O darwinismo é a ideologia que define e perpassa toda a nossa realidade. É o darwinismo qua ideologia que dá o tom em nossa cultura. E não se pode cantar nem dançar em outro tom. Contestar Darwin-ídolo é ser considerado portador de ‘pensamento desviante’, ‘herege’, ‘crente da Terra plana’, ‘não sabe fazer ciência’, etc.
Como ciência, a teoria geral da evolução darwinista está cheia de buracos igual queijo suíço, alguns deles são tapados rapida e regularmente pelos ‘guarda-cancelas epistemológicos’. Esta inusitada operação ‘tapa-buracos’ ficou bem caracterizada pela declaração ousada, abusada e comprometedora de Niles Eldredge sobre o comportamento de seus colegas paleontólogos durante cinco décadas:
“Nós preferimos uma tácita aceitação coletiva [sic] da história da mudança adaptiva gradual, uma história que se fortaleceu e se tornou mais aceita quando a síntese [neodarwinista] se estabeleceu. Nós paleontólogos temos afirmado que a história da vida apóia esta interpretação, sabendo realmente o tempo todo que ela não apóia [sic]”. [Citado in R. Augros e G. Stanciu, The New Biology (1987), p. 175].
Trocado em miúdos: nós cientistas não seguimos as evidências aonde elas forem dar, mas seguimos cega e obedientemente o ‘consenso científico’, i.e.: nós somos ‘soldadinhos de chumbo’!
Quando os cientistas fazem ciência apoiando-se cegamente nessa ‘tácita aceitação coletiva’ (o chamado ‘consenso científico’ – eu chamo de ‘síndrome de maria-vai-com-as-outras’) em detrimento da verdade científica das evidências, eles não estão mais fazendo ciência, mas a defesa escancarada de uma ideologia que posa como ciência – o materialismo filosófico que eles confundem com sendo a metodologia naturalista.
No inconsciente coletivo os cientistas são tidos como pessoas de espírito livre, de alçarem vôos com pensamentos inovadores, polêmicos e até controversos. Eles poderiam até ser realmente mais livres e criativos, se a KGB da Nomenklatura científica não impedisse que esses espíritos livres voassem mais livremente com suas idéias e teorias inovadoras.
O darwinismo tem se mostrado exímio e insensível castrador epistêmico. Cruz credo!