O grande debate planetário bem que poderia ser evolutivo...

sexta-feira, março 28, 2008

O grande debate planetário

28/03/2008

Agência FAPESP – Planeta ou anão, o que exatamente é Plutão? Desde que foi descoberto, em 1930, pelo norte-americano Clyde Tombaugh, então com apenas 24 anos, Plutão foi sempre considerado o nono e mais remoto planeta do Sistema Solar. Dessa forma foi descrito em livros de gerações de estudantes.

Tudo mudou em 24 de agosto de 2006, quando um comitê de especialistas reunido na 26ª assembléia geral da União Astronômica Internacional (UAI), realizada em Praga, República Tcheca, decidiu rebaixar Plutão, reclassificando-o como “planeta anão”. Desde então, o Sistema Solar passou a ter apenas oito planetas.

[Nota do blogger 1: Este parece ser o destino do neodarwinismo (segundo o purista Claudio Ângelo, editor de ciência da Folha de São Paulo, o nome correto é “Síntese Moderna”) em Altenberg, Áustria quando um grupo de renomados cientistas vai considerar a nova Síntese Moderna Ampliada para substituí-lo. Razão??? Este paradigma de biologia evolutiva não responde mais a muitas anomalias, mas muitas anomalias mesmo, e conforme Kuhn, os que praticam ciência normal não tomam conhecimento disso, e tudo segue como dantes no quartel de Abrantes, oops de Darwin. É a Nomenklatura científica de posições engessadas, que não admite críticas, é refratária ao diálogo civil, censura e destrói carreiras acadêmicas dos céticos localizados de Darwin. Eu sei do que estou falando].

Poucas decisões foram tão polêmicas. Quase dois anos depois, a nova classificação está longe de ser unânime e tem levantado inúmeros debates calorosos, que vão das salas de aula dos ensinos fundamental e médio até os mais conhecidos centros de pesquisa em astronomia no mundo.

[Nota do blogger 2: A decisão vai ser mais do que polêmica. Ela vai vindicar um grande número de cientistas evolucionistas HONESTOS como Stephen Jay Gould, Lynn Margulis, Eugene K. Balon, Michael Denton, Soren Lovtrup, e outros, que desde os anos 1980s vinham dizendo que o neodarwinismo era um paradigma científico epistemicamente “morto”, mas que posava e posa como “ortodoxia” SOMENTE quando engabela os alunos na abordagem da evolução nos livros-texto de Biologia do ensino médio. O nome disso é DESONESTIDADE ACADÊMICA!!!]

Um dos mais assíduos participantes de discussões sobre o assunto é Mark Sykes, diretor do Instituto de Ciência Planetária dos Estados Unidos, que discorda veementemente do rebaixamento. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (28/3) da revista Science, o astrônomo volta à carga, destacando que a reclassificação deu a “impressão infeliz de que ciência é feita por meio de votos em uma sala de conferência”.

[Nota do blogger 3: A ciência é feita pelos cientistas que, no contexto da justificação teórica, seguem as evidências aonde elas forem dar. Mark Sykes parece desconhecer que nem sempre este rigor epistemológico é aplicado para o consenso da Academia. Muitas vezes esse "Konsensus" é mais ideológico do que científico. Darwin que o diga!]

“A definição da UAI restringe um ‘planeta’ ao nosso próprio Sistema Solar e exige que ele tenha ‘limpado a vizinhança ao redor de sua órbita’. Isso ignora mais de 400 objetos em órbita de outras estrelas que pesquisadores caracterizaram como ‘planetas’”, afirmou.

“Outra objeção é a falta de clareza sobre o que exatamente significa, para uma órbita, ser ‘limpa’. Por esse princípio, por exemplo, a grande população de asteróides localizada na órbita de Júpiter faria com que o gigante deixasse de ser um planeta, o que levaria a mais pesadelos para professores de todos os lugares”, destacou o astrônomo que chefiou o Grupo de Sistema de Dados Planetários da Nasa, a agência espacial norte-americana, de 2002 a 2006.

Sykes sugere nova definição: “Planeta é um objeto redondo (em equilíbrio hidrostático) em órbita de uma estrela”. Com isso, o número no Sistema Solar imediatamente pularia para 12, com a volta de Plutão e a “promoção” de Ceres, Caronte e Éris. “Há muitos outros, o que deixaria aberta a possibilidade de futuras descobertas”, disse.

O assunto promete esquentar ainda mais nos próximos meses. Em agosto, uma reunião que contará com a presença de astrônomos, professores e até mesmo de estudantes, será realizada na Universidade Johns Hopkins.

[Nota do blogger 4: Depois da reunião dos 16 de Altenberg, Áustria, em julho de 2008, este assunto de mudança paradigmática em biologia evolutiva — a Síntese Moderna Ampliada não será selecionista contrariando a Darwin, e vai tapar a boca de muitos jornalistas científicos que simplesmente enfiaram suas cabeças no chão pensando que o perigo salutar de uma mudança paradigmática viesse acontecer. Vai acontecer sim, apesar de vocês que praticam jornalismo científico chinfrim!!!]

Intitulado “The Great Planet Debate: Science as Process”, o encontro pretende discutir a decisão da União Astronômica Universal e, eventualmente, sugerir nova definição de planeta a ser apresentada em futura reunião da entidade. Enquanto isso, Plutão continua sendo apenas um anão, apesar dos protestos de cientistas e estudantes.

[Nota do blogger 5: Já pensou um encontro em Down intitulado: “The Great Post-Darwianian Debate: Evolution as a Scientific Truth” [O grande debate pós-darwinista: a evolução como verdade científica] e a sugestão de se rebaixar Darwin a tão-somente uma posição periférica de teoria especial da evolução? Enquanto isso não ocorre, apesar dos protestos dos críticos científicos de Darwin, ele continua sendo um gigante teórico, mas por pouco tempo. Quem viver, verá!!!]

O artigo The planet debate continues, de Mark Sykes, pode ser lido por assinantes da Science.

Mais informações: http://www.psi.edu/~sykes e http://gpd.jhuapl.edu.