São Paulo ganha novo espaço de divulgação científica

sexta-feira, março 27, 2009

Interativo e encantador
27/3/2009

Agência FAPESP – São Paulo acaba de ganhar um novo espaço de divulgação científica, que reúne em 8 mil metros quadrados 250 instalações diferentes. O Catavento, espaço interativo de artes, ciência e conhecimento montado no antigo Palácio das Indústrias, foi inaugurado nesta quinta-feira (26/3) pelo governador José Serra.

Inspirado nos principais espaços dedicados à iniciação científica do mundo, o Catavento teve investimento total de R$ 20 milhões. Fruto de parceria entre as secretarias de Estado da Cultura e da Educação, será administrado pela Organização Social Catavento Cultural e Educacional, sob a supervisão da Secretaria da Cultura.

São Paulo ganha espaço de iniciação científica com muita interatividade em 250 instalações distribuídas em 8 mil m². Catavento, no antigo Palácio das Indústrias, será aberto à visitação nesta sexta-feira (27/3) (foto: Gilberto Marques/GSP)

“O Catavento é para fazer girar o ventos das ideias, do conhecimento, da curiosidade, para que as crianças aprendam mais e se preparem para a vida, para a tecnologia, para o trabalho e também para o lazer e divertimento”, disse o governador na cerimônia de inauguração.

No espaço, crianças, jovens e adultos podem tocar em um meteorito, conhecer o corpo humano por dentro, entender como funciona um gerador de energia ou descobrir que o Sol, visto de perto, não é tão redondo como parece.

Do átomo ao Sistema Solar, de minúsculos insetos aos maiores animais, das leis da física às transformações químicas, do ecossistema à questão da preservação ambiental, tudo é apresentado didaticamente e de maneira lúdica. Mostrando cuidado com os detalhes, as seções ganham iluminação e sons diferentes, contribuindo para criar uma atmosfera envolvente.

São quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. Em todas, vídeos, painéis e maquetes são utilizados como suporte didático, mas o destaque é a interatividade. Podem ser ideias simples, como pisar na Lua como se fosse o astronauta Neil Armstrong, o primeiro humano a andar pelo satélite terrestre. Ou apertar uma das estrelas que compõem a bandeira do Brasil e saber qual estado ela representa. Ou girar uma manivela e fazer uma pequena cidade inteira se iluminar, com o funcionamento de uma hidrelétrica em miniatura.

O Catavento reúne em aquários de água salgada anêmonas, corais, peixes carnívoros e venenosos, além de espaço com cerca de 700 borboletas amazônicas. Aranhas e escorpiões podem ser observados com lupas. Crianças podem observar simultaneamente, com auxílio de um monitor, as estruturas celulares em um microscópio com aumento de até mil vezes. Um prisma mostra a decomposição da luz branca.

Algumas das instalações interativas podem ser manipuladas sem ajuda – painéis explicam como fazê-lo. Outras necessitam de guias, educadores e monitores que interagem nas atividades: organizam jogos de perguntas e respostas, demonstram experimentos de química e explicam leis da física. No espaço dedicado à nanotecnologia, eles promovem uma gincana com as crianças.

“Existem muitos museus e espaços voltados para o ensino e a divulgação do conhecimento científico no mundo e na América Latina, e no Brasil, o Catavento pretende ser o nosso espaço de referência”, disse João Sayad, secretário da Cultura.

O espaço fará parte do programa “Cultura é Currículo”, da Secretaria da Educação, cujo objetivo é democratizar o acesso de professores e alunos da rede pública estadual a bens e produções culturais e diversificar situações de aprendizagem.

“O Catavento é um espaço social e cultural, rico em objetos e ambientes de aprendizagem interativos e informais. É uma verdadeira escola viva, que ajuda a compreender como as coisas funcionam, não só para as crianças, mas a todos que quiserem entender mais sobre o mundo da ciência”, disse Sergio Freitas, presidente do Conselho de Administração da OS Catavento Cultural e Educacional.

O Catavento contou com o apoio de várias instituições. O Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (USP) forneceu materiais e apoio técnico para toda a área do “Universo”. A Fundação Faculdade de Medicina entrou com a didática para a explicação das maquetes da instalação “Homem Virtual”, além dos filmes projetados na mesma seção.

O Instituto Kaplan desenvolveu a instalação sobre gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis. A Escola Politécnica da USP criou o “Passeio Digital”, uma viagem em três dimensões pelas paisagens do Rio de Janeiro.

Catavento

Local: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, região central da capital paulista

Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)

Ingresso: R$ 6 e meia-entrada para estudantes e idosos

Idade mínima para visitação: recomendado para crianças a partir de 6 anos

Estacionamento: R$ 8 por até 3 horas. Capacidade para 200 carros.

Infraestrutura: acesso para pessoas com deficiência locomotiva

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