O adeus de André Petry: ficamos todos órfãos

domingo, março 01, 2009


André Petry, um dos colunistas mais polêmicos de VEJA, deu adeus aos seus leitores numa pequena nota prestando contas de seus 209 artigos escritos de abril de 2004 até março de 2009. Segundo Petry, esses artigos motivaram 3 865 cartas de leitores - a maioria crítica e algumas elogiosas.



Apesar de ter sido o colunista semanal mais lido de VEJA, Petry foi "inapelavelmente destronado pela escritora Lya Luft e sua prosa sensível que tanto cativa os leitores." Eu tenho uma relação de amor e ódio com a Lya Luft, mas ter desbancado o Petry pela sua "prosa cativante" foi demais.

Petry, quem diria, caiu pela pena de uma mulher. Não escrevo isso como imprecação ou triunfalismo contra o Petry: ele era incisivo nas suas críticas, e quem perde somos nós leitores de VEJA. E agora, com quem vamos lidar inteligentemente na VEJA? Diogo Mainardi? Bah, prefiro o Petry.

Petry despediu-se com honra com os números de seus artigos "tão ensolarados, que não são a medida de tudo, mas me servem de consolo diante da qualidade inalcançável do plantel de VEJA, que inclui alguns dos articulistas mais brilhantes do país. Sabe do que falo quem já leu qualquer texto de Roberto Pompeu de Toledo ou J.R. Guzzo." Petry, você se esqueceu do Reinaldo Azevedo, um dos luminares da VEJA.

Petry, obrigado, valeu tê-lo como adversário. Eu vou sentir sua falta, pois você é um contraponto para se entender um pouco melhor esta nossa realidade.

Eurípedes Alcântara, dê mais uma chance para o Petry!

Sem o Petry, ficamos todos órfãos...