Este blog é do Dr. Michael Egnor, um dos neurocirurgiões americanos mais famoso segundo o jornal The New York Times. Eu faço parte de uma lista de discussão com ele e mais 300 cientistas.
Parece que a minha veia sarcástica literária está fazendo escola no ciberspaço. Divirtam-se, que cientista não é de ferro!
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Enfermeira, rápido, aplique uma tautologia no paciente!
O darwinismo é essencial para a nossa compreensão da resistência bacteriana aos antibióticos? Considere a seguinte conversa [imaginária], na beira da cama de um paciente com uma infecção séria resistente a antibióticos:
Enfermeira: Nada está funcionando, doutor!
Doutor: Eu sei. Todos os nossos antibióticos falharam. Penicilina, Cipro, Tetraciclina. Nada está funcionando.
Enfermeira: Vamos pedira ajuda aos darwinistas!
Doutor: (Bate na sua testa) é claro! O darwinismo é a fundação de nosso entendimento da resistência bacteriana aos antibióticos. Rápido, enfermeira, aplique uma tautologia no paciente!
Os darwinistas afirmam que a teoria de Darwin, que é a teoria de que toda a complexidade biológica surgiu por variação aleatória e seleção natural é essencial para o nosso entendimento da resistência bacteriana aos antibióticos. O que exatamente o darwinismo nos ensina sobre a resistência antibiótica?
A microbiologia nos informa que as populações bacterianas são heterogêneras. Uma bactéria difere de outra. A biologia molecular nos informa que algumas bactérias têm mecanismo moleculares pelos quais elas podem sobreviver aos antibióticos. A genética molecular nos informa que esses mecanismos de resistência são transmitidos para outras bactérias e através de gerações de bactérias. A farmacologia nos ajuda elaborar novos antibióticos que tiram vantagens das defesas bacterianas.
O que o darwinismo acrescenta às ciências de microbiologia, biologia molecular, genética molecular, e farmacologia? O darwinismo nos informa que as bactérias resistentes a antibióticos sobrevivem a exposição aos antibióticos devido a seleção natural. Isto é, as bactérias sobrevivem aos antibióticos que elas não são sensíveis, desse modo as bactérias que não morreram eventualmente suplantarão as bactérias que morreram. É isso.
A microbiologia, a biologia molecular, a genética molecular e a farmacologia são indispensáveis para a medicina moderna. Nós aprendemos muito sobre as intricadas defesas bacterianas contra os antibióticos, e nós desenvolvemos centenas de antibióticos que salvaram milhões de vidas. O que o darwinismo acrescentou nesses milagres? Apenas isso: bactérias que não morreram eventualmente vão suplantar as bactérias mortas.
O darwinismo não vale nada para a medicina moderna. Isso também está se tornando uma tautologia.
Postado por Michael Egnor em 22 de março de 2007 12:02 AM | Permalink