História interessante publicado no site Evolution News and Views sobre um diálogo entre Craig Venter (famaoso por causa do genoma humano) e Richard Dawkins (famoso por causa do neo-ateísmo). Venter nega a ancestralidade comum, Dawkins não pode acreditar que ele até questionasse isso. Para o diálogo, que também inclui Paul Davies, assista aqui (começa na marca dos 9 minutos). Pesquisadores da origem da vida tais como Ford Doolittle e Carl Woese há algum tempo têm questionado se até existe uma árvore da vida. Agora Venter está seguindo as trilhas deles.
O que é significante não é tanto se Venter está certo (eu penso que ele está certo), mas o que a sua dissidência da ortodoxia darwinista sugere sobre a confusão no estudo das origens biológicas. Se a ancestralidade comum está sendo disputada, o que não está? Imagine a física no século após Newton questionar se até existia tal força como a gravidade de sugerir que ela realmente se decompõe em diversos tipos de forças gravitacionais.
O afastamento de Venter da ortodoxia é ainda mais drástica. O ancestral comum é o sanctum sanctorum da biologia evolucionária. Se os cientistas da estatura de Venter estão agora dessacralizando-o, o que vem por aí?
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NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
Traduzindo em miúdos: Venter disse com todas as letras -- a Árvore da Vida de Darwin é uma miragem! Darwin, Kaput!!! Que venga la nueva teoría de la evolución - a Síntese Evolutiva Ampliada, que não pode ser selecionista e nem ter uma árvore imaginária.
Fui, nem sei por que, pensando: como tem cientistas renitentes como Dawkins que não se rendem às evidências. Dizem as boas línguas que isso é um vício antigo entre os darwinistas -- exemplo aqui no Brasil: Theodosius Dobzhansky teria dito aos alunos da USP que lhe apontaram discrepâncias encontradas nas pesquisas com Drosophila melanogaster e o preconizado pela teoria da evolução (Síntese Evolutiva Moderna) -- "Evidências? Ora, que se danem as evidências, o que vale é a teoria."
Pobre ciência sequestrada pelo materialismo naturalista...