Preconceito contra o Design Inteligente no Journal of the History of Biology
A recente resenha de literatura de David Sepkoski (“Worldviews in Collision: Recent Literature on the Creation*Evolution Divide” – Cosmovisões em colisão: literatura recente na divisão Criação*Evolução) no Journal of the History of Biology dá outra ilustração do fato de que muitos journals científicos têm preconceitos contra o design inteligente. Ele usa de linguagem pejorativa contra o DI, afirmando que seus proponentes se envolvem numa "campanha de guerrilha", chamando a complexidade especificada "a idéia fixa de Dembski", e afirmando que o artigo de Stephen Meyer contém uma "interpretação confusa da explosão cambriana", (embora Sepkoski não dê detalhes específicos para apoiar a sua opinião). Considerando-se a linguagem pejorativa, poderia o preconceito contra o DI na comunidade científica ser mais claro do que isso?
As omissões de Sepkoski são mais interessantes do que o que ele inclui. Ele não fez resenha nenhuma de livro por proponentes científicos do design inteligente, como o The Privileged Planet [O Planeta Privilegiado], que foi publicado no mesmo período que Sepkoski resenhou. Mas há uma boa razão por que Sepkoski não faz resenha de livros sobre o DI. Ele crê que até mencioná-los adicionará legitimidade ao DI. Sepkoski explica que muitos na comunidade científica têm praguejado Michael Ruse simplesmente por co-editar um livro acadêmico sobre o DI junto com William Dembski:
"Alguns críticos têm notado que Ruse ultimamente tem ficado um pouco amigo demais de certos criacionistas, especificamente com Dembski, com quem ele editou uma seleta de ensaios Debating Design: From Darwin to DNA [Debatendo o Design: de Darwin ao DNA]. Outros têm se mostrado preocupados publicamente que, ao concordar em participar em tal empreendimento, Ruse intencionalmente ou não intencionalmente ajudou aos proponentes do DI afirmarem legitimidade para a posição deles".
Sepkoski está expondo claramente o dilema darwinista: os proponentes do DI têm feito argumentos potentes. Se você ignorá-los, parece que você não tem respostas. Se você considerá-los, você admite a existência de uma controvérsia. Ou você pode saracotear em torno da questão, como fez Christoph na revista Science, citando imensamente evidência insuficiente para afirmar que a complexidade irredutível fora explicada, e depois proclamar que a disputa era uma controvérsia "política". De qualquer modo, o tom desrespeitoso de Sepkoski ilustra claramente a intolerância contra o DI na comunidade científica. Isto mostra quão certo estava Thomas Kuhn em dizer que os cientistas são "freqüentemente intolerantes das teorias inventadas por outros".
Finalmente, Sepkoski chama a resposta do Discovery Institute para a decisão do juiz Jones como um "esforço desesperado", mas as suas diversas resenhas nada mencionam sobre o nosso livro Traipsing Into Evolution [Vagueando na evolução], que dá razões extensivas porque o juiz decidiu errado. Parece que Sepkoski quer manter os cientistas no escuro sobre o design inteligente através da ridiculização, linguagem pejorativa, e a censura da menção da literatura do DI e muitos dos argumentos ali contidos.
Postado por Casey Luskin em 9 de novembro de 2006 7:18 AM