O fato, Fato, FATO da evolução é explicado hoje através do neodarwinismo, uma teoria que a Nomenklatura científica sabe ter morrido epistemicamente há quase 30 anos, mas que teima ser “posição ortodoxa e consensual” nos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior.
Uma pergunta bem indiscreta deste blogger:
Se a Nomenklatura científica sabe que esta teoria científica não é corroborada pelas evidências, mas teima aqui e ali afirmar que o fato, Fato, FATO da evolução é explicado por esta teoria, a Nomenklatura científica não está em flagrante descompasso com a verdade científica? E se for assim, o nome para isso não é “desonestidade acadêmica”? Afinal de contas, ciência e mentira não podem andar de mãos dadas, mas formaram e estão formando gerações de cientistas em cima de um embuste epistemológico. Tudo isso com o aval do MEC/SEMTEC/PNLEM.
O fato, Fato, FATO da evolução através da seleção natural, a teoria científica tão bem comprovada quanto a lei da gravidade [será???] é hoje explicado aos alunos como se a teoria de Darwin fosse “epistemicamente robusta” explicando o maior número possível de fenômenos [como explicar se não tem nenhuma lei, a não ser um tal de princípio da seleção natural] e não tivesse dificuldades fundamentais [e como tem] no contexto de justificação teórica. O pior que tem, Darwin não fecha esta conta – explicar a origem das espécies, tanto é que uma nova teoria da evolução está sendo elaborada – Síntese Evolutiva Ampliada, que não será selecionista, e que você ficou sabendo aqui neste blog.
Darwin afirmou que o fato, Fato, FATO da evolução podia ser explicado pela seleção natural, mecanismo evolutivo importante, mas não o único. Atualmente os darwinistas continuam afirmando isso: se não for X então Y, se não for Y então Z, se não for Z então todo o ABC. É transferência horizontal de gene pra cá, transferência vertical de genes pra lá, y otras cositas mais.
Para exemplificar esta “robustez epistêmica”, cito aqui David Stove, um filósofo australiano ateu, numa de suas críticas ao smorgasbord teórico darwinista. [1]
“Se amanhã você descobrisse uma nova espécie de aparência não muito darwiniana, na qual cada par adulto produzisse em média 100 descendentes, mas que o pai sempre matava todos eles bem jovens, exceto um que era escolhido por algum processo randômico, não levaria mais do que dois minutos para um neodarwinista vestido com armadura “provar” que esta estratégia reprodutiva, apesar de sua superficialmente contra-indicação, é na verdade a estratégia otimizada para aquela espécie. E o que é mais impressionante, ele será capaz de fazer a mesma coisa mais tarde, se for demonstrado que a espécie tinha sido descrita erroneamente da primeira vez, e que na verdade o pai sempre deixa vivo três dos seus cem descendentes. Na casa neodarwinista há muitas mansões: tantas, na verdade, que se determinado fato estranho não couber numa mansão, certamente há outra na qual encaixará para ser admirado.” [2]
Uma teoria assim tão elástica em seus mecanismos, é uma teoria que deve ser melhor discutida naquilo que se propõe entregar e nunca entrega: o fato, Fato, FATO da evolução. Do jeito que está não pode ficar. Alguma coisa precisa ser feita.
NOTAS:
1. “smorgasbord” é uma palavra sueca que significa um prato feito com uma variedade de comidas. Bem apropriada para o atual estado de confusão teórica nos arraiais darwinistas. A ciência abomina “o vácuo teórico”, mas nós estamos “viajando” em biologia evolutiva sem teoria nenhuma a nos guiar. E ainda dizem que a evolução é “o fundamento, o alicerce de toda a ciência biológica”. O alicerce tem se demonstrado um de areias epistêmicas movediças.
2. “If you discovered tomorrow a new and most un-Darwinian-looking species of animals, in which every adult pair produced on average a hundred offspring, but the father always killed all of them very young, except one which was chosen by some random process, it would take an armor-plated neo-Darwinian no more than two minutes to "prove" that this reproductive strategy, despite its superficially inadvisability, is actually the optimum one for that species. And what is more impressive still, he will be able to do the same thing again later, if it turns out that the species had been misdescribed at first, and that in fact the father always lets three of his hundred offspring live. In neo-Darwinianism's house there are many mansions: so many, indeed, that if a certain awkward fact will not fit into one mansion, there is sure to be another one into which it will fit to admiration.” Against the Idols of the Age, David Stove, p. 244.
+++++
Vide resenha "Defending Common Sense" de Scott Campbell deste livro. Eu destaco o parágrafo inicial e interessante sobre este filósofo desconhecido por nós brasileiros:
The greatest philosopher of the twentieth century may not have been Wittgenstein, or Russell, or Quine (and he certainly wasn’t Heidegger), but he may have been a somewhat obscure and conservative Australian named David Stove (1927-94). If he wasn’t the greatest philosopher of the century, Stove was certainly the funniest and most dazzling defender of common sense to be numbered among the ranks of last century’s thinkers, better even—by far—than G. E. Moore and J. L. Austin. The twentieth century was not a period in which philosophers distinguished themselves as essayists, or even as capable of writing interestingly on any subject outside their speciality (or even within it). Stove, though, was an essayist, polemicist, and wit of the highest order, rather like a super-intelligent H. L. Mencken. A heavyweight admirer was once led to write that “Reading Stove is like watching Fred Astaire dance. You don’t wish you were Fred Astaire, you are just glad to have been around to see him in action.”
Stove, o filósofo ateu, ‘falou e disse: “Na casa de Darwin há muitas moradas...”
sexta-feira, outubro 31, 2008
Músicas belíssimas de Simon e Garfunkel
quinta-feira, outubro 30, 2008
Eu relembro aqui as belíssimas músicas de Simon e Garfunkel.
Simon & Garfunkel - Bridge Over Troubled Water
Simon and Garfunkel "Sound of Silence" in Central Park
El Condor Pasa- Simon & Garfunkel
Simon & Garfunkel - Bridge Over Troubled Water
Simon and Garfunkel "Sound of Silence" in Central Park
El Condor Pasa- Simon & Garfunkel
“Darwin-das-lacunas” não consegue explicar a complexidade biótica
Inicialmente eu intitulei este pequeno artigo de “No mato das evidências sem cachorro epistêmico para explicar a complexidade das coisas bióticas”, mas optei por este: “Darwin-das-lacunas” não consegue explicar a complexidade biótica.
Eu não vou fazer o papel do “Advogado do Diabo” dos crentes de subjetividades religiosas como faço de vez em quando neste blog. Antes, vou ser o “Promotor do Diabo” contra o “Darwin-das-lacunas” da Nomenklatura científica.
O “Darwin-das-lacunas” da Nomenklatura científica é igual ao “Deus-das-lacunas” dos religiosos. Tem as mesmas características de resposta, guardando-se as proporções, é óbvio: onipotência para explicar o inusitado, mesmo quando não se tem evidências que corroborem o que desejamos fosse realidade. Wishful thinking, periferia! Que o nosso desejo seja realidade!
O “Darwin-das-lacunas”, atitude irracional, vem sempre acompanhado da emissão de novas “notas promissórias epistêmicas”: “Não sabemos hoje, mas saberemos amanhã.” “A evolução é mais sábia do que você, idiota”. Ou então a confissão: “Nós não esperávamos encontrar isso”.
O problema dessa atitude irracional, é que não se considera o fato de a biologia evolutiva ser uma ciência histórica. A biologia evolutiva, diferentemente das “ciências duras”, não tem leis científicas para guiar suas pesquisas empíricas como tem a Física. Tem somente princípios norteadores guiando as “reconstruções históricas”, aceitos a priori, que seriam os cenários mais plausíveis de terem ocorrido historicamente. É a crença a priori. Dogma. Fé. Salto no escuro à la Kierkegaard, oops, à la Darwin. Credo quia absurdum est! Traduzindo em graúdos: irracionalidade!
Na edição da revista Nature de 30 de outubro de 2008, no sumário do editor e em dois artigos, nós ficamos sabendo de mais evidências de complexidade biológica [nós do Design Inteligente “adoramos” a palavra “complexidade”!] encontradas na natureza onde a teoria geral da evolução esperava encontrar simplicidade:
“MicroRNAs, the small inhibitory RNA molecules discovered in 1993 in the roundworm Caenorhabditis elegans, are widely distributed in complex animals. It is commonly assumed that they arose as a way to fine-tune gene expression when animals developed bilateral symmetry — becoming complicated enough to have anterior and posterior ends as well as a top and bottom. But new work, based on sequencing the total RNA content of representatives of three basal metazoan phyla (a placozoan, a sponge and a sea anemone) and a unicellular choanoflagellate suggests that microRNA has been around for much longer than was thought.
It seems that the regulatory microRNA pathway arose very early in metazoan evolution — when multicellularity emerged — although the machinery was subsequently lost in some lineages.” [1]
“It is commonly believed that complex organisms arose from simple ones. Yet analyses of genomes and of their transcribed genes in various organisms reveal that, as far as protein-coding genes are concerned, the repertoire of a sea anemone — a rather simple, evolutionarily basal animal — is almost as complex as that of a human.” [2]
“Here we identify small RNAs from animal phyla that diverged before the emergence of the Bilateria. The cnidarian Nematostella vectensis (starlet sea anemone), a close relative to the Bilateria, possesses an extensive repertoire of miRNA genes, two classes of piRNAs and a complement of proteins specific to small-RNA biology comparable to that of humans. The poriferan Amphimedon queenslandica (sponge), one of the simplest animals and a distant relative of the Bilateria, also possesses miRNAs, both classes of piRNAs and a full complement of the small-RNA machinery.” [3]
A questão científica da complexidade biológica precisa ser considerada cum granum salis e debatida publicamente pela Nomenklatura científica.
Com o avanço das ciências emasculando cada vez mais a capacidade heurística darwiniana, a resposta “Darwin-das-lacunas” tem se mostrado cada vez mais pífia, mas ao mesmo tempo surpreendentemente reveladora: os darwinistas fundamentalistas xiitas ortodoxos não têm idéia de como responder ao desafio que a “complexidade” [especialmente a complexidade irredutível de sistemas biológicos] traz para seus modelos de construção da complexidade das coisas bióticas. Aqui, a Nomenklatura científica se encontra no mato das evidências sem cachorro epistêmico capaz de explicar a origem e a evolução da complexidade das coisas bióticas.
A resposta “Darwin-das-lacunas” é tão-somente o ópio dos cientistas. Estupefaciente poderoso bloqueando a compreensão da realidade epistêmica, mas que provoca sensação intensa de bem-estar noutra dimensão ideológica.
Fui, nem sei porque pensando em Van Gogh...
+++++
NOTAS:
1. MicroRNAs an early feature of metazoans (Editor’s summary)
MicroRNAs, the small inhibitory RNA molecules discovered in 1993 in the roundworm Caenorhabditis elegans, are widely distributed in complex animals. It is commonly assumed that they arose as a way to fine-tune gene expression when animals developed bilateral symmetry — becoming complicated enough to have anterior and posterior ends as well as a top and bottom. But new work, based on sequencing the total RNA content of representatives of three basal metazoan phyla (a placozoan, a sponge and a sea anemone) and a unicellular choanoflagellate suggests that microRNA has been around for much longer than was thought.
It seems that the regulatory microRNA pathway arose very early in metazoan evolution — when multicellularity emerged — although the machinery was subsequently lost in some lineages.
2. Evolutionary biology: Small regulatory RNAs pitch in
Ulrich Technau
Nature 455, 1184-1185 (30 October 2008) | doi:10.1038/4551184a
Summary: How did organismal complexity evolve at a cellular level, and how does a genome encode it? The answer might lie in differences, not in the number of genes an organism has, but rather in the regulation of gene expression.
It is commonly believed that complex organisms arose from simple ones. Yet analyses of genomes and of their transcribed genes in various organisms reveal1, 2 that, as far as protein-coding genes are concerned, the repertoire of a sea anemone — a rather simple, evolutionarily basal animal — is almost as complex as that of a human.
3. Early origins and evolution of microRNAs and Piwi-interacting RNAs in animals
Andrew Grimson, Mansi Srivastava, Bryony Fahey, Ben J. Woodcroft, H. Rosaria Chiang, Nicole King, Bernard M. Degnan, Daniel S. Rokhsar & David P. Bartel
Nature 455, 1193-1197 (30 October 2008) | doi:10.1038/nature07415
Abstract: In bilaterian animals, such as humans, flies and worms, hundreds of microRNAs (miRNAs), some conserved throughout bilaterian evolution, collectively regulate a substantial fraction of the transcriptome. In addition to miRNAs, other bilaterian small RNAs, known as Piwi-interacting RNAs (piRNAs), protect the genome from transposons.
Here we identify small RNAs from animal phyla that diverged before the emergence of the Bilateria. The cnidarian Nematostella vectensis (starlet sea anemone), a close relative to the Bilateria, possesses an extensive repertoire of miRNA genes, two classes of piRNAs and a complement of proteins specific to small-RNA biology comparable to that of humans. The poriferan Amphimedon queenslandica (sponge), one of the simplest animals and a distant relative of the Bilateria, also possesses miRNAs, both classes of piRNAs and a full complement of the small-RNA machinery.
Animal miRNA evolution seems to have been relatively dynamic, with precursor sizes and mature miRNA sequences differing greatly between poriferans, cnidarians and bilaterians. Nonetheless, miRNAs and piRNAs have been available as classes of riboregulators to shape gene expression throughout the evolution and radiation of animal phyla.
NOTA DO BLOGGER: A Nature, bem como outras publicações científicas esão disponíveis gratuitamente para professores, pesquisadores e estudantes de universidades públicas e privadas no site do CAPES-Periódicos.
Eu não vou fazer o papel do “Advogado do Diabo” dos crentes de subjetividades religiosas como faço de vez em quando neste blog. Antes, vou ser o “Promotor do Diabo” contra o “Darwin-das-lacunas” da Nomenklatura científica.
O “Darwin-das-lacunas” da Nomenklatura científica é igual ao “Deus-das-lacunas” dos religiosos. Tem as mesmas características de resposta, guardando-se as proporções, é óbvio: onipotência para explicar o inusitado, mesmo quando não se tem evidências que corroborem o que desejamos fosse realidade. Wishful thinking, periferia! Que o nosso desejo seja realidade!
O “Darwin-das-lacunas”, atitude irracional, vem sempre acompanhado da emissão de novas “notas promissórias epistêmicas”: “Não sabemos hoje, mas saberemos amanhã.” “A evolução é mais sábia do que você, idiota”. Ou então a confissão: “Nós não esperávamos encontrar isso”.
O problema dessa atitude irracional, é que não se considera o fato de a biologia evolutiva ser uma ciência histórica. A biologia evolutiva, diferentemente das “ciências duras”, não tem leis científicas para guiar suas pesquisas empíricas como tem a Física. Tem somente princípios norteadores guiando as “reconstruções históricas”, aceitos a priori, que seriam os cenários mais plausíveis de terem ocorrido historicamente. É a crença a priori. Dogma. Fé. Salto no escuro à la Kierkegaard, oops, à la Darwin. Credo quia absurdum est! Traduzindo em graúdos: irracionalidade!
Na edição da revista Nature de 30 de outubro de 2008, no sumário do editor e em dois artigos, nós ficamos sabendo de mais evidências de complexidade biológica [nós do Design Inteligente “adoramos” a palavra “complexidade”!] encontradas na natureza onde a teoria geral da evolução esperava encontrar simplicidade:
“MicroRNAs, the small inhibitory RNA molecules discovered in 1993 in the roundworm Caenorhabditis elegans, are widely distributed in complex animals. It is commonly assumed that they arose as a way to fine-tune gene expression when animals developed bilateral symmetry — becoming complicated enough to have anterior and posterior ends as well as a top and bottom. But new work, based on sequencing the total RNA content of representatives of three basal metazoan phyla (a placozoan, a sponge and a sea anemone) and a unicellular choanoflagellate suggests that microRNA has been around for much longer than was thought.
It seems that the regulatory microRNA pathway arose very early in metazoan evolution — when multicellularity emerged — although the machinery was subsequently lost in some lineages.” [1]
“It is commonly believed that complex organisms arose from simple ones. Yet analyses of genomes and of their transcribed genes in various organisms reveal that, as far as protein-coding genes are concerned, the repertoire of a sea anemone — a rather simple, evolutionarily basal animal — is almost as complex as that of a human.” [2]
“Here we identify small RNAs from animal phyla that diverged before the emergence of the Bilateria. The cnidarian Nematostella vectensis (starlet sea anemone), a close relative to the Bilateria, possesses an extensive repertoire of miRNA genes, two classes of piRNAs and a complement of proteins specific to small-RNA biology comparable to that of humans. The poriferan Amphimedon queenslandica (sponge), one of the simplest animals and a distant relative of the Bilateria, also possesses miRNAs, both classes of piRNAs and a full complement of the small-RNA machinery.” [3]
A questão científica da complexidade biológica precisa ser considerada cum granum salis e debatida publicamente pela Nomenklatura científica.
Com o avanço das ciências emasculando cada vez mais a capacidade heurística darwiniana, a resposta “Darwin-das-lacunas” tem se mostrado cada vez mais pífia, mas ao mesmo tempo surpreendentemente reveladora: os darwinistas fundamentalistas xiitas ortodoxos não têm idéia de como responder ao desafio que a “complexidade” [especialmente a complexidade irredutível de sistemas biológicos] traz para seus modelos de construção da complexidade das coisas bióticas. Aqui, a Nomenklatura científica se encontra no mato das evidências sem cachorro epistêmico capaz de explicar a origem e a evolução da complexidade das coisas bióticas.
A resposta “Darwin-das-lacunas” é tão-somente o ópio dos cientistas. Estupefaciente poderoso bloqueando a compreensão da realidade epistêmica, mas que provoca sensação intensa de bem-estar noutra dimensão ideológica.
Fui, nem sei porque pensando em Van Gogh...
+++++
NOTAS:
1. MicroRNAs an early feature of metazoans (Editor’s summary)
MicroRNAs, the small inhibitory RNA molecules discovered in 1993 in the roundworm Caenorhabditis elegans, are widely distributed in complex animals. It is commonly assumed that they arose as a way to fine-tune gene expression when animals developed bilateral symmetry — becoming complicated enough to have anterior and posterior ends as well as a top and bottom. But new work, based on sequencing the total RNA content of representatives of three basal metazoan phyla (a placozoan, a sponge and a sea anemone) and a unicellular choanoflagellate suggests that microRNA has been around for much longer than was thought.
It seems that the regulatory microRNA pathway arose very early in metazoan evolution — when multicellularity emerged — although the machinery was subsequently lost in some lineages.
2. Evolutionary biology: Small regulatory RNAs pitch in
Ulrich Technau
Nature 455, 1184-1185 (30 October 2008) | doi:10.1038/4551184a
Summary: How did organismal complexity evolve at a cellular level, and how does a genome encode it? The answer might lie in differences, not in the number of genes an organism has, but rather in the regulation of gene expression.
It is commonly believed that complex organisms arose from simple ones. Yet analyses of genomes and of their transcribed genes in various organisms reveal1, 2 that, as far as protein-coding genes are concerned, the repertoire of a sea anemone — a rather simple, evolutionarily basal animal — is almost as complex as that of a human.
3. Early origins and evolution of microRNAs and Piwi-interacting RNAs in animals
Andrew Grimson, Mansi Srivastava, Bryony Fahey, Ben J. Woodcroft, H. Rosaria Chiang, Nicole King, Bernard M. Degnan, Daniel S. Rokhsar & David P. Bartel
Nature 455, 1193-1197 (30 October 2008) | doi:10.1038/nature07415
Abstract: In bilaterian animals, such as humans, flies and worms, hundreds of microRNAs (miRNAs), some conserved throughout bilaterian evolution, collectively regulate a substantial fraction of the transcriptome. In addition to miRNAs, other bilaterian small RNAs, known as Piwi-interacting RNAs (piRNAs), protect the genome from transposons.
Here we identify small RNAs from animal phyla that diverged before the emergence of the Bilateria. The cnidarian Nematostella vectensis (starlet sea anemone), a close relative to the Bilateria, possesses an extensive repertoire of miRNA genes, two classes of piRNAs and a complement of proteins specific to small-RNA biology comparable to that of humans. The poriferan Amphimedon queenslandica (sponge), one of the simplest animals and a distant relative of the Bilateria, also possesses miRNAs, both classes of piRNAs and a full complement of the small-RNA machinery.
Animal miRNA evolution seems to have been relatively dynamic, with precursor sizes and mature miRNA sequences differing greatly between poriferans, cnidarians and bilaterians. Nonetheless, miRNAs and piRNAs have been available as classes of riboregulators to shape gene expression throughout the evolution and radiation of animal phyla.
NOTA DO BLOGGER: A Nature, bem como outras publicações científicas esão disponíveis gratuitamente para professores, pesquisadores e estudantes de universidades públicas e privadas no site do CAPES-Periódicos.
Woese ‘falou e disse’: chegou a hora de irmos além da “doutrina” do ancestral comum, capice?
terça-feira, outubro 28, 2008
Quando eu escrevo aqui neste blog que o darwinismo tem ares de “religião”, a Nomenklatura científica esperneia, a galera dos meninos e meninas de Darwin grita tresloucadamente, e a Grande Mídia tupiniquim e internacional pemanece silenciosa como convém a toda amante se portar em público.
Neste artigo, Woese ‘falou e disse’: “chegou a hora de irmos além da Doutrina do Ancestral Comum”, p. 8745. NOTA BENE: DOUTRINA, Woese não chamou de princípio ou hipótese, mas de DOUTRINA. Eu não posso dizer outra coisa e concordar com Woese: é preciso ir além da DOUTRINA DO ANCESTRAL COMUM, e que venha logo a nova teoria geral da evolução, SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, que não será selecionista, contrariando a hipótese de Darwin.
PDF gratuito no PNAS [108 KB, 6 páginas]
On the evolution of cells
1. Carl R. Woese
Author Affiliations
1. Department of Microbiology, University of Illinois at Urbana-Champaign, 601 South Goodwin Avenue, B103 Chemical and Life Sciences Laboratory, Urbana, IL 61801-3709
1. Contributed by Carl R. Woese
Abstract
A theory for the evolution of cellular organization is presented. The model is based on the (data supported) conjecture that the dynamic of horizontal gene transfer (HGT) is primarily determined by the organization of the recipient cell. Aboriginal cell designs are taken to be simple and loosely organized enough that all cellular componentry can be altered and/or displaced through HGT, making HGT the principal driving force in early cellular evolution. Primitive cells did not carry a stable organismal genealogical trace. Primitive cellular evolution is basically communal. The high level of novelty required to evolve cell designs is a product of communal invention, of the universal HGT field, not intralineage variation. It is the community as a whole, the ecosystem, which evolves. The individual cell designs that evolved in this way are nevertheless fundamentally distinct, because the initial conditions in each case are somewhat different. As a cell design becomes more complex and interconnected a critical point is reached where a more integrated cellular organization emerges, and vertically generated novelty can and does assume greater importance. This critical point is called the “Darwinian Threshold” for the reasons given.
Footnotes
E-mail: carl@phylo.life.uiuc.edu
Abbreviations: HGT, horizontal gene transfer; SMA, supramolecular aggregate
Copyright © 2002, The National Academy of Sciences
Neste artigo, Woese ‘falou e disse’: “chegou a hora de irmos além da Doutrina do Ancestral Comum”, p. 8745. NOTA BENE: DOUTRINA, Woese não chamou de princípio ou hipótese, mas de DOUTRINA. Eu não posso dizer outra coisa e concordar com Woese: é preciso ir além da DOUTRINA DO ANCESTRAL COMUM, e que venha logo a nova teoria geral da evolução, SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, que não será selecionista, contrariando a hipótese de Darwin.
PDF gratuito no PNAS [108 KB, 6 páginas]
On the evolution of cells
1. Carl R. Woese
Author Affiliations
1. Department of Microbiology, University of Illinois at Urbana-Champaign, 601 South Goodwin Avenue, B103 Chemical and Life Sciences Laboratory, Urbana, IL 61801-3709
1. Contributed by Carl R. Woese
Abstract
A theory for the evolution of cellular organization is presented. The model is based on the (data supported) conjecture that the dynamic of horizontal gene transfer (HGT) is primarily determined by the organization of the recipient cell. Aboriginal cell designs are taken to be simple and loosely organized enough that all cellular componentry can be altered and/or displaced through HGT, making HGT the principal driving force in early cellular evolution. Primitive cells did not carry a stable organismal genealogical trace. Primitive cellular evolution is basically communal. The high level of novelty required to evolve cell designs is a product of communal invention, of the universal HGT field, not intralineage variation. It is the community as a whole, the ecosystem, which evolves. The individual cell designs that evolved in this way are nevertheless fundamentally distinct, because the initial conditions in each case are somewhat different. As a cell design becomes more complex and interconnected a critical point is reached where a more integrated cellular organization emerges, and vertically generated novelty can and does assume greater importance. This critical point is called the “Darwinian Threshold” for the reasons given.
Footnotes
E-mail: carl@phylo.life.uiuc.edu
Abbreviations: HGT, horizontal gene transfer; SMA, supramolecular aggregate
Copyright © 2002, The National Academy of Sciences
O jornalismo científico erra nos conceitos e não aborda objetivamente as teorias científicas
Muito bom este artigo do Rubens Pazza sobre os erros conceituais na divulgação científica em nossos melhores veículos de comunicação. Ele esperou três anos para ver “um periódico de ampla circulação disponibilizasse algumas páginas sobre o assunto”. Pazza, até que o seu desejo foi atendido prestamente. Eu espero há uma década a Grande Mídia tupiniquim abordar objetivamente as teorias científicas das origens e evolução do universo e da vida, e até agora nem uma linha sequer.
A GMT sofre da síndrome do “Não damos espaço” [Marcelo Leite, colunista da Folha de São Paulo, em conferência sobre a teoria da evolução na USP em 2006]. Em 2010 nós veremos uma mudança paradigmática em biologia evolutiva, e a Grande Mídia sequer abordou uma linha sobre assunto tão relevante para a sociedade.
Nossa cidadania é violentada por esses mandarins midiáticos, pois a sociedade não tem acesso a essas informações discutidas intramuros e nos melhores periódicos científicos de acesso restrito aos acadêmicos, cientistas e alunos das universidades públicas e privadas através do portal da CAPES.
+++++
JORNALISMO CIENTÍFICO
Erros conceituais na divulgação científica
Por Rubens Pazza em 28/10/2008
Ao ler o artigo de autoria do dr. Enos Picazzio na revista Scientific American Brasil de agosto, "Quando a divulgação apenas desinforma", senti-me satisfeito e preocupado. Satisfeito ao perceber que não sou o único a me preocupar com o modo como a mídia em geral "populariza" a ciência. Preocupado por levar três anos desde minha primeira nota no Jornal da Ciência, um e-mail para que um periódico de ampla circulação disponibilizasse algumas páginas sobre o assunto. Neste meio tempo, pouco foi feito para minimizar os freqüentes erros e problemas da divulgação científica nacional, como adiante será retomado. Os erros continuam sendo propagados, inclusive por periódicos especializados ou por periódicos mais amplos, mas já agraciados com o prêmio José Reis de divulgação científica oferecido pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas).
O dr. Picazzio nos fala em seu artigo sobre os desafios do pesquisador científico, bem como de sua responsabilidade e da necessidade de difundir o conhecimento de modo acessível ao grande público. De acordo com o dr. Picazzio, "o profissional de ciência tem obrigação moral e social de ajudar a difundir a ciência e a traduzir o discurso científico em discurso acessível ao grande público", ao passo que ao profissional do jornalismo cabe "estudar o assunto e consultar um especialista antes de escrever um texto", de modo que "quanto mais desinformada uma pessoa estiver sobre o assunto que escreve, mais cuidado deve tomar ao escolher termos alternativos".
Educação da população é preocupante
Pois é exatamente sobre isso que tenho escrito desde 2005. É muito bom perceber que há mais pesquisadores interessados em divulgação científica de qualidade e que não acham que a popularização da ciência deva ficar exclusivamente na mão de jornalistas. Em outros ensaios, eu já comentava sobre a responsabilidade dos cientistas para com as notícias veiculadas na mídia e sobre a necessidade de cuidados com o modo como a popularização da ciência é feita, para evitar erros conceituais e para transmitir informações importantes para a população.
Realmente, o cientista tem obrigação moral e social de ajudar a difundir a ciência, uma vez que a maior parte da verba disponibilizada para a pesquisa no Brasil é de origem governamental, através de órgãos de fomento como o CNPq (Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e as FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) estaduais. É claro que a geração de conhecimento possibilitada por estas ações em si já tem a sua importância, seja a pesquisa aplicada ou de base.
Entretanto, apesar dos grandes avanços científicos nas mais diversas áreas, a educação científica da população ainda é preocupante. Se a escola, que deveria ser um dos melhores caminhos para a boa divulgação científica, anda com problemas, o que dizer da mídia, de onde boa parte da população obtém informações sobre ciência em geral?
Correção tardia
Isso deveria fazer com que cada vez mais pesquisadores se sentissem impelidos a contribuir para melhorar este quadro. No entanto, não é o que parece estar acontecendo, tendo em vista a quantidade de erros conceituais e problemas encontrados na mídia impressa nacional. Até onde o problema é dos pesquisadores, uma vez que a maioria das notícias científicas é dada por jornalistas? Infelizmente esta pergunta eu só consigo responder com outra pergunta: quantas vezes você, como cientista, já leu ou ouviu algum termo incorreto na mídia e escreveu ou telefonou à redação para corrigir?
Uma coisa que gosto de fazer é ler a seção de cartas para ver manifestações desta natureza. Confesso que não faço isso todos os dias, mas em algumas vezes que escrevi para apontar algum erro não tive resposta alguma do periódico. Na última vez, alguns meses atrás, fiz duas observações quanto a uma notícia veiculada na Folha online. Alguns dias depois obtive a primeira resposta: uma de minhas observações havia sido corrigida (o escritor/tradutor do artigo havia escrito que o ácido graxo ômega 6 é prejudicial ao organismo, talvez profetizando uma recente notícia ainda controversa); entretanto, para a segunda observação eles não concordaram, justificando-se com o dicionário. Especificamente, eles traduziram o termo inglês fat acid por "ácido gorduroso", quando o correto é "ácido graxo". Depois de outro e-mail e passados vários dias, eles comentaram que fizeram a correção. Infelizmente foi tarde demais, eu mesmo não encontrei mais o artigo depois disso. Houve uma demora muito grande na correção. Quem leu já gravou a mensagem incorreta.
Diversidade de genoma
Devido a esta minha preocupação com o uso correto dos termos é que fiquei satisfeito ao ver o artigo do dr. Picazzio na Scientific American Brasil, uma das mais importantes publicações de divulgação científica de nosso país. Com este artigo, percebi que não sou o único a me preocupar com a qualidade da divulgação científica e em perceber que isto é uma responsabilidade dos cientistas. Percebi também que não é apenas na área biológica que os erros conceituais são propagados. Meu foco normalmente é nos artigos de minha área – genética e evolução. Nesse aspecto, apesar de vários alertas, os erros continuam acontecendo.
Em verdade seria ilusão esperar que em pouco tempo tudo fosse ser resolvido com alguns ensaios de alguém com pouca expressão. A mudança é mais rápida quando está envolvido algum cientista superstar, como a geneticista Mayana Zatz. Em artigo publicado na revista Pesquisa Fapesp do mês agosto, a geneticista, juntamente com a jornalista Cristiane Segatto, discute os erros e acertos da mídia na cobertura das células-tronco embrionárias e destaca os exageros cometidos pela mídia, embora a pesquisadora sempre tivesse abertura para conter os problemas.
Outro fato que chama a atenção para a publicação do artigo do dr. Picazzio na Scientific American Brasil é que a própria revista não está livre de erros conceituais em seus artigos. Apenas como exemplo, é possível citar o artigo "Desejo de velocidade", por David Biello, na edição de julho de 2008. O autor escreve: "Mas outros estudos sobre alterações nos aminoácidos individuais de DNA – polimorfismos de nucleotídeo único nas seqüências de DNA, haplótipos – ou nas seções mais longas de código genético – variação no número de cópias – concordam que as pessoas da África apresentam a maior diversidade em seu genoma."
Código genético
Neste pequeno trecho, a coleção de erros beira ao grotesco. De um modo geral, o autor cita três tipos de marcadores moleculares que, embora possam usar métodos diretos ou indiretos de análise, são todos baseados na seqüência de nucleotídeos de trechos comparados entre diferentes indivíduos/populações. O primeiro erro crasso está no início da frase, quando o autor mistura DNA e proteína. Aminoácidos são os blocos construtores de proteínas, não do DNA. O DNA, por sua vez, é um polímero de nucleotídeos. Estes nucleotídeos podem ser de quatro tipos diferentes, dependendo de qual base nitrogenada está presente (adenina, timina, citosina e guanina) e são representadas pelas famosas letrinhas – ATCG, respectivamente, que aparecem quando se fala de seqüenciamento de DNA, que nada mais é do que decifrar a ordem em que estas "letras" aparecem em um determinado trecho do DNA. Os polimorfismos de nucleotídeo único (do inglês, SNP) citado pelo autor, são diferenças que acontecem em uma única posição de um trecho de DNA, enquanto o restante do trecho se mantém conservado.
Outro erro está no uso incorreto do termo "código genético". Código genético é o modo como uma seqüência de nucleotídeos do DNA é traduzida em seqüência de aminoácidos na proteína, sendo que cada três nucleotídeos formam um códon, que determina um aminoácido. Por exemplo, o códon ATG significa o aminoácido metionina.
Uma sociedade mais justa
O autor usa o termo de modo equivocado, como vários outros autores de textos de divulgação científica já fizeram, conforme abordei em outros ensaios. Na verdade, o autor faz referência a seqüências de nucleotídeos repetidas no genoma. Estas seqüências podem ser trechos pequenos (microssatélites), médios (minissatélites) ou grandes (satélites) de DNA, e diferentes indivíduos/populações podem apresentar variações no número de cópias destas repetições.
O uso incorreto de termos científicos é um dos principais problemas da divulgação científica nacional. Isso confunde o leitor e não contribui para a redução da desigualdade cultural e científica em nosso país. Os conceitos básicos precisam estar corretos e as analogias precisam ser mais bem formuladas para evitar más interpretações.
Para melhorar este quadro, se faz necessário que os periódicos utilizem mais os serviços de consultores especialistas em determinadas áreas, que os jornalistas sejam mais bem preparados para tratar de assuntos específicos de ciência e/ou que os cientistas estejam mais engajados na popularização da ciência. Nenhuma destas possibilidades é fácil ou barata. No entanto, em se tratando de educação, é um dever de todas as classes envolvidas fornecerem educação de primeira qualidade, visando a uma sociedade mais justa.
A GMT sofre da síndrome do “Não damos espaço” [Marcelo Leite, colunista da Folha de São Paulo, em conferência sobre a teoria da evolução na USP em 2006]. Em 2010 nós veremos uma mudança paradigmática em biologia evolutiva, e a Grande Mídia sequer abordou uma linha sobre assunto tão relevante para a sociedade.
Nossa cidadania é violentada por esses mandarins midiáticos, pois a sociedade não tem acesso a essas informações discutidas intramuros e nos melhores periódicos científicos de acesso restrito aos acadêmicos, cientistas e alunos das universidades públicas e privadas através do portal da CAPES.
+++++
JORNALISMO CIENTÍFICO
Erros conceituais na divulgação científica
Por Rubens Pazza em 28/10/2008
Ao ler o artigo de autoria do dr. Enos Picazzio na revista Scientific American Brasil de agosto, "Quando a divulgação apenas desinforma", senti-me satisfeito e preocupado. Satisfeito ao perceber que não sou o único a me preocupar com o modo como a mídia em geral "populariza" a ciência. Preocupado por levar três anos desde minha primeira nota no Jornal da Ciência, um e-mail para que um periódico de ampla circulação disponibilizasse algumas páginas sobre o assunto. Neste meio tempo, pouco foi feito para minimizar os freqüentes erros e problemas da divulgação científica nacional, como adiante será retomado. Os erros continuam sendo propagados, inclusive por periódicos especializados ou por periódicos mais amplos, mas já agraciados com o prêmio José Reis de divulgação científica oferecido pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas).
O dr. Picazzio nos fala em seu artigo sobre os desafios do pesquisador científico, bem como de sua responsabilidade e da necessidade de difundir o conhecimento de modo acessível ao grande público. De acordo com o dr. Picazzio, "o profissional de ciência tem obrigação moral e social de ajudar a difundir a ciência e a traduzir o discurso científico em discurso acessível ao grande público", ao passo que ao profissional do jornalismo cabe "estudar o assunto e consultar um especialista antes de escrever um texto", de modo que "quanto mais desinformada uma pessoa estiver sobre o assunto que escreve, mais cuidado deve tomar ao escolher termos alternativos".
Educação da população é preocupante
Pois é exatamente sobre isso que tenho escrito desde 2005. É muito bom perceber que há mais pesquisadores interessados em divulgação científica de qualidade e que não acham que a popularização da ciência deva ficar exclusivamente na mão de jornalistas. Em outros ensaios, eu já comentava sobre a responsabilidade dos cientistas para com as notícias veiculadas na mídia e sobre a necessidade de cuidados com o modo como a popularização da ciência é feita, para evitar erros conceituais e para transmitir informações importantes para a população.
Realmente, o cientista tem obrigação moral e social de ajudar a difundir a ciência, uma vez que a maior parte da verba disponibilizada para a pesquisa no Brasil é de origem governamental, através de órgãos de fomento como o CNPq (Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e as FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) estaduais. É claro que a geração de conhecimento possibilitada por estas ações em si já tem a sua importância, seja a pesquisa aplicada ou de base.
Entretanto, apesar dos grandes avanços científicos nas mais diversas áreas, a educação científica da população ainda é preocupante. Se a escola, que deveria ser um dos melhores caminhos para a boa divulgação científica, anda com problemas, o que dizer da mídia, de onde boa parte da população obtém informações sobre ciência em geral?
Correção tardia
Isso deveria fazer com que cada vez mais pesquisadores se sentissem impelidos a contribuir para melhorar este quadro. No entanto, não é o que parece estar acontecendo, tendo em vista a quantidade de erros conceituais e problemas encontrados na mídia impressa nacional. Até onde o problema é dos pesquisadores, uma vez que a maioria das notícias científicas é dada por jornalistas? Infelizmente esta pergunta eu só consigo responder com outra pergunta: quantas vezes você, como cientista, já leu ou ouviu algum termo incorreto na mídia e escreveu ou telefonou à redação para corrigir?
Uma coisa que gosto de fazer é ler a seção de cartas para ver manifestações desta natureza. Confesso que não faço isso todos os dias, mas em algumas vezes que escrevi para apontar algum erro não tive resposta alguma do periódico. Na última vez, alguns meses atrás, fiz duas observações quanto a uma notícia veiculada na Folha online. Alguns dias depois obtive a primeira resposta: uma de minhas observações havia sido corrigida (o escritor/tradutor do artigo havia escrito que o ácido graxo ômega 6 é prejudicial ao organismo, talvez profetizando uma recente notícia ainda controversa); entretanto, para a segunda observação eles não concordaram, justificando-se com o dicionário. Especificamente, eles traduziram o termo inglês fat acid por "ácido gorduroso", quando o correto é "ácido graxo". Depois de outro e-mail e passados vários dias, eles comentaram que fizeram a correção. Infelizmente foi tarde demais, eu mesmo não encontrei mais o artigo depois disso. Houve uma demora muito grande na correção. Quem leu já gravou a mensagem incorreta.
Diversidade de genoma
Devido a esta minha preocupação com o uso correto dos termos é que fiquei satisfeito ao ver o artigo do dr. Picazzio na Scientific American Brasil, uma das mais importantes publicações de divulgação científica de nosso país. Com este artigo, percebi que não sou o único a me preocupar com a qualidade da divulgação científica e em perceber que isto é uma responsabilidade dos cientistas. Percebi também que não é apenas na área biológica que os erros conceituais são propagados. Meu foco normalmente é nos artigos de minha área – genética e evolução. Nesse aspecto, apesar de vários alertas, os erros continuam acontecendo.
Em verdade seria ilusão esperar que em pouco tempo tudo fosse ser resolvido com alguns ensaios de alguém com pouca expressão. A mudança é mais rápida quando está envolvido algum cientista superstar, como a geneticista Mayana Zatz. Em artigo publicado na revista Pesquisa Fapesp do mês agosto, a geneticista, juntamente com a jornalista Cristiane Segatto, discute os erros e acertos da mídia na cobertura das células-tronco embrionárias e destaca os exageros cometidos pela mídia, embora a pesquisadora sempre tivesse abertura para conter os problemas.
Outro fato que chama a atenção para a publicação do artigo do dr. Picazzio na Scientific American Brasil é que a própria revista não está livre de erros conceituais em seus artigos. Apenas como exemplo, é possível citar o artigo "Desejo de velocidade", por David Biello, na edição de julho de 2008. O autor escreve: "Mas outros estudos sobre alterações nos aminoácidos individuais de DNA – polimorfismos de nucleotídeo único nas seqüências de DNA, haplótipos – ou nas seções mais longas de código genético – variação no número de cópias – concordam que as pessoas da África apresentam a maior diversidade em seu genoma."
Código genético
Neste pequeno trecho, a coleção de erros beira ao grotesco. De um modo geral, o autor cita três tipos de marcadores moleculares que, embora possam usar métodos diretos ou indiretos de análise, são todos baseados na seqüência de nucleotídeos de trechos comparados entre diferentes indivíduos/populações. O primeiro erro crasso está no início da frase, quando o autor mistura DNA e proteína. Aminoácidos são os blocos construtores de proteínas, não do DNA. O DNA, por sua vez, é um polímero de nucleotídeos. Estes nucleotídeos podem ser de quatro tipos diferentes, dependendo de qual base nitrogenada está presente (adenina, timina, citosina e guanina) e são representadas pelas famosas letrinhas – ATCG, respectivamente, que aparecem quando se fala de seqüenciamento de DNA, que nada mais é do que decifrar a ordem em que estas "letras" aparecem em um determinado trecho do DNA. Os polimorfismos de nucleotídeo único (do inglês, SNP) citado pelo autor, são diferenças que acontecem em uma única posição de um trecho de DNA, enquanto o restante do trecho se mantém conservado.
Outro erro está no uso incorreto do termo "código genético". Código genético é o modo como uma seqüência de nucleotídeos do DNA é traduzida em seqüência de aminoácidos na proteína, sendo que cada três nucleotídeos formam um códon, que determina um aminoácido. Por exemplo, o códon ATG significa o aminoácido metionina.
Uma sociedade mais justa
O autor usa o termo de modo equivocado, como vários outros autores de textos de divulgação científica já fizeram, conforme abordei em outros ensaios. Na verdade, o autor faz referência a seqüências de nucleotídeos repetidas no genoma. Estas seqüências podem ser trechos pequenos (microssatélites), médios (minissatélites) ou grandes (satélites) de DNA, e diferentes indivíduos/populações podem apresentar variações no número de cópias destas repetições.
O uso incorreto de termos científicos é um dos principais problemas da divulgação científica nacional. Isso confunde o leitor e não contribui para a redução da desigualdade cultural e científica em nosso país. Os conceitos básicos precisam estar corretos e as analogias precisam ser mais bem formuladas para evitar más interpretações.
Para melhorar este quadro, se faz necessário que os periódicos utilizem mais os serviços de consultores especialistas em determinadas áreas, que os jornalistas sejam mais bem preparados para tratar de assuntos específicos de ciência e/ou que os cientistas estejam mais engajados na popularização da ciência. Nenhuma destas possibilidades é fácil ou barata. No entanto, em se tratando de educação, é um dever de todas as classes envolvidas fornecerem educação de primeira qualidade, visando a uma sociedade mais justa.
Puxando as orelhas de um menino da galera de Darwin
segunda-feira, outubro 27, 2008
A Nomenklatura científica sabe disso há pelo menos duas décadas. A galera dos meninos e meninas de Darwin desconhece, e bufa de raiva quando as insuficiências fundamentais do neodarwinismo no contexto de justificação teórica são apresentadas aqui neste blog.
Um desses infantes disse que devido a minha formação ser em Letras, eu nada saberia de biologia, que minha crítica ao darwinismo teria parado no tempo, e não consigo conceituar a teoria sintética da evolução e nem toda sua contribuição para a ciência atual. Será que ele lê o meu blog? Se lê, não entende os temas científicos aqui abordados.
Ao proibir-me falar de biologia, ele não sabe, mas eu estou em boa companhia: Darwin também não tinha formação acadêmica em biologia, mas apenas em teologia. Ia ser o Rev. Charles Robert Darwin, pastor da Igreja Anglicana, para não desapontar o pai em não ter profissão nenhuma, e não ser a vergonha da família.
Atribuiu-me ser um mau jornalista que entra em temas que não me dizem respeito, e que por participar do mestrado em História da Ciência há anos eu já teria sido jubilado. É, realmente, este menino da galera de Darwin lê, mas não entende o meu blog.
A Nomenklatura científica, a Grande Mídia tupiniquim e internacional, mais a galera dos meninos e meninas de Darwin são, segundo Gould, “Darwinistas fundamentalistas”.
Os meninos e meninas da galera de Darwin bufam de raiva porque eu já fui evolucionista de carteirinha. Deixei de sê-lo pelo exame da literatura especializada onde o status epistêmico do neodarwinismo era questionado por alguns cientistas de renome. Dou dois exemplos abaixo:
“A síntese neodarwinista está efetivamente morta, apesar de sua contínua presença como ortodoxia nos livros-texto [de biologia].” [1]
“A maioria dos observadores vê a atual situação na teoria evolutiva — onde o objeto é explicar como, e não se, a vida evolui — como beirando ao caos total.” [2]
Fui, com pena deste infante que ainda tem muito a aprender em ciência.
NOTAS:
1. “The neo-Darwinism synthesis is effectively dead, despite its continued presence as textbook orthodoxy.” GOULD, Stephen Jay. Is a new and general theory of evolution emerging? In: Paleobiology 119, 119-20, 1980.
2. “Most observers see the current situation in evolutionary theory – where the object is to explain how, not if, life evolves — as bordering on total chaos.” ELDREDGE, Niles. (1982): An ode to adaptive transformation, in: Nature 296, 508-9, 1982.
Um desses infantes disse que devido a minha formação ser em Letras, eu nada saberia de biologia, que minha crítica ao darwinismo teria parado no tempo, e não consigo conceituar a teoria sintética da evolução e nem toda sua contribuição para a ciência atual. Será que ele lê o meu blog? Se lê, não entende os temas científicos aqui abordados.
Ao proibir-me falar de biologia, ele não sabe, mas eu estou em boa companhia: Darwin também não tinha formação acadêmica em biologia, mas apenas em teologia. Ia ser o Rev. Charles Robert Darwin, pastor da Igreja Anglicana, para não desapontar o pai em não ter profissão nenhuma, e não ser a vergonha da família.
Atribuiu-me ser um mau jornalista que entra em temas que não me dizem respeito, e que por participar do mestrado em História da Ciência há anos eu já teria sido jubilado. É, realmente, este menino da galera de Darwin lê, mas não entende o meu blog.
A Nomenklatura científica, a Grande Mídia tupiniquim e internacional, mais a galera dos meninos e meninas de Darwin são, segundo Gould, “Darwinistas fundamentalistas”.
Os meninos e meninas da galera de Darwin bufam de raiva porque eu já fui evolucionista de carteirinha. Deixei de sê-lo pelo exame da literatura especializada onde o status epistêmico do neodarwinismo era questionado por alguns cientistas de renome. Dou dois exemplos abaixo:
“A síntese neodarwinista está efetivamente morta, apesar de sua contínua presença como ortodoxia nos livros-texto [de biologia].” [1]
“A maioria dos observadores vê a atual situação na teoria evolutiva — onde o objeto é explicar como, e não se, a vida evolui — como beirando ao caos total.” [2]
Fui, com pena deste infante que ainda tem muito a aprender em ciência.
NOTAS:
1. “The neo-Darwinism synthesis is effectively dead, despite its continued presence as textbook orthodoxy.” GOULD, Stephen Jay. Is a new and general theory of evolution emerging? In: Paleobiology 119, 119-20, 1980.
2. “Most observers see the current situation in evolutionary theory – where the object is to explain how, not if, life evolves — as bordering on total chaos.” ELDREDGE, Niles. (1982): An ode to adaptive transformation, in: Nature 296, 508-9, 1982.
Wallace, o British Council se “ajoelhou” e “rezou” a Darwin
Eu tenho pretensões de fazer um doutorado, e isso talvez me obrigue realizar pesquisas em História da Ciência no exterior. Justamente na Inglaterra de Wallace, Bates e Darwin. Não sei as conseqüências que este meu blog possa trazer a este meu projeto. Nem sei se vou precisar de uma bolsa via British Council. Eu entendo que os e-mails são pessoais e devem ficar restritos à esfera do privado. Contudo, esta é uma situação que a privacidade da resposta deve ser violada pro bonum publico. Na vida, é preciso correr riscos.
Aqui neste blog eu mencionei ter enviado e-mail ao British Council- Recife solicitando correção imediata da nota à imprensa sobre o Café Scientifiques homenageando a Darwin em detrimento de Wallace como o “co-construtor” da teoria da evolução por meio da seleção natural.
Eu afirmei neste blog qual seria a resposta orwelliana do British Council: esquecer a grande figura histórica de Wallace foi um lapso lamentável. Ora, isso poderia ser reparado num breve comunicado à imprensa. Não fizeram, e nem farão. Daí restar a este “Amigo de Wallace” publicar para um universo maior de leitores a resposta “Novilíngua” [Orwell, “1984”] do British Council que se “ajoelhou” e “rezou” a Darwin.
Uma agência de “caridade” britânica que promove “o envolvimento e a confiança do Reino Unido através da troca do conhecimento e idéias entre as pessoas no mundo inteiro”, não teve a “caridade” de reconhecer imediata e publicamente que errou em relação a Alfred Russel Wallace, o “co-construtor” da teoria da evolução por meio da seleção natural juntamente com Charles Robert Darwin, impedindo assim a livre troca do conhecimento e idéias.
Fui, perplexo, mas ainda assim adorando a “fleuma” britânica apesar de o British Council ter se ajoelhado e rezado a Darwin.
+++++
De: XYZ
Data: sábado 25 de outubro de 2008 18:31
Para: neddy@uol.com.br
Assunto: FW: Darwin Now
Prezado Prof. Enézio,
O seu e-mail foi repassado para mim, o qual li com um misto de alegria e frustração. Alegria por conhecer mais um 'Amigo de Wallace', e frustração por não podermos mudar no sentido de celebrar o Wallace na ocasião dos Café Scientifiques, e porque não citar também, Henry Bates.
Este assunto tem sido largamente debatido dentro e fora do British Council. No caso da série de Café Scientifique que estaremos realizando nos nossos escritórios no Brasil, concordamos que fizesse parte do projeto "Darwin Now", celebrando os 200 anos do nascimento deste grande evolucionista.
Mas isso não que dizer que deixamos Bates e Wallace de fora. Já apoiamos algumas iniciativas brasileiras, inclusive financiamos uma placa em homenagem a Wallace e Bates, que está afixada em um tronco de árvore no Instituto de Estudos da Amazônia, em Manaus.
Não sei se o senhor sabe, mas existem várias inciativas [sic] pro-Wallace, inclusive um site ligado ao Natural History Museum de Londres. Estou sem conseguir acessá-lo neste momento, mas assim que eu retornar de uma viagem a SP, no começo de novembro, eu volto a te escrever. Por agora, segue uma informação abaixo (desculpas por estar em inglês) sobre um evento focado em Wallace, com alguns websites interessantes.
Muito obrigada por ter nos contactado e espero matermos [sic] contato.
Atenciosamente,
Dear Colleagues,
You may be interested to know that there will be a one day conference on Alfred Russel Wallace at the Linnean Society of London on Saturday 22nd November 2008. The speakers are:- Charles Smith (Western Kentucky Uni.); Prof. David Collard (Bath Uni.); Roy Davies (London College of Communication); Peter Raby (Cambridge Uni.), and myself (The Natural History Museum, London). It will be chaired by Prof. Aubrey Manning (Edinburgh Uni.) and it is being organised by the Scientific & Medical Network. A leaflet (which includes a booking form) is attached - please pass it on to any colleagues who might be interested. There are only 90 places, so if you want to attend then please book soon!
The event will also see the launch of a new book about Wallace entitled Natural Selection and Beyond: The Intellectual Legacy of Alfred Russel Wallace, which has been co-edited by Charles Smith and myself. It will be published by Oxford University Press in November just before the conference. This rich collection of writings by more than twenty historians and scientists reviews and reflects on the work that made Wallace famous in his own time, and a figure of extraordinary influence and continuing interest today. For more information see:-
The event will also feature an exhibition of wonderful artistic photographs of some of Wallace's specimens, letters and drawings by artist Fred Langford Edwards. A sample of 50 of Fred's images has recently been put on the Wallace Memorial Fund website - please see 1 and 2 [editado aqui pelo blogger]
We hope to see you at the Linnean Society in November!
Best wishes,
xyz
XYZ
British Council Recife
Tel 81 XYZX XYZX
-----Original Message-----
From: neddy [mailto:neddy@uol.com.br]
Sent: 20 October 2008 16:44
To: Recife, Information (Brazil)
Subject: Darwin Now
Prezados Srs.:
As teorias da evolução que foram comunicadas na Linnean Society não foram unicamente as de Darwin: foram também de Alfred Russel Wallace.
Seu comunicado à imprensa sobre a palestra "São os seres humanos especiais?" comete um erro histórico inadmissível ao atribuir unicamente a Darwin a construção da teoria da evolução. Merece correção imediata.
Atenciosamente,
Prof. Enézio E. de Almeida Filho
Mestre em História da Ciência
PUC - São Paulo
The British Council is the United Kingdom's international organisation for educational opportunities and cultural relations. We are a registered charity; 209131 (England and Wales) SC037733 (Scotland). We build engagement and trust for the UK through the exchange of knowledge and ideas between people worldwide.
This message is for the use of the intended recipient(s) only. If you have received this message in error, please notify the sender and delete it. The British Council accepts no liability for loss or damage caused by software viruses and you are advised to carry out a virus check on any attachments contained in this message.
Aqui neste blog eu mencionei ter enviado e-mail ao British Council- Recife solicitando correção imediata da nota à imprensa sobre o Café Scientifiques homenageando a Darwin em detrimento de Wallace como o “co-construtor” da teoria da evolução por meio da seleção natural.
Eu afirmei neste blog qual seria a resposta orwelliana do British Council: esquecer a grande figura histórica de Wallace foi um lapso lamentável. Ora, isso poderia ser reparado num breve comunicado à imprensa. Não fizeram, e nem farão. Daí restar a este “Amigo de Wallace” publicar para um universo maior de leitores a resposta “Novilíngua” [Orwell, “1984”] do British Council que se “ajoelhou” e “rezou” a Darwin.
Uma agência de “caridade” britânica que promove “o envolvimento e a confiança do Reino Unido através da troca do conhecimento e idéias entre as pessoas no mundo inteiro”, não teve a “caridade” de reconhecer imediata e publicamente que errou em relação a Alfred Russel Wallace, o “co-construtor” da teoria da evolução por meio da seleção natural juntamente com Charles Robert Darwin, impedindo assim a livre troca do conhecimento e idéias.
Fui, perplexo, mas ainda assim adorando a “fleuma” britânica apesar de o British Council ter se ajoelhado e rezado a Darwin.
+++++
De: XYZ
Data: sábado 25 de outubro de 2008 18:31
Para: neddy@uol.com.br
Assunto: FW: Darwin Now
Prezado Prof. Enézio,
O seu e-mail foi repassado para mim, o qual li com um misto de alegria e frustração. Alegria por conhecer mais um 'Amigo de Wallace', e frustração por não podermos mudar no sentido de celebrar o Wallace na ocasião dos Café Scientifiques, e porque não citar também, Henry Bates.
Este assunto tem sido largamente debatido dentro e fora do British Council. No caso da série de Café Scientifique que estaremos realizando nos nossos escritórios no Brasil, concordamos que fizesse parte do projeto "Darwin Now", celebrando os 200 anos do nascimento deste grande evolucionista.
Mas isso não que dizer que deixamos Bates e Wallace de fora. Já apoiamos algumas iniciativas brasileiras, inclusive financiamos uma placa em homenagem a Wallace e Bates, que está afixada em um tronco de árvore no Instituto de Estudos da Amazônia, em Manaus.
Não sei se o senhor sabe, mas existem várias inciativas [sic] pro-Wallace, inclusive um site ligado ao Natural History Museum de Londres. Estou sem conseguir acessá-lo neste momento, mas assim que eu retornar de uma viagem a SP, no começo de novembro, eu volto a te escrever. Por agora, segue uma informação abaixo (desculpas por estar em inglês) sobre um evento focado em Wallace, com alguns websites interessantes.
Muito obrigada por ter nos contactado e espero matermos [sic] contato.
Atenciosamente,
Dear Colleagues,
You may be interested to know that there will be a one day conference on Alfred Russel Wallace at the Linnean Society of London on Saturday 22nd November 2008. The speakers are:- Charles Smith (Western Kentucky Uni.); Prof. David Collard (Bath Uni.); Roy Davies (London College of Communication); Peter Raby (Cambridge Uni.), and myself (The Natural History Museum, London). It will be chaired by Prof. Aubrey Manning (Edinburgh Uni.) and it is being organised by the Scientific & Medical Network. A leaflet (which includes a booking form) is attached - please pass it on to any colleagues who might be interested. There are only 90 places, so if you want to attend then please book soon!
The event will also see the launch of a new book about Wallace entitled Natural Selection and Beyond: The Intellectual Legacy of Alfred Russel Wallace, which has been co-edited by Charles Smith and myself. It will be published by Oxford University Press in November just before the conference. This rich collection of writings by more than twenty historians and scientists reviews and reflects on the work that made Wallace famous in his own time, and a figure of extraordinary influence and continuing interest today. For more information see:-
The event will also feature an exhibition of wonderful artistic photographs of some of Wallace's specimens, letters and drawings by artist Fred Langford Edwards. A sample of 50 of Fred's images has recently been put on the Wallace Memorial Fund website - please see 1 and 2 [editado aqui pelo blogger]
We hope to see you at the Linnean Society in November!
Best wishes,
xyz
XYZ
British Council Recife
Tel 81 XYZX XYZX
-----Original Message-----
From: neddy [mailto:neddy@uol.com.br]
Sent: 20 October 2008 16:44
To: Recife, Information (Brazil)
Subject: Darwin Now
Prezados Srs.:
As teorias da evolução que foram comunicadas na Linnean Society não foram unicamente as de Darwin: foram também de Alfred Russel Wallace.
Seu comunicado à imprensa sobre a palestra "São os seres humanos especiais?" comete um erro histórico inadmissível ao atribuir unicamente a Darwin a construção da teoria da evolução. Merece correção imediata.
Atenciosamente,
Prof. Enézio E. de Almeida Filho
Mestre em História da Ciência
PUC - São Paulo
The British Council is the United Kingdom's international organisation for educational opportunities and cultural relations. We are a registered charity; 209131 (England and Wales) SC037733 (Scotland). We build engagement and trust for the UK through the exchange of knowledge and ideas between people worldwide.
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Marcelo Gleiser tentou ressuscitar o experimento de Miller
Eu tinha uma admiração pelo Marcelo Gleiser como divulgador científico popular. Até escrevi para a direção da Folha de São Paulo, como fizeram milhares de leitores, pedindo a sua volta. Ele voltou. Não me arrependo. Aliás, me arrependo, mas aprendi com os mineiros que a gente não chora o leite derramado.
Atualmente Gleiser vem contando um monte de ‘just-so stories’ científicas nas páginas da FSP. Traduzindo em graúdos: pequenos contos da carochinha secularistas passados como se fosse ciência.
No artigo abaixo, ao destacar a água líquida, mais certos compostos químicos, e o calor (ou fonte de energia), Gleiser tentou ressuscitar a plausibilidade química do experimento de Urey-Miller, mas ele sabe que a implausibilidade química daquele experimento para explicar a origem da vida é conhecida pela comunidade científica há muito tempo.
Eu ainda não vi um cachorro teórico morto ressuscitar. Gleiser bem que tentou, mas o experimento de Urey-Miller é simplesmente um “cachorro teórico morto” há décadas. Em estado de putrefação epistêmica. Menos nos livros-texto de Biologia do ensino médio onde é ortodoxia científica. O chamado ‘Konsenso’, oops, ciência ‘mainstream’ é mais chique.
E, durma-se com um barulho desses, tudo avalizado como se fosse Scientia pelo MEC/SEMTEC/PNLEM...
Do jeito que está não pode ficar. É preciso fazer alguma coisa.
+++++
Folha de São Paulo, 26/10/2008
+ Marcelo Gleiser
Sobre a origem da vida
Mesmo se existirem, os extraterrestres devem ser raros
Dos grandes mistérios que despertam enorme interesse tanto de especialistas quanto do público em geral, poucos são tão fascinantes quanto a questão da origem da vida. Existem várias facetas diferentes, cada uma com seu conjunto de questões em aberto. Uma das mais óbvias diz respeito à possível existência de vida extraterrestre. Se existe vida na Terra, por que não supor que ela exista também em outros planetas?
Essa pergunta em geral é respondida com outra pergunta. Do que a vida precisa para existir? Se usarmos a Terra como base -e só conhecemos a vida aqui-, consideramos que são essenciais a água líquida, certos compostos químicos e calor ou alguma outra fonte de energia. Água líquida impõe que o planeta não esteja muito distante ou muito perto de sua estrela. Caso contrário, teria apenas água congelada ou vapor. A água líquida cria o meio onde as reações químicas que sustentam a vida podem ocorrer. Não é à toa que somos mais de 60% água.
Planetas que podem ter água líquida estão na chamada "zona habitável", um cinturão cuja distância varia com o tipo de estrela. No caso do Sol, cobriria Vênus, Terra e Marte. Imediatamente, vemos que estar na zona habitável não é suficiente. Vênus tem uma temperatura que vai além de 500C, por causa de um acentuado efeito estufa. Marte, como foi descoberto recentemente, teve água líquida no passado, tem alguma hoje e também tem gelo, mas não foram encontrados rios, oceanos ou lagos. A possibilidade de vida lá hoje não é nula, mas é remota.
Aprendemos que composição e densidade da atmosfera e a história do planeta são determinantes. A vida precisa de certos elementos químicos. Carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio são essenciais. Fósforo, ferro, cálcio, potássio também são importantes. Esses elementos são sintetizados em estrelas durante seus últimos estágios de vida. Quando a estrela "morre", explode com tremenda violência, emitindo esses e todos os outros elementos da tabela periódica pelo espaço interestelar.
Planetas capazes de desenvolver formas de vida precisam estar numa região com os ingredientes certos. Fora isso, os ingredientes precisam ser combinados corretamente. Pelo que vemos aqui, mesmo as formas mais primitivas de vida dependem de compostos orgânicos consistindo de cadeias muito longas de átomos de carbono ligados a uma série de radicais.
Os átomos de carbono são os ossos da espinha dorsal, dando suporte ao resto. Como que esses átomos formaram cadeias tão complexas? Essa questão permanece em aberto. Mas em 1953, Stanley Miller fez uma grande descoberta: combinando substâncias que acreditava terem feito parte da atmosfera primitiva (metano, gás carbônico, água e outros), Miller isolou-as num frasco e passou faíscas elétricas que simulavam raios.
Para sua surpresa, ao examinar os compostos acumulados no fundo do frasco, percebeu que tinha sintetizado alguns aminoácidos, componentes fundamentais das proteínas. Miller não produziu a vida no laboratório, mas demonstrou que processos naturais podem tornar uma química simples numa química complexa.
Assim como o experimento de Miller, a vida precisa de uma fonte de energia. Aqui, estamos acostumados com o Sol. Mas a descoberta de formas de vida que vivem na mais completa escuridão, em fossas submarinas profundas, demonstra que processos químicos independentes da luz podem gerar a energia capaz de impulsionar os mecanismos da vida. Não basta afirmar que o vasto número de planetas no cosmo torna a vida extraterrestre inevitável. O que aprendemos é que, mesmo se existir, será rara.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"
Atualmente Gleiser vem contando um monte de ‘just-so stories’ científicas nas páginas da FSP. Traduzindo em graúdos: pequenos contos da carochinha secularistas passados como se fosse ciência.
No artigo abaixo, ao destacar a água líquida, mais certos compostos químicos, e o calor (ou fonte de energia), Gleiser tentou ressuscitar a plausibilidade química do experimento de Urey-Miller, mas ele sabe que a implausibilidade química daquele experimento para explicar a origem da vida é conhecida pela comunidade científica há muito tempo.
Eu ainda não vi um cachorro teórico morto ressuscitar. Gleiser bem que tentou, mas o experimento de Urey-Miller é simplesmente um “cachorro teórico morto” há décadas. Em estado de putrefação epistêmica. Menos nos livros-texto de Biologia do ensino médio onde é ortodoxia científica. O chamado ‘Konsenso’, oops, ciência ‘mainstream’ é mais chique.
E, durma-se com um barulho desses, tudo avalizado como se fosse Scientia pelo MEC/SEMTEC/PNLEM...
Do jeito que está não pode ficar. É preciso fazer alguma coisa.
+++++
Folha de São Paulo, 26/10/2008
+ Marcelo Gleiser
Sobre a origem da vida
Mesmo se existirem, os extraterrestres devem ser raros
Dos grandes mistérios que despertam enorme interesse tanto de especialistas quanto do público em geral, poucos são tão fascinantes quanto a questão da origem da vida. Existem várias facetas diferentes, cada uma com seu conjunto de questões em aberto. Uma das mais óbvias diz respeito à possível existência de vida extraterrestre. Se existe vida na Terra, por que não supor que ela exista também em outros planetas?
Essa pergunta em geral é respondida com outra pergunta. Do que a vida precisa para existir? Se usarmos a Terra como base -e só conhecemos a vida aqui-, consideramos que são essenciais a água líquida, certos compostos químicos e calor ou alguma outra fonte de energia. Água líquida impõe que o planeta não esteja muito distante ou muito perto de sua estrela. Caso contrário, teria apenas água congelada ou vapor. A água líquida cria o meio onde as reações químicas que sustentam a vida podem ocorrer. Não é à toa que somos mais de 60% água.
Planetas que podem ter água líquida estão na chamada "zona habitável", um cinturão cuja distância varia com o tipo de estrela. No caso do Sol, cobriria Vênus, Terra e Marte. Imediatamente, vemos que estar na zona habitável não é suficiente. Vênus tem uma temperatura que vai além de 500C, por causa de um acentuado efeito estufa. Marte, como foi descoberto recentemente, teve água líquida no passado, tem alguma hoje e também tem gelo, mas não foram encontrados rios, oceanos ou lagos. A possibilidade de vida lá hoje não é nula, mas é remota.
Aprendemos que composição e densidade da atmosfera e a história do planeta são determinantes. A vida precisa de certos elementos químicos. Carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio são essenciais. Fósforo, ferro, cálcio, potássio também são importantes. Esses elementos são sintetizados em estrelas durante seus últimos estágios de vida. Quando a estrela "morre", explode com tremenda violência, emitindo esses e todos os outros elementos da tabela periódica pelo espaço interestelar.
Planetas capazes de desenvolver formas de vida precisam estar numa região com os ingredientes certos. Fora isso, os ingredientes precisam ser combinados corretamente. Pelo que vemos aqui, mesmo as formas mais primitivas de vida dependem de compostos orgânicos consistindo de cadeias muito longas de átomos de carbono ligados a uma série de radicais.
Os átomos de carbono são os ossos da espinha dorsal, dando suporte ao resto. Como que esses átomos formaram cadeias tão complexas? Essa questão permanece em aberto. Mas em 1953, Stanley Miller fez uma grande descoberta: combinando substâncias que acreditava terem feito parte da atmosfera primitiva (metano, gás carbônico, água e outros), Miller isolou-as num frasco e passou faíscas elétricas que simulavam raios.
Para sua surpresa, ao examinar os compostos acumulados no fundo do frasco, percebeu que tinha sintetizado alguns aminoácidos, componentes fundamentais das proteínas. Miller não produziu a vida no laboratório, mas demonstrou que processos naturais podem tornar uma química simples numa química complexa.
Assim como o experimento de Miller, a vida precisa de uma fonte de energia. Aqui, estamos acostumados com o Sol. Mas a descoberta de formas de vida que vivem na mais completa escuridão, em fossas submarinas profundas, demonstra que processos químicos independentes da luz podem gerar a energia capaz de impulsionar os mecanismos da vida. Não basta afirmar que o vasto número de planetas no cosmo torna a vida extraterrestre inevitável. O que aprendemos é que, mesmo se existir, será rara.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"
Marcelo Leite se esqueceu de Darwin como propagador de idéias racistas
Concordo plenamente aqui com Marcelo Leite: para negar o conceito de raça, bastam somente razões éticas. Mas o colunista da Folha de São Paulo poderia ter ido mais fundo, no âmago da questão: como que as idéias evolutivas de Darwin contribuíram para o racismo?
Quem quiser saber mais detalhes do racismo proposto por Darwin, leia seu livro menos conhecido e menos abordado academicamente: “The Descent of Man”. Neste livro, o guru de Down, “o homem que teve a maior idéia que a humanidade já teve” [Menos, Dennett, menos guri], preconiza a destruição das raças inferiores pelas superiores [leia-se, alguns europeus], levando assim ao pé da letra um dos mecanismos evolutivos – a seleção natural ou a “sobrevivência do mais apto”. A solução final [Hitler, Stalin, Pol Pot].
Pergunta indiscreta deste blogger: a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim vão abordar temas assim em 2009? Duvido, Darwin é Deus, e eles não irão cometer tal sacrilégio. Pecado mortal entre os darwinistas, com penas eternas de ostracismo acadêmico.
E ainda dizem que idéias não têm conseqüências...
Pano rápido!
+++++
Folha de São Paulo, 26/10/2008
+ Marcelo Leite
140 mil anos de solidão
Para negar o conceito de raça, bastam as razões éticas
Chegou à praça um livrinho precioso, "Humanidade Sem Raças?" (Publifolha, 69 págs. R$ 12,90), do geneticista Sérgio D.J. Pena. Aviso logo que tive alguma participação no contato entre autor e editor, minúscula. Não desaconselha o elogio, que vem aqui acompanhado de uma apreciação crítica.
Pena está a cavalo para mostrar que a noção de raças foi superada pela ciência contemporânea. Autor de estudos célebres sobre a composição genética da população brasileira, foi decisivo para mostrar que não existe correspondência entre marcadores de origem africana ou européia e indivíduos que reconhecemos, respectivamente, como "negros" e "brancos".
O pesquisador da UFMG apresenta no livro o argumento -mais que defensável- de que é preciso deletar de vez o conceito de raça. E que a ciência pode fazer muito por isso.
O cerne do argumento está na constatação, lançada pelo americano Richard Lewontin, de que há mais diversidade genética no interior de populações humanas geograficamente delimitadas, como os africanos, do que na comparação entre populações. Como diz Pena, se uma catástrofe eliminasse todas as pessoas da Terra, menos na África, 95% da diversidade de genes humanos ainda sobreviveria.
Ela se formou nos 140 mil anos em que nossa jovem espécie ficou confinada àquele continente. Só nos últimos 60 mil anos se espalhou pelo globo e teve oportunidade de diferenciar a meia dúzia de genes, em meio a dezenas de milhares, por trás de características como a cor da pele.
Raças não constituem, portanto, os tipos homogêneos que inspiravam as teorias racistas "científicas" dos séculos 19 e 20. Mesmo a substituição de "raça" por "população", na segunda metade do século passado, foi incapaz de desconstruir o suposto apoio científico para a contínua discriminação entre seres humanos.
Pena sugere uma saída radical: substituir a idéia de raça pela de indivíduos únicos, no sentido pleno da expressão latina "sui generis". Seria a única posição compatível com as constatações da moderna ciência genômica -a humanidade sem raças mencionada no título. "Uma grande família."
A ciência natural pode e deve contribuir para problematizar as noções correntes, forçando sua revisão e adaptação. Mas ela não consegue por si só desfazer, com os fatos iluminados por seu facho direcional, aquilo que viceja na selva escura das interpretações e dos valores. Admitir que a ciência tenha tal poder conduz a uma ladeira escorregadia. No campo da pesquisa, os valores decisivos são cognitivos. É mais prudente dizer que bastam as razões éticas para negar o conceito de raça. Se a ciência as corrobora, tanto melhor, mas é bom não se fiar nela.
Imagine o leitor que a genômica venha a identificar uma correlação de certos genes com aptidões e comportamentos (in)desejáveis. E que seja possível demonstrar que eles ocorrem com freqüência maior em populações identificadas como "negras" ou "brancas". Não faltará quem conclua que esta ou aquela é "superior".
Não acredito (nem Pena) que seja um programa de pesquisa sensato e frutífero, mas não se descarta de antemão que possa ter algum sucesso. Em saúde pública, por exemplo, faz sentido investigar a correlação de certas doenças com esses descritores "raciais", por imperfeitos que sejam. Há vidas em jogo.
A ciência se limita a indicar regularidades e diferenças. Cabe a nós aprender a conviver com elas.
MARCELO LEITE é autor de "Ciência - Use com Cuidado" (Editora da Unicamp, 2008) e de "Brasil, Paisagens Naturais - Espaço, Sociedade e Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ática, 2007). Blog: Ciência em Dia (cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br).
E-mail: cienciaemdia.folha@uol.com.br
Quem quiser saber mais detalhes do racismo proposto por Darwin, leia seu livro menos conhecido e menos abordado academicamente: “The Descent of Man”. Neste livro, o guru de Down, “o homem que teve a maior idéia que a humanidade já teve” [Menos, Dennett, menos guri], preconiza a destruição das raças inferiores pelas superiores [leia-se, alguns europeus], levando assim ao pé da letra um dos mecanismos evolutivos – a seleção natural ou a “sobrevivência do mais apto”. A solução final [Hitler, Stalin, Pol Pot].
Pergunta indiscreta deste blogger: a Nomenklatura científica e a Grande Mídia tupiniquim vão abordar temas assim em 2009? Duvido, Darwin é Deus, e eles não irão cometer tal sacrilégio. Pecado mortal entre os darwinistas, com penas eternas de ostracismo acadêmico.
E ainda dizem que idéias não têm conseqüências...
Pano rápido!
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Folha de São Paulo, 26/10/2008
+ Marcelo Leite
140 mil anos de solidão
Para negar o conceito de raça, bastam as razões éticas
Chegou à praça um livrinho precioso, "Humanidade Sem Raças?" (Publifolha, 69 págs. R$ 12,90), do geneticista Sérgio D.J. Pena. Aviso logo que tive alguma participação no contato entre autor e editor, minúscula. Não desaconselha o elogio, que vem aqui acompanhado de uma apreciação crítica.
Pena está a cavalo para mostrar que a noção de raças foi superada pela ciência contemporânea. Autor de estudos célebres sobre a composição genética da população brasileira, foi decisivo para mostrar que não existe correspondência entre marcadores de origem africana ou européia e indivíduos que reconhecemos, respectivamente, como "negros" e "brancos".
O pesquisador da UFMG apresenta no livro o argumento -mais que defensável- de que é preciso deletar de vez o conceito de raça. E que a ciência pode fazer muito por isso.
O cerne do argumento está na constatação, lançada pelo americano Richard Lewontin, de que há mais diversidade genética no interior de populações humanas geograficamente delimitadas, como os africanos, do que na comparação entre populações. Como diz Pena, se uma catástrofe eliminasse todas as pessoas da Terra, menos na África, 95% da diversidade de genes humanos ainda sobreviveria.
Ela se formou nos 140 mil anos em que nossa jovem espécie ficou confinada àquele continente. Só nos últimos 60 mil anos se espalhou pelo globo e teve oportunidade de diferenciar a meia dúzia de genes, em meio a dezenas de milhares, por trás de características como a cor da pele.
Raças não constituem, portanto, os tipos homogêneos que inspiravam as teorias racistas "científicas" dos séculos 19 e 20. Mesmo a substituição de "raça" por "população", na segunda metade do século passado, foi incapaz de desconstruir o suposto apoio científico para a contínua discriminação entre seres humanos.
Pena sugere uma saída radical: substituir a idéia de raça pela de indivíduos únicos, no sentido pleno da expressão latina "sui generis". Seria a única posição compatível com as constatações da moderna ciência genômica -a humanidade sem raças mencionada no título. "Uma grande família."
A ciência natural pode e deve contribuir para problematizar as noções correntes, forçando sua revisão e adaptação. Mas ela não consegue por si só desfazer, com os fatos iluminados por seu facho direcional, aquilo que viceja na selva escura das interpretações e dos valores. Admitir que a ciência tenha tal poder conduz a uma ladeira escorregadia. No campo da pesquisa, os valores decisivos são cognitivos. É mais prudente dizer que bastam as razões éticas para negar o conceito de raça. Se a ciência as corrobora, tanto melhor, mas é bom não se fiar nela.
Imagine o leitor que a genômica venha a identificar uma correlação de certos genes com aptidões e comportamentos (in)desejáveis. E que seja possível demonstrar que eles ocorrem com freqüência maior em populações identificadas como "negras" ou "brancas". Não faltará quem conclua que esta ou aquela é "superior".
Não acredito (nem Pena) que seja um programa de pesquisa sensato e frutífero, mas não se descarta de antemão que possa ter algum sucesso. Em saúde pública, por exemplo, faz sentido investigar a correlação de certas doenças com esses descritores "raciais", por imperfeitos que sejam. Há vidas em jogo.
A ciência se limita a indicar regularidades e diferenças. Cabe a nós aprender a conviver com elas.
MARCELO LEITE é autor de "Ciência - Use com Cuidado" (Editora da Unicamp, 2008) e de "Brasil, Paisagens Naturais - Espaço, Sociedade e Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ática, 2007). Blog: Ciência em Dia (cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br).
E-mail: cienciaemdia.folha@uol.com.br
O desenvolvimento põe um fim à evolução das formas infinitas?
domingo, outubro 26, 2008
Interessante artigo para ser lido cum granum salis considerando-se o presente status epistêmico da atual teoria geral da evolução: transição paradigmática. PDF gratuito. Sorry, periferia, mas está em inglês.
An End to Endless Forms: Epistasis, Phenotype Distribution Bias, and Nonuniform Evolution
Elhanan Borenstein1,2*, David C. Krakauer2
1 Department of Biological Sciences, Stanford University, Stanford, California, United States of America, 2 Santa Fe Institute, Santa Fe, New Mexico, United States of America
Abstract
Studies of the evolution of development characterize the way in which gene regulatory dynamics during ontogeny constructs and channels phenotypic variation. These studies have identified a number of evolutionary regularities: (1) phenotypes occupy only a small subspace of possible phenotypes, (2) the influence of mutation is not uniform and is often canalized, and (3) a great deal of morphological variation evolved early in the history of multicellular life. An important implication of these studies is that diversity is largely the outcome of the evolution of gene regulation rather than the emergence of new, structural genes. Using a simple model that considers a generic property of developmental maps—the interaction between multiple genetic elements and the nonlinearity of gene interaction in shaping phenotypic traits—we are able to recover many of these empirical regularities. We show that visible phenotypes represent only a small fraction of possibilities. Epistasis ensures that phenotypes are highly clustered in morphospace and that the most frequent phenotypes are the most similar. We perform phylogenetic analyses on an evolving, developmental model and find that species become more alike through time, whereas higher-level grades have a tendency to diverge. Ancestral phenotypes, produced by early developmental programs with a low level of gene interaction, are found to span a significantly greater volume of the total phenotypic space than derived taxa. We suggest that early and late evolution have a different character that we classify into micro- and macroevolutionary configurations. These findings complement the view of development as a key component in the production of endless forms and highlight the crucial role of development in constraining biotic diversity and evolutionary trajectories.
Author summary
At the very end of his On the Origin of Species, Charles Darwin wrote, “from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being, evolved.” Nature truly displays a bewildering variety of shapes and forms. Yet, with all its magnificence, this diversity still represents only a tiny fraction of the endless “space” of possibilities; research on the evolution of development has revealed that observed common morphologies and body plans (or, more generally, phenotypes) occupy only small, dense patches in the abstract phenotypic space. In this paper, we introduce a simple model of evolving gene regulation and show that these empirically identified patterns can be attributed, at least in part, to interaction between genes (epistasis) in the developmental network. Our model further predicts that early developmental programs with low levels of interaction would span most of the variation found in extant species. The theory presented in our paper complements the view of development as a key component in the production of endless forms and highlights the crucial role of development in constraining (as well as generating) biotic diversity.
An End to Endless Forms: Epistasis, Phenotype Distribution Bias, and Nonuniform Evolution
Elhanan Borenstein1,2*, David C. Krakauer2
1 Department of Biological Sciences, Stanford University, Stanford, California, United States of America, 2 Santa Fe Institute, Santa Fe, New Mexico, United States of America
Abstract
Studies of the evolution of development characterize the way in which gene regulatory dynamics during ontogeny constructs and channels phenotypic variation. These studies have identified a number of evolutionary regularities: (1) phenotypes occupy only a small subspace of possible phenotypes, (2) the influence of mutation is not uniform and is often canalized, and (3) a great deal of morphological variation evolved early in the history of multicellular life. An important implication of these studies is that diversity is largely the outcome of the evolution of gene regulation rather than the emergence of new, structural genes. Using a simple model that considers a generic property of developmental maps—the interaction between multiple genetic elements and the nonlinearity of gene interaction in shaping phenotypic traits—we are able to recover many of these empirical regularities. We show that visible phenotypes represent only a small fraction of possibilities. Epistasis ensures that phenotypes are highly clustered in morphospace and that the most frequent phenotypes are the most similar. We perform phylogenetic analyses on an evolving, developmental model and find that species become more alike through time, whereas higher-level grades have a tendency to diverge. Ancestral phenotypes, produced by early developmental programs with a low level of gene interaction, are found to span a significantly greater volume of the total phenotypic space than derived taxa. We suggest that early and late evolution have a different character that we classify into micro- and macroevolutionary configurations. These findings complement the view of development as a key component in the production of endless forms and highlight the crucial role of development in constraining biotic diversity and evolutionary trajectories.
Author summary
At the very end of his On the Origin of Species, Charles Darwin wrote, “from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being, evolved.” Nature truly displays a bewildering variety of shapes and forms. Yet, with all its magnificence, this diversity still represents only a tiny fraction of the endless “space” of possibilities; research on the evolution of development has revealed that observed common morphologies and body plans (or, more generally, phenotypes) occupy only small, dense patches in the abstract phenotypic space. In this paper, we introduce a simple model of evolving gene regulation and show that these empirically identified patterns can be attributed, at least in part, to interaction between genes (epistasis) in the developmental network. Our model further predicts that early developmental programs with low levels of interaction would span most of the variation found in extant species. The theory presented in our paper complements the view of development as a key component in the production of endless forms and highlights the crucial role of development in constraining (as well as generating) biotic diversity.
Alfred Russel Wallace: Fiat justitia, ruat caelum
sábado, outubro 25, 2008
Para não deixar passar o nome de Alfred Russel Wallace em branco que juntamente com Charles Darwin, foi o co-construtor da teoria da evolução por meio da seleção natural, eu descobri um site que "corrige" essa "indústria" historiográfica abjeta e desprezível de louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin, e recoloca Wallace no devido lugar que teve no panteão da ciência do século 19:
http://wallacefund.info
Há vários artigos em PDF [gratuitos] de vários cientistas que corrigem esta distorção historiográfica que já virou "culto à personalidade" à la Mao Tse-tung.
A queda de Darwin 'profetizada'
sexta-feira, outubro 24, 2008
Gente, eu não sei qual foi o sábio que disse que uma imagem vale por mil palavras. Esse cara estava, está e estará sempre certo: o visual traduz melhor do que o que é dito.
Para ilustrar melhor o atual status epistêmico da teoria geral da evolução de Darwin diante das evidências que teimam não corroborar a origem das espécies através da seleção natural e outros mecanismos evolutivos de A a Z, eu achei esta ilustração de Katrien Kolenberg, Science 24 October 2008, Vol. 322. no. 5901, p. 531 bem "profética" do que veremos ocorrer em ciência em relação à origem e evolução das espécies: Darwin não fecha a conta epistêmica, e foi encontrado em falta.
QED??? Olha a nova teoria geral da evolução chegando aí, gente! SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, e que não será selecionista. Pobre Darwin!
Eu? eu já dei adeus a Darwin [NOTA BENE: TEORIA GERAL DA EVOLUÇÃO] em 1998 após ler o livro "A Caixa Preta de Darwin" de Michael Behe [Rio de Janeiro, Zahar, 1998].
Para ilustrar melhor o atual status epistêmico da teoria geral da evolução de Darwin diante das evidências que teimam não corroborar a origem das espécies através da seleção natural e outros mecanismos evolutivos de A a Z, eu achei esta ilustração de Katrien Kolenberg, Science 24 October 2008, Vol. 322. no. 5901, p. 531 bem "profética" do que veremos ocorrer em ciência em relação à origem e evolução das espécies: Darwin não fecha a conta epistêmica, e foi encontrado em falta.
QED??? Olha a nova teoria geral da evolução chegando aí, gente! SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, e que não será selecionista. Pobre Darwin!
Eu? eu já dei adeus a Darwin [NOTA BENE: TEORIA GERAL DA EVOLUÇÃO] em 1998 após ler o livro "A Caixa Preta de Darwin" de Michael Behe [Rio de Janeiro, Zahar, 1998].
Fodor 'falou e disse': a indução detona as atuais teorias
quinta-feira, outubro 23, 2008
"A indução ao longo da história da ciência sugere que as melhores teorias que nós temos hoje serão demonstradas mais ou menos não verdadeiras no mais tardar amanhã à tarde." [1]
Não sei porque fui pensando no darwinismo e no neodarwinismo: duas teorias que a indução demonstrou sendo mais ou menos não verdadeiras [para ser gentil com Darwin] na reunião dos 16 de Altenberg, em julho de 2008.
A nova teoria da evolução - a Síntese Evolutiva Ampliada não será selecionista. Cadê a seleção natural que estava aqui? O gato da evidência encontrado na natureza comeu...
NOTA:
1. "Induction over the history of science suggests that the best theories we have today will prove more or less untrue at the latest by tomorrow afternoon." Jerry Fodor, 'Why Pigs don’t have wings,' London Review of Books, 18th Oct 2007.
Não sei porque fui pensando no darwinismo e no neodarwinismo: duas teorias que a indução demonstrou sendo mais ou menos não verdadeiras [para ser gentil com Darwin] na reunião dos 16 de Altenberg, em julho de 2008.
A nova teoria da evolução - a Síntese Evolutiva Ampliada não será selecionista. Cadê a seleção natural que estava aqui? O gato da evidência encontrado na natureza comeu...
NOTA:
1. "Induction over the history of science suggests that the best theories we have today will prove more or less untrue at the latest by tomorrow afternoon." Jerry Fodor, 'Why Pigs don’t have wings,' London Review of Books, 18th Oct 2007.
O verdadeiro maior negócio da China: fósseis de possível elo entre dinossauros e aves
Gente, “mais luz” sendo lançada nas trevas de nosso conhecimento científico sobre o elo de transição evolutiva entre dinossauros e aves. Só que desta vez, a descoberta traz mais dificuldades à história evolutiva.
Tinha que ser na China. Poderia ser no Paraguai, mas neste caso a China é mais rica em fósseis com essas características, e alguns falsificados grosseiramente pelos pesquisadores para “corroborarem” o fato, Fato, FATO da evolução [obrigado Michael Ruse, pela pérola de citação]. O que uma, duas, três mentiras, ou uma, duas, três fraudes em nome de Darwin não fazem para o avanço da ciência, oops, do fato, Fato, FATO da evolução, não é mesmo?
Bem, vamos à luz trazida por este fóssil para a nossa santa ignorância secularista.
+++++
22/10/2008 - 16h31
Cientistas chineses descobrem fóssil de possível elo entre dinossauros e aves
Da Efe
Em Londres
Cientistas chineses encontraram um fóssil de uma nova espécie que seria o elo da evolução dos dinossauros terrestres para as aves, o Epidexipteryx hui, que era coberto de penas, mas não podia voar.
A equipe de pesquisadores da Academia de Ciências da China explica hoje na revista científica britânica "Nature" que a descoberta traz mais complexidade à história da evolução dos dinossauros para as aves e dá suporte à hipótese que a transição aconteceu a partir dos terópodes.
O estranho dinossauro com penas viveu na China entre os Jurássicos Médio e Superior e tem várias características do grupo dos terópodes, bípedes carnívoros.
Este animal, do tamanho de uma pomba e que pesava cerca de 160 gramas, viveu pouco antes que o Archaeopteryx, considerado a ave mais antiga do mundo.
Muitas de suas características são as de uma ave, como dois pares de penas muito longas com o aspecto de laços que nasciam de sua pequena cauda.
Os cientistas, liderados por Fucheng Zhang, indicam, no entanto, que o Epidexipteryx hui não podia voar, pois tinha penas no contorno das extremidades.
+++++
ESTE BLOGGER SOBRE OS OMBROS DE UM GIGANTE:
A coisa realmente importante sobre este fóssil se encontra ‘enterrada’ quase que no fim do artigo da BBC:
"Em primeiro lugar, enquanto outros dinossauros com penas datem após o surgimento da primeira ave conhecida, este fóssil parece ser mais próximo no tempo, abrindo assim uma nova janela sobre os eventos evolutivos na transição crítica dos dinossauros para as aves.”
O problema com a seqüência dromeossauro a dinossauro com penas a aves é que este fóssil aparece numa seqüência reversa quase que perfeita no registro fóssil. Este novo fóssil coloca um dinossauro com penas aparentemente antes da primeira ave, sendo assim uma grande notícia.
Este fóssil está abaixo do Archaeopteryx que geralmente é relatado como sendo do Jurássico Superior, e a primeira ave. Eu me pergunto se eles [os pesquisadores] não têm algo mais em suas mangas. Esta descoberta não sera tão significativa se eles descobrirem somente aves com este fóssil. Na verdade, descobrir aves no estrato abaixo do Archaeopteryx seria, sem dúvidas, uma grande manchete, e colocaria ainda mais em confusão as atuais teorias darwinistas sobre a evolução das aves."
COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER CÉTICO:
Todas as vezes que você vir um tico-tico, lembre-se do risco de vida que você corre: todo tico-tico já foi um Tiranossauro rex um dia!!!
Tinha que ser na China. Poderia ser no Paraguai, mas neste caso a China é mais rica em fósseis com essas características, e alguns falsificados grosseiramente pelos pesquisadores para “corroborarem” o fato, Fato, FATO da evolução [obrigado Michael Ruse, pela pérola de citação]. O que uma, duas, três mentiras, ou uma, duas, três fraudes em nome de Darwin não fazem para o avanço da ciência, oops, do fato, Fato, FATO da evolução, não é mesmo?
Bem, vamos à luz trazida por este fóssil para a nossa santa ignorância secularista.
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22/10/2008 - 16h31
Cientistas chineses descobrem fóssil de possível elo entre dinossauros e aves
Da Efe
Em Londres
Cientistas chineses encontraram um fóssil de uma nova espécie que seria o elo da evolução dos dinossauros terrestres para as aves, o Epidexipteryx hui, que era coberto de penas, mas não podia voar.
A equipe de pesquisadores da Academia de Ciências da China explica hoje na revista científica britânica "Nature" que a descoberta traz mais complexidade à história da evolução dos dinossauros para as aves e dá suporte à hipótese que a transição aconteceu a partir dos terópodes.
O estranho dinossauro com penas viveu na China entre os Jurássicos Médio e Superior e tem várias características do grupo dos terópodes, bípedes carnívoros.
Este animal, do tamanho de uma pomba e que pesava cerca de 160 gramas, viveu pouco antes que o Archaeopteryx, considerado a ave mais antiga do mundo.
Muitas de suas características são as de uma ave, como dois pares de penas muito longas com o aspecto de laços que nasciam de sua pequena cauda.
Os cientistas, liderados por Fucheng Zhang, indicam, no entanto, que o Epidexipteryx hui não podia voar, pois tinha penas no contorno das extremidades.
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ESTE BLOGGER SOBRE OS OMBROS DE UM GIGANTE:
A coisa realmente importante sobre este fóssil se encontra ‘enterrada’ quase que no fim do artigo da BBC:
"Em primeiro lugar, enquanto outros dinossauros com penas datem após o surgimento da primeira ave conhecida, este fóssil parece ser mais próximo no tempo, abrindo assim uma nova janela sobre os eventos evolutivos na transição crítica dos dinossauros para as aves.”
O problema com a seqüência dromeossauro a dinossauro com penas a aves é que este fóssil aparece numa seqüência reversa quase que perfeita no registro fóssil. Este novo fóssil coloca um dinossauro com penas aparentemente antes da primeira ave, sendo assim uma grande notícia.
Este fóssil está abaixo do Archaeopteryx que geralmente é relatado como sendo do Jurássico Superior, e a primeira ave. Eu me pergunto se eles [os pesquisadores] não têm algo mais em suas mangas. Esta descoberta não sera tão significativa se eles descobrirem somente aves com este fóssil. Na verdade, descobrir aves no estrato abaixo do Archaeopteryx seria, sem dúvidas, uma grande manchete, e colocaria ainda mais em confusão as atuais teorias darwinistas sobre a evolução das aves."
COMENTÁRIO IMPERTINENTE DESTE BLOGGER CÉTICO:
Todas as vezes que você vir um tico-tico, lembre-se do risco de vida que você corre: todo tico-tico já foi um Tiranossauro rex um dia!!!
O fato, Fato, FATO da evolução segundo alguns evolucionistas
Que a evolução é um fato, Fato, FATO aceito a priori, pouca gente sabe, especialmente os leigos, e ninguém da Nomenklatura científica que sabe disso ousa discutir ou mencionar em público que esta verdade científica é aceita pela fé [Argh, isso é como cometer um assassinato!!! Obrigado, Darwin por esta pérola de citação], mas aqui e ali alguns evolucionistas academicamente honestos e convencidos pelas evidências encontradas nas suas pesquisas não deixam de mencionar o verdadeiro status epistêmico da teoria geral da evolução no contexto de justificação teórica.
Eis aqui dois exemplos mencionados recentemente em publicações científicas de renome:
“Um dos problemas mais antigos [SIC ULTRA PLUS 1] em biologia evolutiva permanece não resolvido em grande parte. […] Historicamente, os sintetizadores neodarwinistas enfatizaram a predominância das micromutações na evolução, enquanto outros notaram as semelhanças entre algumas mutações dramáticas e as transições evolutivas para argumentarem a favor do macromutacionismo.” [1]
“Um debate persistente [SIC ULTRA PLUS 2] em biologia evolutiva é um sobre a continuidade da microevolução e a macroevolução — se as tendências macroevolutivas são governadas pelos princípios da microevolução.” [2]
Fui, cada vez mais cético da teoria geral da evolução [nunca definida nos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior].
Kuhn afirmou que quando um paradigma entra em crise, os que praticam ciência normal [Nomenklatura científica] escondem as anomalias, varrem-nas para debaixo do tapete epistêmico, e seguem a vida científica como se nada de grave tivesse acontecido.
Ele também afirmou que uma nova geração de cientistas mais aberta à novas idéias e que não irão “esconder” essas anomalias, somente terão espaço quando a velha geração passar pela solução biológica.
Ó solução biológica demorada, sô!!!
NOTAS:
[1] STERN, David L. “Perspective: Evolutionary Developmental Biology and the Problem of Variation,” Evolution 2000, 54, 1079-1091. A contribution from the University of Cambridge. “One of the oldest problems in evolutionary biology remains largely unsolved. […] Historically, the neo-Darwinian synthesizers stressed the predominance of micromutations in evolution, whereas others noted the similarities between some dramatic mutations and evolutionary transitions to argue for macromutationism.”
[2] SIMONS, Andrew M. “The Continuity of Microevolution and Macroevolution,” Journal of Evolutionary Biology 2002, 15, 688-701. A contribution from Carleton University. “A persistent debate in evolutionary biology is one over the continuity of microevolution and macroevolution — whether macroevolutionary trends are governed by the principles of microevolution.” [2]
Eis aqui dois exemplos mencionados recentemente em publicações científicas de renome:
“Um dos problemas mais antigos [SIC ULTRA PLUS 1] em biologia evolutiva permanece não resolvido em grande parte. […] Historicamente, os sintetizadores neodarwinistas enfatizaram a predominância das micromutações na evolução, enquanto outros notaram as semelhanças entre algumas mutações dramáticas e as transições evolutivas para argumentarem a favor do macromutacionismo.” [1]
“Um debate persistente [SIC ULTRA PLUS 2] em biologia evolutiva é um sobre a continuidade da microevolução e a macroevolução — se as tendências macroevolutivas são governadas pelos princípios da microevolução.” [2]
Fui, cada vez mais cético da teoria geral da evolução [nunca definida nos melhores livros-texto de Biologia do ensino médio e superior].
Kuhn afirmou que quando um paradigma entra em crise, os que praticam ciência normal [Nomenklatura científica] escondem as anomalias, varrem-nas para debaixo do tapete epistêmico, e seguem a vida científica como se nada de grave tivesse acontecido.
Ele também afirmou que uma nova geração de cientistas mais aberta à novas idéias e que não irão “esconder” essas anomalias, somente terão espaço quando a velha geração passar pela solução biológica.
Ó solução biológica demorada, sô!!!
NOTAS:
[1] STERN, David L. “Perspective: Evolutionary Developmental Biology and the Problem of Variation,” Evolution 2000, 54, 1079-1091. A contribution from the University of Cambridge. “One of the oldest problems in evolutionary biology remains largely unsolved. […] Historically, the neo-Darwinian synthesizers stressed the predominance of micromutations in evolution, whereas others noted the similarities between some dramatic mutations and evolutionary transitions to argue for macromutationism.”
[2] SIMONS, Andrew M. “The Continuity of Microevolution and Macroevolution,” Journal of Evolutionary Biology 2002, 15, 688-701. A contribution from Carleton University. “A persistent debate in evolutionary biology is one over the continuity of microevolution and macroevolution — whether macroevolutionary trends are governed by the principles of microevolution.” [2]
As idéias evolutivas de Alfred Russel Wallace e Charles Darwin em debate
segunda-feira, outubro 20, 2008
É impressionante o descompasso com a verdade histórica da parte de certos grupos da Nomenklatura científica quando se reportam à ‘construção’ da teoria da evolução: sempre Darwin é ‘o pai da criança’, e Alfred Russel Wallace, que não tinha QI [Quem indica] nas associações científicas da Inglaterra do século 19, é omitido INTENCIONALMENTE.
Exemplo mais recente está neste comunicado à imprensa feito pelo British Council. Eles vão alegar, se responderem ao e-mail que mandei, que eles se esqueceram de mencionar Wallace logo após Darwin. O texto comporta essa possibilidade. Quero ver se o British Council vai fazer a correção imediata que solicitei. Se fizerem a correção, não fizeram mais do que era esperado de um órgão sério: o respeito pela história e pela memória de ALFRED RUSSEL WALLACE, o ‘co-construtor’ da teoria da evolução.
Vamos puxar o saco de Darwin, pero no mucho! Alfred Russel Wallace, nós não deixaremos que você seja olvidado pela Nomenklatura científica nestas comemorações de louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin. Culto à personalidade. Idolatria secularista.
Por que Darwin se sentia mal quando se lembrava do 'affair' desta apresentação conjunta maquinada pela dupla Lyell e Hooker, e que Wallace somente veio saber depois que retornou à Inglaterra???
+++++
Debate interativo sobre as idéias evolucionistas de Charles Darwin fomentam discussão entre participantes em Recife, Buenos Aires, Santiago e Londres durante a Semana Nacional de C&T
No dia 23, às 9h30, o British Council, em parceria com o Espaço Ciência, promoverá um Café Scientifique sobre o tema “Os Seres Humanos São Especiais?”, onde o especialista britânico Daniel Glaser abordará de Londres, através de vídeo conferência, questões atuais mostrando simultaneamente aos públicos de Recife, Buenos Aires e Santiago como as idéias evolucionistas de Charles Darwin continuam importantes no mundo atual.
Este evento faz parte do início das comemorações do bicentenário de Charles Darwin, que será celebrado em 2009, e do projeto do British Council Darwin Now (Darwin Agora), que através de diversas atividades como seminários e debates, celebrará também os 150 anos do pronunciamento das teorias evolucionistas de Charles Darwin, ocorrido na "Lynnean Society" no dia 1º de julho de 1858 em Londres.
O Café Scientifique tem o intuito de integrar o público dos diversos países da região com o Reino Unido, estimulando a troca de idéias, trazendo e comunicando a ciência de uma forma moderna e divertida, e contribuindo para o debate sobre o papel de Darwin nos dias atuais. O evento em Recife será o primeiro de uma série de quatro que acontecerá também entre Londres e as cidades: Rio de Janeiro, México e Cuba; São Paulo e Colômbia; Brasília e Venezuela.
Professores e alunos do ensino médio de 10 escolas públicas e privadas de Recife, além de profissionais de Centro de Ciências e Museus de Ciência, participarão do debate no dia 23 de outubro com o especialista britânico e comunicador científico Daniel Glaser, e ainda terão a chance de trocar idéias com participantes de Buenos Aires e Santiago.
O especialista Daniel Glaser é chefe de Projetos Especiais em engajamento público do Wellcome Trust, instituição que busca promover a compreensão sobre as formas como a ciência e a medicina se desenvolveram, e como a pesquisa afeta as pessoas e a sociedade atualmente. Sua equipe dirige atividades com jovens, mídia televisiva e engajamento público de cientistas.
Em 2005 ele recebeu o Cultural Leadership Award (Prêmio de Liderança Cultural) do National Endowment for Science, Technology and the Arts. Ele apresentou uma série sobre ciência para televisão na BBC e co-preside o Café Scientifique na Photographers' Gallery.
Inscrições através do fone: 81-2101-7500. As vagas são limitadas. Haverá tradução simultânea.
Informações através do site do British Council.
(Assessoria de Comunicação do British Council)
Exemplo mais recente está neste comunicado à imprensa feito pelo British Council. Eles vão alegar, se responderem ao e-mail que mandei, que eles se esqueceram de mencionar Wallace logo após Darwin. O texto comporta essa possibilidade. Quero ver se o British Council vai fazer a correção imediata que solicitei. Se fizerem a correção, não fizeram mais do que era esperado de um órgão sério: o respeito pela história e pela memória de ALFRED RUSSEL WALLACE, o ‘co-construtor’ da teoria da evolução.
Vamos puxar o saco de Darwin, pero no mucho! Alfred Russel Wallace, nós não deixaremos que você seja olvidado pela Nomenklatura científica nestas comemorações de louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin. Culto à personalidade. Idolatria secularista.
Por que Darwin se sentia mal quando se lembrava do 'affair' desta apresentação conjunta maquinada pela dupla Lyell e Hooker, e que Wallace somente veio saber depois que retornou à Inglaterra???
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Debate interativo sobre as idéias evolucionistas de Charles Darwin fomentam discussão entre participantes em Recife, Buenos Aires, Santiago e Londres durante a Semana Nacional de C&T
No dia 23, às 9h30, o British Council, em parceria com o Espaço Ciência, promoverá um Café Scientifique sobre o tema “Os Seres Humanos São Especiais?”, onde o especialista britânico Daniel Glaser abordará de Londres, através de vídeo conferência, questões atuais mostrando simultaneamente aos públicos de Recife, Buenos Aires e Santiago como as idéias evolucionistas de Charles Darwin continuam importantes no mundo atual.
Este evento faz parte do início das comemorações do bicentenário de Charles Darwin, que será celebrado em 2009, e do projeto do British Council Darwin Now (Darwin Agora), que através de diversas atividades como seminários e debates, celebrará também os 150 anos do pronunciamento das teorias evolucionistas de Charles Darwin, ocorrido na "Lynnean Society" no dia 1º de julho de 1858 em Londres.
O Café Scientifique tem o intuito de integrar o público dos diversos países da região com o Reino Unido, estimulando a troca de idéias, trazendo e comunicando a ciência de uma forma moderna e divertida, e contribuindo para o debate sobre o papel de Darwin nos dias atuais. O evento em Recife será o primeiro de uma série de quatro que acontecerá também entre Londres e as cidades: Rio de Janeiro, México e Cuba; São Paulo e Colômbia; Brasília e Venezuela.
Professores e alunos do ensino médio de 10 escolas públicas e privadas de Recife, além de profissionais de Centro de Ciências e Museus de Ciência, participarão do debate no dia 23 de outubro com o especialista britânico e comunicador científico Daniel Glaser, e ainda terão a chance de trocar idéias com participantes de Buenos Aires e Santiago.
O especialista Daniel Glaser é chefe de Projetos Especiais em engajamento público do Wellcome Trust, instituição que busca promover a compreensão sobre as formas como a ciência e a medicina se desenvolveram, e como a pesquisa afeta as pessoas e a sociedade atualmente. Sua equipe dirige atividades com jovens, mídia televisiva e engajamento público de cientistas.
Em 2005 ele recebeu o Cultural Leadership Award (Prêmio de Liderança Cultural) do National Endowment for Science, Technology and the Arts. Ele apresentou uma série sobre ciência para televisão na BBC e co-preside o Café Scientifique na Photographers' Gallery.
Inscrições através do fone: 81-2101-7500. As vagas são limitadas. Haverá tradução simultânea.
Informações através do site do British Council.
(Assessoria de Comunicação do British Council)
Desde quando Darwin explicou a origem do sexo???
Fonte: JC e-mail 3623, de 20 de Outubro de 2008
10. Semana Nacional de C&T: “Evolução e Sexualidade” na Praça Saens Peña, RJ
O museu de ciências Espaço Ciência Viva abre no dia 25 de outubro, de 14 às 17h, suas portas para o Sábado da Ciência, um evento gratuito, destinado a todas as faixas etárias e que, a cada mês, aborda um tema especial
Em consonância com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema este ano é “Diversidade e Evolução”, o Espaço Ciência Viva preparou para o mês de outubro um Sábado da Ciência sobre “Evolução e Sexualidade”, desta vez na Praça Saens Peña.
Para este evento, uma grande exposição interativa e várias oficinas serão realizadas com o intuito de fomentar a reflexão deste tema entre crianças, jovens e adultos. Estas atividades foram elaboradas por profissionais de áreas diversas, abordando temas como reprodução, saúde sexual, evolução do cérebro, a viagem de Darwin, DNA/mutações, entre outros.
Um dos destaques será uma atividade apresentada pela equipe de Adilson Salles, da UFRJ, na qual será discutido como os paleontólogos traduzem a biografia dos nossos ancestrais a partir das marcas deixadas nos seus ossos.
Mais informações no site ou pelo e-mail: museu@cienciaviva.org.br
(Assessoria de Comunicação do Espaço Ciência Viva)
10. Semana Nacional de C&T: “Evolução e Sexualidade” na Praça Saens Peña, RJ
O museu de ciências Espaço Ciência Viva abre no dia 25 de outubro, de 14 às 17h, suas portas para o Sábado da Ciência, um evento gratuito, destinado a todas as faixas etárias e que, a cada mês, aborda um tema especial
Em consonância com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema este ano é “Diversidade e Evolução”, o Espaço Ciência Viva preparou para o mês de outubro um Sábado da Ciência sobre “Evolução e Sexualidade”, desta vez na Praça Saens Peña.
Para este evento, uma grande exposição interativa e várias oficinas serão realizadas com o intuito de fomentar a reflexão deste tema entre crianças, jovens e adultos. Estas atividades foram elaboradas por profissionais de áreas diversas, abordando temas como reprodução, saúde sexual, evolução do cérebro, a viagem de Darwin, DNA/mutações, entre outros.
Um dos destaques será uma atividade apresentada pela equipe de Adilson Salles, da UFRJ, na qual será discutido como os paleontólogos traduzem a biografia dos nossos ancestrais a partir das marcas deixadas nos seus ossos.
Mais informações no site ou pelo e-mail: museu@cienciaviva.org.br
(Assessoria de Comunicação do Espaço Ciência Viva)
Curso virtual sobre bases teóricas da pesquisa científica
Fonte: JC e-mail 3623, de 20 de Outubro de 2008
28. Duke University oferece curso virtual para brasileiros sobre bases teóricas da pesquisa científica
Grupo Research on Research - RoR lança o programa "Philosophy, Science, and Research"
O curso será conduzido de 1 a 12 de dezembro, pelo filósofo e professor paulista Dr. Paulo Ghiraldelli Jr., e distribuído via canal de televisão na web.
Com um custo de R$ 300,00, o curso oferece um certificado oficial da Duke University (Carolina do Norte, EUA) e o aluno com o melhor artigo de conclusão será convidado a visitar a Universidade com as despesas pagas.
Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo site. Dados sobre o professor estão disponíveis aqui.
Os interessados em fazer o curso devem enviar e-mail para adeliabatilana@gmail.com ou ecacarva@gmail.com
28. Duke University oferece curso virtual para brasileiros sobre bases teóricas da pesquisa científica
Grupo Research on Research - RoR lança o programa "Philosophy, Science, and Research"
O curso será conduzido de 1 a 12 de dezembro, pelo filósofo e professor paulista Dr. Paulo Ghiraldelli Jr., e distribuído via canal de televisão na web.
Com um custo de R$ 300,00, o curso oferece um certificado oficial da Duke University (Carolina do Norte, EUA) e o aluno com o melhor artigo de conclusão será convidado a visitar a Universidade com as despesas pagas.
Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo site. Dados sobre o professor estão disponíveis aqui.
Os interessados em fazer o curso devem enviar e-mail para adeliabatilana@gmail.com ou ecacarva@gmail.com
A relação incestuosa da Nomenklatura científica e a Grande Mídia com os dias contados
sábado, outubro 18, 2008
A Nomenklatura científica e a Grande Mídia vivem uma relação incestuosa quando a questão é Darwin denunciada por este blogger no Observatório da Imprensa em 1998. O que reina nas grandes editorias de ciência de jornais expressivos como a Folha de São Paulo HÁ UMA DÉCADA é a resposta dada por Marcelo Leite, colunista da FSP, no encerramento de uma conferência na USP sobre evolução em 2006: "NÃO DAMOS ESPAÇO!"
Qual a saída? Criar um blog. Sugestão de dois amigos jornalistas. Um deles egresso da FSP. Gente, eu creio que foi a melhor sugestão que ouvi para veicular idéias dos críticos e oponentes da teoria geral da evolução, e dos proponentes da Teoria do Design Inteligente: o blog "Desafiando a Nomenklatura Científica", onde 11 entre 10 darwinistas consultam diariamente. A maioria professores e pesquisadores de eminentes universidades públicas e privadas.
Eles estão certos -- é preciso conhecer o outro lado, vez que nas universidades não existe liberdade acadêmica para se contestar a Darwin. Se por um lado eles estão certos em acessar este blog pela falta de liberdade acadêmica nas universidades, nós bloggers estamos felizes. Leia o texto abaixo. O fim desta relação incestuosa está chegando, pois os blogs estão exercendo uma função social muito benéfica para a plena cidadania: o direito à informação.
Quero ver agora taparem o Sol da intolerância para com os dissidentes quando a peneira deles furada não consegue impedir a livre circulação de idéias. E eles se dizem liberais, objetivos y otras cositas mais.
Nada como o conselho sábio de dois bons jornalistas!
+++++
16/10/2008
Blogs já influenciam tanto quanto a grande mídia, diz pesquisa
Segundo um levantamento do e-Marketer, publicado hoje, a linha que separa os blogs dos grandes veículos de mídia desapareceu, já que ambos já exercem a mesma influência na sociedade da informação.
Esta foi a principal conclusão do estudo patrocinado pela Technorati, conduzido entre julho e agosto deste ano.
Segundo dados da comScore Media Metrix, os blogs tiveram 77 milhões de visitantes únicos nos EUA em agosto, enquanto o MySpace teve 75,1 milhões e o Facebook, 41 milhões.
Uma pesquisa de julho deste mesmo instituto apontou que quatro dos dez maiores sites de entretenimento eram blogs: o OMZ e o TMZ ocuparam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente.
Outro dado importante é que, em todo mundo, 34% dos blogueiros compartilham experiências com marcas e produtos e cerca de 37% fazem review de produtos.
Enquanto isso, a Microsoft ignora veículos de Internet quando o diretor-executivo de sua empresa visita o Brasil.
Mais sobre a pesquisa aqui
Escrito por UOL Tecnologia às 19h04
Qual a saída? Criar um blog. Sugestão de dois amigos jornalistas. Um deles egresso da FSP. Gente, eu creio que foi a melhor sugestão que ouvi para veicular idéias dos críticos e oponentes da teoria geral da evolução, e dos proponentes da Teoria do Design Inteligente: o blog "Desafiando a Nomenklatura Científica", onde 11 entre 10 darwinistas consultam diariamente. A maioria professores e pesquisadores de eminentes universidades públicas e privadas.
Eles estão certos -- é preciso conhecer o outro lado, vez que nas universidades não existe liberdade acadêmica para se contestar a Darwin. Se por um lado eles estão certos em acessar este blog pela falta de liberdade acadêmica nas universidades, nós bloggers estamos felizes. Leia o texto abaixo. O fim desta relação incestuosa está chegando, pois os blogs estão exercendo uma função social muito benéfica para a plena cidadania: o direito à informação.
Quero ver agora taparem o Sol da intolerância para com os dissidentes quando a peneira deles furada não consegue impedir a livre circulação de idéias. E eles se dizem liberais, objetivos y otras cositas mais.
Nada como o conselho sábio de dois bons jornalistas!
+++++
16/10/2008
Blogs já influenciam tanto quanto a grande mídia, diz pesquisa
Segundo um levantamento do e-Marketer, publicado hoje, a linha que separa os blogs dos grandes veículos de mídia desapareceu, já que ambos já exercem a mesma influência na sociedade da informação.
Esta foi a principal conclusão do estudo patrocinado pela Technorati, conduzido entre julho e agosto deste ano.
Segundo dados da comScore Media Metrix, os blogs tiveram 77 milhões de visitantes únicos nos EUA em agosto, enquanto o MySpace teve 75,1 milhões e o Facebook, 41 milhões.
Uma pesquisa de julho deste mesmo instituto apontou que quatro dos dez maiores sites de entretenimento eram blogs: o OMZ e o TMZ ocuparam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente.
Outro dado importante é que, em todo mundo, 34% dos blogueiros compartilham experiências com marcas e produtos e cerca de 37% fazem review de produtos.
Enquanto isso, a Microsoft ignora veículos de Internet quando o diretor-executivo de sua empresa visita o Brasil.
Mais sobre a pesquisa aqui
Escrito por UOL Tecnologia às 19h04
La Paleantropologia y la Síndrome del Paraguay
Los hermanos del Paraguay que me perdoem, mas o Paraguai é um país onde os produtos de marcas famosas são falsificados livre e impunemente, de modo que uma coisa não confiável já atende hoje pelo apodo de “Coisa do Paraguai”.
A paleantropologia, e aqui eu vou levantar a ira de alguns paleantropólogos, é uma ciência onde a busca pelo tal de “elo perdido” na evolução humana é uma onde já vimos várias fraudes, algumas delas por quase 50 anos [Homem de Piltdown], que a Nomenklatura científica, aqui e ali apanha cientistas desonestos com a mão na cumbuca, mas sabia há mais tempo do que nós simples mortais.
Razão? Há um exagerado egocentrismo dos cientistas em quererem corroborar a transição antropóides-humanos num contexto de justificação teórica. Questão de primazia. Egos inchados e subjetividades ideológicas [naturalismo/materialismo filosófico mascarado de ciência]. Daí o vale-tudo. Daí a “Síndrome del Paraguay”.
Destaco aqui um artigo bem antigo de Franz Weidenreich, de 1945, “The Puzzle of Pithecanthropus” [O enigma do Pithecanthropus] que retrata muito bem o passado e o presente do comportamento esdrúxulo de alguns cientistas marotos. [PDF gratuito]
“Tem se tornado quase uma regra em paleantropologia quando um novo tipo de hominídeo é recuperado que dificilmente um não seja proclamado como estando na linhagem que vai dar no homem moderno. Este tipo geralmente é considerado como sendo um representante de um ramo colateral extinto sem nenhuma relação no problema da ancestralidade do “Homo sapiens.” Eu não compartilho deste preconceito. Como eu tenho demonstrado repetidamente em outro lugar, não existe a mínima justificação para todas essas afirmações. Elas são completamente arbitrárias e baseadas em impressões puramente subjetivas. Nós não sabemos de nenhum critério morfológico que testifique da especificidade genérica de qualquer forma hominídea, até aqui, que tenha vindo à luz.” [1]
Será que mudou alguma coisa de 1945 para 2008? Enquanto isso, a “Síndrome del Paraguay” tem prevalecido e exercido grande influência no anúncio das descobertas paleantropológicas.
Fui, pois não é somente um “elo pedido”, mas toda uma corrente perdida. Muitas dessas descobertas são verdadeiras estórias da carochinha para adultos poderem dormir e não se sentirem psicologicamente aterrorizados se a sua Weltanschauung for apenas a projeção de suas mentes. Ópio materialista que entorpece os sentidos e o entendimento científico objetivo.
NOTA:
1. “It has become almost a rule in paleoanthropology that when a new hominid type is recovered scarcely one is proclaimed as lying in the line which leads to modern man. The type is usually held to be a representative of an extinct side-branch with no bearing on the problem of the ancestry of "Homo sapiens." I do not share this prejudice. As I have repeatedly shown elsewhere there is not the slightest justification for all those claims. They are completely arbitrary and based on purely subjective impressions. We do not know of any morphological criterion which testifies the generic specificity of any hominid form which, so far, has come to light.”
A paleantropologia, e aqui eu vou levantar a ira de alguns paleantropólogos, é uma ciência onde a busca pelo tal de “elo perdido” na evolução humana é uma onde já vimos várias fraudes, algumas delas por quase 50 anos [Homem de Piltdown], que a Nomenklatura científica, aqui e ali apanha cientistas desonestos com a mão na cumbuca, mas sabia há mais tempo do que nós simples mortais.
Razão? Há um exagerado egocentrismo dos cientistas em quererem corroborar a transição antropóides-humanos num contexto de justificação teórica. Questão de primazia. Egos inchados e subjetividades ideológicas [naturalismo/materialismo filosófico mascarado de ciência]. Daí o vale-tudo. Daí a “Síndrome del Paraguay”.
Destaco aqui um artigo bem antigo de Franz Weidenreich, de 1945, “The Puzzle of Pithecanthropus” [O enigma do Pithecanthropus] que retrata muito bem o passado e o presente do comportamento esdrúxulo de alguns cientistas marotos. [PDF gratuito]
“Tem se tornado quase uma regra em paleantropologia quando um novo tipo de hominídeo é recuperado que dificilmente um não seja proclamado como estando na linhagem que vai dar no homem moderno. Este tipo geralmente é considerado como sendo um representante de um ramo colateral extinto sem nenhuma relação no problema da ancestralidade do “Homo sapiens.” Eu não compartilho deste preconceito. Como eu tenho demonstrado repetidamente em outro lugar, não existe a mínima justificação para todas essas afirmações. Elas são completamente arbitrárias e baseadas em impressões puramente subjetivas. Nós não sabemos de nenhum critério morfológico que testifique da especificidade genérica de qualquer forma hominídea, até aqui, que tenha vindo à luz.” [1]
Será que mudou alguma coisa de 1945 para 2008? Enquanto isso, a “Síndrome del Paraguay” tem prevalecido e exercido grande influência no anúncio das descobertas paleantropológicas.
Fui, pois não é somente um “elo pedido”, mas toda uma corrente perdida. Muitas dessas descobertas são verdadeiras estórias da carochinha para adultos poderem dormir e não se sentirem psicologicamente aterrorizados se a sua Weltanschauung for apenas a projeção de suas mentes. Ópio materialista que entorpece os sentidos e o entendimento científico objetivo.
NOTA:
1. “It has become almost a rule in paleoanthropology that when a new hominid type is recovered scarcely one is proclaimed as lying in the line which leads to modern man. The type is usually held to be a representative of an extinct side-branch with no bearing on the problem of the ancestry of "Homo sapiens." I do not share this prejudice. As I have repeatedly shown elsewhere there is not the slightest justification for all those claims. They are completely arbitrary and based on purely subjective impressions. We do not know of any morphological criterion which testifies the generic specificity of any hominid form which, so far, has come to light.”
Co-optando corações e mentes inocentes para uma fé cega em Tio Darwin
A evolução em quadrinhos
Um concurso para quem sabe fazer boas histórias com a ciência
Quem foi Charles Darwin? O que é a teoria da evolução? Não sabe a resposta dessas perguntas? Então, atenção para a CHC 194. Ao ler esse número da sua revista favorita, você não vai apenas conhecer o naturalista britânico que mostrou como os seres vivos evoluem, isto é, como eles se alteram ao longo do tempo, mas também ficar por dentro de um concurso que vai dar uma viagem ao vencedor, com direito a acompanhante!
Gostou? Então, se você tem até 16 anos e está cursando o Ensino Fundamental, leia a CHC 194, inspire-se e crie uma história com cinco ou seis quadrinhos coloridos, em papel A4, que tratem da teoria da evolução. Uma comissão formada por ilustradores da revista, cientistas e integrantes do Ministério de Ciência e Tecnologia irá eleger a história em quadrinhos mais interessante. O autor da história escolhida ganha uma assinatura da CHC e uma viagem com acompanhante para o Rio de Janeiro ou para São Paulo, onde visitará diferentes centros de pesquisa.
Para participar, envie seu trabalho, até o dia 31 de dezembro, para a Redação da revista Ciência Hoje das Crianças: Av. Venceslau Brás, 71, fundos, casa 27, CEP 22290-140, Rio de Janeiro/RJ. No envelope, coloque o nome do concurso: A Evolução em Quadrinhos! Na CHC 198 (janeiro e fevereiro de 2009), será publicado o resultado. Participe e... Boa sorte!
A Redação
Ciência Hoje das Crianças
15/10/2008
+++++
NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:
Que Charles Darwin é uma figura importante na História da Ciência ninguém discute. Que sua teoria da evolução se resume em os animais se alterarem ao longo do tempo ninguém discute. Aliás, nós nem precisamos de Darwin para verificar isso na natureza. A proposição de Darwin é muito mais do que simples alteração ao longo do tempo, mas processos transmutacionistas de grandes ou pequenas modificações morfológicas. Ex.: um Australopithecus se transformar num antropólogo, um Tiranossauro rex se transformar num tico-tico.
Se a revista CHC 194 não informou aos pequenos corações e mentes sobre as muitas dificuldades fundamentais para a corroboração da teoria geral da evolução no contexto de justificação teórica, e que uma nova teoria da evolução já está no forno, então estas redações não poderão produzir boas histórias com a ciência, pois serão reflexos de um velho espelho teórico do século XIX.
Um concurso para quem sabe fazer boas histórias com a ciência
Quem foi Charles Darwin? O que é a teoria da evolução? Não sabe a resposta dessas perguntas? Então, atenção para a CHC 194. Ao ler esse número da sua revista favorita, você não vai apenas conhecer o naturalista britânico que mostrou como os seres vivos evoluem, isto é, como eles se alteram ao longo do tempo, mas também ficar por dentro de um concurso que vai dar uma viagem ao vencedor, com direito a acompanhante!
Gostou? Então, se você tem até 16 anos e está cursando o Ensino Fundamental, leia a CHC 194, inspire-se e crie uma história com cinco ou seis quadrinhos coloridos, em papel A4, que tratem da teoria da evolução. Uma comissão formada por ilustradores da revista, cientistas e integrantes do Ministério de Ciência e Tecnologia irá eleger a história em quadrinhos mais interessante. O autor da história escolhida ganha uma assinatura da CHC e uma viagem com acompanhante para o Rio de Janeiro ou para São Paulo, onde visitará diferentes centros de pesquisa.
Para participar, envie seu trabalho, até o dia 31 de dezembro, para a Redação da revista Ciência Hoje das Crianças: Av. Venceslau Brás, 71, fundos, casa 27, CEP 22290-140, Rio de Janeiro/RJ. No envelope, coloque o nome do concurso: A Evolução em Quadrinhos! Na CHC 198 (janeiro e fevereiro de 2009), será publicado o resultado. Participe e... Boa sorte!
A Redação
Ciência Hoje das Crianças
15/10/2008
+++++
NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:
Que Charles Darwin é uma figura importante na História da Ciência ninguém discute. Que sua teoria da evolução se resume em os animais se alterarem ao longo do tempo ninguém discute. Aliás, nós nem precisamos de Darwin para verificar isso na natureza. A proposição de Darwin é muito mais do que simples alteração ao longo do tempo, mas processos transmutacionistas de grandes ou pequenas modificações morfológicas. Ex.: um Australopithecus se transformar num antropólogo, um Tiranossauro rex se transformar num tico-tico.
Se a revista CHC 194 não informou aos pequenos corações e mentes sobre as muitas dificuldades fundamentais para a corroboração da teoria geral da evolução no contexto de justificação teórica, e que uma nova teoria da evolução já está no forno, então estas redações não poderão produzir boas histórias com a ciência, pois serão reflexos de um velho espelho teórico do século XIX.
O fato, Fato, FATO da evolução segundo os animais
sexta-feira, outubro 17, 2008
Eu tive uma professora no mestrado que certa vez em sala de aula falou que o riso é uma forma de desconstuir os poderosos, o status quo.
A origem e a evolução do universo e da vida, para perda da ciência, infelizmente já viraram "dogmas secularistas", e aí de quem ousar desafiar os mandarins da Nomenklatura científica e o seu mantra: "As evidências? Que se danem as evidências, o que vale é o paradigma".
Bem, como a nova teoria geral da evolução ainda está sendo elaborada e não deve ser anunciada antes das festas de louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin em 2009, este blogger resolveu brindar seus leitores com um vídeo da versão dos animais sobre o fato, Fato, FATO [obrigado Michael Ruse por esta pérola de citação] da evolução. [Melhor visto em internet banda larga - 9 min.]
Um pouco de humor que cientista não é de ferro!
A origem e a evolução do universo e da vida, para perda da ciência, infelizmente já viraram "dogmas secularistas", e aí de quem ousar desafiar os mandarins da Nomenklatura científica e o seu mantra: "As evidências? Que se danem as evidências, o que vale é o paradigma".
Bem, como a nova teoria geral da evolução ainda está sendo elaborada e não deve ser anunciada antes das festas de louvaminhice, beija-mão e beija-pé de Darwin em 2009, este blogger resolveu brindar seus leitores com um vídeo da versão dos animais sobre o fato, Fato, FATO [obrigado Michael Ruse por esta pérola de citação] da evolução. [Melhor visto em internet banda larga - 9 min.]
Um pouco de humor que cientista não é de ferro!
Mivart versus Darwin: uma reconsideração histórica da controvérsia científica
Esta pesquisa segue a linha de História e Teoria da Ciência que objetiva trazer esclarecimentos sobre a construção do pensamento científico através da discussão da fundamentação de hipóteses e teorias dentro do seu contexto histórico. O objetivo desta dissertação é analisar as críticas de Mivart e as respostas dadas por Darwin, e verificar se elas estavam bem formuladas e fundamentadas cientificamente considerando-se o contexto científico daquela época. A justificativa para a realização deste trabalho é tentar preencher uma lacuna em História da Ciência sobre a controvérsia científica entre Mivart e Darwin sobre o papel da seleção natural na origem das espécies. As hipóteses deste trabalho são duas: as críticas de Mivart, apesar de terem sido religiosamente fundamentadas, eram cientificamente plausíveis, e Darwin as respondeu satisfatoriamente. O aspecto teórico-metodológico foi a análise das fontes primárias de Mivart (Genesis of species) e de Darwin (Origin of species), e outras fontes secundárias. O resultado obtido foi que as críticas de Mivart eram científicas, e que Darwin respondeu-as conforme as evidências e o conhecimento científico da época.
Nota: 9,5 A
Para mais informações, clique aqui.
Nota: 9,5 A
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Resgatando a dignidade e salvando a cara de Kettlewell
quarta-feira, outubro 15, 2008
Nenhuma menção da fraude de Kettlewell que colou ou espetou as mariposas de Manchester no tronco para corroborar o fato, Fato, FATO da evolução em ação ocorrendo diante de nossos olhos. Elas não repousam nos troncos, mas nas copas das árvores. E o que houve realmente, foi tão-somente flutuação de populações, e nada de evolução.
Diga-se de passagem que Amabis e Martho deixaram de usar esta fraude em seu livro-texto de Biologia do ensino médio, mas não dizem por que o fizeram em anos anteriores.
É, estão resgatando a dignidade e salvando a cara de Kettlewell...
+++++
Selection and gene flow on a diminishing cline of melanic peppered moths
1. Ilik J. Saccheri,†,
2. François Rousset‡,
3. Phillip C. Watts*,
4. Paul M. Brakefield§,¶, and
5. Laurence M. Cook‖
+Author Affiliations
1. *School of Biological Sciences, Biosciences Building, Crown Street, University of Liverpool, Liverpool L69 7ZB, United Kingdom;
2. ‡Institut des Sciences de l'Evolution, Université Montpellier 2, 34095 Montpellier, France;
3. §Institute of Biology, Leiden University, P.O. Box 9516, 2300 RA Leiden, The Netherlands;
4. ¶Animal and Plant Sciences, University of Sheffield, Sheffield S10 2TN, United Kingdom; and
5. ‖Manchester Museum, University of Manchester, Oxford Road, Manchester M13 9PL, United Kingdom
1. Edited by John C. Avise, University of California, Irvine, CA, and approved August 20, 2008 (received for review April 28, 2008)
Abstract
Historical datasets documenting changes to gene frequency clines are extremely rare but provide a powerful means of assessing the strength and relative roles of natural selection and gene flow. In 19th century Britain, blackening of the environment by the coal-fired manufacturing industry gave rise to a steep cline in the frequency of the black (carbonaria) morph of the peppered moth (Biston betularia) across northwest England and north Wales. The carbonaria morph has declined across the region following 1960s legislation to improve air quality, but the cline had not been comprehensively described since the early 1970s. We have quantified changes to the cline as of 2002, equivalent to an interval of 30 generations, and find that a cline still exists but that it is much shallower and shifted eastward. Joint estimation of the dominant fitness cost of carbonaria and dispersal parameters consistent with the observed cline change indicate that selection against carbonaria is very strong across the landscape (s ≈ 0.2), and that dispersal is much greater than previously assumed. The high dispersal estimate is further supported by the weak pattern of genetic isolation by distance at microsatellite loci, and it implies that in addition to adult dispersal, wind-dispersed first instar larvae also contribute to lifetime dispersal. The historical perspective afforded by this study of cline reversal provides new insight into the factors contributing to gene frequency change in this species, and it serves to illustrate that, even under conditions of high dispersal and strong reverse selection acting against it, complete erosion of an established cline requires many generations.
Biston betularia - industrial melanism - cline change
†To whom correspondence should be addressed. E-mail: saccheri@liv.ac.uk
Author contributions: I.J.S., P.M.B., and L.M.C. designed research; I.J.S. and P.C.W. performed research; I.J.S., F.R., P.C.W., and L.M.C. analyzed data; and I.J.S., F.R., P.C.W., and L.M.C. wrote the paper.
The authors declare no conflict of interest.
This article is a PNAS Direct Submission.
© 2008 by The National Academy of Sciences of the USA.
PDF gratuito aqui no PNAS.
Diga-se de passagem que Amabis e Martho deixaram de usar esta fraude em seu livro-texto de Biologia do ensino médio, mas não dizem por que o fizeram em anos anteriores.
É, estão resgatando a dignidade e salvando a cara de Kettlewell...
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Selection and gene flow on a diminishing cline of melanic peppered moths
1. Ilik J. Saccheri,†,
2. François Rousset‡,
3. Phillip C. Watts*,
4. Paul M. Brakefield§,¶, and
5. Laurence M. Cook‖
+Author Affiliations
1. *School of Biological Sciences, Biosciences Building, Crown Street, University of Liverpool, Liverpool L69 7ZB, United Kingdom;
2. ‡Institut des Sciences de l'Evolution, Université Montpellier 2, 34095 Montpellier, France;
3. §Institute of Biology, Leiden University, P.O. Box 9516, 2300 RA Leiden, The Netherlands;
4. ¶Animal and Plant Sciences, University of Sheffield, Sheffield S10 2TN, United Kingdom; and
5. ‖Manchester Museum, University of Manchester, Oxford Road, Manchester M13 9PL, United Kingdom
1. Edited by John C. Avise, University of California, Irvine, CA, and approved August 20, 2008 (received for review April 28, 2008)
Abstract
Historical datasets documenting changes to gene frequency clines are extremely rare but provide a powerful means of assessing the strength and relative roles of natural selection and gene flow. In 19th century Britain, blackening of the environment by the coal-fired manufacturing industry gave rise to a steep cline in the frequency of the black (carbonaria) morph of the peppered moth (Biston betularia) across northwest England and north Wales. The carbonaria morph has declined across the region following 1960s legislation to improve air quality, but the cline had not been comprehensively described since the early 1970s. We have quantified changes to the cline as of 2002, equivalent to an interval of 30 generations, and find that a cline still exists but that it is much shallower and shifted eastward. Joint estimation of the dominant fitness cost of carbonaria and dispersal parameters consistent with the observed cline change indicate that selection against carbonaria is very strong across the landscape (s ≈ 0.2), and that dispersal is much greater than previously assumed. The high dispersal estimate is further supported by the weak pattern of genetic isolation by distance at microsatellite loci, and it implies that in addition to adult dispersal, wind-dispersed first instar larvae also contribute to lifetime dispersal. The historical perspective afforded by this study of cline reversal provides new insight into the factors contributing to gene frequency change in this species, and it serves to illustrate that, even under conditions of high dispersal and strong reverse selection acting against it, complete erosion of an established cline requires many generations.
Biston betularia - industrial melanism - cline change
†To whom correspondence should be addressed. E-mail: saccheri@liv.ac.uk
Author contributions: I.J.S., P.M.B., and L.M.C. designed research; I.J.S. and P.C.W. performed research; I.J.S., F.R., P.C.W., and L.M.C. analyzed data; and I.J.S., F.R., P.C.W., and L.M.C. wrote the paper.
The authors declare no conflict of interest.
This article is a PNAS Direct Submission.
© 2008 by The National Academy of Sciences of the USA.
PDF gratuito aqui no PNAS.
“Toumaï” o mesmo café paleoantropológico reqüentado
JC e-mail 3619, de 14 de Outubro de 2008.
25. À procura do novo berço da humanidade
Paleontólogo Michel Brunet profere palestra, dia 20 de outubro, na Academia Brasileira de Ciências. [Foto: Klickeducacao]
Figura importante na área da Paleontologia, Michel Brunet e sua equipe descobriram o mais antigo fóssil de hominídeo: um crânio que foi batizado "Toumaï", que significa "esperança de vida".
Sua idade foi avaliada em sete milhões de anos. Essa descoberta transformou a teoria da paleontologia humana, e levou a rever a concepção sobre a história das primeiras etapas da origem dos hominídeos.
Em sua vinda ao Brasil, Brunet fará uma conferência sobre a descoberta de Toumaï, com tradução simultânea, no dia 20 de outubro, segunda-feira, às 16h, na Academia Brasileira de Ciências. Será apresentado o filme "Toumaï: o novo antepassado", do qual Brunet participou como diretor científico.
Divulgado na televisão francesa em 2006, "Toumaï: o novo antepassado" foi premiado no Festival Internacional do Filme Científico de Pequim, em 2006; no HD Film Festival de Paris, em 2006; no Festival de Nova York, em 2007.
TM 266-01-060-1, “Toumaï”, Sahelanthropus tchadensis
O filme procura responder às seguintes perguntas: será que Toumaï é nosso antepassado mais antigo? Com que se parecia? Em que ambiente vivia? Com a "magia" da alta tecnologia, Toumaï descobre ao longo do filme seu corpo, sua selva, seu grupo e um mundo cheio de predadores.
A presença no evento deve ser confirmada pelo e-mail suelen@abc.org.br ou pelo fone (21) 3907-8113, entre 9 e 17h.
+++++
INDICAÇÕES DESTE BLOGGER:
PDF gratuito de um artigo de John Hawks et al.
An Ape or the Ape: Is the Toumaï Cranium TM 266 a Hominid?
PaleoAnthropology 2006: 36−50
Site do “Toumai” [Inglês e Francês]
25. À procura do novo berço da humanidade
Paleontólogo Michel Brunet profere palestra, dia 20 de outubro, na Academia Brasileira de Ciências. [Foto: Klickeducacao]
Figura importante na área da Paleontologia, Michel Brunet e sua equipe descobriram o mais antigo fóssil de hominídeo: um crânio que foi batizado "Toumaï", que significa "esperança de vida".
Sua idade foi avaliada em sete milhões de anos. Essa descoberta transformou a teoria da paleontologia humana, e levou a rever a concepção sobre a história das primeiras etapas da origem dos hominídeos.
Em sua vinda ao Brasil, Brunet fará uma conferência sobre a descoberta de Toumaï, com tradução simultânea, no dia 20 de outubro, segunda-feira, às 16h, na Academia Brasileira de Ciências. Será apresentado o filme "Toumaï: o novo antepassado", do qual Brunet participou como diretor científico.
Divulgado na televisão francesa em 2006, "Toumaï: o novo antepassado" foi premiado no Festival Internacional do Filme Científico de Pequim, em 2006; no HD Film Festival de Paris, em 2006; no Festival de Nova York, em 2007.
TM 266-01-060-1, “Toumaï”, Sahelanthropus tchadensis
O filme procura responder às seguintes perguntas: será que Toumaï é nosso antepassado mais antigo? Com que se parecia? Em que ambiente vivia? Com a "magia" da alta tecnologia, Toumaï descobre ao longo do filme seu corpo, sua selva, seu grupo e um mundo cheio de predadores.
A presença no evento deve ser confirmada pelo e-mail suelen@abc.org.br ou pelo fone (21) 3907-8113, entre 9 e 17h.
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INDICAÇÕES DESTE BLOGGER:
PDF gratuito de um artigo de John Hawks et al.
An Ape or the Ape: Is the Toumaï Cranium TM 266 a Hominid?
PaleoAnthropology 2006: 36−50
Site do “Toumai” [Inglês e Francês]
Para pensar cum granum salis: os tRNAs são mais antigos do que suas sintetases?
terça-feira, outubro 14, 2008
Genetic code origins: tRNAs older than their synthetases?
1. Lluís Ribas de Pouplana,
2. Robert J. Turner,
3. Brian A. Steer, and
4. Paul Schimmel*
Author Affiliations
1. The Skaggs Institute for Chemical Biology, The Scripps Research Institute, 10550 North Torrey Pines Road, La Jolla, CA 92037
1. Contributed by Paul Schimmel
Abstract
We present a phylogenetic analysis to determine whether a given tRNA molecule was established in evolution before its cognate aminoacyl-tRNA synthetase. The earlier appearance of tRNA versus their metabolically related enzymes is a prediction of the RNA world theory, but the available synthetase and tRNA sequences previously had not allowed a formal comparison of their relative time of appearance. Using data recently obtained from the emerging genome projects, our analysis points to the extant forms of lysyl-tRNA synthetase being preceded in evolution by the establishment of the identity of lysine tRNA.
The hypothesis of an RNA world postulates that self-replicating RNA molecules preceded the use of DNA and proteins, and that this world existed before the appearance of the universal ancestor of the extant tree of life (1). The existence of an RNA world has been supported by the biochemical characterization of catalytic RNA molecules, either from contemporary metabolic pathways or after in vitro selection of RNA ribozymes (2–6). Viral RNA genomes and the role or tRNA-like structures in viral replication are also indicative of the ancestral existence of an RNA world (7). A more direct proof of an RNA world could come from the direct comparison of the evolutionary time of appearance of protein and RNA molecules involved in a universal metabolic pathway. If this analysis was possible, then the RNA world theory would predict that the moment of appearance of the RNA component would precede the appearance of the protein elements involved in the same reaction. Here we present a phylogenetic analysis that suggests that, in an RNA-protein interaction essential for the elucidation of the genetic code, the RNA molecule is ancestral to its associated enzyme.
Aminoacyl-tRNA synthetases (aaRSs) evolved as two distinct classes (I and II), each containing 10 enzymes (8–14). Each aaRS is responsible for establishing the genetic code by specifically aminoacylating only its cognate tRNA isoacceptors, thereby linking an amino acid with its corresponding anticodon triplets. Because the aminoacylation of tRNA establishes the genetic code, a strong coevolution exists between the enzymes and their cognate tRNAs (15). The aminoacylation reaction precedes the first split of the tree of life, resulting in almost invariable conservation of aaRSs and their cognate tRNAs in all living organisms (16).
The strict conservation of aaRS and tRNA sequences across the whole phylogenetic tree prevented the analysis of initial events in the evolution of the system, because no sequences exist from precursors of the extant aaRSs. Without this kind of sequence information, the relative age of the duplications that gave rise to the current set of aaRSs could not be calculated. Moreover, the relative time of appearance of aaRSs and tRNAs could not be analyzed, because no extant organism are known presently where earlier, simpler sets of aaRS or tRNAs are used. As a result, it has not been possible to calculate whether the final evolutionary events that gave rise to modern aaRSs had taken place after the time when tRNAs had already evolved.
This situation changed with the sequencing of the genome of the archaebacterium Methanococcus jannaschii (17) and with the exponential growth of sequence data from other genome sequencing projects. In an initial analysis, M. jannaschii’s genome was found to lack an ORF coding for a canonical class II LysRS. Two reports by Ibba et al. (18, 19) established that the aminoacylation of tRNALys in a subset of archaebacteria (i.e., M. jannaschii, a member of the euryarchae) and bacteria of the spirochete group (i.e., Treponema pallidum and Borrelia burgdorferii) appears to be catalyzed by a class I-type LysRS. This is the first example of a class switch by an aaRS.
The origin of this new enzyme must lie, presumably, within the set of duplication events that gave rise to the rest of class I aaRSs. However, its distribution within the phylogenetic tree (it is present in a limited number of archaeal and bacterial species) can be initially explained by three different evolutionary models (Fig. 1). A first possibility would be a late duplication event from a class I aaRS in one of these branches, followed by horizontal gene transfer. Another potential model would require a late duplication event that, independently, gave rise to two different class I LysRSs in a subgroup of archaea and of bacteria. Finally, the observed distribution also can be explained by an early duplication event, at the base of the phylogenetic tree, which produced a class I LysRS that later was conserved only in limited groups of organisms, while the majority of species adopted a class II LysRS. The later scheme of events would imply the coexistence of class I and II LysRS enzymes in an organism ancestral to all existing species (Fig. 1). The phylogenetic relationships between class I LysRS sequences and the rest of class I aaRSs would be different in each model. As a result, cladistic analysis can be used to test each of the three possible evolutionary schemes (Fig. 1).
+++++
NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER:
Aqui nós temos uma situação do tipo: "Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?" E eles têm a desonestidade acadêmica de retratar o fato, Fato, FATO da evolução nos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior como sendo corroborado científicamente. E alguns na mídia reverberam: "Tão certa quanto a lei da gravidade."
Leia o artigo baixando o PDF gratuito aqui no site do PNAS.
1. Lluís Ribas de Pouplana,
2. Robert J. Turner,
3. Brian A. Steer, and
4. Paul Schimmel*
Author Affiliations
1. The Skaggs Institute for Chemical Biology, The Scripps Research Institute, 10550 North Torrey Pines Road, La Jolla, CA 92037
1. Contributed by Paul Schimmel
Abstract
We present a phylogenetic analysis to determine whether a given tRNA molecule was established in evolution before its cognate aminoacyl-tRNA synthetase. The earlier appearance of tRNA versus their metabolically related enzymes is a prediction of the RNA world theory, but the available synthetase and tRNA sequences previously had not allowed a formal comparison of their relative time of appearance. Using data recently obtained from the emerging genome projects, our analysis points to the extant forms of lysyl-tRNA synthetase being preceded in evolution by the establishment of the identity of lysine tRNA.
The hypothesis of an RNA world postulates that self-replicating RNA molecules preceded the use of DNA and proteins, and that this world existed before the appearance of the universal ancestor of the extant tree of life (1). The existence of an RNA world has been supported by the biochemical characterization of catalytic RNA molecules, either from contemporary metabolic pathways or after in vitro selection of RNA ribozymes (2–6). Viral RNA genomes and the role or tRNA-like structures in viral replication are also indicative of the ancestral existence of an RNA world (7). A more direct proof of an RNA world could come from the direct comparison of the evolutionary time of appearance of protein and RNA molecules involved in a universal metabolic pathway. If this analysis was possible, then the RNA world theory would predict that the moment of appearance of the RNA component would precede the appearance of the protein elements involved in the same reaction. Here we present a phylogenetic analysis that suggests that, in an RNA-protein interaction essential for the elucidation of the genetic code, the RNA molecule is ancestral to its associated enzyme.
Aminoacyl-tRNA synthetases (aaRSs) evolved as two distinct classes (I and II), each containing 10 enzymes (8–14). Each aaRS is responsible for establishing the genetic code by specifically aminoacylating only its cognate tRNA isoacceptors, thereby linking an amino acid with its corresponding anticodon triplets. Because the aminoacylation of tRNA establishes the genetic code, a strong coevolution exists between the enzymes and their cognate tRNAs (15). The aminoacylation reaction precedes the first split of the tree of life, resulting in almost invariable conservation of aaRSs and their cognate tRNAs in all living organisms (16).
The strict conservation of aaRS and tRNA sequences across the whole phylogenetic tree prevented the analysis of initial events in the evolution of the system, because no sequences exist from precursors of the extant aaRSs. Without this kind of sequence information, the relative age of the duplications that gave rise to the current set of aaRSs could not be calculated. Moreover, the relative time of appearance of aaRSs and tRNAs could not be analyzed, because no extant organism are known presently where earlier, simpler sets of aaRS or tRNAs are used. As a result, it has not been possible to calculate whether the final evolutionary events that gave rise to modern aaRSs had taken place after the time when tRNAs had already evolved.
This situation changed with the sequencing of the genome of the archaebacterium Methanococcus jannaschii (17) and with the exponential growth of sequence data from other genome sequencing projects. In an initial analysis, M. jannaschii’s genome was found to lack an ORF coding for a canonical class II LysRS. Two reports by Ibba et al. (18, 19) established that the aminoacylation of tRNALys in a subset of archaebacteria (i.e., M. jannaschii, a member of the euryarchae) and bacteria of the spirochete group (i.e., Treponema pallidum and Borrelia burgdorferii) appears to be catalyzed by a class I-type LysRS. This is the first example of a class switch by an aaRS.
The origin of this new enzyme must lie, presumably, within the set of duplication events that gave rise to the rest of class I aaRSs. However, its distribution within the phylogenetic tree (it is present in a limited number of archaeal and bacterial species) can be initially explained by three different evolutionary models (Fig. 1). A first possibility would be a late duplication event from a class I aaRS in one of these branches, followed by horizontal gene transfer. Another potential model would require a late duplication event that, independently, gave rise to two different class I LysRSs in a subgroup of archaea and of bacteria. Finally, the observed distribution also can be explained by an early duplication event, at the base of the phylogenetic tree, which produced a class I LysRS that later was conserved only in limited groups of organisms, while the majority of species adopted a class II LysRS. The later scheme of events would imply the coexistence of class I and II LysRS enzymes in an organism ancestral to all existing species (Fig. 1). The phylogenetic relationships between class I LysRS sequences and the rest of class I aaRSs would be different in each model. As a result, cladistic analysis can be used to test each of the three possible evolutionary schemes (Fig. 1).
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NOTA IMPERTINENTE DO BLOGGER:
Aqui nós temos uma situação do tipo: "Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?" E eles têm a desonestidade acadêmica de retratar o fato, Fato, FATO da evolução nos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior como sendo corroborado científicamente. E alguns na mídia reverberam: "Tão certa quanto a lei da gravidade."
Leia o artigo baixando o PDF gratuito aqui no site do PNAS.
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