(914) 594-4653 (F)
newman@nymc.edu
The research interests of the Newman laboratory center around three main program areas: cellular and molecular mechanisms of vertebrate limb development, physical mechanisms of morphogenesis, and evolution of developmental mechanisms. Other areas of interest include protein structure-function relationships and the social and cultural aspects of biological research and technology. He is co-editor, with Gerd B. Müller, of Origination of Organismal Form: Beyond the Gene in Developmental and Evolutionary Biology (MIT Press, 2003), with Santiago Schnell, Philip Maini and Timothy Newman of Multiscale Modeling of Developmental Systems (Elsevier, 2007) and co-author, with Gabor Forgacs, of Biological Physics of the Developing Embryo (Cambridge University Press, 2005).
Stuart Newman received an A.B. from Columbia University and a Ph.D. in chemical physics from the University of Chicago. He has been a visiting professor at the Pasteur Institute, Paris, the Centre à l'Energie Atomique-Saclay, Gif-sur-Yvette, the Indian Institute of Science, Bangalore, the University of Tokyo, and was a Fogarty Senior International Fellow at Monash University, Australia. He was a founding member of the Council for Responsible Genetics, Cambridge, MA and is a Fellow of the Institute on Biotechnology and the Human Future, Chicago, IL.
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NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:
E ainda dizem que os que criticam a atual teoria geral da evolução são pessoas que não sabem o que é ciência, são ignorantes, suas críticas são fundamentadas em seus preconceitos religiosos, y otras cositas mais. Nada mais falso! Newman que não me deixa mentir: a seleção natural de Darwin já era como mecanismo evolutivo, e outras visões sobre a origem e evolução das coisas bióticas são mais do que bem-vindas.
Que venga la nueva teoría de evolución: a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA que, por esta do Newman, e outras aqui divulgadas neste blog, não deve ser selecionista!!!