Darwin acusado de plagiar Wallace: acusação é a mais séria, mas a menos considerada pela Nomenklatura científica

quinta-feira, março 31, 2011

JC e-mail 4229, de 31 de Março de 2011.


Acusação contra Claudio Airoldi, 68, é provavelmente a mais séria de má conduta científica registrada no País. 

Professor é um dos principais cientistas da universidade e também membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Uma investigação internacional apontou fraude em 11 artigos científicos de um respeitado professor titular de química da Unicamp.

Tudo indica que se trata da denúncia mais séria de má conduta científica da história da ciência brasileira, apesar da escassez de levantamentos sobre o tema. Em geral, os casos envolvem plágio, e não invenção de resultados.

Os trabalhos que conteriam fraude saíram em várias revistas científicas da Elsevier, multinacional que é a maior editora de periódicos acadêmicos do mundo.

Os estudos da Unicamp foram retratados (ou seja, "despublicados", não tendo mais validade para a comunidade científica). A Elsevier afirmou que os sinais de manipulação são "conclusivos".

Claudio Airoldi, de 68 anos, é um dos pesquisadores mais experientes da Unicamp: está na universidade paulista desde 1968.

No topo - Na classificação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal órgão federal a financiar ciência no país), ele é bolsista de produtividade nível 1A, o mais elevado, e membro da ABC. É o associado nº 17 da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

Ele teria falsificado imagens de ressonância magnética que servem para estudar características de novas moléculas. Um dos artigos dizia que uma delas, por exemplo, tinha uma estrutura que serviria para absorver metais tóxicos da água. Os trabalhos foram publicados entre 2008 e 2010 em colaboração com um aluno de pós-graduação, Denis Guerra, hoje professor adjunto na Universidade Federal de Mato Grosso.

A Elsevier diz que o procedimento de investigação envolveu três cientistas revisores independentes, e que todos eles concluíram que "estava claro que os resultados tinham sido manipulados". A editora diz ter pedido e recebido uma defesa dos cientistas brasileiros, mas, segundo ela, o material enviado não prova nada.

"Estava previsto que algo assim ia acontecer. Ia ser muito difícil segurar isso porque a pressão para publicar é muito grande e existe leniência em relação a esse comportamento", diz Sílvio Salinas, físico da USP que segue de perto os casos de má conduta científica no país.

De fato, diferentemente dos Estados Unidos, que contam com uma agência federal para investigar casos assim, o Brasil deixa o acompanhamento dos casos e possíveis punições nas mãos das instituições onde ocorrem.

Não existem estatísticas consolidadas sobre o tema por aqui. Mas, num clima de competição científica acirrada e globalizada, com pesquisadores cada vez mais pressionados para mostrar sua produção em números, mais casos são esperados.

Nos próprios EUA, em 16 anos as fraudes científicas cresceram 161%. Em países como China e Brasil, onde a publicação bruta de artigos científicos tem crescido muito sem que a qualidade acompanhe esse ritmo, o fenômeno deve aparecer mais.

"As universidades e as agências de fomento precisam tomar providências quanto a isso. Nunca tinha tido conhecimento sobre algo dessa dimensão no Brasil - a ordem de grandeza é similar a casos de fraude que ocorrem na China", diz Salinas.

A Unicamp instaurou uma sindicância interna para apurar o caso. Segundo a universidade, ela deve ser concluída em 30 dias.

Colaborador diz que não houve manipulação

Procurado pela Folha, Airoldi desligou o telefone assim que a reportagem se apresentou, dizendo não ter tempo para falar. Ele foi contatado também por e-mail, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Guerra disse já ter entrado em contato com a Elsevier. "Mandamos toda uma defesa dos trabalhos, apresentando provas de que as imagens são verdadeiras, mas não recebemos nenhuma posição." Ele diz que a retratação da Elsevier "incomoda seriamente". "Pode acontecer de você nunca mais conseguir publicar um trabalho. Um editor vê uma coisa dessas e vai pensar o quê? Somos do Terceiro Mundo, a verdade é essa, sem dúvida nenhuma contra pesquisadores do Primeiro Mundo a crítica teria um peso menor."

(Folha de São Paulo)

+++++

NOTA DESTE BLOGGER:

Há graves acusações contra Darwin ter plagiado a teoria da evolução através da seleção natural, e a Nomenklatura científica prefere ficar com a versão de Darwin. O homem que teve a maior ideia que toda a humanidade já teve, foi muito esperto em dar um fim em toda correspondência mantida com Wallace naquele período. Hum, onde tem fumaça, tem fogo.

Para saber mais dessas acusações de plágio contra Darwin, baixe o livro Darwin's Conspiracy de Roy Davi, gratuitamente aqui.

Proteínas extraídas de ossos fossilizados de 600.000 anos

West Runton Elephant helps unlock the past

Posted on 30 March 2011

Researchers from the University of York and Manchester have successfully extracted protein from the bones of a 600,000 year old mammoth, paving the way for the identification of ancient fossils.

Using an ultra-high resolution mass spectrometer, bio-archaeologists were able to produce a near complete collagen sequence for the West Runton Elephant, a Steppe Mammoth skeleton which was discovered in cliffs in Norfolk in 1990. The remarkable 85 per cent complete skeleton – the most complete example of its species ever found in the world - is preserved by Norfolk Museums and Archaeology Service in Norwich.




Bio-archaeologist Professor Matthew Collins, from the University of York’s Department of Archaeology, said: “The time depth is absolutely remarkable. Until several years ago we did not believe we would find any collagen in a skeleton of this age, even if it was as well-preserved as the West Runton Elephant.

“We believe protein lasts in a useful form ten times as long as DNA which is normally only useful in discoveries of up to 100,000 years old in Northern Europe. The implications are that we can use collagen sequencing to look at very old extinct animals. It also means we can look through old sites and identify remains from tiny fragments of bone.”

Dr Mike Buckley, from the Faculty of Life Sciences at the University of Manchester, said: “What is truly fascinating is that this fundamentally important protein, which is one of the most abundant proteins in most (vertebrate) animals, is an ideal target for obtaining long lost genetic information."

The collagen sequencing was carried out at the Centre for Excellence in Mass Spectrometry at the University of York and is arguably the oldest protein ever sequenced; short peptides (chains of amino acids) have controversially been reported from dinosaur fossils.

The research formed part of a study into the sequencing of mammoths and mastodons, which is published in the journal Geochimica et Cosmochimica Acta. The West Runton Elephant was compared with other mammoths, modern elephants and mastodons. Despite the age of the fossil, sufficient peptides were obtained to identify the West Runton skeleton as elephantid, and there was sufficient sequence variation to discriminate elephantid and mammutid collagen. 

Nigel Larkin, co-author and Research Associate with Norfolk Museums and Archaeology Service, said: “The West Runton Elephant is unusual in that it is a nearly complete skeleton. At the time this animal was alive, before the Ice Ages, spotted hyenas much larger than those in Africa today were scavenging most carcases and devouring the bones as well as meat. That means most fossils found from this time period are individual bones or fragments of bone, making them difficult to identify. In the future, collagen sequencing might help us to determine the species represented by even smallest scraps of bone.

“Therefore this research has important implications for bones and bone fragments in all archaeological and palaeontological collections in museums and archaeology units around the world, not just those of Norfolk Museums and Archaeology Service in Norwich.”

+++++

Volume 75, Issue 7, 1 April 2011, Pages 2007-2016 

Mammoth and Mastodon collagen sequences; survival and utility

M. Buckleya, b, , , N. Larkinc and M. Collinsb

a Manchester Interdisciplinary Biocentre, 131 Princess Street, Faculty of Life Sciences, University of Manchester, Manchester M1 7DN, UK

b BioArCh, Departments of Archaeology, Biology and Chemistry, S Block, University of York, York YO10 5YW, UK

c Norfolk Museums and Archaeology Service, Shirehall Study Centre, Market Avenue, Norwich, Norfolk NR1 3JQ, UK

Received 22 August 2010; 
accepted 12 January 2011. 

Associate editor: Graham A. Logan. 

Available online 26 January 2011. 

Abstract

Near-complete collagen (I) sequences are proposed for elephantid and mammutid taxa, based upon available African elephant genomic data and supported with LC–MALDI-MS/MS and LC–ESI-MS/MS analyses of collagen digests from proboscidean bone. Collagen sequence coverage was investigated from several specimens of two extinct mammoths (Mammuthus trogontherii and Mammuthus primigenius), the extinct American mastodon (Mammut americanum), the extinct straight-tusked elephant (Elephas (Palaeoloxodon) antiquus) and extant Asian (Elephas maximus) and African (Loxodonta africana) elephants and compared between the two ionization techniques used. Two suspected mammoth fossils from the British Middle Pleistocene (Cromerian) deposits of the West Runton Forest Bed were analysed to investigate the potential use of peptide mass spectrometry for fossil identification. Despite the age of the fossils, sufficient peptides were obtained to identify these as elephantid, and sufficient sequence variation to discriminate elephantid and mammutid collagen (I). In-depth LC–MS analyses further failed to identify a peptide that could be used to reliably distinguish between the three genera of elephantids (Elephas, Loxodonta and Mammuthus), an observation consistent with predicted amino acid substitution rates between these species.

+++++

Pesquisa científica revela: medo de morrer é fator de aceitação da teoria do Design Inteligente e de rejeição da teoria da evolução

Death Anxiety Prompts People to Believe in Intelligent Design, Reject Evolution, Study Suggests

ScienceDaily (Mar. 30, 2011) — Researchers at the University of British Columbia and Union College (Schenectady, N.Y.) have found that people's death anxiety can influence them to support theories of intelligent design and reject evolutionary theory.

Existential anxiety also prompted people to report increased liking for Michael Behe, intelligent design's main proponent, and increased disliking for evolutionary biologist Richard Dawkins.

Image not related to this article/Imagem não relacionada a este artigo


The lead author is UBC Psychology Asst. Prof. Jessica Tracy with co-authors Joshua Hart, assistant professor of psychology at Union College, and UBC psychology PhD student Jason Martens.

Published in the March 30 issue of the journal PLoS ONE, their paper is the first to examine the implicit psychological motives that underpin one of the most heated debates in North America. Despite scientific consensus that intelligent design theory is inherently unscientific, 25 per cent of high school biology teachers in the U.S. devote at least some class time to the topic of intelligent design. And in Canada, for example, Alberta passed a law in 2009 that may allow parents to remove children from courses covering evolution.

British evolutionary biologist Prof. Dawkins, like the majority of scientists, argues that life's origins are best explained by Charles Darwin's theory of natural selection. However, intelligent design advocates such as Prof. Behe, a U.S. author and biochemist, assert that complex biochemical and cellular structures are too complex to be explained by evolutionary mechanisms and should be attributed to a supernatural creator.

"Our results suggest that when confronted with existential concerns, people respond by searching for a sense of meaning and purpose in life," says Tracy. "For many, it appears that evolutionary theory doesn't offer enough of a compelling answer to deal with these big questions." 
...

Read more here/Leia mais aqui: Science Daily

+++++

Death and Science: The Existential Underpinnings of Belief in Intelligent Design and Discomfort with Evolution

Jessica L. Tracy1*, Joshua Hart2, Jason P. Martens1

1 Department of Psychology, University of British Columbia, Vancouver, British Columbia, Canada, 2 Department of Psychology, Union College, Schenectady, New York, United States of America

Abstract

The present research examined the psychological motives underlying widespread support for intelligent design theory (IDT), a purportedly scientific theory that lacks any scientific evidence; and antagonism toward evolutionary theory (ET), a theory supported by a large body of scientific evidence. We tested whether these attitudes are influenced by IDT's provision of an explanation of life's origins [*] that better addresses existential concerns than ET. In four studies, existential threat (induced via reminders of participants' own mortality) increased acceptance of IDT and/or rejection of ET, regardless of participants' religion, religiosity, educational background, or preexisting attitude toward evolution. Effects were reversed by teaching participants that naturalism can be a source of existential meaning (Study 4), and among natural-science students for whom ET may already provide existential meaning (Study 5). These reversals suggest that the effect of heightened mortality awareness on attitudes toward ET and IDT is due to a desire to find greater meaning and purpose in science when existential threats are activated.

Citation: Tracy JL, Hart J, Martens JP (2011) Death and Science: The Existential Underpinnings of Belief in Intelligent Design and Discomfort with Evolution. PLoS ONE 6(3): e17349. doi:10.1371/journal.pone.0017349

Editor: Christos Ouzounis, The Centre for Research and Technology, Hellas, Greece

Received: October 7, 2010; Accepted: January 31, 2011; Published: March 30, 2011

Copyright: © 2011 Tracy et al. This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original author and source are credited.

Funding: This project was supported by the Social Sciences and Humanities Research Council of Canada, Standard Research Grant #410-2009-2458, a Michael Smith Foundation for Health Research Scholar Award [CI-SCH-01862(07-1)] to the first author, a Faculty Research Fund Grant from Union College, and a Social Science and Humanities Research Council of Canada Graduate Scholarship to the third author. The funders had no role in study design, data collection and analysis, decision to publish, or preparation of the manuscript.

Competing interests: The authors have declared that no competing interests exist.


+++++


+++++

NOTA ESCLARECEDORA DESTE BLOGGER:

A teoria do Design Inteligente, ao contrário do afirmado no Abstract pelos pesquisadores tem sim evidências que a corroboram no contexto de justificação teórica: complexidade irredutível de sistemas biológicos e a informação complexa especificada, entre outras em diversas áreas científicas. 

Além disso, ao contrário do afirmado pelos pesquisadores, a teoria do Design Inteligente não aborda questões das origens, nem do universo e nem da vida. A TDI somente afirma que sinais de inteligência são empiricamente detectados na natureza. 


E uma sórdida e deslavada mentira sobre os teóricos e proponentes da TDI, especialmente Michael Behe:


"However, intelligent design advocates such as Prof. Behe, a U.S. author and biochemist, assert that complex biochemical and cellular structures are too complex to be explained by evolutionary mechanisms and should be attributed to a supernatural creator."


Behe deixou bem claro no seu livro  A caixa preta de Darwin que ele defende a hipótese da ancestralidade comum. Esta pesquisa está mais para panfleto ideológico para livrar a cara do ateu Richard Dawkins e queimar o filme de Michael Behe, um cristão, do que pesquisa científica. 


Chamam isso de ciência?

Pobre ciência...

Estímulo à curiosidade intelectual: os sinais de inteligência detectados na natureza vão ficar de fora

Estímulo à curiosidade intelectual

31/3/2011
Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) instituiu e começou a estruturar no início de 2010 seu Centro de Estudos Avançados (CEAv), que já se encontra em plena atividade. Para trocar experiências com universidades nacionais e estrangeiras que têm centros semelhantes já consolidados foi realizado, no dia 23 de março, o Simpósio Internacional sobre Estudos Avançados.

O evento reuniu dirigentes de algumas das principais instituições do gênero, como o Instituto de Estudos Avançados de Princeton, o Centro de Estudos Avançados em Ciências do Comportamento da Universidade de Stanford, o Instituto de Estudos Avançados de Jerusalém e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).

O mais antigo do mundo, o Instituto de Estudos Avançados de Princeton foi fundado em 1930 com a proposta de ser uma espécie de refúgio para professores e cientistas, onde eles poderiam desenvolver trabalhos movidos pela mera curiosidade intelectual e livres de qualquer preocupação.




Peter Godard, de Princeton, foi um dos participantes do debate sobre institutos de estudos avançados (Unicamp)

Dessa forma, poderiam realizar pesquisas de ponta, fundar novas linhas de estudos e fazer descobertas que, possivelmente, não conseguiriam dentro de uma universidade ou instituição de pesquisa com as pressões e obrigações que enfrentam no dia a dia.

“Isaac Newton, por exemplo, fez suas mais incríveis descobertas fora da universidade”, disse o diretor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Peter Godard.

“Em 1666, o Trinity College, onde estudava, foi fechado por causa da peste negra que assolava a Europa e ele teve que se refugiar na casa de sua mãe, em Woolsthorpe. Nesse período de retiro, Newton desenvolveu a Teoria Binominal, o cálculo, a Lei da Gravitação Universal e a natureza das cores.”

Os primeiros institutos de estudos avançados foram criados de modo a atrair os melhores cérebros para realizar pesquisas desinteressadas, interdisciplinares e de alto nível durante um período sabático.

Um dos primeiros convidados pelo instituto de Princeton foi o alemão Albert Einstein, que se tornou professor de física teórica da universidade norte-americana. Desde então, o instituto tem atraído diversos ganhadores do prêmio Nobel para realizar pesquisas em áreas como matemática, física, astrofísica, ciências naturais, história e ciências sociais.

Hoje, segundo Godard, o IEA de Princeton conta com 38 membros e 180 estudantes, entre professores estáveis e pós-doutores (fellows), que realizam pesquisa de modo independente de universidades e instituições de pesquisa.

“Os institutos de estudos avançados estão fundamentados no princípio de que as descobertas não são resultado de pesquisas direcionadas, mas da curiosidade intelectual. Eles são como santuários e estão mais focados em pesquisa do que no ensino”, disse,

Segundo Godard, atualmente existem mais de 100 IEAs no mundo, muito dos quais fundados por ex-membros do instituto de Princeton, como o de Jerusalém, iniciado em 1970. “E, nos últimos anos, o número de IEAs tem aumentado cada vez mais”, disse.

Entre as razões para a proliferação de IEAs, Godard listou a possibilidade de realizar pesquisas de ponta, o respeito e visibilidade na comunidade científica e a internacionalização, proporcionada pela intensa relação com cientistas e professores estrangeiros.

“Não por acaso, as universidades no mundo que estão melhor classificadas nos rankings internacionais possuem IEAs. Os IEAs permitem que elas possam se destacar internacionalmente e tenham maior integração com o mundo”, disse.

Algumas das recomendações feitas pelo especialista para o CEAv da Unicamp foram ter um grupo pequeno de dirigentes com visão, além de recursos para financiar as pesquisas, boa localização e também uma boa dose de sorte para encontrar cientistas.

“Recrutar cientistas é a maior preocupação atual dos IEAs”, disse Iris F. Litt, dirigente do Centro de Estudos Avançados em Ciências do Comportamento da Universidade de Stanford, durante o simpósio. “Hoje, há muita competição entre os IEAs para atrair os melhores talentos.”

Desde a sua fundação, em 1952, e até os últimos anos o centro em Stanford só selecionava fellows por meio de convite, contou Litt. Mas, recentemente, os pós-doutores também passaram a ser selecionados por meio de submissão de candidatura para realizar pesquisas nas áreas de ciências sociais e humanas e do comportamento.

Um dos conselhos deixados pela especialista para os dirigentes do CEAv da Unicamp foi reconhecer as especificidades do contexto brasileiro, que podem não ser as mesmas dos Estados Unidos ou da Europa, onde está baseada a maior parte dos institutos do tipo.

Institutos brasileiros

O primeiro e mais consolidado centro do tipo no Brasil, o IEA da USP, fundado há 25 anos, trabalha mais com grupos de pesquisa do que com pesquisadores isolados, mas não está avesso a receber fellows, disse o diretor da instituição, César Ades.

“Achamos que grupos de pesquisa são mais diversificados, porque congregam pessoas de diferentes universidades, com várias formações. Para eles, provemos apoio acadêmico”, disse.

Já o centro da Unicamp, de acordo com seu diretor, Pedro Paulo Funari, pretende atingir mais os jovens cientistas e focará suas pesquisas em áreas de especialidade da universidade paulista.

“Para nós, é difícil trazer um Nobel para permanecer, no mínimo, um ano aqui e chefiar um grupo de pesquisa. Uma das alternativas para isso será atrair jovens pesquisadores para congregá-los no centro com professores eméritos e pessoas em diferentes estágios da carreira científica”, disse Funari à Agência FAPESP.

O CEAv começou a funcionar no início de 2010 com um Grupo de Estudos Avançados em Esporte (GEAE) e outro Grupo de Estudos em Ensino Superior (GEES). Desde então, os dois grupos promoveram uma série de eventos e lançaram duas publicações em versões impressa e on-line.

Este ano, outros dois grupos de pesquisa deverão iniciar suas atividades, sendo um sobre a China e outro sobre “Os desafios das humanidades”. Nos próximos anos, o CEAv também ganhará uma sede física, com 1.000 m² e três andares, situada no campus da Unicamp em Campinas (SP).

“O CEAv está surgindo ainda. Já tem uma série de atividades, mas os três ou quatro primeiros anos serão um processo de formação para que ele se consolide”, avaliou Funari.

No simpósio, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Britto Cruz, lembrou que a FAPESP oferece modalidades de financiamento para trazer pesquisadores estrangeiros, como Bolsas de Pós-Doutorado e o programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

“Temos que ter um número grande de pesquisadores visitantes. As universidades e instituições de pesquisa no Brasil já estão fazendo isso, mas temos que fazer um esforço para manter esses pesquisadores estrangeiros aqui por mais tempo. Se queremos ter excelência acadêmica não podemos ficar à parte do mundo”, afirmou.

Mais informações: www.gr.unicamp.br/ceav

Satélites detectam o impacto de seca extensiva nas florestas amazônicas

Satellites Detect Extensive Drought Impact on Amazon Forests

ScienceDaily (Mar. 29, 2011) — A new NASA-funded study has revealed widespread reductions in the greenness of the forests in the vast Amazon basin in South America caused by the record-breaking drought of 2010.




NASA satellite sensors, such as MODIS, showed an average pattern of greenness of vegetation on South America: Amazon forests which have very high leaf area are shown in red and purple colors, the adjacent cerrado (savannas) which have lower leaf area are shown in shades of green, and the coastal deserts are shown in yellow colors. (Credit: Boston University/NASA)

"The greenness levels of Amazonian vegetation -- a measure of its health -- decreased dramatically over an area more than three and one-half times the size of Texas and did not recover to normal levels, even after the drought ended in late October 2010," said Liang Xu, the study's lead author from Boston University.

The drought sensitivity of Amazon rainforests is a subject of intense study. Scientists are concerned because computer models predict that in a changing climate with warmer temperatures and altered rainfall patterns the ensuing moisture stress could cause some of the rainforests to be replaced by grasslands or woody savannas. This would cause the carbon stored in the rotting wood to be released into the atmosphere, which could accelerate global warming. The United Nations' Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) has warned that similar droughts could be more frequent in the Amazon region in the future.

The comprehensive study was prepared by an international team of scientists using more than a decade's worth of satellite data from NASA's Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) and Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM).

Analysis of these data produced detailed maps showing vegetation greenness declines from the 2010 drought. The study has been accepted for publication in Geophysical Research Letters, a journal of the American Geophysical Union.
...

Read more here/Leia mais aqui: Science Daily

Darwin empurrado para as margens nas salas de aulas de ciências

Darwin Pushed to Margins
Why is resistance to evolution so strong among science teachers?

photo: ©istockphoto.com/topshotUK


Tuesday, February 22, 2011

Despite winning court battles at every turn, advocates for teaching evolution as the unshakable bedrock of high school biology courses have been losing on the ground to an astonishing degree.

In a recent essay in Science, Penn State political scientists Eric Plutzer and Michael B. Berkman reported that their survey of U.S. public high school biology teachers show that only a relative small minority unambiguously teach the mainstream scientific view of evolution. Only 28 percent of the 926 instructors surveyed consistently implement the recommendations of the National Research Council, which calls on high school biology instructors to present without qualification the overwhelming evidence for evolution. About 13 percent of these public school instructors are active advocates for creationism or Intelligent Design as “valid scientific alternatives” to evolution — and, says Plutzer, “an additional five percent of teachers take the same position, though typically in brief responses to student questions.”

Plutzer, co-author (with Berkman) of Evolution, Creationism, and the Battle to Control America’s Classrooms (Cambridge, 2010), discusses in a Big Questions Online interview more surprising facts uncovered by the survey, and their implications for science education in America.

Many assume that resistance to evolution is something largely confined to the rural South. Do the survey data indicate that the phenomenon is limited to one or more regions of the country? 

Prior to our study, there were many surveys of teachers that also pointed to widespread teaching of creationism. But these earlier studies never included studies of the California, New York and the New England states. Our national probability sample of teachers confirmed what several scholars had suspected, that active proponents of creationism as science can be found in every state, even in fairly cosmopolitan school districts. Skepticism about evolution can be found all over the country, and many future teachers begin their education as evolution deniers. Those with strong feelings are unchanged by their college science education and bring these feelings to their classrooms.

What role does the local community play in the kind of biology taught in their public high schools?

The local community plays several important roles, and perhaps the most important is in the hiring and retention of teachers. We found that (on average, of course) teachers who do not accept human evolution tend to find jobs in the most socially conservative districts. Thus many teachers share values with their communities and find it easy to teach in accord with those values. Of course, “mismatches” are quite common, and teachers who find themselves at odds with local sensibilities may try to leave or fit in as best they can without stirring up controversy.

However, fitting in and avoiding controversy is not always possible. Many communities have large pro- and anti-evolution constituencies. We found that the teachers who experienced the most pressures to teach in a particular way were those in school districts with both a large number of doctrinally conservative Protestants and a large number of highly educated citizens. In these districts, there is no easy path for teachers to teach in accord with local opinion because local opinion is polarized.

...

More broadly, many people of faith are drawn to the study of evolution to explore God’s work, and find a spiritual connection in their study of nature. This perspective was common in the 19th and early 20thcenturies, but is not often enough articulated in current debates about evolution. Maybe that is because nobody has yet stated it more eloquently than Darwin himself:

There is grandeur in this view of life, with its several powers, having been originally breathed into a few forms or into one; and that, whilst this planet has gone cycling on according to the fixed law of gravity, from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being, evolved.

...

Read more here/Leia mais aqui: Big Questions Online

Como produtos [inteligentemente elaborados] as plantas esperam pela configuração otimizada antes do sucesso de mercado

Like Products, Plants Wait for Optimal Configuration Before Market Success

ScienceDaily (Mar. 30, 2011) — An international research team led by Brown University has amassed the largest evolutionary tree (phylogeny) for plants. It has learned that major groups of plants tinker with their design and performance before rapidly spinning off new species. The finding upends long-held thinking that plants' speciation rates are tied to the first development of a new physical trait or mechanism.





Botanical market testing Botanists had long thought that new species proliferate soon after plants developed a new physical trait. Stephen Smith and colleagues have shown that plants may bide their time for undergoing major speciation. (Credit: Mike Cohea/Brown University)

Results are published in theAmerican Journal of Botany.

Just as a company creates new, better versions of a product to increase market share and pad its bottom line, an international team of researchers led by Brown University has found that plants tinker with their design and performance before flooding the environment with new, improved versions of themselves.

The issue: When does a grouping of plants with the same ancestor, called a clade, begin to spin off new species? Biologists have long assumed that rapid speciation occurred when a clade first developed a new physical trait or mechanism and had begun its own genetic branch. But the team, led by Brown postdoctoral research associate Stephen Smith, discovered that major lineages of flowering plants did not begin the rapid spawning of new species until they had reached a point of development at which speciation success and rate would be maximized. The results are published in the American Journal of Botany.

"Evolution is not what we previously thought," said Smith, who works in the laboratory of Brown biologist Casey Dunn. "It's not as if you get a flower, and speciation (rapidly) occurs. There is a lag. Something else is happening. There is a phase of product development, so to speak."
...

Read more here/Leia mais aqui: Science Daily

+++++

First published online March 2, 2011; doi:10.3732/ajb.1000481
American Journal of Botany 98: 404-414 (2011)

Understanding angiosperm diversification using small and large phylogenetic trees1

Stephen A. Smith2,3,5, Jeremy M. Beaulieu4, Alexandros Stamatakis3 and Michael J. Donoghue4

2 Department of Ecology and Evolutionary Biology, Brown University, Providence, Rhode Island 02912 USA 3 Scientific Computing Group, Heidelberg Institute for Theoretical Studies, Schloss-Wolfsbrunnenweg 35, D-69118 Heidelberg, Germany 4 Department of Ecology and Evolutionary Biology, Yale University, P.O. Box 208105, New Haven, Connecticut 06520 USA

ABSTRACT

How will the emerging possibility of inferring ultra-large phylogenies influence our ability to identify shifts in diversification rate? For several large angiosperm clades (Angiospermae, Monocotyledonae, Orchidaceae, Poaceae, Eudicotyledonae, Fabaceae, and Asteraceae), we explore this issue by contrasting two approaches: (1) usingsmall backbone trees with an inferred number of extant species assigned to each terminal clade and (2) using a mega-phylogeny of 55473 seed plant species represented in GenBank. The mega-phylogeny approach assumes that the sample of species in GenBank is at least roughly proportional to the actual species diversity of different lineages, as appears to be the case for many major angiosperm lineages. Using both approaches, we found that diversification rate shifts are not directly associated with the major namedclades examined here, with the sole exception of Fabaceae in the GenBank mega-phylogeny. These agreements are encouraging and may support a generality about angiosperm evolution: major shifts in diversification may not be directly associated with major named clades, but rather with clades that are nested not far within these groups. An alternative explanation is that there have been increased extinction rates in early-diverging lineages within these clades. Based on our mega-phylogeny, the shifts in diversification appear to be distributed quite evenly throughout the angiosperms. Mega-phylogenetic studies of diversification hold great promise for revealing new patterns, but we will need to focus more attention on properly specifying null expectation.



Key Words: angiosperms • diversification rate • flowering plants • key innovation • mega-phylogeny

Received for publication 24 November 2010. Accepted for publication 11 February 2011.



FOOTNOTES

1 We thank Peter Raven, J. Chris Pires, and Jon Chase for inviting us to contribute to this special issue. We are grateful to the National Science Foundation for supporting this research through the CIPRES and Angiosperm ATOL projects and through the iPToL grand challenge project supported by the iPlant Collaborative. Part of this work was also supported by the German Science Foundation (DFG) under the auspices of the Emmy-Noether program. Computational work was made possible by the facilities and the helpful staff of the Yale University High Performance Computing Center and by John Cazes at the Texas Advanced Computing Center.

5 Author for correspondence: stephen_a_smith@brown.edu


+++++


Ano da química em conferências

31/3/2011

Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – por meio da revista Pesquisa FAPESP – e a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) celebram, com um ciclo de conferências, o Ano Internacional da Química (AIQ-2011).

O lançamento será no dia 4 de abril, em São Paulo, com o tema “Fontes alternativas de energia e mudanças climáticas”. Os conferencistas serão Carlos Nobre (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Ministério da Ciência e Tecnologia), Gláucia Mendes Souza (Universidade de São Paulo e BIOEN-FAPESP), Jailson B. de Andrade (Universidade Federal da Bahia) e Luiz Ramos (Universidade Federal do Paraná). O coordenador será Arnaldo Alves Cardoso (Universidade Estadual Paulista, Unesp).



Revista Pesquisa FAPESP e Sociedade Brasileira de Química celebram o Ano Internacional da Química com ciclo de conferências que começa dia 4 de abril

A ideia do Ano Internacional da Química foi debatida em 2006 em uma reunião do Comitê Executivo da União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupaq), que, a partir daí, elaborou junto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um plano de ações para garantir uma grande celebração em todo o mundo em 2011, destinada a ressaltar a importância da química em todas as etapas do desenvolvimento humano, dos primórdios da civilização aos dias atuais.

“A ideia é incentivar uma mudança na percepção que o público tem da química. Trata-se de uma ciência que tem muito a contribuir com a sustentabilidade do planeta e com o bem-estar das pessoas, possibilitando o desenvolvimento de novos medicamentos, alimentos, fontes de energia, produção industrial com impactos ambientais mais baixos e assim por diante”, disse Vanderlan da Silva Bolzani, professora do Instituto de Química da Unesp, membro do comitê nacional de atividades do AIQ-2011 da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP.

O AIQ-2011 também celebra o centenário da conquista do segundo Prêmio Nobel para Marie Curie, o de Química. Em 1903 ela havia sido agraciada com o de Física, junto com Antoine Henri Becquerel e Pierre Curie. A cientista polonesa é a única pessoas laureada duas vezes com Nobel de áreas distintas da ciência – Linus Pauling também ganhou em áreas distintas: Química e Paz. 

A temática do AIQ-2011 é “Química: nossa vida, nosso futuro” e o ciclo de conferências foi pensado para discutir como essa área do conhecimento pode contribuir com soluções inteligentes e sustentáveis para os grandes desafios globais.

“Pretende também despertar o interesse dos jovens para a investigação científica, além de promover uma reflexão sobre a importância da química para a sustentabilidade do planeta. O Brasil tem hoje um ambiente favorável à pesquisa e inovação”, disse Vanderlan.

As conferências do ciclo organizado pela FAPESP e SBQ serão proferidas por eminentes pesquisadores que atuam na fronteira do conhecimento multidisciplinar, indispensável ao desenvolvimento sustentável do planeta.

O ciclo continuará no dia 12 de maio, com o tema “Novos Materiais”, e no dia 8 de junho, com “Química medicinal: desafios e perspectivas”. Os outros assuntos serão: “Biodiversidade e Química” (19/7), “Doenças negligenciadas e os desafios no desenvolvimento de novos medicamentos” (14/9), “A Química no contexto da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação” (5/10), “A contribuição de Marie Curie para a ciência e um olhar sobre o papel das mulheres cientistas” (9/11) e “A Química inteligente a serviço da medicina” (9/11).

O lançamento do ciclo, dia 4 de abril, será no Espaço Apas, da Associação Paulista de Supermercados, R. Pio XI, 1200, na capital paulista, das 13h30 às 18h.

Mais informações e inscrição: www.fapesp.br/eventos/aiq e (11) 3838-4216.