Livro reúne cartas de Charles Darwin
3/11/2009
Agência FAPESP No ano em que se comemoram os 200 anos de nascimento de Charles Darwin (1809-1882) e os 150 de A Origem das Espécies, o público brasileiro pode conhecer outras facetas do naturalista inglês no livro A Evolução: Cartas seletas de Charles Darwin (1860-1870), que acaba de ser lançado pela Editora da Unesp.
A correspondência com amigos, admiradores e críticos proporciona um panorama de uma fase particularmente intensa na vida do cientista, que se seguiu à publicação de seu principal trabalho.
Esse é o segundo volume de cartas publicado pela editora – em seguida ao Origens – Cartas seletas de Charles Darwin (1822–1859) – e mostra o método de trabalho do cientista e o desenvolvimento de seu pensamento desde a época em que era estudante.
A correspondência foi reunida pelo norte-americano Frederick Burkhardt (1912-2007), fundador e editor geral do Darwin Correspondence Project.
A seleção de textos permite ainda descobrir como Darwin era visto por seus contemporâneos, não só amigos mais próximos mas também por contestadores, como os debates que travou com Thomas Huxley e o bispo de Oxford, entre outros.
Título: A Evolução: Cartas seletas de Charles Darwin (1860-1870)
Autor: Frederick Burkhardt
Tradução: Alzira Vieira Allegro
Lançamento: 2009
Preço: R$ 59
Mais informações: www.editoraunesp.com.br/
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A EVOLUÇÃO
CARTAS SELETAS DE CHARLES DARWIN 1860-1870
AUTOR(ES):
BURKHARDT, FREDERICK
TRADUTOR(ES):
ALZIRA VIEIRA ALLEGRO
SINOPSE:
As cartas que Charles Darwin escreveu imediatamente após a publicação de A origem das
espécies não são tão conhecidas quanto seu diário escrito durante a viagem do Beagle ou aquelas que ele escreveu durante o longo período entre seu retorno ao lar e a
publicação do livro. Entretanto, elas merecem ser conhecidas, pois esclarecem muitas
questões fascinantes. Como ele reagiu à sensação causada por seu livro evolucionário?
Quais eram suas posições religiosas, a respeito das quais ele evitava com todo o
cuidado dar explicações em público?
Essas são questões tratadas nas cartas deste volume, que compreendem os anos de 1860 e 1870, uma época em que as teorias de Darwin encontraram suporte em uma série de outras publicações significativas, como Henry Walter Bates, Thomas Henry Huxley e Charles Lyell.
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NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:
Que as cartas de Darwin são interessantes de um ponto de vista histórico da evolução do seu pensamento, não se discute. O que se lamenta é que isso em nada contribui para a discussão da robustez ou não de uma teoria do século 19, revisada no século 20, e que já demanda uma urgente revisão ou descarte como paradigma, e que as editoras universitárias não ousam abordar.
Triste ciência esta da evolução engessada numa idolatria secularizada, culto à personalidade, quando o que interessa hoje no século 21, onde a biologia é uma ciência de informação, o que realmente Darwin explica ou não. O resto, é saudosismo ineficaz, pois a informação sobre o verdadeiro status epistêmico da teoria geral da evolução está ao alcance de um clique no computador: a internet, onde as ideias são livremente debatidas, para vergonha da Nomenklatura científica e de Darwin-ídolo!