Inquisição sem fogueiras ou O modus operandi da Nomenklatura científica: silenciem os cientistas críticos e oponentes do Konsenso

sábado, novembro 21, 2009

Quando eu escolhi o nome deste blog, eu ponderei sobre duas questões:

A. a manutenção do dogma científico por uma nova classe dominante que chamei de Nomenklatura [1] porque defende com unhas e dentes o paradigma, recebendo benesses por isso tais como os líderes comunistas [a Nova Classe] recebiam dachas, viagens ao exterior e outras vantagens materiais e políticas porque defendiam as defasadas e combalidas ideias econômicas marxistas com unhas e dentes, e

B. as situações vividas por outros cientistas no mundo inteiro e aqui no Brasil. O único jeito que resta aos cientistas críticos e oponentes é enfrentar, cara a cara, a Nomenklatura científica, sabendo o risco que corremos: ter a sua carreira acadêmica terminada. Não com a eliminação física, mas com a Inquisição sem Fogueiras.

Claudio Weber Abramo replicou com o artigo "Crítica nebulosa ao darwinismo", destacando a originalidade do termo empregado, e saindo em defesa do fato da evolução e da mídia. Minha resposta está logo abaixo do artigo de Abramo.

Hoje Abramo é diretor executivo da Transparência Brasil, "uma organização independente e autônoma, fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não-governamentais comprometidos com o combate à corrupção", e tem um blog: o Blog do Claudio Weber Abramo, onde ele combate a corrupção política tupiniquim.

Riram de mim, especialmente a Galera de meninos e meninas de Darwin, dizendo que eu sofro da 'síndrome de perseguição', apesar de ter mencionado aqui vários exemplos de cientistas dissidentes de Darwin que foram perseguidos e tiveram suas carreiras acadêmicas 'podadas'.

Bem, eu acredito no aquecimento global, mas sou cético localizado da histeria de Al 'Apocalipse' Gore et al que diz ser o fenômeno [para mim, natural] antropogenicamente provocado. Que nós humanos temos uma parcela de culpa nisso, eu não duvido, mas não somos os únicos agentes provocadores desta mudança climática radical.

Um hacker invadiu a Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, e tornou público na internet 61 MBs de arquivo confidencial [documentos e e-mails]. O que veio a público pode ser o maior escândalo da ciência moderna, pois revela a face cruel da Nomenklatura científica em lidar com os 'diferentes'.

Gente, eu não vi uma linha publicada na Grande Mídia tupiniquim. Vocês viram? O assunto não é de interesse da sociedade? Se tiver sido publicado, Marcelo Leite e Claudio Angelo, por favor queiram me perdoar.

O que foi encontrado pode ser configurado como: Conspiração, conluio no exagero de dados sobre o aquecimento global, destruição ilegal de informação comprometedora, resistência organizada de comunicação, manipulação de dados, a admissão privada de falhas em suas afirmações públicas y otras cositas mais.

Gente, eu acho que este hacker lê o meu blog, e decidiu fazer alguma coisa: desafiar a Nomenklatura científica invadindo seus computadores. Ah, se a moda pega aqui no Brasil...

Eis alguns exemplos do modus operandi da Nomenklatura científica:

Manipulação das evidências:

I’ve just completed Mike’s Nature trick of adding in the real temps to each series for the last 20 years (ie from 1981 onwards) amd from 1961 for Keith’s to hide the decline.

Dúvidas privadas sobre se realmente o mundo está aquecendo:

The fact is that we can’t account for the lack of warming at the moment and it is a travesty that we can’t. The CERES data published in the August BAMS 09 supplement on 2008 shows there should be even more warming: but the data are surely wrong. Our observing system is inadequate.

Supressão de evidências:

Can you delete any emails you may have had with Keith re AR4?
Keith will do likewise. He’s not in at the moment – minor family crisis.

Can you also email Gene and get him to do the same? I don’t have his new email address.

We will be getting Caspar to do likewise.

Fantasias de atos de violência contra proeminentes cientistas céticos do aquecimento global:

Next time I see Pat Michaels at a scientific meeting, I’ll be tempted to beat
the crap out of him. Very tempted.

Tentativas em disfarçar a verdade inconveniente do Período Quente Medieval [em inglês Medieval Warm Period (MWP)]:

……Phil and I have recently submitted a paper using about a dozen NH records that fit this category, and many of which are available nearly 2K back–I think that trying to adopt a timeframe of 2K, rather than the usual 1K, addresses a good earlier point that Peck made w/ regard to the memo, that it would be nice to try to “contain” the putative “MWP”, even if we don’t yet have a hemispheric mean reconstruction available that far back….

E, talvez a atitude mais repreensível, uma série longa de comunicação discutindo sobre como melhor expulsar os cientistas dissidentes do processo de revisão por pares. Traduzindo em graúdos: criar um clima científico no qual quem quer que discorde do aquecimento global antropogenicamente provocado possa ser descrito como um excêntrico, cujas opiniões não tem um verniz de autoridade.

“This was the danger of always criticising the skeptics for not publishing in the “peer-reviewed literature”. Obviously, they found a solution to that–take over a journal! So what do we do about this? I think we have to stop considering “Climate Research” as a legitimate peer-reviewed journal. Perhaps we should encourage our colleagues in the climate research community to no longer submit to, or cite papers in, this journal. We would also need to consider what we tell or request of our more reasonable colleagues who currently sit on the editorial board…What do others think?”

“I will be emailing the journal to tell them I’m having nothing more to do with it until they rid themselves of this troublesome editor.”“It results from this journal having a number of editors. The responsible one for this is a well-known skeptic in NZ. He has let a few papers through by Michaels and Gray in the past. I’ve had words with Hans von Storch about this, but got nowhere. Another thing to discuss in Nice !”

...

Se você não leu nenhuma linha sobre o modus operandi da Nomenklatura científica nesta questão, não se surpreenda: a Grande Mídia internacional e tupiniquim vivem uma relação incestuosa com os atuais mandarins científicos.

Traduzindo em graúdos, você não leu porque faz parte desta Grande Conspiração: a resistência organizada da comunicação que não interessa à Nomenklatura científica e seus subservientes servidores.

Traduzindo ainda mais em graúdos: "NÃO DAMOS ESPAÇO" (Marcelo Leite, da Folha de São Paulo, no encerramento de uma conferência sobre evolução na USP, Fac. de Medicina, em 2006).

Você pode ler mais sobre esta ação nefanda da Nomenklatura científica (mais comum do que você imagina) aqui, aqui, aqui e aqui.

Fui, nem sei por que, cada vez mais 'crente' (Argh, isso é como cometer suicídio intelectual) que a Nomenklatura científica promove Inquisição sem fogueiras contra os dissidentes do Konsenso científico no mundo inteiro. Ia me esquecendo: todas as vezes que você ouvir a palavra 'consenso', procure por sua carteira epistêmica: ela pode estar sendo tungada!!!

Será que o Claudio Weber Abramo concordaria com o comportamento corrupto da Nomenklatura científica???

Vade retro espírito imundo e alheio à área científica onde deve reinar somente a busca objetiva pela verdade e seguir aonde as evidênciais forem dar!!!

Ah, ia me esquecendo, como é bom ser vindicado pela Nomenklatura científica: eles praticam o que eu denuncio aqui. Sem papas na língua, oops, na prosa.

NOTA

1. Por que o termo "Nomenklatura"? “Nomenklatura é um termo emprestado de Milovan Djilas (1911-1995), líder comunista dissidente e escritor, nascido em Polja, Montenegro. Suas críticas ao Partido Comunista, em 1954, levaram à sua expulsão e prisão entre 1956 e 1966. O que Djilas contestou foram dogmas ideológicos de uma classe dominante. É nesse sentido que empregamos o termo”. In “O contra-ataque da nomenklatura científica”, Observatório da Imprensa.