”O lamento de Darwin de que “a nossa ignorância das leis da variação é profunda” tem descrito um dos problemas persistentes em biologia evolucionária pelos últimos 145 anos. Como a variação genética – a matéria-prima da evolução – surge dentro das populações, e como evolui para fazer as espécies anatômica e comportamentalmente distintas?
Um dos mistérios centrais da biologia evolucionária tem sido a relação entre a microevolução e a macroevolução. Como pode um entendimento dos mecanismos evolucionários que agem nas populações hoje explicar os tipos de variação que distingue os grupos taxonômicos superiores, tais como os gêneros, as famílias ou até mesmo os filos? Pode o entendimento de processos de níveis populacionais explicar os principais eventos evolucionários tais como a explosão Cambriana – o período em torno de 550 milhões de anos atrás quando começou a vida animal complexa? Talvez sim. Shapiro et al. podem ter descoberto uma prova cabal – um exemplo real de um tipo de mudança macroevolucionária que é produzida por diferenças genéticas entre as populações. Neil H. Shubin e Randall D. Dahn, “Evolutionary biology: Lost and found,” Nature 428, 703 – 704 (15 April 2004).
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Darwin’s lament that “Our ignorance of the laws of variation is profound” has described one of the persistent problems in evolutionary biology for the past 145 years. How does genetic variation – the raw material of evolution – arise within populations, and how does it evolve to make species anatomically and behaviourally distinct?
One of the central mysteries of evolutionary biology has been the relationship between microevolution and macroevolution. How can an understanding of the evolutionary mechanisms that act in populations today explain the types of variation that distinguish higher taxonomic groups, such as genera, families or even phyla? Can an understanding of population-level processes explain major evolutionary events such as the Cambrian explosion – the period around 550 million years ago when complex animal life took off? Perhaps so. Shapiro et al. might have discovered a smoking gun – a real example of a type of macroevolutionary change that is produced by genetic differences between populations. Neil H. Shubin and Randall D. Dahn, “Evolutionary biology: Lost and found,” Nature 428, 703 – 704 (15 April 2004).
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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
Temos aqui a declaração de dois cientistas evolucionistas honestos sobre o status do conhecimento científico sobre a origem das espécies: desde 1859 a ciência não sabe como se dá o fato, Fato, FATO da evolução, a maior ideia que toda a humanidade já teve.
Gente, pensar que o MEC/SEMTEC/PNLEM aprova livros didáticos de Biologia do ensino médio onde o fato, Fato, FATO da evolução é apresentado até com provas de evidênciais encontradas na natureza. Os especialistas acima, com maior conhecimento científico do que nossos melhores autores, dizem o contrário: NÓS NADA SABEMOS SOBRE COMO SE DÁ o fato, Fato, FATO da evolução.
Sr. Ministro da Educação, V. Excia. não pode macomunar-se com esta desonestidade acadêmica desses autores de livros didáticos. O nome disso é 171 epistêmico. Um desafio para todos eles: abram processo por danos morais! Duvido que o façam. Não farão. Sabe por que? Eles sabem que Darwin vai junto comigo para os bancos dos réus...