Um Ph. D. em Matemática desafia a Nomenklatura científica americana e declara publicamente: sou cético do neodarwinismo!

domingo, março 26, 2006

Prezados Senhores de http://www.dissentfromdarwin.org ,

Eu sou um Ph. D. em Matemática que recentemente (nos dois últimos anos) examinou atentamente que a afirmação da síntese neodarwinista explica adequadamente a variedade da vida na Terra. Eu li incontáveis textos em geologia, biologia (e cosmologia) num grande número de subdisciplinas e posso afirmar honestamente que eu sou cético de que a evidência aponte para qualquer coisa como a mutação mais seleção natural como sendo a causa da variedade da vida que nós vemos tanto hoje quanto no registro fóssil.

Além disso, eu não acho nenhuma das hipóteses mais envolvidas consistentes. Muitas delas estão sem evidência, ou inferidas de trabalhos que são escolhidos especificamente para apoiar aquela hipótese particular, e mesmo assim o encaixe [da evidência] é pobre. Do mesmo modo, as hipóteses individuais que são citadas como sendo componentes bem apoiados da teoria da evolução, na verdade se contradizem.

Eu tenho sérios questionamentos sobre a convergência ser invocada tão freqüentemente para explicar características em organismos supostamente não-relacionados.

Eu não vejo explicação darwinista satisfatória para a explosão cambriana e sinto que a evidência é bem forte de que isso é uma característica real do registro fóssil, e não uma ilusão. Semelhantemente, a explosão mamífera e as teorias atuais da distribuição das espécies mamíferas no mundo todo trazem mais dificuldade, e na minha opinião, questões não resolvidas.
Eu creio que há uma lacuna real de intermediários fósseis em muitos galhos da “árvore” da vida e vejo muito pouca análise quantificável que sugeriria que isso deveria ser esperado em muitos casos.

A [hipótese da] evolução de dinossauro em aves está em séria dificuldade.

Eu não estou bem convencido de que haja uma conexão entre os achados de Afarensis e o gênero Homo.

Eu vejo que a descoberta contínua de evidência molecular/genética contradizendo as filogenias há muito estabelecidas derivadas de considerações morfológicas e de desenvolvimento é bem danosa à teoria moderna da evolução como é a pletora de árvores contraditórias propostas em quase cada filo de vida. Também há claramente uma profunda falta de compreensão das inter-relações dos diferentes filos, algo que alguém imaginaria uma teoria da evolução completa e robusta pudesse objetivar em fornecer.

Como matemático e experiente programador em computador, eu acho desconcertante que os algoritmos genéticos e outros algoritmos evolutivos são apontados como evidência de que a evolução funciona. Os princípios fundamentalmente falhos nos quais as “experiências” são baseadas e a simplicidade risível dos sistemas “evoluídos”, os dois têm mais a dizer sobre o fracasso da evolução em produzir as inovações significativas do que sobre a robustez da teoria da evolução.

O fato de que nenhuma teoria naturalista satisfatória da origem da vida foi apresentada e testada com êxito, atesta certamente para a inadequação do naturalismo filosófico como base da ciência ou realmente do conhecimento humano. Mais preocupante é articulação deliberada dos naturalistas filosóficos em segregarem da evolução a questão da origem da vida a fim de fortalecer o sucesso aparente da última como uma teoria puramente naturalista.

Como acadêmico eu considero embaraçoso descobrir que uma fraude é feita da ciência evolutiva em muitas universidades ao redor do mundo onde a evidência no nível da análise bem simplificada que os livros-texto dão ao assunto, é apresentada como a razão para crença na teoria da evolução. Além disso, é embaraçoso que muitos livros didáticos apresentem somente o que pode ser descrito como evidência fraudulenta a favor da evolução para os alunos, conforme descrito por Jonathan Wells no seu livro “Ícones of Evolution” [Ícones da Evolução, tradução em andamento no Brasil].

Finalmente, e acima de tudo, eu nunca cesso de ficar surpreso com a suprema arrogância da ciência, que pressupõe que deve extinguir todas as outras afirmações de verdade somente porque ela se apóia na lógica e na razão, enquanto que ao mesmo tempo exclui através de dedicação resoluta aos princípios naturalistas, aquilo que afirma extinguir, isto é a possibilidade de uma primeira causa sobrnatural (i.e., não naturalista), ou ainda pior, a possibilidade de design ou de um designer, seja sobranatural ou não. Tal arrogância ultrapassa a crença.

Eu creio que nós já chegamos ao ponto atual na história da ciência buscando sistematicamente a evidência para apoiar as nossas conjecturas favoritas, em vez de ativamente buscar evidência que confirma independentemente as conclusões alcançadas por outras linhas de pesquisa científica. Nós temos nos inclinado em focar nos resultados de trabalhos individuais em vez do conglomerado de evidência de todos os trabalhos semelhantes. * Nós ficamos satisfeitos com a evidência que apóia meramente, em vez da evidência que implica fortemente as nossas conclusões declaradas. Nós temos falhado em quantificar as nossas afirmações, satisfazendo a nós mesmos em vez disso com amplas declarações generalizadas que não têm nenhum significado quantitativo intrínseco. Nós temos tirado demasiadas conclusões de experimentos onde não há exemplos estatisticamente relevantes. Nós temos ficado demasiadamente com interpretações post hoc da evidência onde a conclusão desejada não apareceu para ser apoiada por ela. Nós não temos buscado falsear as conjecturas populares através de uma experimentação séria intencionalmente planejada para detectar contra-exemplos de afirmações populares. Nós temos permitido o consenso reinar. Nós não temos reagido fortemente o suficiente pelas notas de divulgação à imprensa de informações sensacionalistas extremamente simplista e de artigos na mídia que enganam deliberadamente os membros do público com respeito à importância e robustez relativa dos resultados. Mais importante de tudo, nós temos feito o hábito de fazer uma forte declaração com apenas evidência fraca, a fim de garantir o aporte de recursos financeiros e aumentar o prestígio. A cada semana notas de divulgação à imprensa são feitas descrevendo alguma nova descoberta, que é apresentada como a confirmação de uma hipótese favorita que de fato vai de encontro à evidência e afirmações feitas na semana anterior com respeito a uma hipótese diferente.

O público fica com a visão de que a ciência está sempre progredindo, quando na verdade a evidência limitada que aparentemente apoiou a hipótese proposta não tem nenhum chance de estabelecer aquilo que é proposto e contradiz aquilo que veio antes, e que aparecerá na próxima semana no mesmo jornaleco.

É minha opinião que todo o edifício da evolução seja tal hipótese. Um grande número de hipóteses mutuamente contraditórias ou uma série de hipóteses, a soma da qual é suficiente para explicar tudo, é proposta, cada hipótese afirmando explicar algum aspecto da evolução da vida na Terra. Uma pequena equipe de pesquisadores irá procurar a evidência para apoiar a sua hipótese favorita. Quando eles acham até mesmo uma pequena peça de evidência que parece apoiar a sua desejada conclusão, ela é apresentada numa luz que a faz parecer como prova positiva da conclusão proposta. Enquanto isso, outros pesquisadores trabalham para o estabelecimento de suas bizarras afirmações, e todo o mundo, inclusive os próprios pesquisadores são deixados com a impressão de que há uma variedade esmagadora de evidência que apóia amplamente a teoria da evolução. Isso acontece embora as descobertas de trabalhos individuais discordem. Cada professor [universitário] de geologia e biologia sabe disso, mas poucos estão querendo afirmar ou até admitir para si mesmos de que esse é o estado das coisas. Em vez disso, eles afirmam que a teoria da evolução é um sistema robusto e amplo que explica adequadamente a variedade da vida encontrada na Terra hoje e no passado.

Eu acho improvável que a minha posição em relação à evolução mudará drasticamente no futuro próximo, [quando] o estado das coisas sendo tão ruim. Portanto, eu não vejo razão por que meu nome não deveria ser adicionado a esta lista de cientistas com PhD. dissidentes da teoria da evolução.

Atenciosamente,

Dr. William Hart. PhD. Matemática
Atualmente Professor Assistente de Matemática
University of Illinois – Urbana-Champaign

*Algumas pessoas podem perceber os comentários onde eu uso o pronome “nós” como uma admissão minha a favor da universidade onde eu trabalho que “nós” falhamos em aplicar o método científico. É claro que não é essa a intenção daqueles comentários. Eu quis apenas dizer nós no sentido amplo de “nós acadêmicos” entre os quais eu me incluo, apesar da minha discordância profissional sobre a questão da evolução.

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P. S.: Fonte segura afirmou para este blogger que um professor de expressiva universidade pública brasileira já assinou esta lista. Podem aguardar a reação vociferante canina da Nomenklatura científica tupiniquim! Ou o silêncio tumular para não dar publicidade ampla a este crítico científico. Fico com a última.

Quando li a expressão “jornaleco” na carta do Dr. Hart, eu só pude me remeter aos nossos jornalecos como a “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo”, “O Globo”, enfim, a Grande Mídia pela sua cobertura acrítica da teoria geral da evolução há mais de uma década, apesar das insistentes abordagens deste blogger junto às editorias de ciência. Não existe jornalismo científico objetivo e isento no Brasil. A GM está atrelada à Nomenklatura científica e reza pela “Bíblia” de Darwin. É 'síndrome do soldadinho de chumbo e das maria-vai-com-as-outras'. E eles posam como intelectuais independentes e avant-garde! Nada mais retrógrado e deplorável!