Gente, eu fico cada dia mais espantado com a suficiência epistêmica global de uma teoria científica do século XIX, recauchutada no século XX, e nos seus estertores de corroboração empírica no século XXI.
Você tem gripe? É por causa da evolução. Você sente raiva? É devido à evolução! Você bate na sua mulher? É um fator do “macho dominante” que só a evolução explica. E a fêmea agredida? A evolução explica que uma pressão seletiva de sobrevivência fez com que elas fossem dóceis e submissas ao “macho dominante”.
Você não acredita na teoria geral da evolução? Uma mutação “SUED” foi preservada na Idade do Gelo, e segundo Drawink, isso fez com que a espécie humana sobrevivesse devido a este “meme cultural” que rejeita a evolução.
Uau! Quanta estultícia, e pior de tudo, contrabandeada e trombeteada pela Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e tupiniquim como sendo “episteme”. Pobre ciência!
Eu aprendi nos bons tempos de universidade que uma teoria científica que explica tudo, não explica nada. Leiam este artigo veiculado na newsletter de divulgação científica da SBPC, o JC E-Mail 3226, de 20 de Março de 2007:
Cientistas encontram os primórdios da moralidade no comportamento de primatas
Os cientistas dizem que certos comportamentos dos chipanzés fazem parte da herança humana, mas eu somente ficaria surpreso se pesquisa tivesse achado um código moral símio e as penalidades impostas pela quebra de um dos mandamentos, oops das macaquices negativas cometidas contra um dos “primos” peludos.
Macaco Simão, cadê a minha banana que estava aqui?
Dra. Vera Machline, por onde você anda? Sou muito grato pela sua tese de que o riso é uma forma de “desconstruir” o discurso dos poderosos de plantão!
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