Haldane ‘falou e disse’: a teleologia é a amante do biólogo

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

“A teleologia é como uma amante para um biólogo: ele não pode viver sem ela, mas se recusa ser visto publicamente com ela”. [1]

Não seria isso uma das razões de os biólogos evolucionistas não quererem lidar com a questão de design inteligente? Afinal de contas, nós entendemos que o acaso, a necessidade, as mutações filtradas pela seleção natural [mais quaisquer outros mecanismos evolutivos de A a Z], as causas naturais não explicam certos eventos no universo como a origem e a evolução da complexidade e diversidade da vida. Nós propomos causas inteligentes télicas. Empiricamente detectáveis!

No dia-a-dia nos laboratórios, nas salas de aula, nos artigos e pesquisas, os cientistas e biólogos usam conscientemente de ‘linguagem teleológica’, especialmente descrevendo a ação de uma célula, mas se recusam ser vistos ‘publicamente’ defendendo a teleologia, um dos aspectos da teoria do Design Inteligente.

É que essa ‘amante’ não pode ser vista publicamente pelos agentes da KGB da Nomenklatura científica [peer-reviewers é mais chique] que não permitem esse deslize moral, oops epistemológico de seus pares. Mas eles não podem deixar de usar linguagem télica e de design inteligente nos seus trabalhos sobre as coisas bióticas. Por quê? Design aparente ou design real???

Fui, sem medo de ser feliz, de braços dados e enrabichado com a minha amada amante ‘Teleologia’!
NOTA:

[1] Teleology is like a mistress to a biologist: he cannot live without her but he's unwilling to be seen with her in public.

in http://www.phil.uu.nl/HPS/theses/AriGross.pdf

Haldane, J.B.S. in Bedeau, Mark A. Norman, Packard H. “Measurement of Evolutionary Activity, Teleology, and Life.” Langton, C. Taylor, C. Farmer, D. Rasmussen, S. (Eds.) Arti¯cal Life II. SFI Studies in the Sciences of Complexity, Proc. Vol. X. Redwood City, CA: Addison-Wesley, 1991, 1.