“Pimenta epistêmica nos olhos dos outros é refresco apologético”

sexta-feira, março 31, 2006

Os críticos do Design Inteligente geralmente afirmam que a Teoria do Design Inteligente [TDI] não passaria pelo rigor do teste da suficiência epistêmica exigido das teorias que se propõem científicas.

Uma definição científica de teoria [existem várias definições – qual delas é a ‘científica’?] é que a teoria é uma síntese aceita de um vasto campo de conhecimento, consistindo de hipóteses que foram devidamente testadas, leis, e fatos científicos que descrevem e conectam fenômenos naturais. Na verdade existem muito poucas teorias em ciência, incluindo a teoria atômica, a teoria da gravidade, a teoria do modelo padrão de partículas físicas, e a teoria da evolução.

Pelo rigor da definição acima do que seja uma teoria científica, eu tenho dificuldades quanto ao rigor científico da Teoria Geral da Evolução [TGE]. Para elucidar este meu ceticismo salutar não-global, afinal de contas Darwin acertou no varejo [Teoria Especial da Evolução], mas errou no atacado [TGE], vamos considerar a questão de definição de teoria.

Uma outra boa definição de teoria científica é a da Biology-Online.

Em ciência, a teoria é uma explicação de alguns fenômenos baseada na observação, experimentação e raciocínio. No uso popular, uma teoria geralmente é tida como implicando mera especulação, mas em ciência, algo não é chamado de teoria até que tenha sido confirmada ao longo do curso de muitos experimentos independentes. As teorias são mais certas do que as hipóteses, mas menos certas do que as leis.

Para os já familiarizados com a TDI e os outros críticos científicos da evolução, há uma distinção entre a teoria de mudança ao longo do tempo (evolução) e a teoria do ancestral comum (evolução darwinista).

Geralmente os ultradarwinistas ofuscam esta distinção epistemicamente importante para sua própria vantagem e confundir os menos esclarecidos na controvérsia. E aqui eu vou ser extremamente cruel com Darwin. Será que a sua teoria da evolução preenche os critérios de suficiência epistêmica para ser chamada de teoria científica?

Como vimos acima, quais são os critérios de uma teoria científica? A explicação de uma teoria deve ser observável, testável e produzir predições válidas (que sejam exatas e rigorosamente reproduzíveis). Quer dizer, uma teoria deve ser empiricamente verdadeira. A TGE de Darwin falha ‘magna cum laude’ em todas estas etapas. Como pode ser uma teoria cientificamente comprovada e inconstestável?

É por isso que sou um cético saudável não-global da TGE, e sou favorável para que um exame mais criterioso e objetivo da evidência a favor da TGE seja encorajada. Querer abortar a questão, como fazem os darwinistas fundamentalistas como sendo ‘coisa de criacionista’ é sórdida desonestidade acadêmica. A questão é puramente científica.

A teoria evolutiva do ancestral comum (uma espécie ‘transformando-se’ em outra espécie) nunca foi observada e, de acordo com os próprios darwinistas, ela nunca será observada devido à longa duração de tempo necessária para isso ocorrer. Na verdade, um exame científico isento e objetivo da literatura especializada vai demonstrar que o quadro das evidências mostra o oposto do que as premissas darwinistas esperam.

A teoria darwinista não é testável. Se a hipótese de que toda a vida tem um ancestral comum, como isso seria testado? Será que seria como Stephen J. Gould disse – rebobinar a fita da vida e dar replay e observar a produção da diversidade da vida? Este foi o ponto que Henry Gee, editor sênior da revista Nature fez no seu livro “In Search of Deep Time”.

Pelo crivo epistemológico rigoroso da apologética darwinista, a TDI não seria uma teoria científica, mas tampouco a TGE de Darwin! Nos dias 18 a 20 de maio de 2006 vai haver uma conferência sobre a evolução na USP, quem sabe nós teremos informações detalhadas de como que a TGE é realmente uma teoria científica...

[Algumas idéias deste texto foram obtidas junto a acadêmicos amigos e simpatizantes ao DI]

Extra! Extra! A lacuna evolutiva (procariotos e eucariotos) é agora mais profunda!

quinta-feira, março 30, 2006

A ‘estória’ da endosimbiose tem dado a impressão (nível popular – jornais, revistas populares de divulgação científica) de que o problema evolutivo já foi resolvido. Será? Há controvérsia.

A verdadeira ‘história’ intramuros na Academia é muito diferente. Este artigo na Nature de 30 de março de 2006 salienta que com os avanços nas pesquisas “a lacuna evolutiva entre os procariotos e eucariotos é agora mais profunda, e a natureza do hospedeiro que adquiriu as mitocôndrias é mais obscura do que antes”.

Eukaryotic evolution, changes and challenges T. Martin Embley and William Martin Nature 440, 623-630 (30 March 2006) | doi:10.1038/nature04546

Abstract: The idea that some eukaryotes primitively lacked mitochondria and were true intermediates in the prokaryote-to-eukaryote transition was an exciting prospect. It spawned major advances in understanding anaerobic and parasitic eukaryotes and those with previously overlooked mitochondria. But the evolutionary gap between prokaryotes and eukaryotes is now deeper, and the nature of the host that acquired the mitochondrion more obscure, than ever before.

A abordagem adotada sugere, para desespero dos guarda-cancelas da nova KGB (peer-reviewers) da Nomenklatura científica, que este artigo e pesquisa poderiam muito bem ter sido escrito e realizado por um teórico do Design Inteligente trabalhando nesta área.

P. S.: Deixei o texto na língua original de propósito para remeter os darwinistas ‘céticos’ à publicação científica.

DARWINGATE: A ‘MORAL e EPISTEME TORTAS’ do jornalismo científico da VEJA! – Parte 1

quarta-feira, março 29, 2006

A VEJA 1949:12, de 29/03/06 traz na capa a deputada petista Ângela Guadganin comemorando a vitória da impunidade, trazendo o seguinte destaque: “MORAL TORTA – O governo do PT perde a bússola ética e o senso do ridículo – Paloccigate: os crimes da operação de acobertamento”.

Casa de ferreiro, espeto de pau! Fosse VEJA aplicar a sua ‘ética e episteme virginais’ a si mesma em relação aos dois artigos publicados nesta edição sobre a teoria geral da evolução, a capa poderia ser mais ou menos assim:

“VEJA: MORAL E ‘EPISTEME’ TORTAS”

1. A linha editorial de VEJA perde a bússola epistêmica e o senso do ridículo.

2. Darwingate: os crimes da operação de acobertamento das insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida por VEJA (e toda a Grande Mídia tupiniquim).

A VEJA é ‘VESGA’ em termos de jornalismo científico! As pessoas estrábicas que me perdoem se eu vou usá-las figurativamente como exemplo negativo, mas não tem nada a ver com as pessoas vesgas que enxergam muito mais e melhor cientificamente do que VEJA.

O nosso bom Aurélio assim define figurativamente quem é ‘vesgo’:

Vesgo: adj. V. estrábico. 3. Fig. Em que não há lisura [boa fé, p. 397]; desleal [falso, p. 213], pérfido [que denota ou envolve perfídia; falso, enganador, p. 497], tortuoso [3. Fig. Oposto à verdade e à justiça, p. 641] in Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa Folha/Aurélio, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1988. Tudo isso, consciente ou inconscientemente.

Em que a VEJA, como quase toda a Grande Mídia de nossa taba, não tem lisura, é desleal, pérfida, falsa, enganadora e tortuosa? Na divulgação científica ‘VESGA’ e AÉTICA da teoria geral da evolução. Eles nunca definem o termo ‘evolução’ (cinco teorias segundo Ernst Mayr, o Darwin do século XX). Um termo elástico que explica tudo e não explica nada.

Na seção Perfil – Paul Sereno foi chamado de ‘o papa da paleontologia’ (assumindo o papado no lugar de Stephen Jay Gould recentemente falecido), “Mister Dinossauro”, de Marcelo Marthe, p. 104 -05.

Realmente as descobertas do ‘pop star’ da paleontologia ‘acrescentaram peças valiosas ao quebra-cabeça da evolução dos dinossauros’, mas a paleontologia NÃO é ‘o campo em que as idéias do naturalista inglês Charles Darwin são demonstradas de maneira mais enfática’. Contrariando a Marthe, o ‘constante bombardeio’ da paleontologia não é coisa dos ‘criacionistas, que insistem em negar a ciência em prol de uma visão religiosa do surgimento da vida’ e nem tampouco da turma do DI, mas uma questão científica: a resistência do registro fóssil peremptoriamente se recusar apoiar as especulações transformistas de Darwin.

Num cenário desses é de se esperar que o papel da divulgação científica seja objetiva e imparcialmente é crucial. Por que ‘muita gente’ nos Estados Unidos ainda desconfia da ciência? Eles não são bobos não, pois sabem diferenciar entre a boa e a má ciência. A ciência praticada pela Nomenklatura científica e divulgada pela Grande Mídia é má ciência.

Quando cientistas e a Grande Mídia tentam esconder a todo custo dos leigos as anomalias de um paradigma considerado morto há 25 anos sendo discutidas nas publicações científicas, o que Sereno poderia esperar da postura deste público? Se depender desse garoto-propaganda, Darwin está mais do que perdido.

Marthe, nota bene, a questão hoje em dia não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam os relatos de criação de textos sagrados de tradições religiosas, mas se as evidências encontradas na natureza apóiam a teoria do naturalista inglês. Elas não apóiam!

Vamos serenamente dar um giro por algumas afirmações de renomados evolucionistas (são mais estrelas do que Sereno e Marthe) sobre a questão do registro fóssil não apoiar o gradualismo darwinista:

“Nós preferimos uma tácita aceitação coletiva [sic] da história da mudança adaptiva gradual, uma história que se fortaleceu e se tornou mais aceita quando a síntese [neodarwinista] se estabeleceu. Nós paleontólogos temos afirmado que a história da vida apóia esta interpretação, sabendo realmente o tempo todo que ela não apóia [sic]”. [Niles Eldredge, citado in R. Augros e G. Stanciu, The New Biology (1987), p. 175].

“A solução geral de Darwin para a incompatibilidade [sic] da evidência fóssil e a sua teoria foi dizer que o registro fóssil é muito incompleto e que é cheio de lacunas, e que nós temos muito que aprender. Na verdade, ele estava dizendo que se o registro fosse completo e se nós tivéssemos melhor conhecimento dele, nós veríamos bem definida a corrente graduada que ele predisse. E isso foi o seu argumento principal para depreciar a evidência do registro fóssil. Bem, nós estamos há cerca de 120 anos após Darwin e o conhecimento do registro fóssil tem se expandido grandemente. Agora nós temos 250.000 fósseis de espécies, mas a situação não mudou muito [sic]. O registro da evolução ainda é surpreendentemente brusco e, ironicamente, nós temos muito poucos exemplos de transição evolucionária do que nós tínhamos no tempo de Darwin. Com isso eu quero dizer que alguns dos casos clássicos de mudança darwiniana no registro fóssil, tal como a evolução do cavalo na América do Norte, tiveram que ser descartados [sic] ou modificados [sic] como resultado de informação mais detalhada – o que aparecia ser um bom exemplo de progressão simples quando relativamente poucos dados estavam disponíveis agora parece ser muito mais complexo [sic] e muito menos gradualista [sic]. Assim, o problema de Darwin não tem sido aliviado nos últimos 120 anos e nós ainda temos um registro que não mostra mudança [sic], mas um que dificilmente poderia ser considerado como a conseqüência mais razoável da seleção natural [sic]”. (Raup, David M., “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, Field Museum of Natural History Bulletin, Field Museum of Natural History: Chicago IL, January 1979, Vol. 50, No. 1, pp. 22-29, pp.24-25).

Surgimento e desaparecimento abruptos das espécies no registro fóssil:

“Muitas espécies permanecem virtualmente inalteradas por milhões de anos [sic], depois desaparecem subitamente para serem substituídas por uma forma relacionada mas bem diferente [sic]. Além disso, a maioria dos principais grupos surge abruptamente no registro fóssil, plenamente formada, e ainda sem fósseis descobertos que formem uma transição do seu grupo de origem. Assim, tem sido raramente possível juntar as seqüências de ancestral-dependente do registro fóssil que mostrem as transições graduais e homogêneas entre as espécies [sic]”. (Hickman, C.P. [Professor Emérito de Biologia na Washington and Lee University in Lexington], L.S. Roberts [Professor Emérito de Biologia na Texas Tech University], e F.M. Hickman. 1988. in “Integrated Principles of Zoology”. St. Louis, MO, Times Mirror/Moseby College Publishing, 1988, p. 866.

“Os paleontólogos há muito tinham percebido a aparente contradição entre o postulado de gradualismo de Darwin [sic]... e os achados reais da paleontologia. Seguindo as linhas filéticas através do tempo parecia revelar somente mudanças graduais mínimas, mas nenhuma clara evidência de alguma mudança de uma espécie em um gênero diferente ou a origem gradual de uma novidade evolucionária [sic]. Qualquer coisa realmente nova sempre parecia aparecer bem abruptamente [sic] no registro fóssil”. Ernst Mayr, “One Long Argument: Charles Darwin and the Genesis of Modern Evolutionary Thought”, Cambridge: Harvard University Press, Cambridge, 1981, p. 138.

“O registro fóssil com suas transições abruptas não oferece nenhum apoio para mudança gradual [sic]. Todos os paleontólogos sabem [inclusive Sereno] que o registro fóssil contém pouca coisa preciosa em direção a formas intermediárias; as transições entre os grupos principais são caracteristicamente abruptas [sic].” Stephen Jay Gould, Natural History, 86, June-July, 1977, pp. 22, 24.

“Contudo, as lacunas no registro fóssil são reais [sic]. A ausência de um registro de qualquer ramificação importante é bem fenomenal [sic]. Geralmente as espécies são estáticas [sic], ou quase assim, por longos períodos [sic], as espécies nunca e os gêneros nunca [sic] mostram evolução em uma nova espécie ou gênero, mas a substituição de uma pela outra, e a mudança é mais ou menos abrupta [sic]”. Wesson, R., “Beyond Natural Selection”, Cambridge, MIT Press, 1991, p. 45.

“Os filos aparecem abruptamente no registro fóssil sem intermediários para conectá-los aos seus supostos ancestrais [sic]. Este padrão reflete presumivelmente a derivação da maioria dos filos de ancestrais pequenos de corpos moles que não tiveram virtualmente nenhum potencial para a fossilização. Contudo, a maioria das classes e ordens de animais marinhos de esqueletos duros também aparecem abruptamente, sem conexão óbvia de seus antecessores de esqueleto duro”. Erwin D.H., Valentine J.W. & Sepkoski J.J., “A Comparative Study of Diversification Events: The Early Paleozoic Versus the Mesozoic”, in Evolution, Vol. 41, No. 6, p. 1178.

“A maioria dos fósseis de hominídeos, embora eles sirvam como uma base para a especulação [sic] interminável e o contar de histórias elaboradas, são fragmentos de mandíbulas e pedaços de crânios”. Gould, S. J., The Panda's Thumb, W.W. Norton & Company, 1980, pg. 126.

“O campo da paleoantropologia naturalmente provoca interesse por causa de nosso interesse nas origens. E, porque as conclusões de significado emocional [sic] para muitos devem ser tiradas de evidência extremamente insignificante, é freqüentemente difícil separar o pessoal [sic] das disputas científicas deblaterantes na área... A evidência científica primária é uma pequena disposição insignificante de ossos com a qual se constrói a história evolutiva humana [sic]. Um antropólogo comparou o trabalho com aquele de reconstruir a trama de “Guerra e Paz” com 13 páginas aleatoriamente selecionadas. Os conflitos tendem a durar mais porque é muito difícil achar uma evidência conclusiva [sic] para mandar uma teoria encaixotada”. Holden, C., “The Politics of Paleoanthropology”, in Science, August 14, 1981, p. 737.

“A paleoantropologia é “um tipo de ciência humilde e inexata”. Peter Medawar, citado por Hill, A., in “The gift of Taungs”, Nature, 323:209, September 18, 1986.

Quando nós consideramos o passado remoto, antes da origem da atual espécie Homo sapiens, nós nos deparamos com um registro fóssil fragmentário [sic] e desconectado [sic]. Apesar das afirmações entusiasmadas [sic] e otimistas [sic] que têm sido feitas por alguns paleontólogos [Sereno joga neste time], NENHUMA fóssil de espécie hominídea pode ser estabelecida como nosso ancestral direto”. Lewontin, R. C., Human Diversity, pg.163, Scientific American Library, 1995.

“A evidência fóssil da história evolutiva humana é fragmentária [sic] e aberta [sic] a várias interpretações”. Gee, H., "Return to the planet of the apes," Nature, 412:131–132, July 12, 2001.

Sereno precisa urgentemente ‘serenar’ o seu entusiasmo com a evidência do FATO da Teoria Geral da Evolução que ele ‘vê’ registro fóssil, pois ela não está lá.

Marthes, com um perfil desses você ‘mata’ o ‘garoto propaganda’ de Darwin de vez.

Infelizmente não há um Procon científico para denunciar esta propaganda mais do que enganosa de VEJA, e nem há uma CPI científica para lidar com o ‘Darwingate’.

Agüenta firme que tem mais!

Um Ph. D. em Matemática desafia a Nomenklatura científica americana e declara publicamente: sou cético do neodarwinismo!

domingo, março 26, 2006

Prezados Senhores de http://www.dissentfromdarwin.org ,

Eu sou um Ph. D. em Matemática que recentemente (nos dois últimos anos) examinou atentamente que a afirmação da síntese neodarwinista explica adequadamente a variedade da vida na Terra. Eu li incontáveis textos em geologia, biologia (e cosmologia) num grande número de subdisciplinas e posso afirmar honestamente que eu sou cético de que a evidência aponte para qualquer coisa como a mutação mais seleção natural como sendo a causa da variedade da vida que nós vemos tanto hoje quanto no registro fóssil.

Além disso, eu não acho nenhuma das hipóteses mais envolvidas consistentes. Muitas delas estão sem evidência, ou inferidas de trabalhos que são escolhidos especificamente para apoiar aquela hipótese particular, e mesmo assim o encaixe [da evidência] é pobre. Do mesmo modo, as hipóteses individuais que são citadas como sendo componentes bem apoiados da teoria da evolução, na verdade se contradizem.

Eu tenho sérios questionamentos sobre a convergência ser invocada tão freqüentemente para explicar características em organismos supostamente não-relacionados.

Eu não vejo explicação darwinista satisfatória para a explosão cambriana e sinto que a evidência é bem forte de que isso é uma característica real do registro fóssil, e não uma ilusão. Semelhantemente, a explosão mamífera e as teorias atuais da distribuição das espécies mamíferas no mundo todo trazem mais dificuldade, e na minha opinião, questões não resolvidas.
Eu creio que há uma lacuna real de intermediários fósseis em muitos galhos da “árvore” da vida e vejo muito pouca análise quantificável que sugeriria que isso deveria ser esperado em muitos casos.

A [hipótese da] evolução de dinossauro em aves está em séria dificuldade.

Eu não estou bem convencido de que haja uma conexão entre os achados de Afarensis e o gênero Homo.

Eu vejo que a descoberta contínua de evidência molecular/genética contradizendo as filogenias há muito estabelecidas derivadas de considerações morfológicas e de desenvolvimento é bem danosa à teoria moderna da evolução como é a pletora de árvores contraditórias propostas em quase cada filo de vida. Também há claramente uma profunda falta de compreensão das inter-relações dos diferentes filos, algo que alguém imaginaria uma teoria da evolução completa e robusta pudesse objetivar em fornecer.

Como matemático e experiente programador em computador, eu acho desconcertante que os algoritmos genéticos e outros algoritmos evolutivos são apontados como evidência de que a evolução funciona. Os princípios fundamentalmente falhos nos quais as “experiências” são baseadas e a simplicidade risível dos sistemas “evoluídos”, os dois têm mais a dizer sobre o fracasso da evolução em produzir as inovações significativas do que sobre a robustez da teoria da evolução.

O fato de que nenhuma teoria naturalista satisfatória da origem da vida foi apresentada e testada com êxito, atesta certamente para a inadequação do naturalismo filosófico como base da ciência ou realmente do conhecimento humano. Mais preocupante é articulação deliberada dos naturalistas filosóficos em segregarem da evolução a questão da origem da vida a fim de fortalecer o sucesso aparente da última como uma teoria puramente naturalista.

Como acadêmico eu considero embaraçoso descobrir que uma fraude é feita da ciência evolutiva em muitas universidades ao redor do mundo onde a evidência no nível da análise bem simplificada que os livros-texto dão ao assunto, é apresentada como a razão para crença na teoria da evolução. Além disso, é embaraçoso que muitos livros didáticos apresentem somente o que pode ser descrito como evidência fraudulenta a favor da evolução para os alunos, conforme descrito por Jonathan Wells no seu livro “Ícones of Evolution” [Ícones da Evolução, tradução em andamento no Brasil].

Finalmente, e acima de tudo, eu nunca cesso de ficar surpreso com a suprema arrogância da ciência, que pressupõe que deve extinguir todas as outras afirmações de verdade somente porque ela se apóia na lógica e na razão, enquanto que ao mesmo tempo exclui através de dedicação resoluta aos princípios naturalistas, aquilo que afirma extinguir, isto é a possibilidade de uma primeira causa sobrnatural (i.e., não naturalista), ou ainda pior, a possibilidade de design ou de um designer, seja sobranatural ou não. Tal arrogância ultrapassa a crença.

Eu creio que nós já chegamos ao ponto atual na história da ciência buscando sistematicamente a evidência para apoiar as nossas conjecturas favoritas, em vez de ativamente buscar evidência que confirma independentemente as conclusões alcançadas por outras linhas de pesquisa científica. Nós temos nos inclinado em focar nos resultados de trabalhos individuais em vez do conglomerado de evidência de todos os trabalhos semelhantes. * Nós ficamos satisfeitos com a evidência que apóia meramente, em vez da evidência que implica fortemente as nossas conclusões declaradas. Nós temos falhado em quantificar as nossas afirmações, satisfazendo a nós mesmos em vez disso com amplas declarações generalizadas que não têm nenhum significado quantitativo intrínseco. Nós temos tirado demasiadas conclusões de experimentos onde não há exemplos estatisticamente relevantes. Nós temos ficado demasiadamente com interpretações post hoc da evidência onde a conclusão desejada não apareceu para ser apoiada por ela. Nós não temos buscado falsear as conjecturas populares através de uma experimentação séria intencionalmente planejada para detectar contra-exemplos de afirmações populares. Nós temos permitido o consenso reinar. Nós não temos reagido fortemente o suficiente pelas notas de divulgação à imprensa de informações sensacionalistas extremamente simplista e de artigos na mídia que enganam deliberadamente os membros do público com respeito à importância e robustez relativa dos resultados. Mais importante de tudo, nós temos feito o hábito de fazer uma forte declaração com apenas evidência fraca, a fim de garantir o aporte de recursos financeiros e aumentar o prestígio. A cada semana notas de divulgação à imprensa são feitas descrevendo alguma nova descoberta, que é apresentada como a confirmação de uma hipótese favorita que de fato vai de encontro à evidência e afirmações feitas na semana anterior com respeito a uma hipótese diferente.

O público fica com a visão de que a ciência está sempre progredindo, quando na verdade a evidência limitada que aparentemente apoiou a hipótese proposta não tem nenhum chance de estabelecer aquilo que é proposto e contradiz aquilo que veio antes, e que aparecerá na próxima semana no mesmo jornaleco.

É minha opinião que todo o edifício da evolução seja tal hipótese. Um grande número de hipóteses mutuamente contraditórias ou uma série de hipóteses, a soma da qual é suficiente para explicar tudo, é proposta, cada hipótese afirmando explicar algum aspecto da evolução da vida na Terra. Uma pequena equipe de pesquisadores irá procurar a evidência para apoiar a sua hipótese favorita. Quando eles acham até mesmo uma pequena peça de evidência que parece apoiar a sua desejada conclusão, ela é apresentada numa luz que a faz parecer como prova positiva da conclusão proposta. Enquanto isso, outros pesquisadores trabalham para o estabelecimento de suas bizarras afirmações, e todo o mundo, inclusive os próprios pesquisadores são deixados com a impressão de que há uma variedade esmagadora de evidência que apóia amplamente a teoria da evolução. Isso acontece embora as descobertas de trabalhos individuais discordem. Cada professor [universitário] de geologia e biologia sabe disso, mas poucos estão querendo afirmar ou até admitir para si mesmos de que esse é o estado das coisas. Em vez disso, eles afirmam que a teoria da evolução é um sistema robusto e amplo que explica adequadamente a variedade da vida encontrada na Terra hoje e no passado.

Eu acho improvável que a minha posição em relação à evolução mudará drasticamente no futuro próximo, [quando] o estado das coisas sendo tão ruim. Portanto, eu não vejo razão por que meu nome não deveria ser adicionado a esta lista de cientistas com PhD. dissidentes da teoria da evolução.

Atenciosamente,

Dr. William Hart. PhD. Matemática
Atualmente Professor Assistente de Matemática
University of Illinois – Urbana-Champaign

*Algumas pessoas podem perceber os comentários onde eu uso o pronome “nós” como uma admissão minha a favor da universidade onde eu trabalho que “nós” falhamos em aplicar o método científico. É claro que não é essa a intenção daqueles comentários. Eu quis apenas dizer nós no sentido amplo de “nós acadêmicos” entre os quais eu me incluo, apesar da minha discordância profissional sobre a questão da evolução.

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P. S.: Fonte segura afirmou para este blogger que um professor de expressiva universidade pública brasileira já assinou esta lista. Podem aguardar a reação vociferante canina da Nomenklatura científica tupiniquim! Ou o silêncio tumular para não dar publicidade ampla a este crítico científico. Fico com a última.

Quando li a expressão “jornaleco” na carta do Dr. Hart, eu só pude me remeter aos nossos jornalecos como a “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo”, “O Globo”, enfim, a Grande Mídia pela sua cobertura acrítica da teoria geral da evolução há mais de uma década, apesar das insistentes abordagens deste blogger junto às editorias de ciência. Não existe jornalismo científico objetivo e isento no Brasil. A GM está atrelada à Nomenklatura científica e reza pela “Bíblia” de Darwin. É 'síndrome do soldadinho de chumbo e das maria-vai-com-as-outras'. E eles posam como intelectuais independentes e avant-garde! Nada mais retrógrado e deplorável!

Ernst Mayr ‘falou e disse’: o método por excelência em biologia é ‘estória da carochinha’

sábado, março 25, 2006

Na contracapa do livro “Biologia, Ciência Única”, de Ernst Mayr, São Paulo, Companhia das Letras, 2005, lê-se:

“A teoria da evolução por seleção natural se encontra mais uma vez sob ataque, um século e meio após a publicação de Origem das espécies. Ninguém melhor do que Ernst Mayr, o “Darwin do século XX”, para mostrar que ela está continua de pé. A evolução é fato, não só teoria, repete Mayr nos doze ensaios deste volume de combate contra a noção de que a biologia seja uma disciplina pouco rigorosa. O decano dos evolucionistas sai em defesa da ampliação do conceito de investigação científica, reabilitando as narrativas históricas [sic] que reconstroem o que não se pode repetir – método por excelência [sic] da biologia, ciência única que habita a fronteira entre a física e as humanidades”.

Por que a teoria da evolução por seleção natural ‘se encontra mais uma vez sob ataque’? Porque mesmo antes da publicação de Origem das Espécies, as especulações transformistas de Darwin sofreram críticas dos cientistas do seu tempo, sendo St. George Jackson Mivart o mais contundente deles. Darwin levou a sério e tentou responder esses críticos escrevendo 4 capítulos: 30% de sua obra. Não conseguiu e nem os seus discípulos de então e nem os atuais.

A evolução é um fato, Fato, FATO! e não apenas uma teoria é o clichê preferido dos darwinistas fundamentalistas. Só que o termo ‘evolução’ é muito elástico – explica tudo e não explica nada. Que a microevolução é um FATO não se discute, mas afirmar que a macroevolução é um FATO, aí sim, há controvérsia desde o tempo de Darwin.

Imagine só, naquela época o conhecimento de biologia era tão rudimentar que hoje, qualquer aluno de ensino médio sabe muito mais biologia do que Darwin. Nem a complexidade de uma célula ele tinha conhecimento. Conseguiu a adesão de cientistas tão ignorantes desse fato científico quanto ele.

A biologia é sim uma ciência pouco rigorosa e os evolucionistas de carteirinha sofrem de inveja da física por causa de Newton. A biologia nos deu Darwin, um teólogo agnóstico e naturalista por hobby, mas ainda não nos deu um Newton. Nem Mayr se aproximou disso, apesar de ser laudado como “o Darwin do século XX”.

Qual a saída então para salvar Darwin? Mayr ampliou o conceito de investigação científica – as narrativas históricas foram reabilitadas como método! Por quê? Porque elas ‘reconstroem o que não se pode repetir’. Durma-se com um barulho desses – narrativas históricas têm suficiência epistêmica para demonstrar o FATO da evolução!

Além disso, o ‘decano dos evolucionistas’ considera essas narrativas como “método por excelência da biologia”. Alguém já falou que a teoria geral da evolução é uma estória da carochinha. Mayr endossou a tese sem querer querendo... E ainda dizem que as civilizações antigas tinham explicações primitivas e esdrúxulas sobre a origem e a evolução do universo e da vida...

Kevin Kelly ‘falou e disse’ muito antes de mim: eles são pós-darwinistas!

quinta-feira, março 23, 2006

O intelectual tupiniquim é metido a besta – ele pensa que é universal e original nas suas idéias e conceitos. Eu confesso, sou culpado desse ‘orgulho intelectual’ besta pois eu imaginava ter sido bastante ‘original’ em me rotular ‘pós-darwinista’.

Antes de mim, há mais de uma década, Kevin Kelly disse em relação a um crescente número de cientistas, NOTA BENE não são religiosos fundamentalistas, mas cientistas que duvidam da suficiência epistêmica do neodarwinismo explicar a origem e a evolução da vida:

“Um número de microbiologistas, geneticistas, biólogos, matemáticos e cientistas de computação estão dizendo que há muito mais na realidade do que no darwinismo... Eu os chamo de os ‘pós-darwinistas’... A divergência deles é com a natureza do alcance geral do argumento darwinista, no fato de que no final [o darwinismo] não explica muito, e a evidência emergente de que somente o darwinismo possa não ser suficiente para explicar tudo o que nós vemos... O que mais está funcionando dentro ou além da evolução [sic] como nós a entendemos?” in “Out of Control: The New Biology of Machines, Social Systems, and the Economic World”, Cambridge, Mass, Perseus, 1994, p. 365-66.

Interessante a pergunta de Kelly: “O que mais está funcionando dentro ou além da evolução [sic] como nós a entendemos?”. A única resposta possível é: Design inteligente!

Pensar que eu tinha me considerado original em ser um ‘pós-darwinista’ quando já havia muitos cientistas bem antes de mim indo nesse ‘caminho de Damasco epistemológico’. Tudo bem, ninguém pode ser original sempre, mas é confortante saber que eu estou em boa companhia – a dos céticos científicos de Darwin!

St. George Jackson Mivart, nomeio você ‘o patrono dos céticos científicos de Darwin’. Rapaz, você foi eclipsado INTENCIONALMENTE como cientista somente por causa de suas motivações existenciais-religiosas. Esqueceram o mais importante: as suas críticas científicas devastadoras à teoria da seleção natural. Você está sendo vindicado, Mivart. Desculpe a intimidade e irreverência, Saint George Jackson Mivart!

Aprovado unanimemente programa educacional de críticas científicas à teoria darwinista da evolução

quarta-feira, março 22, 2006

Darwinistas fundamentalistas fiquem em paz (por ora), mas isso não aconteceu no Brasil. Ainda. Mas vai acontecer brevemente. Quem viver, verá!

Ontem à noite (21 de março de 2006), o conselho diretor do distrito escolar de Lancaster, no sudeste da Califórnia, votou unanimemente pela adoção de um programa educacional de “Filosofia da Ciência” permitindo aos professores a apresentação de críticas científicas à evolução darwinista. O programa educacional tinha sido apoiado por grupos como o Integrity in Academics [Integridade nas Matérias Acadêmicas] http://www.integrityinacademics.com e o Quality Science Education for All [Qualidade na Educação em Ciência para Todos] http://www.qsea.org.

O novo programa educacional afirma que a teoria de Darwin não deve ser ensinada como um “fato inalterável” e que “as discussões questionando a teoria podem ser apropriadas desde que elas não se afastem do critério atual de fato científico, hipótese, e teoria”. O programa educacional permite o uso de materiais suplementares pelos professores ensinando sobre ciência.

“Isso é um esforço inovador pelo distrito escolar de Lancaster para retirar a educação em ciência do século 19 e lançá-la no século 21”, disse Alex Barning, presidente do grupo Integrity in Academics, que organizou o apoio para o novo programa educacional.

O advogado Larry Caldwell, presidente do grupo Quality Science Education for All, também elogiou o programa educacional. “É revigorante ver as autoridades escolares querendo se levantar contra o fundamentalismo darwinista e dar aos seus alunos uma educação em ciência em vez de doutrinação em ciência”, ele disse. “Afinal de contas, a educação em ciência eficiente tem a ver com ensinar os alunos a fazerem perguntas significantes e seguir a evidência aonde ela for dar”.

Uma nota para a imprensa da Integrity in Academics, que inclui o texto completo do programa educacional, está disponível aqui.

O MEC/SEMTEC já foi notificado por este Autor em 2003 e 2005 sobre duas fraudes e evidências científicas distorcidas favorecendo o FATO da evolução na abordagem das teorias da origem e evolução da vida em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio.

Até agora o MEC/SEMTEC fez ouvidos de mercador, mas não vai poder segurar isso por muito tempo, porque a ciência é a busca da verdade. Doa a quem doer, inclusive aos darwinistas fundamentalistas. Quem viver, verá!

Michael Hawkins, ‘falou e disse’: é preciso coragem suicida para abandonar o rebanho e desafiar a Nomenklatura científica!

sábado, março 18, 2006

“Na verdade, é preciso quase coragem suicida para abandonar o rebanho e desafiar a autoridade do establishment astrofísico. Tipicamente, os artigos que expressem genuinamente novas idéias são recusados para publicação pelos especialistas avaliadores de publicações científicas reputadas baseado no fato de que eles minam os princípios da Física geralmente aceitos. Aqueles que persistem escrever tais artigos geralmente são deixados de lado na comunidade astronômica pelos seus pares”.

Michael Hawkins é astrônomo do Observatório Real de Edinburgh, in “Hunting Down the Universe: the missing mass, primordial black holes and other dark matters”, Little, Brown, 1997, 278p.

Jonathan Barnes ‘falou e disse’: a crítica é a essência da investigação científica!

sexta-feira, março 17, 2006

Os teóricos e proponentes da Teoria do Design Inteligente afirmam que o design é empiricamente detectado na natureza e que certos eventos no universo são melhor explicados por causas inteligentes. Além disso, nós também somos conhecidos como críticos científicos severos e impertinentes das atuais teorias da origem e evolução da vida. Os ultradarwinistas não gostam de nenhuma dessas de nossas características. A segunda então tem sido um verdadeiro pesadelo kafkiano para eles.

Paixões subjetivas à parte, as críticas científicas rigorosas que fazemos ao neodarwinismo [teoria epistemicamente morta há um quarto de século – Gould, Margulis e Provine] e à teoria da origem da vida de Oparin-Haldane [aqui o status científico da teoria é ZERO!] deveriam ser melhor recebidas pela Nomenklatura científica. Afinal de contas, como bem disse Jonathan Barnes:

“Costuma-se dizer, por vezes, que a essência da investigação científica é a crítica [sic], na medida em que a ciência vive da constante avaliação crítica de teorias e argumentos”, in “Filósofos pré-socráticos”, São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 26.

Nota Bene: Barnes diz que os críticos contribuem para o avanço da ciência! Melhor elogio do que este nós do DI ainda estamos por ouvir de nossos interlocutores. A inconsciência deles [vitimada pela ideologia materialista] não permite que digam esta boa fama de nós.

Senhores, está mais do que na hora de se avaliar criticamente o atual paradigma. Urgentemente. E ainda dizem que somos nós da TDI que ‘impedimos’ o avanço da ciência!

Fui..., mas volto!

Niles Eldredge ‘falou e disse’: nós cientistas somos um bando de ‘maria-vai-com-as-outras’!

quinta-feira, março 16, 2006

O darwinismo é a ideologia que define e perpassa toda a nossa realidade. É o darwinismo qua ideologia que dá o tom em nossa cultura. E não se pode cantar nem dançar em outro tom. Contestar Darwin-ídolo é ser considerado portador de ‘pensamento desviante’, ‘herege’, ‘crente da Terra plana’, ‘não sabe fazer ciência’, etc.

Como ciência, a teoria geral da evolução darwinista está cheia de buracos igual queijo suíço, alguns deles são tapados rapida e regularmente pelos ‘guarda-cancelas epistemológicos’. Esta inusitada operação ‘tapa-buracos’ ficou bem caracterizada pela declaração ousada, abusada e comprometedora de Niles Eldredge sobre o comportamento de seus colegas paleontólogos durante cinco décadas:

“Nós preferimos uma tácita aceitação coletiva [sic] da história da mudança adaptiva gradual, uma história que se fortaleceu e se tornou mais aceita quando a síntese [neodarwinista] se estabeleceu. Nós paleontólogos temos afirmado que a história da vida apóia esta interpretação, sabendo realmente o tempo todo que ela não apóia [sic]”. [Citado in R. Augros e G. Stanciu, The New Biology (1987), p. 175].

Trocado em miúdos: nós cientistas não seguimos as evidências aonde elas forem dar, mas seguimos cega e obedientemente o ‘consenso científico’, i.e.: nós somos ‘soldadinhos de chumbo’!

Quando os cientistas fazem ciência apoiando-se cegamente nessa ‘tácita aceitação coletiva’ (o chamado ‘consenso científico’ – eu chamo de ‘síndrome de maria-vai-com-as-outras’) em detrimento da verdade científica das evidências, eles não estão mais fazendo ciência, mas a defesa escancarada de uma ideologia que posa como ciência – o materialismo filosófico que eles confundem com sendo a metodologia naturalista.

No inconsciente coletivo os cientistas são tidos como pessoas de espírito livre, de alçarem vôos com pensamentos inovadores, polêmicos e até controversos. Eles poderiam até ser realmente mais livres e criativos, se a KGB da Nomenklatura científica não impedisse que esses espíritos livres voassem mais livremente com suas idéias e teorias inovadoras.

O darwinismo tem se mostrado exímio e insensível castrador epistêmico. Cruz credo!

As cinco ‘grandes questões’ atuais ainda não respondidas em biologia evolutiva

quarta-feira, março 15, 2006

Fonte: Nature Review Genetics (Fevereiro de 2006)
Dos seguintes artigos: “Digital genetics: unravelling the genetic basis of evolution” por Christoph Adami

Nature Reviews Genetics 7, 109-118 (February 2006) doi:10.1038/nrg1771

A evolução pode ser predita? Quantos eventos aleatórios modelam o resultado da evolução? Qual é o papel da história de uma linhagem e da adaptação? O que aconteceria se nós pudéssemos 'dar um replay' na história evolutiva?

Como ocorre a especiação? A questão original estudada por Darwin ainda não tem uma resposta completa. Os organismos podem especiar-se em simpatria? Quais fatores contribuem para a diversidade das espécies e quais mecanismos impedem isso?

Qual é a vantagem do sexo? Sob quais circunstâncias a recombinação é benéfica para a linhagem? Como que tais benefícios podem superar o custo duplo do sexo?

Há uma tendência na evolução da complexidade biológica? A evolução darwinista implica uma complexidade sempre crescente? Se houver tal tendência, qual papel tem a co-evolução? Quais são os fatores responsáveis pelas interrupções de complexidade?

Como que a vida e a evolução começaram? Como que os sistemas químicos mudam de um regime puramente termodinâmico para uma era de informação de replicação evolucionária? Há princípios gerais envolvidos nessa transição? Qual é a probabilidade da vida em uma química não-terrestrial?

Das cinco questões listadas acima, as primeiras quatro estão sendo consideradas usando-se abordagens teórica, computacional e experimental, inclusive genética digital. Para a quinta (Como que começou a vida?), as experiências com organismos biológicos são obviamente impossíveis, mas há uma chance que a genética digital possa lançar luz em alguns aspectos desta questão no futuro, muito embora os auto-replicadores também sejam extremamente raros na química digital (estimado em 1 auto-replicador entre 1015 seqüências geradas aleatoriamente no máximo). Recentemente, um algoritmo de 'bioassinatura' que tinha sido originalmente planejado para detectar vida extraterrestre ‘detectou’ com êxito vida digital (E.D. Dorn e C.A., observações não publicadas).

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Será que a conferência sobre a teoria da evolução na USP (18-20 de maio) trará mais luz sobre essas dificuldades? Eu continuo cético, mas posso desde já garantir que verei, sem dúvida, a emissão de mais ‘notas promissórias epistêmicas’ que nunca serão resgatadas empiricamente. Mas, não se esqueçam que Darwin-ídolo tem crédito amplo geral e irrestrito junto à banca da Nomenklatura científica. Elas serão ‘honradas’ com mais ‘estórias da carochinha’...

Lövtrup ‘falou e disse’: o ‘mito darwinista’ [a TGE] é o maior de todos os enganos da história da ciência!

sábado, março 11, 2006

“Eu acredito que um dia o mito darwinista [sic] vai ser considerado o maior de todos os enganos da história da ciência. Quando isso acontecer muitas pessoas farão a pergunta: Como é que isso aconteceu?” Lövtrup, Soren. “Darwinism: The Refutation of a Myth”, London: Croom Helm, 1987, p. 422.

Como é que isso aconteceu? No seu livro “1984” Orwell falou que a ‘ortodoxia’ é ‘inconsciência’? Isso somente aconteceu devido à ‘síndrome do soldadinho de chumbo’ – nunca ousaram questionar Darwin-ídolo. E deu no que deu – um ‘mito secular’ muito bem elaborado e blindado de quaisquer críticas, mesmo as científicas, substituindo supostos ‘mitos de criação’ de tradições religiosas.

Só está faltando aparecer o Finéias-iconoclasta de Darwin para ‘dessacralizar’ de vez o mito secularizado de criação! Gorbatchev com sua ‘glasnost’ e ‘perestroika’ em política está para o Finéias-iconoclasta em biologia evolutiva. O muro de Berlim e o ‘Império do Mal’ [antiga URSS] caíram sem uma guerra nuclear. Darwin-ídolo cairá da mesma forma – silenciosa, mas ruidosamente! Seu pedestal epistemológico está rachado desde 1859... St. George Jackson Mivart, entre muitos contemporâneos de Darwin, que o diga.

Perguntar não ofende: A origem e evolução da vida na Terra podem ser explicadas somente por causas meramente naturais?

A resposta que tem sido dada pronta e impensadamente a esta pergunta é: Sim!

Ora, se a resposta é tão simples assim, aqui vai um pequeno desafio para os alunos do ensino médio e superior. Perguntar não ofende ninguém. Questionem seus professores de biologia sobre a evolução química e biológica, pois eles e os autores dos livros-texto – ou qualquer outro cientista, até laureados com Prêmio Nobel – devem saber quais foram as causas naturais unicamente responsáveis pela existência da lista dos seguintes eventos bióticos extremamente complexos:

1. As primeiras moléculas de RNA auto-replicantes.
2. As primeiras proteínas.
3. O ribossomo.
4. O código genético de 64 trinucleotídeos (e suas variantes).
5. A primeira célula.
6. A primeira célula eucariótica.
7. A multicelularidade em plantas e animais.
8. A diferenciação e especialização celular.
9. Os planos corporais do filo animal.
10. Os órgãos sensoriais complexos (ex.: olhos, ouvidos, antenas) e os sistemas nervosos associados.

A resposta de um cientista academicamente honesto vai ser: “Eu não sei quais foram as causas naturais responsáveis por toda a diversidade e complexidade biótica que encontramos na natureza”. Sendo assim, parece que o acaso e a necessidade (mutações mais seleção natural) estão precisando aqui de causas inteligentes para que tudo isso seja provável de ocorrer.

Não vale ‘notas promissórias epistemológicas’ para responder este ‘simples questionário de dificuldades’, pois este é o recurso amplamente usado pela Nomenklatura científica: o naturalismo metodológico posando qua ciência.

Empirica empirice tratanda – As coisas empíricas são consideradas empiricamente!

George Orwell ‘falou e disse’: não pensar é inconsciência!

Fui materialista e ateu-marxista. Sei muito bem o que é a ‘síndrome do soldadinho de chumbo’: recitar tudo e somente aquilo que diz a Nomenklatura, não questionar nunca as ‘verdades’ incontestes do(s) ídolos(s) da tribo (na época, Marx e Lenin). Os que ousaram, a História registra, pagaram com suas vidas ou foram exilados para o Gulag na Sibéria (Alexander Solzhenitsyn – Nobel de Literatura de 1970, nós precisamos de você urgentemente para iluminar alguns de nossos bárbaros intelectualizados que pontificam em nossa Grande Mídia sobre vários assuntos).

Hoje, Darwin-ídolo, não pode sequer ser questionado na Akademia (com ‘k’ mesmo!) sob pena de sabe-se lá o que em termos acadêmicos. Na ‘síndrome do soldadinho de chumbo’ o discurso é uniforme e horizontal seguindo as diretrizes dogmáticas do ‘partidão’ – ninguém ousa pensar criticamente do ídolo que demanda adoração exclusiva sem questionamentos.

No seu livro famoso 1984, George Orwell ‘falou e disse’: “A ortodoxia significa não pensar – não precisar pensar. A ortodoxia é a inconsciência”. Esta sentença descreve muito nitidamente o que ocorre nas fileiras dos soldadinhos de chumbo de Darwin: a inconsciência das insuficiências das atuais teorias da origem e evolução da vida.

Vem aí uma conferência sobre a Teoria Geral da Evolução na USP em maio de 2006. http://www.eventus.com.br/bioconferences

Pensar que eles se julgam o supra-sumo da consciência inteligente... A conferir com as evidências encontradas na natureza!

O ensino objetivo dos ‘FATOS’ e ‘FÉ’ em ciência nos livros-didáticos

Geralmente nós nos deparamos com declarações de cientistas sobre a Teoria Geral da Evolução (TGE) sendo um FATO científico inconteste assim como a Terra gira em torno do Sol e de si mesma, que é um FATO científico estabelecido como a lei da gravidade. Nada mais falso e academicamente desonesto. Intramuros, onde ainda se pode debater e questionar Darwin, a conversa é muito diferente. Os cientistas ‘duvidam’ e exteriorizam suas dúvidas. Nossos livros didáticos não lidam com isso e nossos alunos do ensino médio e superior não podem sequer se darem ao luxo de questionar certos ídolos de tribos.

O ‘registro fóssil’ é amplamente utilizado nos livros-texto como sendo uma ‘sólida evidência’ a favor da TGE. Nós encontramos nos maiores especialistas uma certa dúvida que incomoda os ultradarwinistas:

“Nós nos deparamos mais com um grande salto de fé que a mudança gradual, progressiva e adaptiva que inspira o padrão geral de mudança evolutiva que nós vemos nas rochas do que qualquer sólida evidência”, Eldredge, N. e Tattersall, I., in “The Myths of Human Evolution”, Columbia University Press, 1982, p. 57.

Nossos melhores autores escrevem seus livros didáticos seguindo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Médio e a Lei de Diretrizes Básicas (LDB) 9.394/96 que preconiza no Art. 35, I, III que o ensino médio tem entre suas finalidades habilitar o educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico.

Os PCNs do Ensino Médio, nas suas Diretrizes Curriculares Nacionais (Competências e Habilidades das Ciências Naturais) afirmam que o currículo deve permitir ao educando “compreender as ciências como construções humanas, entendendo que elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas...” e que “a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar”.

O que nós vemos no conteúdo é justamente o oposto, contrariando justamente o espírito da objetividade de ensino pretendida pelo PCN e pela LDB: não se pode ter autonomia intelectual e nem pensamento crítico em relação as teorias de Darwin.

Sobre isso, seria bom nossos autores considerarem atentamente uma voz importante e inuspeita nesta questão essencial para o rigor do método científico – a dúvida:

“Esta liberdade para duvidar [sic] é uma questão importante nas ciências e, eu creio, em outras áreas. Ela nasceu de uma luta. Foi uma luta para ser permitido a duvidar, a não ter certeza. E eu não quero que nós esqueçamos a importância da luta e, por tabela, deixar a coisa morrer. Eu sinto uma responsabilidade como um cientista que sabe o grande valor de uma filosofia da ignorância satisfatória [sic], e do progresso tornado possível por tal filosofia [sic], progresso que é o fruto da liberdade de pensamento [sic]. Eu sinto uma responsabilidade de proclamar o valor desta liberade [sic] e ensinar que a dúvida não é para ser temida [sic], mas que deve ser bem-vinda [sic] como uma possibilidade de um novo potencial para os seres humanos. Se você souber que você não tem certeza, você tem uma chance de melhorar a situação. Eu quero exigir esta liberdade para as futuras gerações [sic].

A dúvida é nitidamente um valor nas ciências [sic]. Se é em outras áreas é uma questão aberta e um assunto incerto. Eu espero nas próximas palestras discutir esse mesmo assunto e tentar demonstrar que é importante duvidar [sic] e que a dúvida não é uma coisa temível, mas uma coisa de valor muito grande [sic]”. Richard Feynman, in “The Meaning of It All”, p. 28.

Há vozes do passado internacionalmente reconhecidas como Pierre-Paul Grassé. Ele foi presidente da Academia de Ciências da França e tido como uma ‘enciclopédia’ de conhecimento em TGE. Grassé foi mais incisivo e contundente quanto ao FATO da TGE:

“Hoje o nosso dever é destruir o mito da evolução [sic], considerado como um fenômeno simples, entendido, e explicado que permanece se desdobrando rapidamente diante de nós. Os biólogos devem ser encorajados a pensar sobre as fraquezas e as extrapolações que os teóricos desenvolvem ou colocam como verdades estabelecidas [sic]. O engano algumas vezes é inconsciente, mas nem sempre, pois algumas pessoas, devido ao seu sectarismo, propositalmente passam por cima da realidade e se recusam reconhecer as inadequações e falsidade de suas crenças [sic]”. Grassé, Pierre-Paul Evolution of Living Organisms Academic Press, New York, N.Y., 1977, p.8

Uma voz respeitável e mais recente fala sobre o FATO da TGE ser defendida como se fosse um DOGMA DE FÉ RELIGIOSA:

“E certamente, não há nenhuma dúvida a respeito disso, que no passado, e eu acho que também no presente [sic], para muitos evolucionistas, a evolução tem funcionado como algo com elementos que são, digamos, parecendo ser uma religião secular [sic]... E isso parece muito claro para mim que em algum nível muito básico, a evolução como uma teoria científica faz um compromisso a um tipo de naturalismo [sic], isto é, que em algum nível alguém vai excluir os milagres e estes tipos de coisas seja o que for”. Ruse, M., “Nonliteralist Antievolution”, AAAS Symposium: “The New Antievolutionism”, February 13, 1993, Boston, MA.

Somos bombardeados que o FATO da TGE é tão certo quanto a lei da gravidade, que a Terra não é o centro do universo [alguém já mediu o centro do universo?] e outros recursos de linguagem de intimidação para ridicularizar e silenciar oponentes. O outro lado da moeda é bem diferente:

“Nós somos informados dogmaticamente que a Evolução é um fato estabelecido; mas nós nunca somos informados quem o estabeleceu [sic], e por quais meios [sic]. Nós somos informados, bastante freqüentemente, que a doutrina [sic] é estabelecida em evidência, e que na verdade esta evidência ‘é daqui em diante acima de toda a verificação, bem como imune de qualquer subseqüente contradição por experiência’ [sic], mas nós somos deixados inteiramente no escuro na questão crucial em que, exatamente, consiste esta evidência”. Smith, Wolfgang, Teilhardism and the New Religion: A Thorough Analysis of The Teachings of Pierre Teilhard de Chardin, Rockford, Illinois: Tan Books & Publishers Inc., 1988, p.2.

E ainda dizem que somente os de tradições religiosas é que são FUNDAMENTALISTAS. Como bem disse Sartre, ‘o inferno são os outros’!

[Material obtido junto a amigos na Academia]

Lewontin ‘falou e disse’ – a seleção natural ‘não é assim uma Brastemp’!

sexta-feira, março 10, 2006

Um dos muitos mecanismos evolutivos para ‘explicar’ a origem e evolução da diversidade e complexidade bióticas é a seleção natural. Embora os darwinistas reconheçam a existência de outros mecanismos, a seleção natural reina suprema entre os mecanismos evolutivos [vide a conferência a ser realizada na USP em maio de 2006 onde vai ser destacada]. Mas, há ‘evolucionistas céticos’ da onipotência da seleção natural em termos de mecanismo evolutivo.

Richard Lewontin, renomado evolucionista ‘falou e disse’: “A seleção natural não explica nada [sic] porque explica tudo [sic]”, in “Testing the Theory of Natural Selection”, Nature, March 24, 1972 p. 181. Traduzido em miúdos, a seleção natural ‘não é assim uma Brastemp’!

A hostilidade gratuita da Grande Mídia tupiniquim para com as tradições religiosas

domingo, março 05, 2006

O blog “Desafiando a Nomenklatura Científica” destina-se unicamente a postar assuntos que se refiram à controvérsia “Darwinismo vs. Design Inteligente”, i.e., a má ciência [fortemente influenciada pelo materialismo filosófico – ideologia] vs. a boa ciência [ir aonde as evidências forem dar, afinal de contas a ciência não é uma questão “Empirica empirice tratanda” – das coisas empíricas, empiricamente consideradas?].

Destacamos também neste blog que tratamos bem a todas as tradições religiosas motivado pelo humanismo e para seguir o que está exarado em nossa Constituição e na Carta dos Direitos Humanos da ONU. Aqui e ali, desde 1985, este escriba tem peitado os diretores de redação, editores e formadores de opinião da Grande Mídia tupiniquim denunciando a agressividade e indisposição gratuitas de seus jornalistas com artigos aleivosos contra algumas tradições religiosas aqui no Brasil. Especialmente os de tradição religiosa cristã (seja na sua versão católica ou evangélica) que é maioria no Brasil.

A Grande Mídia tupiniquim é constituída, na sua maioria, de jornalistas ateus, céticos e agnósticos. Tudo bem, cada qual na sua. Contudo, esses ‘deuses do Olimpo’ a cada dia, em cada página ou espaço que lhes é facultado, reverberam seu ódio gratuito contra os crentes daquelas tradições religiosas. Não adianta reclamar para o diretor de redação porque a única resposta que se recebe é a ‘resposta eletrônica’ de que recebemos a sua carta ou e-mail e que será encaminhado para a devida pessoa, blah, blah, blah! O código de ética dessa turma foi jogado na lata do lixo.

Por que instigar toda uma comunidade que é, até aqui, comunidade ordeira, pacífica e não rancorosa contra os ateus, os agnósticos e os céticos, do jeito como escrevem esses oráculos tartufos do secularismo humanista? Eu não tenho procuração dessas comunidades religiosas, mas não contemporizo com os que desancam aberta e impunemente os que não têm poder de responder e que sequer têm suas respostas publicadas, a não ser por força de ações judiciais de direito de resposta.

Essa turma precisa aprender a viver e a conviver com os ‘diferentes’. Nem que seja pela força jurídico-constitucional. Tradições religiosas, essa turma quer ver vocês nas catacumbas e guetos dominicais exilados e alienados de uma participação política. Eles vão ter que suportar vocês, nem que seja amparado por documento legal do Superior Tribunal Federal. Não tenham medo dessas hienas! Vocês não têm nada a perder, a não ser os grilhões dessa ‘escravidão branca’ imposta pela Grande Mídia. Sejam ousados! Dura lex sed lex neles!

Bem, destilado o meu veneno de Naja tripudians contra esta camarilha tupiniquim, este blog abre espaço para a nota interessante publicada por um filósofo ateu, darwinista, mas que respeita as tradições religiosas. Não vi nada igual que retrate tão bem a situação de nossa taba.

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A hostilidade esquerdista para com a religião
http://www.analphilosopher.com/posts/1141501631.shtml

Michael Ruse, http://www.fsu.edu/~philo/people/faculty/mruse.html como eu, é (1) um filósofo, (2) darwinista, (3) ateu, e (4) respeitador da religião. Ateus militantes como Richard Dawkins, Daniel Dennett, e Brian Leiter, que odeiam a religião e desprezam os religiosos, estão vilificando Ruse por isso.

Vide aqui http://www.uncommondescent.com/index.php/archives/844 e aqui
http://leiterreports.typepad.com/blog/2006/03/will_anyone_hav.html.

Leiter chama os teístas de “teocratas”, como se, dada a chance, eles imporiam as suas crenças religiosas em todo mundo [André Petry, VEJA, esta é especialmente pra você]. Na verdade, é Leiter e a sua espécie que imporiam as suas crenças esquerdistas em todo mundo. (Leia o Leiter por alguns dias. Você descobrirá o quanto que ele é totalitário [André Petry, VEJA, isso também se aplica a você]). Eu estou muito mais preocupado com esses tipos do Dawkins, Dennett, e Leiter [André Petry, VEJA, et al.] conquistando o poder do que com os cristãos (por exemplo) conquistando o poder.

Adendo: Você leu o artigo de Leiter – aquele que coloquei o link? Repare na implicação de que Ruse é (agora) um proscrito. Ele foi expulso, por Leiter, do círculo íntimo dos darwinistas ateus militantes. Isso é pensamento totalitário, meus amigos. Linha partidária; dogma; verdadeiros crentes; falsa consciência; vanguarda do proletariado; etc. Ninguém deve se desviar da linha partidária! Ninguém deve mostrar respeito pelo inimigo! Solidariedade! Leiter daria um terrível agente da KGB. http://en.wikipedia.org/wiki/KGB

Adendo 2: Os darwinistas gostam de dizer que a oposição deles ao ensino da teoria do design nas escolas públicas é meramente profilática. Eles dizem que querem manter a ciência e a religião distintas. Você crê nisso? Leiter e seus camaradas se importam menos com a integridade da ciência (e da educação em ciência) do que eles se importam em suprimir a religião. No final, na visão deles, isso justifica o meio.

Adendo 3: A estratégia jurídica darwinista é cinismo puro e não adulterado: Impugnar os motivos dos que querem o ensino da teoria do design nas escolas públicas. Quão freqüente você já ouvir dizerem que a teoria do design é “realmente” uma tentativa de proselitismo ou doutrinar estudantes impressionáveis? Mas os dois [Darwinismo e Design Inteligente] podem jogar juntos este jogo. Se apoiar o ensino da teoria do design é uma tentativa de infiltrar a religião nas escolas públicas, por que a oposição do ensino da teoria do design não é uma tentativa de suprimir ou destruir a religião? Por que somente os motivos de um lado é questionável? E por que, afinal de contas, nós nos importamos com os motivos? Nós devemos focalizar na teoria do design, não nos motivos (ou propósitos) daqueles que apóiam ou a opõem. Os filósofos foram ensinados a focalizar nas razões e não nos motivos. Leiter parece não saber a diferença.

Adendo 4: O blog Uncommon Descent diz que eu “acertei em cheio”.
http://www.uncommondescent.com/index.php/archives/885#more-885

Ah, caracas meu.

A origem da vida: o ensino objetivo dos livros didáticos de Biologia do ensino médio

sábado, março 04, 2006

Bem, a Universidade de Harvard – um dos maiores centros de saber humano - parece que vai desistir do seu projeto sobre a origem da vida. Então seria bom que doravante a abordagem da origem da vida (abiogênese ou teoria da evolução química, teoria de Oparin-Haldane) em nossos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio considerasse com mais seriedade as opiniões de abalizados especialistas na área:

“O cenário do ‘mundo RNA’ depende de algumas suposições bem rebuscadas sobre a capacidade catalisadora do RNA. Por exemplo, os ribossomos da polimerase do RNA devem ter sido responsáveis pela replicação dos ribossomos do mundo RNA, inclusive eles mesmos (via suas próprias seqüências complementares). A replicação do RNA é uma série de reações mui desafiadora - muito mais desafiadora do que aquelas já conhecidas como sendo catalisadas pelo RNA”.

Bartle, David P. e Unrau, Peter J.
“Constructing an RNA World”
Trends in Biochemical Sciences 24 (1999): M9-M13.

“A evolução molecular não se baseia em autoridade científica. Não há publicação na literatura científica - revistas de prestígio, revistas especializadas ou livros - que descreva como a evolução molecular de qualquer sistema bioquímico real, complexo, ocorreu ou poderia ter ocorrido. Há afirmações de que tal evolução ocorreu, mas nenhuma delas com base em experimentos ou cálculos pertinentes”.

Behe, Michael J. (1996)
Darwin's Black Box
The Free Press, p. 185
A Caixa Preta de Darwin
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997, p. 189.

“Considerando a maneira como a sopa pré-biótica é referida em tantas discussões da origem da vida como uma realidade já estabelecida, vem como certo choque saber que não existe absolutamente nenhuma evidência positiva para a sua existência”.

Denton, Michael
Evolution: A Theory in Crisis
Bethesda, Maryland: Adler and Adler Publishers, 1986
p.261

“Entre uma célula viva e o sistema não-biológico mais altamente ordenado, como um cristal ou um floco de neve, há um abismo tão vasto e absoluto quanto é possível de se conceber”.

Denton, Michael
Evolution: A Theory in Crisis
Bethesda, MD: Adler and Adler Publishers, Inc., 1986
pp. 249-250

“A probabilidade da formação da vida da matéria inanimada é de um para um número seguido de 40.000 [QUARENTA MIL] zeros... É grande o suficiente para enterrar Darwin e toda a teoria da Evolução”.

Hoyle, Fred (1981)
“Hoyle on Evolution,”
Nature, Vol. 294, No. 5837, November 12, p. 148

Sir Fred Hoyle, matemático, astrônomo britânico famoso, formulou a teoria do ‘estado estacionário’ da origem do universo.

“Contudo, a transição de macromolécula para célula é um pulo de fantásticas dimensões, que está além do alcance da hipótese testável. Nesta área, tudo é conjectura. Os fatos disponíveis não fornecem uma base para postular que as células surgiram neste planeta... Nós simplesmente queremos destacar o fato de que não há evidência científica”.

David Green and Robert Goldberger (1967)
Molecular Insights Into the Living Process
New York: Academic Press, pp. 406-407

David Green, bioquímico da Universidade de Wisconsin. Robert Goldberger, bioquímico do NIH - National Institute of Health [Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos].

“Sob condições ligeiramente redutoras, a ação de Miller-Urey não produz aminoácidos, nem produz as substâncias químicas que possam servir como os predecessores de outros importantes blocos de construção de biopolímeros. Assim, ao desafiar a pressuposição de uma atmosfera redutora, nós desafiamos a própria existência da “sopa pré-biótica”, com a sua riqueza de compostos orgânicos biologicamente importantes. Além disso, até agora, nenhuma evidência geoquímica para a existência da sopa pré-biótica foi publicada. Na verdade, um número de cientistas tem desafiado o conceito da sopa pré-biótica, notando que mesmo que ela tenha existido, a concentração dos blocos orgânicos construtores teria sido muito pequena para ser significante para a evolução pré-biótica”.

Noam Lahav (1999)
Biogenesis: Theories of Life's Origins
(Oxford University Press, 1999, p138-139)

“O terceiro passo, de acordo com a nossa hipótese, foi o surgimento gradual de sistemas teleonômicos que, ao redor das estruturas replicadoras, deveriam construir um organismo, uma célula primitiva”. É aqui que se chega à verdadeira “parede muda” porque nós não temos idéia do que poderia ter sido a estrutura de uma célula primitiva... as células mais simples disponíveis para nós estudarmos não têm nada de “primitivo” a respeito delas... O desenvolvimento do sistema metabólico, que, assim que a sopa primordial diluiu-se, deve ter ‘aprendido’ a mobilizar o potencial químico e a sintetizar os componentes celulares, propõe problemas hercúleos. Assim também a emergência da membrana seletivamente permeável sem a qual não pode haver nenhuma célula viável. Mas o principal problema é a origem do código genético e o seu mecanismo de tradução. Na verdade, em vez de um problema, ele deveria ser chamado de um enigma.

O código é sem-sentido a menos que seja traduzido. A maquinaria de tradução da célula moderna consiste de pelo menos cinqüenta componentes macromoleculares QUE POR SUA VEZ SÃO CODIFICADOS NO DNA: O CÓDIGO NÃO PODE SER TRADUZIDO DE OUTRA MANEIRA A NÃO SER PELOS PRODUTOS DA TRADUÇÃO [ênfase no original]. É a expressão moderna do omne vivum ex ovo [toda a vida veio de óvulos, ou idiomaticamente, o que veio primeiro, a galinha ou o ovo?]. Quando e como este círculo se fechou? É excessivamente difícil de se imaginar”.

Jaques Monod (1972)
Chance and Necessity
Collins London, pp 134-135

“Não há concordância sobre o alcance pelo qual o metabolismo poderia se desenvolver independentemente de um material genético. Na minha opinião, não existe base conhecida em química para a crença [sic] de que longas seqüências de reações possam se organizar espontaneamente - e toda razão [sic] para acreditar que elas não podem. O problema de alcançar a especificidade suficiente, seja em solução aquosa ou na superfície de um mineral é tão grave, que a chance de se fechar um ciclo de reações tão complexa quanto o ciclo reverso do ácido cítrico, por exemplo, é insignificante”.

Orgel, Leslie (1998)
“The origin of life - a review of facts and speculations,”
Trends in Biochemical Sciences, 23 (Dec 1998): 491-495. (pp. 494-495)

Thomas Huxley, crendo que o tempo finito e o acaso pudessem produzir vastas quantidades de informação, afirmou que seis macacos datilografando aleatoriamente por milhões de anos, eventualmente iriam datilografar todos os livros do Museu Britânico. Os que fizeram os cálculos matemáticos sabem o contrário.

“Huxley estava completamente errado ao declarar que se fosse permitido um tempo enorme para seis macacos que eles poderiam datilografar aleatoriamente todos os livros do Museu Britânico quando na verdade eles poderiam somente datilografar meia linha de um livro se eles datilografassem pela duração do universo”.

David Foster
“… bandos de macacos batendo aleatoriamente nas máquinas de escrever não poderiam produzir as obras Shakespeare, pela razão prática de que todo o universo observável não é bastante grande para conter as hordas necessárias de macacos, as máquinas de escrever necessárias, e certamente as latas de lixo necessárias para a deposição das tentativas erradas. O mesmo é verdade da matéria viva”.

Fred Hoyle and Chandra Wickramasinghe
Evolution From Space
London: J.M. Dent & Sons, 1981, p. 148

“Contudo, agora se aceita ser altamente improvável que as condições usadas nestes experimentos [i.e., a modelagem de atmosferas altamente redutoras] pudessem representar aquelas da atmosfera arqueana. Mesmo assim, os artigos científicos ainda ocasionalmente aparecem que relatam experimentos modelados nessas condições e explicita ou tacitamente afirmam a presença de produtos resultantes em concentrações reativas “na Terra primordial” ou na “sopa pré-biótica”. A idéia de tal “sopa” contendo todas as moléculas orgânicas desejadas em forma concentrada no oceano tem sido um conceito que induz ao erro contra o qual objeções foram levadas anteriormente (vide, e.g., Sillen 1965). Apesar disso, isso ainda aparece em apresentações populares talvez em parte devido às suas associações degustativas”.

Stephen J. Mojzsis, Ramanarayanan Krishnamurthy, and Gustaf Arrhenius
Before RNA and After: Geophysical and Geochemical Constraints on Molecular Evolution
Chapter 1 of The RNA World: Second Edition, Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1999, p. 6

“Uma causalidade relacionada da aridez orgânica de uma atmosfera quase neutra é o conceito da solução no oceano, tomando-se como certa quase que automaticamente em muita da literatura como sendo o local da evolução química primeva para biomoléculas complexas. A diluição no oceano de compostos químicos solúveis de qualquer fonte frágil é proibida; já esparsas, as moléculas instáveis introduzidas num volume de 1.3 x 10^9 km3 de água do mar são mutuamente não reativas e dificilmente não recuperáveis pela evaporação ou outros meios”.

Stephen J Mojzsis, Ramanarayanan Krishnamurthy, and Gustaf Arrhenius
Before RNA and After: Geophysical and Geochemical Constraints on Molecular Evolution
Chapter 1 of The RNA World: Second Edition, Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1999, p. 7

“Infelizmente para a teoria da semeadura extraterrestre, em todas as amostras nós conferimos que as quantidades de ácido aminoisobutírico [AIB] depositadas eram ou não detectáveis ou desprezivelmente pequenas. Somente uma amostra de gelo, aproximadamente de 4.500 anos, mostrou quantidades detectáveis de AIB. As amostras de gelo datadas de 1908 não mostraram traços disso, indicando que o objeto de Tunguska [Rússia] não trouxe um sinal orgânico apreciável para a Terra. Em sedimentos do limite KT [Período K – Cretáceo e o Período T - Terciário], nós medimos cerca de 0.00005 gramas de AIB para cada centímetro quadrado de superfície do limite KT. Se quantidades semelhantes de AIB estivessem distribuídas por toda a superfície da Terra (uma pressuposição generosa), então, em termos químicos, eles teriam criado dois bilionésimos de solução molar de AIB. Isso é como mexer uma colher de chá de açúcar numa piscina de quase 1.90m do tamanho de um campo de futebol americano – uma sopa muito diluída na minha opinião, para qualquer tipo de química orgânica. O evento de 4.500 anos registrado no gelo teria criado uma solução semelhante de AIB diluído. Mesmo que (como [Carl] Sagan e seus colegas calcularam) o lixo cósmico tenha atingido a Terra pré-biótica 10.000 vezes os níveis atuais, a sopa pré-biótica resultante ainda seria muito fraca, eu creio, para produzir a vida”.

Jeffrey L. Bada, in Cold Start.
“Origins of Life on Earth”
The Sciences, May-June 1995 v35 n3 p. 21(5)

Jeffrey Bada propôs uma teoria da “Sopa Congelada” na qual a Terra primitiva estava completamente congelada devido ao jovem Sol obscurecido, que era somente cerca de 70% tão luminoso então quanto é agora, fornecendo mais estabilidade para as moléculas orgânicas presas no oceano abaixo da camada de gelo. Todavia, como todos os outros modelos pré-bióticos, ela tem algumas falhas sérias.

“As medições de isótopos de oxigênio (Knauth e Lowe 1978) e observações petrológicas (Cost et al. 1980) têm sido consideradas como indicações de altas temperaturas de água associadas com as formações ferruginosas arqueanas. A natureza das rochas sedimentares mais antigas conhecidas dá testemunho para uma hidrosfera líquida persistindo desde os estágios mais antigos da história da Terra registrados há 3.85 bilhões de anos atrás”.

Stephen J Mojzsis, Ramanarayanan Krishnamurthy, and Gustaf Arrhenius
Before RNA and After: Geophysical and Geochemical Constraints on Molecular Evolution
Chapter 1 of The RNA World: Second Edition, Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1999, p15

“Mas, o registro mostra que essa sina gelada não caiu sobre a Terra ou pelo menos não por muito tempo. Não somente existem claros sinais de vida há 3.5 bilhões de anos atrás, há também sinais de água corrente e erosão. E traços de fotossíntese, um padrão de isótopos bem revelador encontrado em rochas marinhas de cerca de 2.7 bilhões de anos atrás faz isso parecer improvável que os oceanos foram constantemente congelados por completo, disse Knoll”.

Richard A. Kerr
Early Life Thrived Despite Earthy Travails
Science, June 25, 1999, v284 n5423, 2112

Outra objeção à teoria da “Sopa Congelada” é que, em geral, os níveis de reação química caem cerca de 50% para cada decréscimo de 10 graus Celsius. Assim, quanto de compostos químicos estaria reagindo se eles estavam num oceano coberto de gelo numa Terra congelada?

A temperatura tem um efeito surpreendente na taxa de reações químicas. As taxas de reação que são insignificantes em temperaturas inferiores podem se tornar sensíveis e até explosivas em altas temperaturas. Uma aproximação útil rudimentar é que a taxa de muitas reações químicas dobra para uma aumento de 10 graus Celsius na temperatura”.

Melvin Merken
Physical Science with Modern Applications, Fifth Edition
Saunders College Publishing, 1993, p 386

“Alguém deve concluir que, contrário ao conhecimento estabelecido e atual, um cenário descrevendo o gênese da vida na Terra por acaso e causas naturais pode ser aceito na base de fato e não de fé ainda não foi escrito”.

Yockey, Hubert P. (1977)
“A Calculation of the Probability of Spontaneous Biogenesis by Information Theory,” Journal of Theoretical Biology, Vol. 67, p. 398

Usando a teoria da informação, o astrofísico Edward Argyle calculou a probabilidade de um organismo ter surgido na Terra primitiva por acaso. Argyle concluiu: “Pareceria impossível para a Terra pré-biótica ter gerado mais do que cerca de 200 bits de informação, uma quantidade aquém dos 6 milhões de bits no E. coli por um fator de 30.000”.

Edward Argyle
“Chance and the Origin of Life”
Extraterrestrials – Where Are They?
Cambridge University Press, 1995
p. 131

O organismo mais simples conhecido que é capaz de existência independente inclui cerca de 100 genes diferentes. Para cada um dos 100 genes diferentes ter sido formado espontaneamente (em 10 bilhões de anos) a probabilidade é de 2 elevado à potência de -100 elevado à potência de 100 (ou uma chance em 10 seguido de 3.000 zeros). Para eles serem formados ao mesmo tempo, e numa proximidade bem rente, a probabilidade é muito menor”.

Michael Hart
“Atmospheric Evolution, the Drake Equation and DNA: Sparse Life in an Infinite Universe”
Extraterrestrials – Where Are They?
Cambridge University Press, 1995
p. 222-223

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A reação típica da Nomenklatura científica é de que a origem da vida não é assim tão importante para a teoria da evolução. Ora, se não é tão importante assim, por que ainda consta em nossos livros didáticos? Alô MEC/SEMTEC, a Nomenklatura científica afirma que a origem da vida não é importante para o ensino da teoria da evolução!

Se os nossos melhores autores não levarem em conta tudo isso acima, eles não estão promovendo a educação objetiva nos seus livros didáticos, mas uma doutrinação deslavada do materialismo filosófico travestido de ciência.

Por que a Universidade de Harvard ‘picou a mula’?

[Material obtido junto a amigos na Academia]

Harvard não vai mais continuar com a iniciativa sobre a origem da vida?

Uma fonte segura declarou em off que a Universidade de Harvard decidiu abandonar o projeto “Origins of Life in the Universe Initiative”.

Razão? Muitos cientistas ficaram preocupados que a iniciativa geraria uma gigantesca montanha de citações fora de contexto. Será que foi mesmo essa ‘a razão’? Ou será que foi o medo de as evidências encontradas pela iniciativa de Harvard demonstrar a insuficiência epistêmica da teoria da evolução química (Oparin-Haldane) e demonstrando-a ser mais uma estória da carochinha do que scientia qua scientia?

Eu fico com a última, pois esses ‘criacionistas fundamentalistas que citam os cientistas fora de contexto’ não têm esta força política tremenda
atribuída pelos cientistas para encerrar uma linha de pesquisa numa universidade de ponta como Harvard. Quem não gostaria de ter a honra científica narcisista de estabelecer o FATO DA EVOLUÇÃO QUÍMICA?

O bom de tudo isso é que os contribuintes americanos não vão pagar essa conta. Harvard vai poder melhor usar os recursos em outras pesquisas mais pragmáticas.

Isso está me cheirando mais a conversa pra boi dormir e muita desonestidade acadêmica para humildemente dizer “Não sabemos!”

“Teoria da Evolução – Princípios e Impacto” ou uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva?

quinta-feira, março 02, 2006

O JC e-mail 2964, órgão da SBPC de 23 de Fevereiro de 2006, publicou o seguinte press release: V São Paulo Research Conference: “Teoria da Evolução - Princípios e Impacto”:

De 18 a 20 de maio, no Auditório da Faculdade de Medicina da USP

Serão revistos os aspectos históricos, filosóficos e biológicos do darwinismo e da teoria da evolução, suas extensões e variantes, e a contribuição que trouxe à teoria da evolução a biologia molecular.

Os aspectos históricos incluirão conceitos recentes sobre as polêmicas referentes ao fixismo e ao criacionismo.

Especialistas renovados instruirão sobre modelos computadorizados da evolução, sobre comparações com a geologia e a botânica. Um curso de introdução à teoria da evolução será associado à Conferência.

A promoção do evento é da Pró Reitoria de Pesquisas da USP.

O evento terá lugar na Av. Dr. Arnaldo, em São Paulo, SP.

Informações no site http://www.eventus.com.br/bioconferences
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Vai ser sem dúvida um grande evento com a presença de grandes nomes. Três coisas, todavia, chamam a atenção:

A primeira é que as insuficiências epistêmicas fundamentais do neodarwinismo não serão sequer debatidas. Isso indica duas coisas: conhecimento desatualizado da atual literatura científica pelos palestrantes (não creio que seja assim) ou uma tentativa de mostrar para o público a robustez e a influência de uma teoria do século XIX na biologia evolutiva do século XXI. Um contra-senso científico diante da atual crise paradigmática que vivemos em biologia evolutiva.

A segunda é que o evento parece mais ser de Relações Públicas para blindar Darwin de quaisquer críticas e continuar polarizando a questão ad nauseam como sendo ‘criacionismo vs. evolução’. A questão hoje não é se as especulações transformistas de Darwin contrariam relatos de criação de textos sagrados de tradições religiosas. A questão hoje é ciência boa vs. ciência ruim.

A terceira é que a Teoria do Design Inteligente sequer é mencionada nos ‘aspectos históricos’. Não se iludam não, eles vão correlacionar a TDI como sendo uma versão de ‘criacionismo’ num smoking barato. O que é inaceitável e execrável num evento promovido por uma universidade pública é que as posições que terão suas idéias combatidas sequer foram convidadas para expor e defender as suas teorias. A universidade é local para o debate de idéias e não o perpetuar da ‘síndrome do soldadinho de chumbo’ do discurso único. A TDI não foi, não é, e nunca será ‘criacionismo’. A Nomenklatura científica teima em fazer esta equiparação porque sabe que a TDI é a sua única rival científica e que tem muita coisa em jogo: a perda de status e poder científicos. Eles serão epistemicamente demonstrados nus.
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O texto abaixo é um projeto parcial de dissertação submetido numa importante universidade brasileira. O nome do mestrando e da universidade onde ele estuda ficam aqui velados para protegê-lo de possíveis investidas da Nomenklatura científica. Isso não será debatido naquele megaevento, mas fica aqui registrado para fins históricos de que alguém se antecipou abordar questões que a Academia não ousa sequer considerar: está na hora de dizer adeus a Darwin.
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Uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva?

O neodarwinismo (teoria sintética) é o paradigma atualmente aceito pela maioria dos cientistas para explicar cientificamente o fenômeno da evolução das espécies. Há, porém, um grupo crescente de cientistas (a quem nomeio de evolucionistas agnósticos) que questionaram a validade científica do modelo neodarwinista. Os historiadores de ciência D. Collingridge e M. Earthy descreveram o neodarwinismo como sendo um paradigma que perdeu a sua capacidade de resolver problemas científicos importantes. [1]

Em 1980, Stephen Jay Gould foi mais criticamente contundente - a síntese neodarwinista foi considerada efetivamente morta apesar de sua persistência como ortodoxia nos livros-texto de Biologia. [2] Em junho de 2005, Massimo Pigliucci, professor no Departamento de Ecologia e Evolução na SUNY [State University of New York] escreveu numa resenha de um livro que o clamor de se revisar o neodarwinismo está se tornando tão alto que, espera-se, a maioria dos biólogos evolucionistas começará a prestar atenção. [3]

Por que a teoria sintética, apesar das discussões e debates sobre suas dificuldades teórico-empíricas tais como: (a) Questões de padrão (como os organismos são interrelacionados e como nós sabemos isso?); (b) Questões de processo (os mecanismos da evolução e os vários problemas em aberto naquela área), e (c) Questões sobre a questão central (a origem e a natureza da complexidade especificada de informação biológica) continua sendo o paradigma aceito pela maioria da comunidade científica? Quais foram/são as estratégias de divulgação (científica/popular), de convencimento e ensino utilizadas para manter o status quo científico para a teoria neodarwinista?

Estas discussões e debates sobre as dificuldades estariam realmente apontando para o surgimento de uma nova teoria da evolução conforme sugerido por Stephen Jay Gould? Estamos assistindo a uma mudança paradigmática em Biologia à la Kuhn? Se assim for, qual é o significado histórico para o atual ensino da Biologia e da História da Ciência Biológica? Está na hora de abandonarmos Darwin? Revisar ou descartar o neodarwinismo? Estamos assistindo a uma iminente mudança paradigmática em Biologia Evolutiva?

Bibliografia:

1. COLLINGRIGDE, D. and EARTHY, M., “Science Under Stress: Crisis in Neo-Darwinism”, in History and Philosophy of the Life Sciences 12:3-26, 1990.
2. GOULD, Steve J., “Is a New Theory of Evolution Emerging?”, in Paleobiology 6: 119-130, 1980.
3. PIGLIUCCI, Massimo, “Expanding Evolution”, in Nature 435, 565-566, 2 June 2005. A broader view of inheritance puts pressure on the neo-darwinian synthesis. Book reviewed: “Evolution in Four Dimensions: Genetic, Epigenetic, Behavioral, and Symbolic Variation in the History of Life” by Eva Jablonka and Marion J. Lamb. Bradford Books: 2005. 462 pp.

Nanotecnologia: design inteligente em ação!

Para os interessados em nanotecnologia, eis um site japonês muito interessante:
http://www.nanonet.go.jp/english/mailmag/2004/011a.html

Mais interessante mesmo é o filme de 34 minutos do mascote da Teoria do Design Inteligente [TDI] – o flagelo bacteriano. Assista ao filme e tire as suas conclusões se um processo lento, gradual e ao longo do tempo seria capaz de criar tal maravilha. Quem tem razão, Darwin, o ‘naturalista inglês’ ou Behe, o cientista americano?

http://www.nanonet.go.jp/english/mailmag/2004/files/011a.wmv

Richard Dawkins no seu livro “O relojoeiro cego” disse: “A biologia é o estudo das coisas complexas que dão a impressão [sic] de ter um design intencional [sic]” [São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 18]. A tese da TDI afirma que o design é ‘real’ e que o ‘design intencional’ pode ser detectado empiricamente, e que tudo isso não pode ser explicado por causas naturais, mas causas inteligentes.

Ora, se o design encontrado na natureza dá somente ‘impressão’ de design, e não é empiricamente detectado, então por que os japoneses estão investindo muito tempo e dinheiro em nanotecnologia ‘copiando’ o design intencional detectados em seus laboratórios? Por que procurar ‘design’ se ele é ilusório?

Entre Dawkins e os japoneses, eu fico com os filhos do Sol Nascente. Eles são mais cientistas, o outro é um mero contador de estórias da carochinha.

Eu recomendo não somente o vídeo, mas todo o site e seus links!

Lynn Margulis ‘falou e disse’: toda a panóplia da terminologia neodarwinista é falaciosa e perigosa!

quarta-feira, março 01, 2006

“Toda a panóplia da terminologia neodarwinista reflete um erro filosófico, um exemplo do século XX de um fenômeno que foi bem designado por Alfred North Whitehead como: ‘a falácia da concretude colocada no lugar errado’. A terminologia da maioria dos evolucionistas modernos não é apenas falaciosa, mas também perigosa porque leva as pessoas a pensar que eles sabem sobre a evolução da vida quando na verdade eles estão confusos e desnorteados [sic]”, in Lynn Margulis e Dorion Sagan, “Acquiring Genomes: A Theory of the Origins of the Species”, p. 29 (Basic Books, 2003), p. 16.

Panóplia era a ‘armadura’ de cavaleiro da Idade Média. Vá saber o que Margulis tinha em mente quando escreveu ‘panóplia da terminologia neodarwinista’. Estaria ela se referindo ironicamente ao poder que uma teoria do século XIX ainda exerce sobre a ciência biológica do século XXI? Darwin nem sabia o que era uma célula!

Nota de esclarecimento e consolo para os ultradarwinistas: Margulis continua evolucionista e acreditando na Teoria Geral da Evolução, apesar de saber tudo isso.

A KGB da Nomenklatura científica em ação nos Estados Unidos

Esta carta contundente de um professor de biologia, evolucionista, que diz tudo quando se ousa questionar Darwin-ídolo. Por se tratar de um documento pessoal, não irei traduzi-lo. Por quê? Para causar mais impacto e, quem sabe, vergonha em alguns pesquisadores brasileiros que se negam reconhecer e lidar com a existência desse tipo de patrulhamento ideológico em nossas universidades.

Bem-vindos ao mundo orwelliano de ‘1984’ já instalado na maior democracia do mundo: os Estados Unidos!

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What it means to be an antidarwinian at the University of Vermont


John A. Davison, Ph.D.
Department of Biology

In 1984 I published the first of a series of papers offering a new hypothesis of organic evolution: "Semi-meiosis as an Evolutionary Mechanism" appeared in the Journal of Theoretical Biology. 1984 also happens to be the title of George Orwell's novel, the significance of which will soon become evident.

I have always enjoyed teaching Introductory Biology and that experience has been instrumental in causing me to question the neo-Darwinian view of the evolutionary process. After leaving the staff of Biology 1 and 2, I introduced a new course designed expressly for non-science majors: Zoology 8 (The Animal World). This course proved to be popular and enjoyed enrollments of around 100 students. The last two lectures were concerned with the mechanism of evolution, and in those lectures I introduced the semi-meiotic hypothesis and contrasted it with the neo-Darwinian view.

Sometime in the fall of 1991 the chairman called a secret meeting of the tenured faculty at which he introduced a petition which served to eliminate Zoology 8 from the departmental offerings. He then exited the room leaving a majority of the faculty to sign the petition. I knew nothing of this until the newspaper appeared and Zoology 8 was missing. I was unable to have the course reinstated. As the course was outside the departmental curriculum, this action was a clear violation of not only my academic freedom but also that of those students who had chosen to study with me.

After the chairman left the university, he was succeeded by a member of the department who was a signatory to the Zoology 8 petition. At that time my salary became fixed and it has remained so ever since. The new chair is also an Associate Dean of the College of Arts and Sciences, a precedent which I regard as dangerous. The chair also arbitrarily relieved me of my two advanced courses, Biology 202 (Quantitative Biology) and Biology 255 (Comparative Reproductive Biology). These courses were electives which had been approved by the department and the Graduate College. I was able with some difficulty to get these courses reinstated only to discover that Biology 202 had been deleted from the catalog, resulting in an enrollment of 3 in contrast to 30 the previous year. The chair also capped the enrollment of Biology 255, an action I was able to reverse by informing the registrar. The chair refused to take responsibility for these actions. The chair introduced the hitherto unknown practice of "peer review", in which a colleague enters the classroom unannounced and later reports his impressions to the chair. The peer the chair chose to review me was a signatory of the Zoology 8 petition. You can imagine the rest! The chair also demanded of all faculty that they surrender to her on two weeks' notice copies of course syllabi and examinations. I am happy to report that I refused to comply. By now I hope you will have noted the identity of these policies with those of the dystopian government of Orwell's 1984: the Thought Police, Big Brother is watching you, etc.

In October 1997 a new president was inaugurated at the University of Vermont. Long before her arrival on campus I informed her of all of the foregoing and more, all of which was fully documented. I was confident that these policies would cease. I never received any acknowledgement of my correspondence thus qualifying as an Orwellian unperson.

I warned the new president that if I should receive a zero raise for the fourth consecutive year, I would do everything in my power to expose the policies of this administration to the intellectual world. That unfortunately has now become necessary, and constitutes the sole motivation for this memorandum. What we are witnessing here is the enormous influence monolithic neo-Darwinism can have in at least one state university.

Orthodoxy means not thinking -- not needing to think. Orthodoxy is unconsciousness.
-- George Orwell, 1984


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Addendum
May 25, 2000

We are now well into the new millennium and my salary remains frozen at the 1995 level. The department launched an inquiry (the Thought Police) into what was being taught concerning the origin of life. I happily supplied the pertinent material from my most recent effort, An Evolutionary Manifesto: A New Hypothesis for Organic Change. No action has as yet been taken but based on my experience, I must anticipate the worst. My chairperson, Judith Van Houten, has denied me the services of the departmental webmaster. Luckily, I was able to find other help for the recent revision of the Manifesto. She also felt it necessary to cancel my course code for the copy machine. I registered a complaint and that has now been rectified.

Being by nature curious, I am interested in the reasons for this special treatment. The following must be considered speculative as I can only base my interpretations on my experience here at the University of Vermont. It seems that chairpersons here are given unbridled authority to deal with their faculty as they choose. In Van Houten's case she is also an Associate Dean in the College of Arts and Sciences so she is in effect her own immediate superior! This raises a serious question as to the function of the academic hierarchy of Chair, Dean, Provost, President, the Board of Trustees and the Governor who is ex officio a member of that board. Is there really any need for this bureaucracy to exist? What is its function?

The issue resolves into a failure to understand what university life is supposed to be all about. A university should foster freedom of thought and make life as pleasant as possible for the faculty, the students and the community it serves. The University of Vermont has failed to implement those ideals. Quite the contrary, it has chosen to treat its faculty as if they were employees. I am reminded of the following anecdote. A few years before running for the presidency of the United States, Dwight D. Eisenhower was appointed president of Columbia University. In his opening speech to the faculty he addressed them as "the employees of Columbia University". A member of the faculty rose and interrupted him with the following: "Mr. Eisenhower, we are not the employees of Columbia University. We are Columbia University."

Of course, to be perfectly objective about this I really cannot place all the blame on Van Houten. It may well be that others in the bureaucracy are responsible for the intolerance that has come to prevail here. I can only say that, in my personal experience, it is of relatively recent origin. In any event, if there really is some sort of chain of command (I see no evidence that there is) then the responsibility rests squarely on the shoulders of each member of that chain as follows: Joan Smith, Dean of the College of Arts and Sciences; Geoffrey Gamble, Provost; Judith Ramaley, President; the Board of Trustees; and Howard Dean, Governor of the State of Vermont.

It is painful for me to have to report that orthodoxy still reigns supreme here at the University of Vermont. The people of this great state deserve better from their educational servants.

John A. Davison