Quando neste blog eu afirmo existir crise paradigmática, e controvérsia na literatura especializada sobre aspectos fundamentais da teoria geral da evolução, os darwinistas ortodoxos, fundamentalistas xiitas, especialmente a galera dos meninos e meninas de Darwin atrelados ao dogma central da Nomenklatura científica — Darwin locuta, evolutio finita, mais a Grande Mídia tupiniquim que vive uma relação incestuosa com os adeptos do guru de Down, sofre da síndrome ricuperiana — o que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde.
Aqui neste blog, a gente mata a cobra e mostra o pau! Tem sido assim desde o começo. Então vejamos se existe realmente essa tal de “controvérsia científica” sobre se o acúmulo de microevolução resulta em macroevolução.
Quando Charles Robert Darwin publicou o opus magnum Origem das Espécies [na verdade é um abstract] em 1859, já era conhecido que as espécies existentes podem mudar ao longo do tempo. Isto é a base do cruzamento artificial praticado há milhares de anos. Darwin e seus contemporâneos também eram bastante familiares com o registro fóssil para saberem que grandes transformações em coisas vivas tinham ocorrido ao longo do tempo geológico. A teoria de Darwin é que um processo análogo ao do cruzamento artificial também ocorreria na natureza; ele chamou esse processo de seleção natural. A teoria também afirma que as mudanças nas espécies existentes devido principalmente à seleção natural, se for dado tempo suficiente, produz grandes mudanças que nós observamos no registro fóssil.
NOTA DESTE BLOGGER: Há historiadores de renome, mas eles são minoria na historiografia da ciência mainstream, que demonstram por fontes primárias sólidas que outros cientistas, já tinham enunciado o conceito de seleção natural antes de Darwin, e que ele somente reconheceu isso a contragosto no seu esboço histórico que sai somente na 3ª. edição do Origem das Espécies. Há outros também que consideram Darwin um plagiador da teoria da evolução pela seleção natural de Alfred Wallace Russel. Um dia desses eu conto esta história do lado “cinzento” do Grande Timoneiro da Evolução, através da pena de um darwinista honesto que foi “provost” de renomada universidade pública americana.
Após Darwin, o primeiro fenômeno (mudanças dentro de uma espécie existente ou pool genético) foi denominado de “microevolução.” Há evidência abundante de que mudanças podem ocorrer dentro de espécies existentes, tanto doméstica quanto em estado selvagem, assim, a microevolução não é controversa.
O segundo fenômeno (mudanças de grande escala ao longo do tempo geológico) foi denominado de “macroevolução”, e a teoria de Darwin de que o primeiro processo pode ser responsável pelo segundo foi controverso desde o princípio. Muitos biólogos durante e após o tempo de Darwin questionaram e questionam se a contraparte natural do cruzamento doméstico poderia fazer o que o cruzamento doméstico nunca fez, isto é, produzir novas espécies, órgãos, e planos corporais.
Nas primeiras décadas do século XX, o ceticismo sobre este aspecto da teoria geral da evolução foi tão forte que a teoria de Darwin entrou em eclipse. (Vide o cap. 9 do livro de Peter Bowler, Evolution: The History of an Idea, Berkeley, University of California Press, 3ª. ed. completamente revisada, 2003.
Nos anos 1930s, os “neodarwinistas” propuseram que as mutações genéticas (sobre as quais Darwin nada sabia) poderiam resolver o problema. Embora a vasta maioria das mutações é deletéria (e assim não pode ser favorecida pela seleção natural), em ocasiões raras uma pode beneficiar um organismo. Por exemplo, mutações genéticas são responsáveis por alguns casos de resistência aos antibióticos em bactérias; se um organismo estiver na presença do antibiótico, tal mutação é benéfica. Todas as mutações benéficas conhecidas, contudo, afetam somente a bioquímica de um organismo; a evolução darwinista exige mudanças de grande escala na morfologia ou na anatomia.
Lá pela metade do século XX, alguns geneticistas darwinistas sugeriram que “macromutações” ocasionais podem mudanças morfológicas de grande escala necessitadas pela teoria de Darwin. Infelizmente, todas as mutações morfológicas conhecidas são prejudiciais, e quanto maior o seu efeito, mais prejudiciais elas são. Os críticos científicos das macromutações passaram a chamar esta hipótese de “o monstro esperançoso”. (Vide capítulo 12 do livro de Bowler).
A controvérsia científica se os processos observáveis dentro de espécies existentes e de pools genéticos (microevolução) pode ser responsável pelas mudanças de grande escala ao longo to tempo geológico (macroevolução) continua até hoje [2007]. Segue abaixo alguns exemplos de artigos científicos com revisão por pares [peer-reviewers é mais chique] que se referem a isso nos últimos anos:
David L. Stern, “Perspective: Evolutionary Developmental Biology and the Problem of Variation”, Evolution 54 (2000):1079-1091.
“Um dos problemas mais antigos em biologia evolutiva permanece grandemente não resolvido... Historicamente, os artífices da síntese neodarwinista deram ênfase sobre a predominância das micromutações na evolução, enquanto que outros notaram as semelhanças entre algumas mutações dramáticas e as transições evolutivas para defenderem o macromutacionismo.”
Robert L. Carroll, “Towards a new evolutionary synthesis,”
Trends in Ecology and Evolution, 15 (January, 2000): 27.
“Os fenômenos evolutivos de grande escala não podem ser compreendidos somente na base da extrapolação de processos observados a nível de populações e espécies modernas.”
Andrew M. Simons, “The continuity of microevolution and macroevolution,” Journal of Evolutionary Biology 15 (2002): 688-701.
“Um debate persistente em biologia evolutiva é um sobre a continuidade da microevolução e macroevolução — se as tendências macroevolutivas são governadas pelos princípios da microevolução.”
NOTA DESTE BLOGGER: Os darwinistas ortodoxos fundamentalistas ainda têm a cara de pau de dizer que não há debate se o fato, Fato, FATO da evolução neste nível realmente ocorreu, quando ainda é “debate persistente em biologia evolutiva”! Durma-se com um barulho desses no contexto de justificação teórica — o debate ainda persiste, mas nossos livros-texto de Biologia do ensino médio “desinformam” nossos alunos quando apresentam somente as “evidências a favor da evolução”. Vide Amabis e Martho, “Fundamentos da Biologia Moderna”, Cap. 24, pp. 456-60, São Paulo, Moderna, 2004.
Deve ser destacado o fato de que todos os cientistas citados acima são “crentes” na evolução darwinista, e que todos eles acham que a controvérsia eventualmente será resolvida dentro daquela teoria. Stern, por exemplo, acredita que novos estudos de desenvolvimento da função de genes irão fornecer “o atual elo perdido”.” (p. 1079)
O ponto importante a ser destacado aqui é que A CONTROVÉRSIA AINDA NÃO FOI RESOLVIDA, precisamente porque a evidência necessária para resolvê-la ainda está faltando. É importante para os alunos saberem o que a evidência mostra ou não mostra — não apenas o que alguns cientistas “esperam” que a evidência um dia irá mostrar eventualmente.
Desde que a “controvérsia persistente” sobre a microevolução e a macroevolução está no coração da teoria de Darwin [ué, não é de Alfred Russel Wallace também???], e desde a teoria evolutiva é tão influente na biologia moderna [lembram do mantra do Dobzhansky: nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução???], é um desserviço para os estudantes de biologia que a grade curricular de biologia ignore completamente a “controvérsia persistente” entre os cientistas. Além disso, uma vez que a evidência científica necessária para resolver a controvérsia ainda está faltando, é INEXATO dar a impressão aos estudantes de que a controvérsia já foi resolvida, e que todos os cientistas já chegaram a um consenso sobre a questão.
Esta “controvérsia persistente” em biologia evolutiva, ainda não resolvida, é mais outro caso de ESTELIONATO INTELECTUAL perpetrado pelos autores contra os nossos alunos do ensino médio.
Alguns desses periódicos científicos podem ser acessados gratuitamente por professores e alunos das universidades públicas e privadas no site do CAPES.
Sobre os ombros de gigantes evolucionistas honestos e do Design Inteligente