Vide abaixo o comunicado à imprensa sobre uma pesquisa científica [será???] feita por um pesquisador brasileiro apresentando evidência de cultura “humana” entre os primatas. Mais um caso de FEBEAPAD [Festival de Besteira que Assola o País Darwinista], desta vez “internacional”!
Onde: Floresta na Caatinga do Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí, via programa da renomada Universidade de Cambridge.
Quem: Dr. Antonio Moura, pesquisador brasileiro do Departamento de Antropologia Biológica
Sujeitos da pesquisa: Uma população de macacos capuchinhos do Brasil.
Comportamento observado: O bater de objetos é um comportamento inato nos macacos capuchinhos, mas em grupos selvagens observados antes desta pesquisa o comportamento somente aconteceu num contexto de busca de alimento. O bater de pedras é uma variante completamente nova.
Objetivo da pesquisa: Demonstrar que esse bater de pedras dos primatas sul-americanos pode ser uma habilidade aprendida socialmente.
Comunicado à imprensa da Universidade de Cambridge de 23 de março de 2007:
Nova evidência sugere cultura “humana” entre os primatas
Pesquisa sugere que o bater de pedras por macacos sul-americanos poderia ser uma habilidade aprendida socialmente.[1]
Nova evidência sugere que os macacos podem aprender habilidades uns dos outros, da mesma maneira que os humanos [SIC ULTRA PLUS 1], foi descoberta por um pesquisador da Universidade de Cambridge.
O dr. Antonio Moura, um pesquisador brasileiro do Departamento de Antropologia Biológica, descobriu sinais que os macacos capuchinhos no Brasil batem pedras como uma estratégia de sinalização para espantar predadores potenciais.
Embora não conclusiva [SIC ULTRA PLUS 2], a sua pesquisa acrescenta a um corpo de evidência crescente sugerindo que outras espécies têm algo se assemelhando à cultura humana.
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Uau! Sem desprezar a nata científica tupiniquim, mas a Universidade de Cambridge já deu luminares científicos como James Clerk Maxwell [aquele que Feynman disse que daqui a uns 10.000 anos seria lembrado como alguém que pensou a melhor idéia]. O que está acontecendo por lá? Uma “involução” ― em vez de uma cultura humana ser aprimorada, estamos “involuindo” para uma cultura simiesca?
A dogmática darwinista beira a insanidade. Se macacos batem com pedras, é bem provável que para chegarem a Carlos Drummond de Andrade não deve estar muito longe. Será que alguém se habilita a apresentar uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado abordando essa linha de raciocínio sobre esta pérola de evidência de existência de “cultura humana” nos macacos capuchinhos?
Quando eu bato aqui nos ultradarwinistas, sem dó nem piedade, é pra ver se eles voltam à realidade. Falam cada abobrinha, e pior de tudo ― perderam a vergonha, pois que infectados pela Delusia academia. Eles nem ficam “corados de vergonha” diante de tanta estultícia. É por isso que sigo a tese da Dra. Vera Machline [alguém sabe por onde ela anda?], de que o riso desconstrói o discurso do “status quo”, dos poderosos epistêmicos de plantão, dos que praticam “ciência normal”.
Por que os cientistas fazem afirmações assim, e nada acontece? É porque a Grande Mídia tupiniquim não tem a coragem de ler as pesquisas com certo ceticismo salutar, e de não questionar o contexto de corroboração dessas pesquisas com mais vigor. O que vale nas editorias de ciência da GMT é: Nomenklatura científica locuta, causa finita!
Assim como a “solução biológica” de Kuhn passa pelos cientistas da velha guarda, isso também se dá entre os jornalistas científicos: uma nova geração de jornalistas surgirá que terá coragem de questionar esses meros mortais, que nos devem satisfação em melhor explicar suas pesquisas científicas por que assalariados com recursos derivados de nosso suado imposto de renda.
Eu queria ver se o Claudio Angelo, editor de ciência da Folha de São Paulo, o Marcelo Leite, ou o Reinaldo José Lopes, e outros representantes da GMT, teriam a coragem de fazer a seguinte entrevista:
“Dr. Moura, como que o sr. sabe disso? Não parece meio absurdo afirmar que um bando de macacos batendo pedras esteja relacionado com a cultura humana? E o que sr. diria sobre o grande número de pesquisadores que discordam de suas idéias?
O sr. não fica nenhum pouco incomodado em extrapolar um comportamento simiesco tão trivial com a complexidade e diversidade da cultura humana? Como a sua hipótese pode ser testada? Como pode ser falsificada? Se a pesquisa não é conclusiva, e aqui apenas uma sugestão, por que o sr. não volta a trabalhar com mais rigor científico até poder fazer uma afirmação mais confiável?
Onde está o corpo de evidência crescente nas publicações especializadas? Poderia citá-la a fim de que outros pesquisadores possam confirmar ou não, e se sua pesquisa não é apenas uma fantasiosa especulação?
Quando Claudio Angelo, Reinaldo José Lopes, Marcelo Leite e outros jornalistas científicos, forem mais sabia e ceticamente sensíveis, e exigirem integridade científica desses cientistas, eles [os cientistas] deixariam de fazer tanta marola e contar “just-so-stories” de Darwinlândia.
Está faltando esta coragem no jornalismo científico entre os tupiniquins.
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[1] http://www.admin.cam.ac.uk/news/press/dpp/2007032201
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Para mais informações:
Tom Kirk, Communications Office, University of Cambridge, Tel: 01223 332300, mobile 07917 535815, Email: tdk25@admin.cam.ac.uk
O dr. Antonio Moura está disponível para entrevistas. Ele está trabalhando no Brasil, e pode ser contatado pelo telefone (83) 99 92 05 74, ou por e-mail moura_a@yahoo.com
Fotos de alguns do macacos capuchinhos pesquisados também estão disponíveis, bem como as cópias completas do relato do dr. Moura nesta pesquisa.