O “FEBEAPAD” Março de 2007 vai para a paleoneurologia evolutiva e a Newsweek

segunda-feira, março 19, 2007

Como “o anta do Enézio”, “o Jeguézio” [obrigado, Roberto Takata, USP], “o simples professorzinho do ensino médio” [será???] não tem tanta competência nesta área científica juvenil, mas extremamente complexa que já está revolucionando o nosso entendimento sobre o fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução, vou chamar um especialista mais competente para lançar luz sobre a nossa total ignorância nesta área científica tão importante vez que em Pindorama ainda não existem especialistas renomados em paleoneurologia evolutiva. Pra quê?

Com a palavra Michael Engnor

Paleoneurologia evolutiva. O cérebro entra em parafuso.

Esta é a sua tarefa. Você deve ler a mente de alguém chamada “Lucy.” Na verdade, você deve descobrir de onde veio a mente de Lucy. Você não pode conhecer Lucy. Ela está morta há 3.2 milhões de anos. O seu único dado será um fragmento do crânio fossilizado de Lucy e análise genética de alguns macacos, homens, e piolho.

Isto não é um pesadelo. Isto é uma nova área excitante de biologia evolutiva, e está na capa da revista Newsweek. E eles estão sérios.

A história de capa na Newsweek esta semana, “The Evolution Revolution,” [A revolução da evolução] é sobre a paleoneurologia evolutiva. É o estudo de cérebros e mentes de hominídeos antigos datando uns 7 milhões de anos atrás. Sharon Beagley, repórter da Newsweek faz uma viagem crédula das especulações darwinistas padrão: nós podemos dizer quando os humanos usaram roupas pela primeira vez pela análise genética do piolho do corpo moderno, ou talvez a sociedade humana foi o resultado do surgimento do gene da oxitocina, um hormônio que faz com que as mães produzam leite e que pode influenciar o comportamento social nos humanos.

Os paleoneurologistas evolucionistas afirmam saber algo do que os hominídeos antigos realmente pensavam só estudando os fragmentos de seus crânios fossilizados. A srta. Begley nos informa que “a paleoneurologia está documentando quando surgiram as estruturas que fazem a mente humana funcionar, lançando luz sobre como nossos ancestrais viveram e pensaram.” O que realmente nós podemos saber sobre o que os hominídeos antigos pensavam?

Eu pesquiso cérebros vivos. A minha especialidade é estudar as pulsações na corrente sangüínea que passa pelo cérebro e tento entender como que o cérebro responde às pulsações. Eu estudo ratos e cachorros no laboratório, e o fluxo de sangue no cérebro de pessoas usando as tomografias MRI. É difícil de fazer, e três séculos após a descoberta das veias capilares, nós apenas estamos começando a ser capazes de ver realmente o sangue fluindo pelas veias capilares no cérebro.

Eu não posso dizer o que as pessoas vivas (ou ratos vivos) estão pensando só em olhar os seus cérebros, e eu até nem posso dizer usando a microscopia confocal de dois fótons (a última novidade em fazer imagens de veias capilares). É claro, eu não posso dizer o que pessoas mortas costumavam pensar ao estudar os seus cérebros, e eu certamente não posso dizer o que as pessoas mortas costumavam pensar se eu não tenho um pedacinho de tecido de seus cérebros. E eu certamente não posso dizer o que os hominídeos de 3.2 milhões de anos atrás costumavam pensar só estudando os seus crânios.

Até mesmo a sugestão de que nós poderíamos entender as mentes de hominídeos extintos que viveram há 3.2 milhões de anos atrás ao estudar os fragmentos de seus crânios fossilizados e os genes de macacos, homens e piolhos modernos, funde a cuca. Este tipo de ciência faz a frenologia parecer ciência exata.


É uma ironia impressionante. A inferência de que a origem do código genético e da intricada nanotecnologia nas células vivas possam ser produtos de uma agência inteligente é considerada “não ciência”, e a mera menção disso está banido nas escolas públicas. A inferência de que nós podemos entender os cérebros e os pensamentos de hominídeos de 3.2 mihões de anos de idade só estudando os fragmentos de seus crânios e a genética de piolhos é uma “Revolução da Evolução” e vira capa na revista Newsweek.

O cérebro entra em parafuso.

Postado por Michael Egnor [1] em 19 de março de 2007 12:38 AM Permalink

+++++

[1] Michael Engnor é simplesmente um dos renomados neurocirugiões americanos segundo o não menos famoso e confiável jornal The New York Times. Será que os editores e jornalistas deste pasquim insignificante já estão na folha de pagamento da turma nefasta e perigosa do Design Inteligente?

O “FEBEAPAD” é abreviação de “Festival de Besteira que Assola o País Darwinista”. Imitando ao saudoso Stanislaw Ponte Preta, é o prêmio que este blogger concede aos “avanços científicos” sob a luz do clichê de Dobzhansky de que “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução”.

O “FEBEAPAD” de março de 2007 vai para o mais novo campo da paleoneurologia evolutiva e a Newsweek.

++++

Leia mais em:

JC E-Mail 3223 de 15 de março de 2007

Piolhos ajudam a explicar a evolução do homem O Estado de São Paulo

Diferenças de DNA entre piolhos humanos e de gorilas selvagens indicaram que eles se separaram há 3,3 milhões de anos